A Beat Holdings Ltd. revelou que irá ampliar seu investimento em fundos de índice relacionados ao Bitcoin, tornando-se a mais recente companhia listada em Tóquio a aprofundar sua exposição a ativos digitais em meio ao renovado interesse institucional em criptomoedas.
A companhia, que integra o mercado padrão da Bolsa de Valores de Tóquio, revelou na quinta-feira que seu conselho aprovou o aumento do teto de investimentos relacionados a criptoativos de US$ 6,8 milhões para US$ 34 milhões.
A empresa já adquiriu 131.230 unidades do iShares Bitcoin Trust (IBIT), da BlackRock, a um preço médio de US$ 49,49 por unidade. Com o IBIT encerrando o dia 9 de maio a US$ 58,66, a Beat acumula um ganho não realizado de mais de US$ 681 mil, segundo comunicado da própria companhia.
Para financiar novas compras, a Beat informou que utilizou US$ 2,8 milhões (¥400 milhões) de uma linha de crédito rotativa, o que deverá gerar aproximadamente US$ 150 mil em juros até o final do ano.
A Beat é uma empresa de investimentos com sede em Hong Kong e incorporada nas Ilhas Cayman, com subsidiárias que atuam nas áreas de licenciamento de propriedade intelectual e mensagens móveis.
A companhia adotou o Bitcoin como principal ativo de reserva de sua tesouraria em fevereiro deste ano, passando a adquirir o ativo tanto de forma direta quanto por meio de ETFs, com destaque para o IBIT.
Por que investir em Bitcoin?
A empresa enquadrou sua movimentação mais recente como parte de uma estratégia mais ampla de tesouraria, citando o papel crescente do Bitcoin como proteção contra inflação, desvalorização cambial e incertezas geopolíticas.
“Quando países enfrentam desglobalização e guerras comerciais em escalada, parece que muitas vezes respondem com políticas monetárias e fiscais expansionistas para aumentar a liquidez”, afirmou a empresa.
“Essa liquidez extra pode transbordar para os mercados financeiros globais, impulsionando ativos de risco, incluindo o Bitcoin, especialmente porque o Bitcoin e os ETFs relacionados têm se tornado cada vez mais uma proteção contra inflação e desvalorização cambial”, acrescentou.
O anúncio da Beat segue uma série de aquisições expressivas de Bitcoin feitas pela Metaplanet, outra empresa listada em Tóquio que também adotou o Bitcoin como ativo central de reserva de tesouraria.
A Metaplanet atualmente detém mais de 5.500 BTC, avaliados em mais de US$ 571 milhões, e delineou planos para alcançar 10.000 BTC até o final de 2025.
A entrada de empresas japonesas no mercado de criptomoedas reflete uma tendência já observada entre algumas companhias dos EUA nos últimos anos, como a Strategy, de Michael Saylor, que acumulou mais de 555.500 BTC avaliados em US$ 57,7 bilhões.
O Bitcoin é negociado a cerca de US$ 104 mil nesta segunda-feira (12), ampliando os ganhos obtidos na semana anterior, após uma breve correção em abril que fez o ativo cair para US$ 74.700 antes de se recuperar significativamente.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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