Senadores dos EUA investigam o interesse renovado da Meta por stablecoins

Resumo

  • Warren e Blumenthal enviaram uma carta a Mark Zuckerberg exigindo detalhes sobre os esforços da Meta com a stablecoin.
  • Os senadores alertam que a Meta pode usar dados financeiros indevidamente e consolidar poder econômico.
  • A investigação ocorre após relatos de que a Meta está em negociações com empresas de criptomoedas para integrar pagamentos com stablecoins em suas plataformas.

A senadora Elizabeth Warren (Democratas/Massachusetts) e o senador Richard Blumenthal (Democratas/Connecticut) enviaram uma carta ao CEO da Meta, Mark Zuckerberg, na quarta-feira (11), exigindo respostas sobre a busca renovada da gigante da tecnologia por pagamentos com stablecoins.

“A emissão ou o controle de suas próprias moedas privadas por grandes empresas de tecnologia, como uma stablecoin, ameaçaria a concorrência na economia, prejudicaria a privacidade financeira e cederia o controle da oferta de moeda dos EUA a plataformas monopolistas que têm um histórico de abuso de poder”, escreveram os senadores.

Warren e Blumenthal alertaram que, com 3,5 bilhões de usuários diários da Meta, a empresa poderia consolidar poder econômico significativo e prejudicar a concorrência.

A investigação dos senadores democratas ocorre após uma reportagem da Fortune indicar que a Meta está em discussões com empresas de criptomoedas sobre a integração de stablecoins em suas plataformas, incluindo Instagram, Facebook e WhatsApp

A exploração de stablecoins pela Meta marca uma tentativa de retorno após o fracasso de seu projeto Libra em 2019. A iniciativa, mais tarde renomeada Diem, fracassou sob intenso escrutínio regulatório e oposição política bipartidária antes de finalmente vender seus ativos em 2022. 

Meta teria poder descontrolado

A carta dos senadores estabelece conexões entre os fracassos passados ​​da Meta e os riscos atuais, destacando o “histórico preocupante” de operações da empresa.

A carta alertava que, se a Meta controlasse sua própria stablecoin, “a empresa poderia bisbilhotar ainda mais as transações e atividades comerciais dos consumidores”. 

Stablecoins são criptomoedas atreladas ao valor de ativos tradicionais, como o dólar americano, projetadas para oferecer estabilidade de preços e são comumente usadas para pagamentos e transferências.

Os senadores declararam que a Meta poderia utilizar grandes quantidades de dados de consumidores “para alimentar esquemas de preços de vigilância em sua plataforma, publicidade direcionada mais intrusiva ou, de outra forma, ajudar a empresa a monetizar informações privadas confidenciais por meio de vendas a corretores de dados terceirizados”.

Eles deram a Zuckerberg até 17 de junho para responder a oito perguntas detalhadas sobre os planos da stablecoin da Meta, incluindo quais empresas a gigante da tecnologia consultou e se ela está considerando lançar seu próprio token. 

Os senadores também querem saber se a Meta fez lobby pela legislação sobre criptomoedas e se ela se oporia às emendas que proíbem empresas de “Big Tech” de controlar emissores de stablecoins.

A investigação ocorre em um momento crítico, já que o Senado votou por 68-30 na quarta-feira para avançar o GENIUS Act, uma legislação “que permitiria explicitamente que grandes empresas de tecnologia como a Meta emitissem suas próprias stablecoins”, de acordo com a carta.

“Ao aprovar a Lei GENIUS, o Senado não está apenas prestes a abençoar essa corrupção, mas também a facilitar ativamente sua expansão”, disse Warren no plenário do Senado, referindo-se aos laços do presidente Donald Trump com a plataforma de criptomoedas apoiada por sua família, a World Liberty Financial.

O Decrypt entrou em contato com a Meta para obter comentários. Em maio, o diretor de comunicações Andy Stone disse no X que não havia “nenhuma stablecoin da Meta” em desenvolvimento.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt

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