Família Trump fica US$ 5 bilhões mais rica com lançamento da criptomoeda WLFI

A família do presidente Donald Trump viu sua fortuna disparar em pelo menos US$ 5 bilhões em um único dia com o lançamento da World Liberty Financial (WLFI), uma criptomoeda voltada para finanças descentralizadas (DeFi) que estreou em diversas corretoras na segunda-feira (1º). A World Liberty Financial foi fundada em 2024 com apoio público de Trump e investidores iniciais com patrimônio de pelo menos US$ 1 milhão.

A nova fortuna, ainda que fictícia, segundo o Wall Street Journal, supera o valor dos tradicionais ativos imobiliários da família, que por décadas sustentaram o império financeiro da família. O jornal ressalta que a WLFI é provavelmente o ativo mais valioso dos Trump, embora a Trump Organization tenha 12 novos projetos internacionais, incluindo hotéis, arranha-céus e campos de golfe, conforme apurou o WSJ em outra reportagem.  Segundo Reuters, a receita anual da Trump Organization é de cerca de US$ 600 milhões.

O ganho se deve à posse de 22,5 bilhões dos 100 bilhões de tokens WLFI, além de participações relevantes na WLF Holdco LLC e nas receitas de pré-venda do token, levantou o The Block. O token WLFI estreou a US$ 0,30 e hoje vale cerca de US$ 0,25, avaliando a participação da família Trump em US$ 5,6 bilhões — contra US$ 1,1 bilhão no valor de pré-venda.

Entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, foram vendidos 20 bilhões de tokens a US$ 0,015 (US$ 300 milhões), seguidos por outros 5 bilhões a US$ 0,05 (US$ 250 milhões). Somando rodadas privadas, o projeto arrecadou US$ 590 milhões, dos quais US$ 442,5 milhões ficaram com os Trump, explica o site.

(Fonte: Coingecko)

Mesmo a US$ 0,25, o token continua significativamente mais alto para os primeiros  compradores que adquiriram unidades por cerca de US$ 0,015, comenta o Decrypt.

Redução da oferta do WLFI

Acerca da redução da oferta, que em teoria valoriza o preço do token, uma proposta publicada no fórum do projeto sugere usar as taxas de liquidez do protocolo em Ethereum, BSC e Solana para recomprar WLFI no mercado e queimá-los, reduzindo o fornecimento.

“Este programa remove de circulação tokens mantidos por participantes não comprometidos com o crescimento e a direção de longo prazo da WLFI, aumentando efetivamente o peso relativo para detentores comprometidos de longo prazo”, diz a proposta.

O objetivo, ressalta o Decrypt, é aumentar o valor relativo para os detentores de longo prazo, com o impacto diretamente ligado ao uso da rede: quanto maior a atividade, mais tokens seriam queimados. A comunidade WLFI, no entanto , é que decidirá: apoiar o direcionamento de todas as taxas de liquidez de propriedade do protocolo do tesouro para o programa de recompra e queima, se opor ao plano e manter as taxas no tesouro ou abster-se de expressar uma preferência.

Segundo o CoinDesk, a medida se aplica apenas às taxas geradas pela liquidez própria da WLFI. Provedores de liquidez terceirizados ou da comunidade não seriam afetados. Alternativas, como dividir as taxas entre o tesouro e as queimadas, foram consideradas, mas rejeitadas em favor da maximização do impacto por meio da alocação de 100% para as queimadas.

Contudo, destaca o site, outra proposta de governança está circulando, desta vez da comunidade e não da equipe, que veria 80% dos tokens WLFI ainda bloqueados e automaticamente apostados em pools, com recompensas retiradas da reserva da comunidade de 20%.

Os defensores argumentam que isso converteria a oferta ociosa em ativos produtivos e reduziria a pressão de venda, mas os críticos alertam que isso equivale a uma redistribuição e não a uma geração genuína de rendimento. O plano, concluiu a publicação, ainda está sendo debatido no fórum e não ganhou força em comparação com a proposta oficial de queima.

Tokenomics no lançamento

No lançamento, 24,67 bilhões de WLFI (24,7% do total) foram colocados em circulação, elevando o valor de mercado a US$ 6,8 bilhões, contra US$ 25 bilhões de valor totalmente diluído.

Parte desse fornecimento circulante inclui 10 bilhões de tokens para a World Liberty Financial, 7 bilhões para a Alt5 Sigma, 2,8 bilhões para liquidez e marketing, além de 20% dos ativos da venda pública desbloqueados. O restante — cerca de 75% da oferta — segue bloqueado, destinado ao tesouro, equipe e parceiros estratégicos.

A World Liberty Financial opera na rede Ethereum e integra o Aave V3 para empréstimos, com o WLFI atuando como token de governança do protocolo.

O projeto também lançou a stablecoin USD1, hoje a sexta maior do mercado, avaliada em US$ 2,6 bilhões. Em julho, os detentores aprovaram a negociação do WLFI, e nesta semana a equipe propôs usar as taxas de liquidez para recomprar e queimar tokens.

Família Trump e as criptomoedas

Além da WLFI, a família Trump controla 80% da memecoin oficial de Donald Trump, TRUMP, avaliada em US$ 6,7 bilhões, e possui participação no Trump Media & Technology Group, dono de 15.000 BTC (cerca de US$ 1,6 bilhão). O projeto também investe em várias criptomoedas.

No total, seu portfólio cripto já supera o valor estimado de US$ 2,65 bilhões de seus ativos imobiliários, embora ainda não realizado. Tudo isso foi conquistado em apenas sete meses desde que Trump abraçou o Bitcoin e o setor cripto, levantando críticas sobre possíveis conflitos de interesse.

Críticos do projeto, ressaltou o WSJ, afirmam que ele é um veículo potencial para influenciar a família Trump e que seu crescimento é impulsionado por parceiros e investidores que buscam ajuda da Casa Branca.

No MB, a sua indicação vale Bitcoin para você e seus amigos. Para cada amigo que abrir uma conta e investir, vocês ganham recompensas exclusivas. Saiba mais!

O post Família Trump fica US$ 5 bilhões mais rica com lançamento da criptomoeda WLFI apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *