Após retomar o patamar simbólico dos US$ 100 mil nos últimos dias, o Bitcoin iniciou uma nova alta nesta segunda-feira (12), alcançando a faixa dos US$ 104 mil e impulsionando um renovado sentimento de otimismo entre os investidores. Diante desse cenário, a pergunta que surge é: o atual rali tem força para renovar a máxima histórica de US$ 108.786?
Segundo especialistas, a resposta é sim — há potencial para um novo recorde de preço. No entanto, alguns fatores precisam se alinhar para que esse movimento se concretize.
Rony Szuster, head de research do MB, afirma que o BTC pode, sim, superar sua máxima histórica, mas ainda depende de condições estruturais mais sólidas:
“A recente pausa de 90 dias nas tarifas comerciais dos EUA, apesar de excluir a China, trouxe alívio ao mercado e abriu espaço para negociações diplomáticas, como as conversas em Genebra. Esse cenário mais ameno, somado à crescente adoção institucional e ao aumento da liquidez global, ajuda a sustentar a recuperação da principal criptomoeda”, afirma Szuster.
Apesar do otimismo, ele pondera que o rompimento sustentado da máxima deve ocorrer mais adiante: “É mais realista projetar esse rompimento de forma consolidada ao longo do segundo trimestre de 2025.”
Já Beto Fernandes, analista da Foxbit, ressalta que o potencial de alta está atrelado tanto aos fatores macroeconômicos quanto à demanda consistente por meio de ETFs.
“Entretanto, algumas cautelas são importantes neste período. A primeira delas é que o BTC reagiu de forma mais positiva ao acordo comercial entre Estados Unidos e Reino Unido do que com a China. Ou seja, esse recorte do tarifaço ainda não trouxe o ambiente mais confortável aos investidores. Então, se de um lado isso pode soar pessimista no curto prazo, sugere também que há espaço para mais ganhos, quando a situação estiver de fato resolvida.”
Cenário internacional reforça otimismo, mas alerta para volatilidade
O portal The Block entrevistou alguns analistas sobre o tema, que apontaram que apesar do cenário positivo, alertam que o mercado está em território de sobrecompra, o que pode trazer correções pontuais.
Para Rachael Lucas, analista da BTC Markets, um recuo momentâneo ou movimentação lateral não seria inesperado: “Um reteste e consolidação acima dos US$ 100 mil seria saudável e poderia preparar o terreno para novas altas”, disse.
Min Jung, analista da Presto Research, apontou na reportagem uma outra dinâmica: “Estamos vendo agora uma rotação clássica, com a dominância do Bitcoin atingindo níveis não vistos desde antes do mercado de alta de 2021 — e o capital começando a migrar para as altcoins.”
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