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  • Carteira cerebral: Veja a forma curiosa que Peter Todd salva suas senhas de Bitcoin

    Carteira cerebral: Veja a forma curiosa que Peter Todd salva suas senhas de Bitcoin

    O canadense Peter Todd, um dos desenvolvedores pioneiros do Bitcoin, é amplamente respeitado pela comunidade de criptomoedas. Mas o que realmente chama a atenção é sua abordagem singular em relação à segurança de seus ativos digitais: há pelo menos 13 anos, ele optou por armazenar os códigos de acesso aos seus bitcoins em uma “carteira cerebral” — ou seja, memorizando as informações em vez de registrá-las fisicamente.

    Para Todd, o segredo é não tentar memorizar tudo de uma vez, argumentando – e sendo óbvio – que “as pessoas costumavam ter dezenas de números de telefone na cabeça, memorizados um de cada vez”.

    O método de memorização adotado por Todd foi revelado há bastante tempo, em agosto de 2012, numa época em que as frases-semente ainda nem haviam sido implementadas. Ainda assim, fica a pergunta: se não for Peter Todd, qual outro bitcoiner hoje teria a ousadia de confiar todos os códigos de acesso exclusivamente à própria memória?

    Veja como replicar o método

    Peter Todd detalhou o seu método em uma publicação no tópico ‘Making a brain wallet “cheat sheet”’ (criando uma carteira cerebral “colinha”) feita no lendário fórum Bitcointalk, em 06 de agosto de 2012.

    Veja abaixo:

    “1) Gere uma senha que você consiga lembrar individualmente. Pessoalmente, eu uso o programa pwgen, que produz “senhas pronunciáveis”. Eu o uso no modo de 8 letras maiúsculas/numerais/símbolos.

    2) Anote a senha. Sim, isso é heresia; você a destruirá com segurança mais tarde.

    3) Memorize a senha. Isso é muito mais fácil do que você pensa. Descobri que, se eu passar 5 minutos por dia memorizando uma senha, consigo me lembrar dela facilmente em uma semana ou mais, e provavelmente a memorizei de forma praticamente permanente depois de um ou dois meses. Lembra de estudar na universidade? Use essas técnicas. Flashcards são muito eficazes; uma parte importante da memorização é ser forçado a lembrar o que você está tentando memorizar.

    4) Repita até ter 5 senhas diferentes memorizadas. Durante esse processo, ajuda fazer algo como criptografar arquivos diferentes com as subsenhas e praticar a descriptografia para garantir que você não esqueça as partes individuais. Isso também permite que você evite ter cópias de partes da senha se for paranoico.

    5) Pegue todas as cinco senhas e interligue-as em uma única super senha: eiS9ui@R + vi4Ug~ee + Aetito0 + ohB$oh9w + Roh”k2ie = eiS9ui@Rvi4Ug~eeAetito0ohB$oh9wRoh”k2ie

    6) Use esta senha! Eventualmente, você a esquecerá, embora o tempo que leva para esquecê-la diminua exponencialmente quanto mais você a usar. No meu caso, faço questão de usar minhas senhas todo mês, mais ou menos. Até mesmo lembrá-las mentalmente já é suficiente.

    Esta senha final agora tem 40 caracteres. Quão segura ela é? Queremos pelo menos 128 bits de entropia para tornar inviável o uso de força bruta na senha.

    Bem, para tornar a senha pronunciável, o pwgen filtra combinações de letras impronunciáveis, o que, grosso modo, significa que as vogais são separadas por constantes. Para fins de análise, digamos que temos um formato vCvCvCvC estrito; o algoritmo atual permite mais possibilidades. Assim, cada senha de 8 caracteres se divide em 4 pares, cada um com 105 combinações possíveis. log((105^4)^5)/log(2)=134, ou seja, temos 134 bits de entropia. Ótimo!

    Um caractere maiúsculo por senha adiciona cerca de 8 possibilidades a mais. Um numeral adiciona aproximadamente mais 8*10 e um símbolo adiciona 8*32. log((105^4*8*8*10*8*32)^5)/log(2)=221 bits de entropia – quase o nível padrão ouro de 256 bits que a criptografia moderna fornece.

    O segredo é não tentar memorizar tudo de uma vez. Divida a tarefa em algumas subtarefas, ou seja, subsenhas, e memorize-as uma após a outra. As pessoas costumavam ter dezenas de números de telefone na cabeça, memorizados um de cada vez.

    O famoso quadrinho de força de senha do xkcd ( http://xkcd.com/936/) também é um bom conselho, claro, embora para uma senha criptografada você precise de algo como 12 palavras escolhidas aleatoriamente. O que quero dizer é que, mesmo fazendo as coisas “do jeito mais difícil”, é mais fácil inventar uma senha realmente boa do que as pessoas imaginam. Você só precisa confiar que realmente consegue aprender.

    As pessoas costumavam decorar livros inteiros, palavra por palavra. Atores ainda decoram centenas de falas para peças longas, o tempo todo. Não é tão difícil assim.

    Claro, sejamos realistas, o cidadão comum não vai fazer nada disso…”

    Quem é Peter Todd?

    No ano passado, a Forbes traçou um pouco do perfil de Peter Todd após o documentário “Money Electric: O Mistério do Bitcoin”, da HBO, apontar Todd como o misterioso criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto — embora pouquíssimas pessoas acreditem nesta teoria.

    Peter Todd começou a contribuir com o código do Bitcoin em 2012. Ele também é o fundador do OpenTimestamps, um projeto de código aberto desenvolvido para fornecer um formato padrão para registro de data e hora em blockchain.

    Ele esteve envolvido em projetos conhecidos como “bitcoin 2.0”, incluindo o Counterparty — uma tentativa pioneira de trazer NFTs para a blockchain em 2014 —, um ICO chamado Mastercoin e o Colored Coins — um experimento que lembra o protocolo Ordinals.

    Além disso, Peter Todd participou do lançamento da criptomoeda de privacidade Zcash em 2016, junto com o denunciante da NSA, Edward Snowden, “destruindo publicamente o computador que ele usou para criar a criptomoeda”.

    Em 2019, Peter Todd foi acusado de má conduta sexual pela especialista em tecnologia de privacidade Isis Lovecruft, desenvolvedora do Tor, encerrando seu processo de difamação aberto em resposta à alegação em 2020.

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  • Shopify vai aceitar pagamentos com criptomoedas em parceria com Coinbase

    Shopify vai aceitar pagamentos com criptomoedas em parceria com Coinbase

    Consumidores em breve poderão comprar qualquer produto de lojas que utilizam a plataforma Shopify usando a stablecoin USDC, emitida pela Circle, por meio da Base — a rede de segunda camada da Coinbase — graças a uma nova parceria entre a Shopify e a Coinbase.

    Segundo o CEO da Shopify, Tobi Lutke, o recurso já está em fase de acesso antecipado e será implementado gradualmente para todos os lojistas ao longo do ano.

    “Achamos que as stablecoins são uma forma natural de transacionar na internet e trabalhamos com a Coinbase para desenvolver o contrato inteligente do protocolo de pagamentos comerciais que sustenta essa novidade”, publicou Lutke no X (antigo Twitter).

    O executivo da Shopify subiu ao palco ao lado do CEO da Coinbase, Brian Armstrong, durante o evento Coinbase State of Crypto Summit 2025, na quinta-feira (12), para anunciar a novidade ao público, afirmando que a Shopify está “extremamente alinhada com tudo o que o universo cripto representa”.

    “Clientes que acessarem lojas na Shopify verão a opção de pagamento com USDC na Base e poderão usá-la da mesma forma que qualquer outro método de pagamento”, afirmou Lutke.

    Anteriormente, os consumidores já podiam pagar com criptomoedas em lojas da Shopify por meio de plugins como Solana Pay ou Coinbase Commerce. Mas, futuramente, a opção de pagar com USDC na Base estará integrada automaticamente.

    O papel da Stripe

    Para viabilizar essa nova experiência de pagamento, a Shopify e a Coinbase se uniram à gigante de pagamentos Stripe e desenvolveram um protocolo de pagamentos sem permissão (permissionless) e contratos inteligentes para lidar com mecânicas de pagamento mais complexas.

    “O que fizemos foi construir um contrato inteligente que modela esse tipo de máquina de estados complexa, que retém o dinheiro em escrow e depois o libera ao lojista quando a transação é concluída”, explicou Lutke.

    Chamado de Commerce Payments Protocol, o protocolo de código aberto traz melhorias importantes para os pagamentos em comércio eletrônico que antes não existiam.

    “Pagamentos on-chain funcionam para transações ponto a ponto, mas não para compras comerciais mais complexas, que exigem um processo de comprometimento em várias etapas”, publicou Conner Swenberg, engenheiro de software da Base, também no X.

    “Por exemplo, lojistas podem ficar sem estoque e precisar cancelar uma compra, clientes podem solicitar reembolsos, pedidos podem ser entregues em múltiplas remessas, entre outros cenários”, acrescentou. “O Commerce Payments Protocol preenche essa lacuna para permitir o comércio on-chain em escala.”

    O protocolo permitirá ainda que lojistas ofereçam incentivos aos clientes, como cashback de 1% nas compras.

    “Do meu ponto de vista, o mais importante é que, pela primeira vez, uma grande plataforma de e-commerce está adotando pagamentos com cripto — e isso mostra que as criptomoedas estão atualizando o sistema financeiro”, disse Armstrong.

    A Shopify já havia integrado o Solana Pay em 2023, permitindo pagamentos em USDC na Solana. Esse plugin recebeu uma grande atualização no ano passado, abrindo espaço para pagamentos com centenas de ativos diferentes da blockchain da Solana.

    A Stripe, parceira da iniciativa, tem se envolvido cada vez mais com o setor cripto. Na quarta-feira, anunciou a aquisição da empresa de infraestrutura de carteiras Privy e, em outubro, comprou a plataforma de pagamentos com stablecoins Bridge por US$ 1,1 bilhão.

    A Circle, emissora da stablecoin USDC, realizou sua oferta pública inicial (IPO) na semana passada, com ações precificadas a US$ 31. Até segunda-feira, os papéis haviam mais que quadruplicado de valor, encerrando a quinta-feira cotados a US$ 106,54 — ainda bem acima do preço inicial.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Fundador de empresa cripto é preso por inflar preço de memecoins

    Fundador de empresa cripto é preso por inflar preço de memecoins

    A empresa de market making de criptomoedas Gotbit e seu fundador foram condenados na sexta-feira (13) por utilizarem a prática de wash trading para inflar artificialmente o volume de negociação de memecoins em nome de seus clientes.

    A juíza Angel Kelley, do Tribunal Distrital dos EUA em Massachusetts, determinou que a Gotbit Consulting LLC entregasse US$ 23 milhões em criptomoedas apreendidas, enquanto o fundador Aleksei Andriunin foi sentenciado a oito meses de prisão e um ano de liberdade supervisionada.

    Ambos foram acusados, em 2024, de manipulação de mercado, fraude eletrônica e conspiração. As acusações fizeram parte de uma repressão mais ampla anunciada em outubro, quando o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) indiciou 14 pessoas e quatro empresas — incluindo Gotbit, ZM Quant, CLS Global e MyTrade — por manipulação de mercado e fraude eletrônica.

    Como parte do acordo judicial firmado em março, a Gotbit concordou em entregar mais de US$ 22,8 milhões em criptomoedas, incluindo aproximadamente US$ 9 milhões em Tether (USDT) e US$ 4,2 milhões em USDC de uma carteira, além de outras duas carteiras contendo US$ 5 milhões e US$ 4,7 milhões em USDT.

    Perda incalculável

    O tribunal concluiu que o esquema causou prejuízos financeiros a investidores que compraram criptomoedas supervalorizadas, mas as perdas ou lucros totais não puderam ser calculados com precisão para fins de sentença, o que resultou em uma pena reduzida para Andriunin.

    “Estamos extremamente satisfeitos com a sentença, e ele está ansioso para voltar para casa com a esposa e a família”, declarou o advogado de Andriunin, Roger Burlingame, em comunicado.

    Em março, Andriunin se declarou culpado das acusações de fraude eletrônica e conspiração para manipulação de mercado.

    “Entre 2018 e 2024, a Gotbit prestou serviços de manipulação de mercado para criar volume de negociação artificial para diversas empresas de criptomoedas, incluindo companhias localizadas nos Estados Unidos e outras cujos ativos cripto eram negociados em plataformas acessíveis a investidores norte-americanos”, afirmou o DOJ em nota.

    O que é wash trading?

    Wash trading é uma prática na qual o mesmo ativo é comprado e vendido repetidamente para inflar o volume de negociação sem qualquer atividade real de mercado. Frequentemente, essa manipulação é feita com múltiplas contas ou em conluio com terceiros.

    Segundo o DOJ, Andriunin desenvolveu um software que executava negociações entre contas controladas para simular volume legítimo. A empresa promovia essas ferramentas como uma forma de obter listagens em plataformas como o CoinMarketCap e em grandes corretoras de criptomoedas.

    “A Gotbit admitiu que realizou negociações manipulativas para aumentar artificialmente o preço e o volume de tokens para clientes que incluíam Robo Inu e Saitama”, disseram os promotores.

    A Gotbit é o terceiro market maker de criptoativos condenado por wash trading ilegal, seguindo o fundador da MyTrade em outubro de 2024 e a CLS Global FZC LLC em abril de 2025, segundo o DOJ.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Bitcoin recupera US$ 105 mil e evita “modo pânico” com guerra entre Israel e Irã

    Bitcoin recupera US$ 105 mil e evita “modo pânico” com guerra entre Israel e Irã

    O Oriente Médio está novamente em guerra, com as tensões crescentes entre Israel e Irã assustando os mercados e derrubando os preços tanto de ativos tradicionais quanto de criptomoedas, como o Bitcoin e o Ethereum, que atingiram mínimas semanais. Mas será que os investidores em Bitcoin devem entrar em pânico? Os dados atuais não apoiam essa visão.

    Na manhã deste sábado (14), o Bitcoin registra um leve ganho de 0,6% nas últimas 24 horas, sendo negociado a US$ 105.079, enquanto o Ethereum mostra a mesma recuperação, para US$ 2.534.

    Na tarde passada, à medida que o agravamento das tensões no Oriente Médio provocava uma forte aversão ao risco nos mercados de criptomoedas, o BTC caia 4% e o ETH mais de 8%. A liquidação, que começou durante o pregão asiático em 13 de junho, eliminou mais de US$ 420 bilhões do valor total de mercado das criptomoedas e desencadeou liquidações alavancadas no valor de US$ 1,2 bilhão.

    Após a notícia de que Israel havia lançado uma grande operação militar contra o Irã, os ativos digitais de fato despencaram. Os ataques aéreos antes do amanhecer, que miraram instalações nucleares e militares iranianas, causaram ondas de choque nos mercados financeiros globais, com as criptomoedas sofrendo a maior pressão vendedora, à medida que os investidores corriam para ativos considerados mais seguros.

    Leia também: Por que o Bitcoin cai e o ouro sobe em meio ao conflito entre Israel e Irã?

    As chances de uma escalada tão dramática pareciam remotas até poucos dias atrás. A probabilidade de um ataque israelense ao Irã era negociada abaixo de 20% ao longo da semana no mercado de previsões Polymarket, chegando a cair para 11% em determinados momentos.

    E este é o problema para os mercados — não a guerra em si, mas a incerteza. Atualmente, no Myriad Markets — um mercado de previsões desenvolvido pela empresa-mãe do Decrypt, Dastan — as chances de um acordo nuclear entre EUA e Irã até o fim da semana caíram para apenas 4,7%.

    Enquanto isso, o S&P 500 caiu 0,66% e o índice Dow Jones recuou 1,17%, com investidores buscando refúgios tradicionais. O ouro disparou 1,8%, atingindo US$ 3.445 por onça, aproximando-se de sua máxima histórica de US$ 3.500,05, enquanto o preço do petróleo Brent saltou até 9,21% durante o pregão asiático, antes de se estabilizar com alta de cerca de 7%, a US$ 72,6 por barril.

    Os movimentos bruscos nas commodities refletiram preocupações reais com a oferta. O Irã, terceiro maior produtor da OPEP, controla infraestrutura crítica de petróleo, e qualquer conflito prolongado pode afetar seriamente os mercados globais de energia. As ações do setor de defesa, como esperado, dispararam. Para efeito de comparação, Lockheed Martin e Palantir subiram cerca de 3%, com investidores se posicionando para uma possível escalada militar.

    Medo ainda não domina mercado cripto

    O Índice de Medo e Ganância das criptomoedas, que mede o apetite dos investidores por esses ativos de risco, recuou de 65 para 54, passando de “ganância” para “neutro” — uma correção saudável, e não um sinal de pânico extremo, como os normalmente associados a fundos de mercado.

    Essa mudança moderada no sentimento, combinada com entradas contínuas de US$ 86,31 milhões em ETFs de Bitcoin, apesar da queda nos preços, sugere que a convicção institucional permanece firme.

    Bitcoin mostra resposta controlada

    Diante desse cenário de pânico nos mercados tradicionais, a queda atual do para o nível de US$ 105 mil parece notavelmente contida. Sim, a principal criptomoeda provocou liquidações alavancadas de US$ 1,2 bilhão ao romper abaixo do nível psicologicamente importante de US$ 106 mil. Mas, considerando a magnitude do choque geopolítico, a liquidação carece das características típicas de um verdadeiro pânico.

    A análise técnica reforça essa tese. O Índice de Força Relativa (RSI) do Bitcoin no gráfico diário está em 47 — abaixo dos níveis de sobrecompra próximos a 80 na semana passada, mas ainda firmemente em território neutro. Isso sugere realização de lucros, e não capitulação.

    O Índice Direcional Médio (ADX), que mede a força de uma tendência independentemente da direção, está agora em 17, indicando um impulso direcional fraco. Isso significa que o movimento atual carece da convicção normalmente observada durante quedas impulsionadas por crises, o que está alinhado com a recente lateralização da moeda.

    A Média Móvel Exponencial (EMA) do Bitcoin é ainda mais reveladora. A EMA mede o preço médio de um ativo ao longo de determinado período. A EMA de 50 dias do Bitcoin, em US$ 102.513, serviu como resistência inicial na tentativa de recuperação, sugerindo que os níveis técnicos ainda importam — um sinal de que negociações algorítmicas, e não pânico emocional, estão guiando a ação de preço. A EMA de 200 dias está bem mais abaixo, em US$ 92.687, mostrando que a tendência de alta de longo prazo continua intacta.

    Para o Bitcoin, o teste imediato é recuperar o nível de US$ 105.757 (confluência das EMAs de 50 e 200 dias). Caso não consiga romper esse patamar, os alvos passam a ser: US$ 100.000 como suporte psicológico e US$ 95.000 como suporte visível nos gráficos.

    A resistência superior está em US$ 110.000, com a recente máxima histórica próxima a US$ 111.891 permanecendo como o nível-chave a ser reconquistado pelos compradores.

    Ethereum e altcoins sofrem mais

    A queda mais expressiva do Ethereum desde o aumento dos conflitos no Oriente Médio, atingindo a mínima diária de US$ 2.439, reflete a típica rotação de risco das altcoins para o Bitcoin durante períodos de estresse no mercado. Apesar de registrar 19 dias consecutivos de entradas em ETFs, o ETH não conseguiu se manter acima de US$ 2.700, com traders reduzindo exposição.

    Os indicadores técnicos da segunda maior criptomoeda pintam um cenário mais pessimista do que o do Bitcoin. Com RSI em 50,6 e ADX em 22 — mostrando que o impulso da recuperação está muito fraco e que a tendência de baixa de longo prazo ainda se mantém — o Ethereum apresenta um movimento direcional mais forte para baixo.

    O preço está atualmente próximo da EMA de 200 dias (US$ 2.473), tendo rompido esse nível durante a liquidação. A EMA de 50 dias está em US$ 2.417, e um rompimento abaixo desse patamar indicaria uma mudança de tendência mais significativa.

    Os compradores do Ethereum, portanto, precisam defender o nível atual de US$ 2.552 para evitar uma correção mais profunda. Os níveis-chave a observar são as resistências em US$ 2.738 e um suporte imediato próximo aos níveis psicológicos de US$ 2.417.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • ‘Ataque dos clones’: Coinbase alerta sobre riscos do modelo de tesouraria de Bitcoin da Strategy

    ‘Ataque dos clones’: Coinbase alerta sobre riscos do modelo de tesouraria de Bitcoin da Strategy

    A Coinbase emitiu um alerta contundente na quinta-feira (12) às empresas de capital aberto que estão apostando tudo no Bitcoin: os ganhos podem ser viciantes agora — mas, quando a música parar e os preços caírem, o desastre pode ser inevitável.

    Em um relatório sobre as perspectivas do mercado cripto para o segundo semestre de 2025, o chefe de pesquisa da Coinbase, David Duong, previu que a recente tendência de corporações americanas criarem tesourarias bilionárias em Bitcoin pode ser positiva no curto prazo, mas representa “riscos sistêmicos” para todo o ecossistema de criptomoedas no médio e longo prazo.

    Na esteira de grandes empresas listadas em bolsa, como a Strategy e a Tesla, que gastaram bilhões de dólares comprando Bitcoin, mais de uma centena de outras companhias negociadas em Wall Street seguiram o mesmo caminho nos últimos meses.

    No total, 126 empresas de capital aberto atualmente detêm, juntas, 819.857 BTC — uma soma avaliada em mais de US$ 87 bilhões no momento da redação, segundo o site BitcoinTreasuries.net.

    Essa dinâmica criou um cenário potencial de “ataque dos clones”, segundo a Coinbase, no qual a tendência viral pode em breve desencadear consequências devastadoras.

    O incentivo para que empresas de capital aberto comprassem Bitcoin tornou-se irresistível em dezembro, afirmou Duong. Naquele mês, novas regras contábeis passaram a permitir que essas companhias registrassem ganhos não realizados com criptoativos em seus balanços.

    Essa mudança coincidiu com uma alta massiva (e ainda em andamento) do Bitcoin. Assim, nos últimos meses, dezenas de empresas de capital aberto investiram coletivamente bilhões de dólares na principal criptomoeda do mundo — como uma forma fácil de impulsionar o preço de suas ações.

    Leia também: Méliuz faz oferta de ações para levantar R$ 450 milhões e comprar mais Bitcoin

    Até mesmo a empresa de mídia do presidente dos EUA, Donald Trump, também listada em bolsa, levantou US$ 2,4 bilhões no mês passado para formar sua própria tesouraria em Bitcoin, seguindo a tendência que GameStop e muitas outras empresas adotaram recentemente.

    E quando o Bitcoin cair?

    Duong alerta, no entanto, que quando o preço do Bitcoin começar a cair, essas empresas — que levantaram capital barato para comprar a criptomoeda por meio da emissão de debêntures conversíveis — terão que começar a pagar seus investidores e provavelmente serão forçadas a “vender seus criptoativos, possivelmente com prejuízo”.

    “Assim, o receio é que vendas indiscriminadas por várias entidades ao mesmo tempo (para honrar essas dívidas) possam levar a liquidações no mercado e a uma queda generalizada nos criptoativos”, escreveu Duong.

    “Se os preços começarem a cair e essas entidades perceberem uma saída cada vez mais estreita, outras podem correr para vender também, desestabilizando o mercado antes mesmo que surjam problemas reais de pagamento da dívida”, acrescentou.

    Embora o analista antecipe que uma calamidade desse tipo não seria tão devastadora quanto os colapsos anteriores do mercado cripto, e diga estar “confiante na trajetória ascendente do Bitcoin mesmo diante desses riscos”, ele ainda assim classificou o possível impacto de tal cenário como “sistêmico”.

    Nos últimos dias, outros analistas começaram a soar alarmes semelhantes. Na semana passada, o banco Standard Chartered previu que cerca de metade das empresas de capital aberto não ligadas ao setor cripto, mas com reservas em Bitcoin, ficariam no prejuízo se o ativo caísse abaixo de US$ 90 mil.

    No mês passado, o próprio CEO da Coinbase, Brian Armstrong, afirmou que apostar tudo em uma reserva de Bitcoin, como fez a Strategy, teria sido uma decisão “arriscada demais” nos primeiros anos da empresa.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Méliuz levanta R$ 180 milhões para comprar mais Bitcoin

    Méliuz levanta R$ 180 milhões para comprar mais Bitcoin

    A Méliuz, a primeira empresa brasileira com tesouraria baseada em Bitcoin, arrecadou R$ 180 milhões (US$ 32,5 milhões) em uma oferta de ações destinada à aquisição de mais BTC. A notícia surge menos de duas semanas após o anúncio da oferta.

    A empresa de cashback já havia começado sua jornada no mundo das criptomoedas em março deste ano, com a compra de US$ 4,1 milhões em Bitcoin. A meta, contudo, é arrecadar cerca de R$ 450 milhões (US$ 78,6 milhões) para expandir o investimento.

    “Nossa oferta de ações foi 2x sobreinscrita. R$ 180 milhões levantados para acelerar a acumulação de Bitcoin”, destacou em um post no X nesta sexta-feira (13) o fundador da empresa, Israel Salmen.

    (Reprodução/X)

    A empresa, que é negociada na B3 sob o ticker CASH3, planejava inicialmente oferecer 17 milhões de ações ordinárias para levantar R$ 150 milhões (US$ 26,2 milhões). Havia ainda a possibilidade de ampliação da oferta em até 200%, o que poderia triplicar o valor captado caso houvesse demanda.

    O preço da nova emissão estava definido para 12 de junho, com início da negociação das novas ações marcado para 16 de junho.

    Leia também: O que é um tesouro corporativo de Bitcoin? A estratégia do momento entre as empresas

    Méliuz e Bitcoin

    Desde março, quando anunciou a compra de US$ 4,13 milhões em BTC, a Méliuz acumulou 320,2 BTC. Ela foi uma das primeiras fintechs brasileiras a oferecer exposição a criptomoedas para seus clientes. Esse novo movimento faz parte de uma estratégia para ampliar seu envolvimento com a indústria cripto.

    “Em vez de apenas alocar parte do caixa em Bitcoin como proteção contra a inflação ou desvalorização cambial, a empresa reposicionou seu propósito para atuar maximizando a quantidade de Bitcoin por ação”, afirmou a companhia em comunicado anterior sobre a mudança de estratégia.

    As reservas de Bitcoin da Méliuz registram atualmente um lucro não realizado modesto de 3,52%, segundo dados do Bitcoin Treasuries, com preço médio de compra de US$ 101.575 por moeda.

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  • Vira-casaca? Comunidades da Polkadot e Cardano querem uma reserva de Bitcoin

    Vira-casaca? Comunidades da Polkadot e Cardano querem uma reserva de Bitcoin

    Cardano (ADA) e Polkadot (DOT), duas gigantes do setor de criptomoedas que juntas formam um mercado de quase US$ 30 bilhões, podem ter em breve Bitcoin em seus caixas, caso as propostas de conversão de US$ 100 milhões e US$ 2 milhões, respectivamente, de seu ativos em BTC avancem. 

    O criador da Cardano, Charles Hoskinson, propôs converter US$ 100 milhões de ADA em BTC e stablecoins para impulsionar o ecossistema DeFi da Cardano. Enquanto isso, um membro da comunidade Polkadot colocou em votação a criação de uma reserva de tBTC, uma versão sintética do BTC baseado na rede Solana, ou seja, um ativo lastreado no preço do BTC.

    Bitcoin na Cardano

    Em uma live no YouTube na quinta-feira (12), Hoskinson lançou a ideia de converter US$ 100 milhões em tokens ADA em Bitcoin: “Poderíamos pegar US$ 100 milhões em ADA do tesouro, convertê-los em uma mistura de stablecoins da Cardano, como USDM e USDA, e converter parte disso em Bitcoin”.

    Rebatendo críticas, incluindo do CEO da Cardano Foundation, Frederik Gregaard, Hoskinson acrescentou que a iniciativa “não causaria nenhum problema”, ou seja, não impactaria o preço da ADA.

    Bitcoin na Polkadot

    O membro pseudônimo da comunidade Polkadot, hippiestank, apresentou em janeiro deste ano a proposta #1394 para a criação de uma Reserva Estratégica de Bitcoin destinada ao Tesouro da plataforma.

    “Um dos ativos mais fortes da última década, o Bitcoin continua apresentando bom desempenho. Esta é uma oportunidade para a Polkadot se proteger contra a incerteza, ao mesmo tempo em que sinaliza para a indústria em geral que acreditamos e apoiamos um futuro multichain”, argumenta hippiestank.

    O plano sugere a utilização de 500.000 DOT para adquirir tBTC de forma gradual ao longo de um ano. A conversão hoje seria de cerca de US$ 2 milhões. A proposta ainda está em discussão no fórum da comunidade.

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  • Senadores dos EUA investigam o interesse renovado da Meta por stablecoins

    Senadores dos EUA investigam o interesse renovado da Meta por stablecoins

    Resumo

    • Warren e Blumenthal enviaram uma carta a Mark Zuckerberg exigindo detalhes sobre os esforços da Meta com a stablecoin.
    • Os senadores alertam que a Meta pode usar dados financeiros indevidamente e consolidar poder econômico.
    • A investigação ocorre após relatos de que a Meta está em negociações com empresas de criptomoedas para integrar pagamentos com stablecoins em suas plataformas.

    A senadora Elizabeth Warren (Democratas/Massachusetts) e o senador Richard Blumenthal (Democratas/Connecticut) enviaram uma carta ao CEO da Meta, Mark Zuckerberg, na quarta-feira (11), exigindo respostas sobre a busca renovada da gigante da tecnologia por pagamentos com stablecoins.

    “A emissão ou o controle de suas próprias moedas privadas por grandes empresas de tecnologia, como uma stablecoin, ameaçaria a concorrência na economia, prejudicaria a privacidade financeira e cederia o controle da oferta de moeda dos EUA a plataformas monopolistas que têm um histórico de abuso de poder”, escreveram os senadores.

    Warren e Blumenthal alertaram que, com 3,5 bilhões de usuários diários da Meta, a empresa poderia consolidar poder econômico significativo e prejudicar a concorrência.

    A investigação dos senadores democratas ocorre após uma reportagem da Fortune indicar que a Meta está em discussões com empresas de criptomoedas sobre a integração de stablecoins em suas plataformas, incluindo Instagram, Facebook e WhatsApp

    A exploração de stablecoins pela Meta marca uma tentativa de retorno após o fracasso de seu projeto Libra em 2019. A iniciativa, mais tarde renomeada Diem, fracassou sob intenso escrutínio regulatório e oposição política bipartidária antes de finalmente vender seus ativos em 2022. 

    Meta teria poder descontrolado

    A carta dos senadores estabelece conexões entre os fracassos passados ​​da Meta e os riscos atuais, destacando o “histórico preocupante” de operações da empresa.

    A carta alertava que, se a Meta controlasse sua própria stablecoin, “a empresa poderia bisbilhotar ainda mais as transações e atividades comerciais dos consumidores”. 

    Stablecoins são criptomoedas atreladas ao valor de ativos tradicionais, como o dólar americano, projetadas para oferecer estabilidade de preços e são comumente usadas para pagamentos e transferências.

    Os senadores declararam que a Meta poderia utilizar grandes quantidades de dados de consumidores “para alimentar esquemas de preços de vigilância em sua plataforma, publicidade direcionada mais intrusiva ou, de outra forma, ajudar a empresa a monetizar informações privadas confidenciais por meio de vendas a corretores de dados terceirizados”.

    Eles deram a Zuckerberg até 17 de junho para responder a oito perguntas detalhadas sobre os planos da stablecoin da Meta, incluindo quais empresas a gigante da tecnologia consultou e se ela está considerando lançar seu próprio token. 

    Os senadores também querem saber se a Meta fez lobby pela legislação sobre criptomoedas e se ela se oporia às emendas que proíbem empresas de “Big Tech” de controlar emissores de stablecoins.

    A investigação ocorre em um momento crítico, já que o Senado votou por 68-30 na quarta-feira para avançar o GENIUS Act, uma legislação “que permitiria explicitamente que grandes empresas de tecnologia como a Meta emitissem suas próprias stablecoins”, de acordo com a carta.

    “Ao aprovar a Lei GENIUS, o Senado não está apenas prestes a abençoar essa corrupção, mas também a facilitar ativamente sua expansão”, disse Warren no plenário do Senado, referindo-se aos laços do presidente Donald Trump com a plataforma de criptomoedas apoiada por sua família, a World Liberty Financial.

    O Decrypt entrou em contato com a Meta para obter comentários. Em maio, o diretor de comunicações Andy Stone disse no X que não havia “nenhuma stablecoin da Meta” em desenvolvimento.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt

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  • Astro da NBA paga indenização de R$ 10 milhões por divulgar a FTX

    Astro da NBA paga indenização de R$ 10 milhões por divulgar a FTX

    Shaquille O’Neal concordou em pagar US$ 1,8 milhão em um processo coletivo que o acusa de ajudar a promover a exchange de criptomoedas FTX, hoje falida.

    O ex-jogador da NBA havia chegado a um acordo preliminar em abril, sem admitir culpa, em um tribunal federal da Flórida. Pouco depois, várias outras ações contra celebridades ligadas à FTX tiveram suas alegações limitadas, embora os investidores tenham recebido autorização para reformular suas queixas.

    O acordo mais recente, se aprovado pelo tribunal, encerrará oficialmente a ação coletiva e cobrirá honorários advocatícios, custos administrativos e compensações para os investidores que depositaram dinheiro ou possuíam o token da FTX, o FTT, entre maio de 2019 e o final de 2022.

    Ele também concede a O’Neal uma ampla liberação de responsabilidade futura e o impede de buscar reembolso junto à massa falida da FTX.

    Os advogados de O’Neal disseram à CNBC que estavam “satisfeitos por deixar esse assunto para trás”.

    A ação coletiva se baseia na alegação de que O’Neal “participou ativamente” da promoção da oferta e venda de valores mobiliários não registrados pela FTX. Ele chegou a aparecer em um comercial — hoje infame — dizendo estar “100% dentro” da plataforma, apesar de mais tarde afirmar que não entendia totalmente as criptomoedas.

    Pressionado

    O processo faz parte de um esforço jurídico mais amplo para responsabilizar celebridades que endossaram a FTX antes de seu colapso no final de 2022.

    Os autores da ação alegam que figuras como O’Neal ajudaram a retratar a FTX como uma plataforma confiável e legítima, incentivando sua adoção — o que acabou levando à perda de bilhões em ativos de clientes.

    Outras celebridades citadas em ações semelhantes incluem os astros da NFL Tom Brady e Trevor Lawrence, a campeã de tênis Naomi Osaka e o investidor do Shark Tank Kevin O’Leary. Alguns, como Lawrence e os youtubers Tom Nash e Kevin Paffrath, já chegaram a acordos cujos valores não foram divulgados.

    Leia também: Brasileiro processa Gisele Bündchen e pede R$ 390 milhões por prejuízos com a FTX

    O’Neal já havia sido criticado por tentar evitar a citação judicial no caso da FTX, com advogados do escritório Moskowitz supostamente fazendo plantão nos estúdios da TNT em Atlanta para entregar a intimação.

    Documentos judiciais mostram que O’Neal recebeu cerca de US$ 750 mil por seu trabalho promocional com a FTX.

    Este não é o único problema legal de O’Neal relacionado ao setor de criptoativos. Em 2024, ele concordou em pagar US$ 11 milhões para encerrar um processo sobre a promoção do projeto NFT Astrals, que os autores alegam ter sido abandonado por ele após o marketing inicial.

    A quebra da FTX

    A FTX, que chegou a ser avaliada em dezenas de bilhões de dólares, entrou em colapso em 2022 em meio a acusações de fraude e má gestão por parte do fundador Sam Bankman-Fried.

    Os documentos da falência da empresa revelaram gastos massivos com marketing, incluindo um contrato de US$ 135 milhões pelos direitos de nome do estádio do Miami Heat e mais de US$ 6 milhões por um comercial de 30 segundos no Super Bowl.

    Bankman-Fried foi condenado a 25 anos de prisão em março de 2024.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Por que o Bitcoin cai e o ouro sobe em meio ao conflito entre Israel e Irã?

    Por que o Bitcoin cai e o ouro sobe em meio ao conflito entre Israel e Irã?

    Na noite de quinta-feira (12), jatos de combate israelenses atacaram instalações nucleares iranianas, desencadeando uma onda de instabilidade nos mercados globais. O cenário dividiu os investidores em dois grupos: os que buscaram proteção e os que fugiram do risco.

    O ouro, há muito considerado um porto seguro, atraiu investidores em busca de refúgio diante do agravamento do conflito no Oriente Médio. O Bitcoin, muitas vezes chamado de “ouro digital”, acabou seguindo a trajetória dos ativos de risco, em vez de se valorizar.

    “O comprador tradicional de ouro ainda não está no mercado de criptoativos”, disse Stephen Wundke, diretor de estratégia e receita da gestora quantitativa de ativos digitais Algoz, ao Decrypt. Ele acrescentou que os compradores de ouro são “investidores avessos ao risco, que sempre voltarão ao refúgio que enxergam no ouro sempre que houver potencial de conflito”.

    Embora o ouro tenha subido mais de 2% no dia, Wundke acredita que isso “está longe de ser uma corrida por proteção”, observando que o Bitcoin, por exemplo, já vinha caindo “bem antes de qualquer notícia sobre o ataque ao Irã”.

    Dados do CoinGecko mostram que o Bitcoin está em 3% nesta sexta-feira (13), negociado a US$ 104.342, mas chegou a atingir uma mínima diária de US$ 103.900, à medida que surgiam os primeiros relatos dos ataques aéreos israelenses contra instalações nucleares iranianas.

    Ao mesmo tempo, o ouro disparou para US$ 3.427,90 por onça, evidenciando como os dois ativos reagem de maneira oposta durante uma crise geopolítica. O metal precioso acumula alta de 7% no último mês e mais de 46% no ano, segundo dados do Trading Economics.

    “O Bitcoin às vezes é visto como um porto seguro, mas na prática, ele costuma se mover em linha com ações de tecnologia, e não com o ouro”, explicou Jay Jo, analista sênior da Tiger Research. “Por causa dessa correlação, Bitcoin e ouro podem apresentar comportamentos de preço opostos durante crises geopolíticas.”

    Realidade do risco

    Enquanto a poeira ainda não assentou, altcoins como Ethereum, XRP e Solana sofreram liquidações superiores a US$ 1 bilhão, a maior parte em posições longas. Por outro lado, ativos tradicionalmente considerados seguros — como ouro, dólar e títulos do governo dos EUA — atraíram fluxos de proteção, à medida que investidores se desfizeram de ativos de risco.

    “Os fundamentos estão pesando mais sobre o BTC do que os problemas no Oriente Médio, neste momento”, observou Wundke. Ele acrescentou que junho é “tradicionalmente um mês calmo para o BTC” e que o mercado parece estar “em fase de consolidação”.

    Ainda assim, Wundke argumentou que, se houver “uma escalada significativa no Oriente Médio”, isso pode afetar o Bitcoin e empurrar seu preço para abaixo dos US$ 100 mil.

    O sentimento do mercado piorou nas últimas 24 horas. Embora o índice Crypto Fear and Greed esteja atualmente em 61 — indicando ganância —, ele caiu 10 pontos no dia.

    A base de investidores mais jovem e propensa a alavancagem do Bitcoin pode ter contribuído para a intensidade da queda, segundo alguns analistas, que apontam uma possível mudança estrutural em andamento.

    “O argumento otimista é que, ao longo do tempo, os jovens se importam mais com isso do que os mais velhos”, disse Mike Novogratz, CEO da Galaxy Digital, em entrevista à CNBC na sexta-feira. O ouro “lentamente será substituído pelo Bitcoin”, à medida que o criptoativo alfa se consolida como um “ativo macro” institucionalizado, acrescentou.

    Citando a demanda crescente de instituições financeiras como a BlackRock, Novogratz afirmou que o interesse pelo Bitcoin como ativo macroeconômico pode ser comparado a “uma bola rolando ladeira abaixo”.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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