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  • Google diz que pode ser 20 vezes mais fácil para computadores quânticos quebrarem o Bitcoin

    Google diz que pode ser 20 vezes mais fácil para computadores quânticos quebrarem o Bitcoin

    O Google acaba de divulgar um novo artigo científico, e os maximalistas do Bitcoin talvez queiram fazer algumas contas rápidas. A equipe de computação quântica da gigante da tecnologia descobriu que quebrar a criptografia RSA — que protege tudo, desde sua conta bancária até sua carteira de Bitcoin — pode exigir 20 vezes menos recursos quânticos do que se estimava anteriormente.

    “Planejar a transição para sistemas criptográficos seguros contra ataques quânticos exige entender o custo dos ataques quânticos aos sistemas vulneráveis”, escreveu Craig Gidney, pesquisador de computação quântica do Google. “Em Gidney+Ekerå 2019, eu co-publiquei uma estimativa dizendo que inteiros RSA de 2048 bits poderiam ser fatorados em oito horas por um computador quântico com 20 milhões de qubits ruidosos. Neste novo artigo, eu reduzo substancialmente o número de qubits necessários.”

    “Estimo que um inteiro RSA de 2048 bits poderia ser fatorado em menos de uma semana por um computador quântico com menos de um milhão de qubits ruidosos”, afirmou Gidney.

    “Isso representa uma redução de 20 vezes no número de qubits em relação à nossa estimativa anterior”, disse o pesquisador do Google em uma postagem oficial no blog.

    Mas isso não quer dizer que vá acontecer tão cedo. Para contextualizar, o Condor da IBM (o computador quântico mais poderoso até agora) chega a 1.121 qubits, enquanto o Sycamore do próprio Google opera com 53. Portanto, suas criptomoedas ainda estão seguras — por enquanto. O que importa é a trajetória, e ela está apontando em uma direção que deve fazer qualquer pessoa que detenha criptoativos prestar atenção.

    O avanço, segundo o Google, vem de duas frentes: melhores algoritmos e correção de erros mais inteligente. No lado algorítmico, os pesquisadores descobriram como fazer os cálculos de exponenciação modular — o processo matemático mais pesado da criptografia — duas vezes mais rápido. Já no campo da correção de erros, a melhoria foi possível porque a equipe triplicou a densidade do espaço de qubits lógicos ao adicionar uma nova camada de correção, o que permitiu empacotar mais operações quânticas úteis no mesmo espaço físico.

    Eles também aplicaram uma técnica chamada “cultivo de estados mágicos” — basicamente um truque para tornar certos ingredientes quânticos especiais (chamados estados T) mais fortes e confiáveis, permitindo que os computadores quânticos executem tarefas complexas com mais eficiência e sem desperdiçar recursos — para reduzir o espaço de trabalho necessário nas operações quânticas básicas.

    Por que os detentores de Bitcoin deveriam se preocupar com computadores quânticos?

    O Bitcoin depende da criptografia de curvas elípticas, que se baseia em princípios matemáticos semelhantes aos do RSA. Se os computadores quânticos puderem quebrar o RSA mais rapidamente do que o esperado, a linha do tempo de segurança do Bitcoin pode ter sido encurtada. A criptografia de 256 bits usada pelo Bitcoin é mais forte do que as chaves RSA estudadas pelo Google, mas não tanto quanto seria desejável ao se lidar com a escalabilidade exponencial da computação quântica.

    E já há especialistas tentando aplicar tecnologia quântica para quebrar o Bitcoin.

    Como relatado anteriormente pelo Decrypt, o Project 11, um grupo de pesquisa em computação quântica, lançou uma recompensa em Bitcoin no valor de quase 85 mil dólares para quem conseguir quebrar, com um computador quântico, mesmo uma versão simplificada da criptografia do Bitcoin. Eles estão testando chaves que variam de 1 a 25 bits — pequenas se comparadas aos 256 bits do Bitcoin, mas a ideia é monitorar o progresso.

    “A segurança do Bitcoin depende da criptografia de curvas elípticas. Computadores quânticos executando o algoritmo de Shor eventualmente vão quebrá-la”, escreveu o Project 11 ao anunciar o desafio. “Estamos testando o quão urgente é a ameaça.”

    As implicações de segurança vão além das criptomoedas. O RSA e sistemas similares sustentam comunicações seguras em todo o mundo, desde bancos até assinaturas digitais. O Google observou que adversários já podem estar coletando dados criptografados agora para decifrá-los no futuro, quando os computadores quânticos estiverem disponíveis. Por isso, a empresa está se preparando para esse futuro iminente.

    “O Google tem, portanto, criptografado o tráfego tanto no Chrome quanto em seus sistemas internos, adotando a versão padronizada do ML-KEM assim que ela ficou disponível”, afirmou a empresa.

    O Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) dos Estados Unidos publicou padrões de criptografia pós-quântica no ano passado e recomendou a substituição dos sistemas vulneráveis após 2030. A pesquisa do Google sugere que esse cronograma talvez precise ser acelerado.

    A IBM tem planos para um computador quântico de 100 mil qubits até 2033, em parceria com a Universidade de Tóquio e a Universidade de Chicago. A Quantinuum pretende entregar um computador quântico totalmente tolerante a falhas até 2029. Esses objetivos agora parecem ainda mais significativos, à luz das descobertas do Google.

    Outra questão a ser enfrentada é quanto tempo os computadores quânticos conseguem operar continuamente. A máquina hipotética de um milhão de qubits descrita pelo Google teria que funcionar de forma ininterrupta por vários dias, manter taxas de erro extremamente baixas e coordenar bilhões de operações sem falhas. Os computadores quânticos atuais mal conseguem manter a coerência por alguns minutos — então, mais uma vez, não há motivo para pânico imediato.

    A ameaça quântica não é imediata, mas está avançando mais rápido do que se esperava. A comunidade de criptomoedas já começou a desenvolver soluções resistentes à computação quântica. Desenvolvedores da Solana introduziram um cofre resistente a quântica usando assinaturas baseadas em hash, enquanto Vitalik Buterin, cofundador da Ethereum, propôs um fork no código das blockchains atuais para protegê-las contra ameaças quânticas.

    Assim, parece mais provável que vejamos algum tipo de hard fork anti-quântico no futuro antes de testemunharmos o primeiro ataque quântico bem-sucedido à blockchain do Bitcoin — dedos cruzados.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Ex da Gisele Bündchen e promotor da FTX, Tom Brady volta ao setor cripto com novo investimento

    Ex da Gisele Bündchen e promotor da FTX, Tom Brady volta ao setor cripto com novo investimento

    Tom Brady, ex-marido da Gisele Bündchen e uma das principais celebridades a divulgar a falida corretora FTX, está fazendo um retorno cauteloso, mas deliberado, ao setor de criptomoedas.

    Desta vez, ele está apoiando a Catena Labs, uma startup com sede em Boston que pretende construir o que está posicionando como a primeira instituição financeira nativa em inteligência artificial do mundo, segundo reportagem do Front Office Sports.

    A proposta da Catena se baseia no conceito de trader agente: agentes autônomos de IA que realizam transações em nome dos usuários.

    Co-fundada por Sean Neville, da Circle — empres por trás da stablecoin USDC —, a Catena saiu do modo sigiloso com um aporte de US$ 18 milhões em rodada seed liderada pela divisão cripto da Andreessen Horowitz, a a16zcrypto.

    A rodada de financiamento também contou com apoio da Circle Ventures, Coinbase Ventures, Stanford Engineering VF e Breyer Capital, além de investidores-anjo notáveis como Balaji Srinivasan, Bradley Horowitz e Kevin Lin, entre outros.

    O que é a Catena?

    A Catena está construindo “uma instituição financeira nativa em IA” que daria “a agentes de IA, e aos negócios e consumidores que eles atendem, a capacidade de transacionar de forma segura e eficiente”, disse Neville em comunicado divulgado na semana passada.

    A Catena planeja usar stablecoins reguladas como o USDC para viabilizar transações impulsionadas por IA, ao lado de sistemas tradicionais de pagamento.

    A empresa argumenta que os sistemas financeiros existentes — da automação de cadeias de suprimentos ao varejo — não estão preparados para interações nativas em IA.

    Com o endosso de Brady e o apoio de algumas das firmas mais prestigiadas do setor de criptomoedas, a Catena está fazendo uma aposta ousada na interseção entre inteligência artificial, finanças e infraestrutura.

    Na sua melhor forma, Brady atuou como quarterback na NFL e foi amplamente considerado um dos maiores de todos os tempos, conquistando sete títulos do Super Bowl ao longo de uma carreira de 23 temporadas com o New England Patriots e o Tampa Bay Buccaneers.

    Passado polêmico de Brady

    A incursão anterior de Brady no setor cripto ocorreu por meio da FTX, a corretora agora extinta cujo colapso em 2022 eliminou bilhões de dólares em fundos de clientes e mergulhou a indústria em uma crise por mais de um ano.

    Leia também: Brasileiro processa Gisele Bündchen e pede R$ 390 milhões por prejuízos com a FTX

    Atuando como embaixador da marca, Brady promoveu a plataforma por meio de comerciais de TV e eventos, ganhando até US$ 30 milhões em ações da empresa, que mais tarde perderam valor após investigadores descobrirem que a FTX havia desviado ativos de clientes para cobrir prejuízos em negociações.

    A derrocada envolveu Brady em uma ação coletiva e marcou um dos casos mais notórios de endossos de celebridades que deram errado. No início deste mês, Brady foi inocentado no processo judicial relacionado à FTX.

    Antes da Catena, Brady cofundou a plataforma de NFTs Autograph, que arrecadou US$ 200 milhões antes de deixar de focar em NFTs para priorizar colecionáveis digitais.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Trump Media planeja levantar US$ 3 bilhões para comprar Bitcoin e outras criptomoedas, diz Financial Times

    Trump Media planeja levantar US$ 3 bilhões para comprar Bitcoin e outras criptomoedas, diz Financial Times

    O Trump Media & Technology Group planeja levantar US$ 3 bilhões para adquirir diversos ativos digitais, informou o Financial Times hoje, citando seis pessoas familiarizadas com o assunto.

    Se o negócio se concretizar, será mais um sinal do aprofundamento do envolvimento da empresa — e de seus proprietários — com a indústria de criptomoedas.

    De acordo com o FT, o proprietário da Truth Social pretende arrecadar US$ 2 bilhões em novas ações e US$ 1 bilhão por meio da venda de títulos conversíveis. Os detalhes finais das captações planejadas, incluindo o valor e o cronograma, ainda podem mudar, segundo o jornal.

    A TMTG não respondeu imediatamente ao pedido de comentário feito pelo site Decrypt.

    As ações da Trump Media estavam sendo negociadas a US$ 25,72 no momento da redação, uma alta de 4% nas últimas 24 horas.

    O relatório sobre a arrecadação de US$ 3 bilhões surge no momento em que a TMTG aprofunda sua incursão no mercado de ativos digitais, ao mesmo tempo em que o presidente dos EUA, Donald Trump, e sua família fortalecem seus laços com investidores e empresas de criptoativos nos Estados Unidos e no exterior.

    Em janeiro, a empresa de mídia anunciou que lançaria um negócio de fintech chamado Truth.fi, que facilitaria o acesso de investidores ao Bitcoin, investimentos baseados em energia e outros produtos financeiros. Dois meses depois, a TMTG firmou um acordo com a plataforma de negociações Crypto.com para oferecer vários fundos de índice baseados em ativos digitais por meio da Truth.fi.

    A família do presidente também tem se envolvido de forma cada vez mais direta com o mundo das criptomoedas, lançando uma série de cards de NFT, duas memecoins (que operam com os códigos TRUMP e MELANIA), além de apoiar um projeto de finanças descentralizadas chamado World Liberty Financial — tudo isso nos últimos meses.

    O presidente Trump também organizou recentemente um jantar de gala com mais de 200 grandes investidores de sua moeda oficial tipo meme, o “Trump meme coin” — um evento chamativo que atraiu fortes críticas do público americano, de políticos e da imprensa.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Senador Kajuru quer mudar Lei das Criptomoedas para punir manipulação de mercado

    Senador Kajuru quer mudar Lei das Criptomoedas para punir manipulação de mercado

    O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) protocolou nesta segunda-feira (26) um projeto de lei para alterar o Marco Legal das Criptomoedas (Lei nº 14.478/2022) e incluir a tipificação de crimes relacionados à manipulação de mercado com ativos digitais.

    A proposta busca preencher uma lacuna legislativa, já que criptoativos não são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, portanto, não contam com a mesma proteção jurídica aplicada a valores mobiliários como ações.

    “Há uma lacuna legislativa em relação a ativos digitais que operam fora do perímetro regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas que mobilizam vastos volumes financeiros e são alvo frequente de esquemas fraudulentos”, justificou o senador.

    Na prática, o projeto propõe a inclusão dos artigos 13-A, 13-B, 13-C e 13-D na legislação. Eles estabelecem penas de reclusão e multa para práticas como manipulação de preços, disseminação de informações falsas e uso indevido de informação privilegiada envolvendo ativos virtuais.

    O texto também exige que prestadoras de serviços com criptoativos implementem mecanismos para detectar e comunicar práticas ilícitas às autoridades competentes.

    A pena para quem manipular o mercado pode chegar a oito anos de prisão, além de multa de até três vezes o valor da vantagem obtida. Já o uso ou a transmissão indevida de informações privilegiadas pode ser punido com até cinco anos de reclusão.

    “A criminalização proposta representa passo necessário para acompanhar os avanços do mercado de ativos digitais e fortalecer a confiança de usuários e investidores no ambiente virtual, protegendo não apenas o patrimônio individual, mas também a integridade do sistema financeiro como um todo”, afirma o senador.

    O texto foi apresentado ao Plenário do Senado Federal e está aguardando despacho para seguir sua tramitação.

    Mudanças prevista no PL

    O artigo 13-A define como crime a realização de operações que criem indicações falsas ou enganosas sobre a oferta, demanda ou preço de ativos virtuais, com o objetivo de obter lucro ou prejudicar terceiros. A pena prevista é de reclusão de dois a oito anos, além de multa de até três vezes o valor da vantagem obtida.

    A norma também abrange práticas como a inserção de ordens artificiais de compra ou venda, o uso de posição dominante para influenciar preços e a disseminação de informações falsas no mercado.

    Já o artigo 13-B trata do uso indevido de informação privilegiada. A negociação de ativos por quem tem acesso a dados sigilosos em razão de cargo, participação societária ou relação profissional, poderá ser punida com pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa proporcional.

    O texto também amplia o conceito de informação privilegiada, incluindo dados sobre decisões de investimento ainda não executadas e ordens de grandes clientes que possam impactar significativamente os preços dos ativos.

    No artigo 13-C, a proposta passa a punir a transmissão indevida dessas informações privilegiadas. A pena varia de um a cinco anos de reclusão e multa. A exceção é para casos em que o compartilhamento ocorra de forma justificada, dentro do exercício regular de funções profissionais ou técnicas relacionadas ao setor.

    Por fim, o artigo 13-D impõe às prestadoras de serviços com ativos virtuais a obrigação de implementar mecanismos eficazes de monitoramento e prevenção de práticas abusivas. Sempre que identificarem indícios de condutas ilícitas, essas empresas deverão comunicar imediatamente às autoridades competentes.

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  • Vinteum vai levar Bitcoin para universidades do Brasil com “Bitcoin Students Day”

    Vinteum vai levar Bitcoin para universidades do Brasil com “Bitcoin Students Day”

     A Vinteum, organização sem fins lucrativos dedicada ao fomento do desenvolvimento open-source no ecossistema Bitcoin, anunciou nesta segunda-feira (26) o lançamento da série Bitcoin Students Day, eventos técnicos imersivos voltados para estudantes universitários com interesse em aprofundar seus conhecimentos sobre Bitcoin e Lightning Network.

    A iniciativa foi inspirada pela colaboração contínua com a Bitcoin Students Network, um movimento global de comunidades estudantis de Bitcoin que promove educação e conecta a próxima geração de contribuidores do ecossistema.

    O primeiro encontro acontece no dia 31 de maio de 2025, na Casa21, sede da Vinteum em São Paulo, com a participação de alunos da USP e do Inteli. O segundo já está confirmado para 28 de junho, com foco em estudantes da UFSCar, Unicamp e ITA.

    A programação inclui rodas de conversa, exercícios com comandos bitcoin-cli, desafios em Bash com análise de blocos reais da mainnet, e um workshop de desenvolvimento de aplicações Lightning com LND, TypeScript e Node.js. O dia termina com um churrasco de integração entre os participantes e facilitadores.

    Os eventos são organizados em parceria com as ligas estudantis Polichain (USP), Inteli Blockchain, o UFSCar Bitcoin Club, e grupos em formação nas demais instituições. A Vinteum cobre o transporte até a Casa21, bem como alimentação e infraestrutura durante o dia.

    “A proposta é oferecer uma experiência prática e técnica para estudantes de ciência da computação, engenharia e áreas correlatas que queiram realmente entender como o Bitcoin funciona por baixo dos panos”, explica Lucas Ferreira, diretor executivo da Vinteum.

    Também atuam como facilitadores Edil Medeiros (professor da UnB e parceiro da Vinteum), Lorenzo Maturano (engenheiro na Bipa e dev advocate da Vinteum) e Jão Noctus (engenheiro na ZBD e dev advocate da Vinteum).

    A série faz parte da missão da Vinteum de fortalecer o ecossistema técnico do Bitcoin no Brasil. A organização planeja realizar ao menos oito edições do Bitcoin Students Day até novembro, quando participa da conferência Satsconf 2025 com uma série de atividades técnicas e seu tradicional hackathon, o SatsHack.

    A Vinteum já iniciou articulações para levar o projeto a cidades com comunidades técnicas ativas como Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte e Florianópolis, onde há grupos BitDevs. Nessas regiões, os eventos serão realizados nas capitais, e a Vinteum está aberta a apoiar o transporte de grupos de estudantes de outras universidades do estado que queiram participar.

    Além disso, a organização busca expandir para outras regiões do país, como o Centro-Oeste, Nordeste e Norte, caso haja demanda local. Nesses casos, a Vinteum está disposta a realizar os eventos nas capitais dessas regiões e pode apoiar a mobilização de caravanas de estudantes de cidades próximas.

    Estudantes de todo o Brasil são encorajados a entrar em contato para ajudar a organizar uma edição em sua região ou universidade, escrevendo para info@vinteum.org.

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  • Sócio da BlueBenx está nos EUA e diz que não retorna ao Brasil por temer pela própria vida

    Sócio da BlueBenx está nos EUA e diz que não retorna ao Brasil por temer pela própria vida

    O caso da pirâmide financeira com criptomoedas Bluebenx voltou aos noticiários com o julgamento na terça-feira (20) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que foi interrompido devido a um pedido de vista. O relator já manifestou seu voto pela condenação de multa a suspensão de atividades no mercado financeiro de Roberto Cardassi e William Tadeu Batista Silva, sócios da empresa.

    Além disso, o Portal do Bitcoin apurou que Cardassi foi solto da prisão no último dia 15. O criador da pirâmide foi detido em Portugal e deportado para o Brasil, onde passou cerca de três meses preso.

    Quem ainda permanece desaparecido é William Tadeu, mas uma defesa apresentada por ele em um processo criminal na 28ª Vara Criminal de São Paulo oferece pistas sobre o paradeiro do sócio que detém 25% da BlueBenx. No caso, ele responde por estelionato contra uma cliente da pirâmide que acionou a Justiça.

    A petição apresentada por seus advogados em 27 de abril deste ano afirma que William Tadeu está residindo na Flórida, nos Estados Unidos, e alega que sua mudança não se trata de uma tentativa de fuga da Justiça, mas sim de uma medida tomada em razão de ameaças contra sua vida.

    O réu sustenta a tese de que não detinha nenhum poder de comando na Bluebenx e que a empresa não cometeu nenhum ato ilícito. Ele repete a história de que a empresa teria sofrido um ataque hacker e por isso deixou de pagar os clientes — outras pirâmides já utilizaram a mesma história de um ataque hacker interrompeu os fluxos de pagamento.

    “Após o ataque hacker sofrido pela empresa do acusado, e diante das inúmeras ameaças a que vinha recebendo em razão do prejuízo financeiro dos clientes/vítimas, o mesmo decidiu fixar residência nos Estados Unidos, mudando se com sua família, visando única e exclusivamente preservar a integridade física de sua esposa e filhas”, afirma a defesa de William Tadeu.

    Além disso, a defesa afirma que a escolha de se mudar para os EUA, “jamais teve como objetivo ausentar-se do distrito da culpa, nem tampouco furtar-se da aplicação da lei penal”. Os advogados citam um depoimento prestado no dia 26 de agosto de 2022 na 96ª Delegacia de São Paulo como um exemplo de colaboração.

    Ameaças no WhatsApp

    Os advogados anexaram na petição supostas capturas de tela do celular de William Tadeu que mostram as ameaças recebidas pelo WhatsApp. Uma delas mostra um homem segurando uma metralhadora, cobrando R$ 300 mil perdidos na Bluebenx e uma ameaça de fazer “pagar com a própria vida”.

    Em outras mensagens, William Tadeu teria supostamente recebidos fotos do prédio onde mora na Flórida, da porta do seu apartamento. Em um dos textos, a pessoa diz saber onde é a padaria onde o sócio da Bluebenx toma café todos os dias.

    O colapso da BlueBenx

    A Bluebenx foi fundada em 2017 e atraiu milhares de investidores. Tal era o volume de captação, que a operação foi flagrada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como uma oferta irregular de investimentos — algo recorrente em casos de pirâmides financeiras.

    Para justificar a interrupção dos pagamentos, a empresa alega ter sido vítima de um ataque hacker “extremamente agressivo”, mas depois mudou a narrativa alegando ter sido vítima de um golpe de falsa listagem.  

    O então advogado da companhia, Assuramaya Kuthumi, afirmou na época que a empresa havia perdido R$ 160 milhões no incidente. Evidências on-chain, no entanto, localizaram uma perda de apenas R$ 1,1 milhão em tokens que a BlueBenx supostamente perdeu ao cair em um esquema de falsa listagem, transferidos posteriormente para a corretora Binance, segundo apuração do Portal do Bitcoin na época.

    Cardassi foi convocado para falar na CPI das Pirâmides Financeiras na condição de testemunha, mas não compareceu por estar foragido na ocasião. Em seu relatório final, a CPI recomendou que o Ministério Público fosse atrás de Roberto Cardassi para apurar sua conduta na Bluebenx e, se necessário, propor uma ação penal.

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  • 7 maneiras de se proteger de ataques violentos de ladrões de criptomoedas

    7 maneiras de se proteger de ataques violentos de ladrões de criptomoedas

    Em 2009, o webcomic xkcd publicou uma tirinha que explicava um dos conceitos mais assustadoramente simples da cibersegurança: o “ataque da chave inglesa de 5 dólares”. Na história, uma figura de palito descreve como burlar criptografia avançada — não com código nem força bruta, mas ameaçando alguém com uma chave inglesa de US$ 5 até que a pessoa revele sua senha.

    Infelizmente, o ataque da chave inglesa de 5 dólares não é mais uma piada. Ataques muito piores estão ocorrendo na vida real, com frequência alarmante. Criminosos não estão se dando ao trabalho de hackear chaves privadas ou frases-semente — eles simplesmente batem à porta, sequestram detentores de criptomoedas e exigem acesso às carteiras, muitas vezes com violência.

    O ataque mais recente ocorreu há poucos dias, em Uganda, quando o fundador da Mitroplus Labs, Festo Ivaibi, foi supostamente sequestrado perto de sua casa e forçado sob a mira de uma arma a transferir criptomoedas no valor de cerca de meio milhão de dólares.

    Na França, uma série de sequestros horríveis e tentativas de sequestro têm alarmado a comunidade cripto. Notavelmente, o pai de um empreendedor de criptomoedas foi sequestrado em Paris no início deste mês, tendo um dedo amputado para pressionar o pagamento de um resgate entre € 5 e € 7 milhões em criptoativos.

    Ele foi resgatado após dois dias de cativeiro, e cinco suspeitos foram presos. Em outro caso, a filha grávida de um CEO de criptomoedas e sua criança foram alvo de uma tentativa de sequestro em plena luz do dia, também em Paris, frustrada por transeuntes. Esse foi um dos seis ataques que ocorreram por lá desde janeiro.

    Nos Estados Unidos, três adolescentes sequestraram um homem de Las Vegas em novembro, após ele participar de uma conferência sobre criptomoedas, e o levaram a cerca de 100 quilômetros de distância até o deserto de Mojave, onde exigiram acesso às suas criptomoedas.

    Eles o deixaram lá após roubar US$ 4 milhões em ativos digitais. Dois dos suspeitos, ambos de 16 anos e naturais da Flórida, foram recentemente capturados e agora enfrentam múltiplas acusações criminais, incluindo sequestro e roubo.

    Com o Bitcoin atingindo máximas históricas nos últimos dias, o alvo nas suas costas nunca foi tão grande. Então, o que você pode fazer quando o elo mais fraco da sua segurança é você mesmo?

    Uma nova geração de ferramentas, configurações de carteiras e protocolos físicos está surgindo para defender os usuários contra coerção no mundo real. Veja como começar a pensar como um bilionário paranoico e especialista em cripto.

    1. Carteiras Multisig

    Carteiras multisig exigem múltiplas chaves privadas para autorizar uma transação. Uma configuração comum é 2 de 3: duas chaves são necessárias para movimentar fundos, mas três existem no total. Se um atacante conseguir acesso a apenas uma — digamos, sob ameaça — ainda assim não conseguirá drenar seus ativos.

    Ferramentas como Nunchuk e Casa permitem que os usuários distribuam as chaves em diferentes locais (uma em casa, uma em um cofre bancário e uma com um advogado, por exemplo), tornando o roubo imediato impossível.

    Possível desvantagem: os agressores podem forçar você a implorar a outro portador da chave para autorizar a transação.

    2. Shamir’s Secret Sharing

    Diversas carteiras, incluindo a Trezor Model T, oferecem suporte ao recurso chamado “Shamir’s Secret Sharing”, que parece nome de livro infantil, mas é um algoritmo criptográfico que divide sua frase de recuperação em múltiplos fragmentos. Você pode distribuir esses fragmentos entre pessoas ou locais de confiança. Apenas um número mínimo (por exemplo, 3 de 5) de fragmentos é necessário para reconstituir a chave.

    Outra opção é a Vault12, que permite designar guardiões — familiares, advogados ou sócios — que ajudam a recuperar sua carteira somente quando necessário.

    Possível desvantagem: assim como as carteiras multisig, o Shamir’s Secret Sharing é tão seguro quanto forem resistentes à coerção os seus co-detentores das partes da chave.

    3. Carteiras de coação e falsas

    Muitas carteiras, como a Blockstream Jade, oferecem suporte a “PINs de coação”. Você digita um PIN para acessar sua carteira real. Digita outro — sob coação — e abre uma carteira falsa com um saldo modesto. É possível até configurar um PIN secreto que apaga completamente o dispositivo.

    A deniabilidade plausível pode ser uma excelente tática, especialmente se você souber improvisar.

    Possível desvantagem: se o criminoso estiver monitorando você online, pode saber que você possui milhões — e não os R$ 1.300 que aparecem na carteira falsa.

    4. Escondendo seus rastros

    Uma ótima maneira de evitar um ataque é não parecer um alvo. Ferramentas que preservam a privacidade podem reduzir sua pegada visível na blockchain.

    A criptomoeda Monero (XMR), por exemplo, utiliza endereços furtivos e assinaturas em anel para tornar transações praticamente impossíveis de rastrear. Carteiras de Bitcoin como a Wasabi implementam o CoinJoin, uma técnica que mistura moedas com as de outros usuários para ocultar a origem.

    Possível desvantagem: ainda é relativamente fácil identificar quem movimenta grandes quantias em cripto, mesmo tentando esconder sua fortuna.

    5. Apagamento próximo e remoto

    Diversas boas carteiras físicas, incluindo Trezor e Ledger, oferecem essa funcionalidade, que pode ser ativada de várias maneiras — como inserir um PIN especial que inutiliza o dispositivo imediatamente.

    A carteira Samourai, que já foi renomada por sua segurança até ser encerrada por autoridades americanas sob suspeita de lavagem de dinheiro, oferecia apagamento remoto via SMS. Se você sabe o que está fazendo, ainda é possível encontrar o software da Samourai em repositórios online e ativar essa função.

    Possível desvantagem: inutilizar a carteira com uma arma apontada para a cabeça é arriscado; mensagens SMS podem ser interceptadas.

    6. Carteiras físicas com isolamento total

    O investidor avançado de cripto mantém seus ativos em uma ou mais carteiras físicas. E, se essas carteiras ficam em casa em vez de cofres ou esconderijos secretos, então estão muito bem escondidas.

    Dispositivos como COLDCARD e Keystone Pro utilizam QR codes ou cartões SD para assinar transações offline. Mesmo que um invasor tenha seu notebook, ainda precisará do dispositivo físico, do PIN e (geralmente) de um coassinante.

    Possível desvantagem: um ladrão extremamente motivado e violento provavelmente tem meios de forçar você a acessar sua carteira física. Afinal, todos já vimos filmes sobre isso.

    7. Botões de pânico vestíveis com rastreamento por GPS

    Botões de emergência compactos e vestíveis existem há muito tempo. Foram inventados para o típico paranoico de alto patrimônio, não especificamente para o público cripto.

    Dispositivos como o Silent Beacon podem ligar para qualquer número e enviar alertas com sua localização GPS para contatos designados. Também permitem comunicação bidirecional, o que ajuda a vítima a falar com possíveis socorristas.

    Possível desvantagem: usar um botão de pânico pode sinalizar a um criminoso que você está, de fato, protegendo algo muito valioso.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Semler Scientific compra mais Bitcoin enquanto entra na mira de escritório de advocacia

    Semler Scientific compra mais Bitcoin enquanto entra na mira de escritório de advocacia

    Um escritório de advocacia dos Estados Unidos está considerando possíveis ações legais contra a empresa de tecnologia médica Semler Scientific, que possui Bitcoin, em nome dos acionistas da companhia — embora isso não tenha impedido a Semler de continuar comprando a criptomoeda.

    Na última quinta (23), o escritório Bragar Eagel & Squire, P.C. afirmou que está investigando se a Semler Scientific violou leis federais de valores mobiliários ou esteve envolvida em outras práticas comerciais ilegais. Em comunicado, o escritório pediu aos acionistas da Semler que entrem em contato com seus advogados em relação à investigação.

    A empresa de dispositivos médicos revelou, em fevereiro, que o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) poderia apresentar uma ação legal contra o seu negócio.

    O DOJ abriu uma investigação civil preliminar sobre os pedidos de reembolso da Semler — ou seja, solicitações de reembolso de certas despesas relacionadas ao seu dispositivo QuantaFlo — ainda em 2017. A agência federal também enviou pedidos adicionais à empresa nos anos de 2019, 2021, 2022 e 2023. Mais recentemente, as duas partes tentaram, sem sucesso, chegar a um acordo sobre o caso.

    Ainda não está claro se a possível futura ação judicial do Departamento de Justiça irá além do escopo da investigação inicial sobre as práticas comerciais da Semler Scientific.

    Na sexta-feira, as ações da Semler Scientific estavam sendo negociadas a US$ 44,20, queda de 1,6% nas últimas 24 horas. A empresa, que mudou seu foco para se tornar uma tesouraria de Bitcoin, apresentou recuperação após uma fase difícil para suas ações, que começou com o anúncio da investigação do DOJ.

    A companhia anunciou na sexta-feira a compra de mais US$ 50 milhões em Bitcoin, elevando seu total para 4.264 unidades, o equivalente a aproximadamente US$ 466 milhões com base nos preços atuais.

    O Bitcoin estava sendo negociado recentemente a US$ 107.468 — queda de 1,3% nas últimas 24 horas, mas alta de 13% no último mês, segundo dados do CoinGecko.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Inteligência artificial ainda não entende a palavra “não”, revela estudo do MIT

    Inteligência artificial ainda não entende a palavra “não”, revela estudo do MIT

    A inteligência artificial (IA) já é capaz de diagnosticar doenças, escrever poesias e até dirigir carros — mas ainda tem dificuldade com uma palavra simples: “não”. Essa limitação pode ter consequências sérias em aplicações do mundo real, especialmente em sistemas de IA voltados para a saúde.

    De acordo com um novo estudo liderado por Kumail Alhamoud, doutorando do MIT, em colaboração com a OpenAI e a Universidade de Oxford, a falha em compreender “não” e “não é” pode ter consequências profundas, especialmente em ambientes médicos.

    A negação (por exemplo, “sem fratura” ou “não está aumentado”) é uma função linguística essencial, sobretudo em contextos críticos como o da saúde, onde interpretá-la de forma errada pode causar danos graves.

    O estudo mostra que os modelos de IA atuais — como o ChatGPT, Gemini e Llama — frequentemente falham ao processar declarações negativas corretamente, tendendo a associá-las de forma positiva.

    O problema central não está apenas na falta de dados, mas em como a IA é treinada. A maioria dos grandes modelos de linguagem é desenvolvida para reconhecer padrões, e não para raciocinar logicamente. Isso significa que eles podem interpretar expressões como “não é bom” como levemente positivas, pois associam a palavra “bom” a algo positivo.

    Especialistas argumentam que, a menos que os modelos sejam ensinados a raciocinar logicamente — e não apenas a imitar a linguagem —, continuarão cometendo erros sutis, porém perigosos.

    “A IA é muito boa em gerar respostas semelhantes às que viu durante o treinamento. Mas é muito ruim em criar algo realmente novo ou fora dos dados com os quais foi treinada”, disse Franklin Delehelle, engenheiro-chefe de pesquisa da empresa de infraestrutura de conhecimento zero Lagrange Labs, ao Decrypt.

    “Se os dados de treinamento não tiverem exemplos fortes de negação ou de sentimentos negativos, o modelo pode ter dificuldade para gerar esse tipo de resposta.”

    No estudo, os pesquisadores descobriram que modelos de linguagem visual — projetados para interpretar imagens e textos — demonstram um viés ainda maior em favor de declarações afirmativas, frequentemente falhando em distinguir entre legendas positivas e negativas.

    “Com dados sintéticos de negação, oferecemos um caminho promissor para modelos mais confiáveis”, disseram os pesquisadores. “Embora nossa abordagem com dados sintéticos melhore a compreensão da negação, ainda enfrentamos desafios, especialmente com diferenças sutis de negação.”

    Apesar do progresso contínuo no raciocínio, muitos sistemas de IA ainda enfrentam dificuldades com o raciocínio semelhante ao humano, principalmente ao lidar com problemas abertos ou situações que exigem uma compreensão mais profunda ou “bom senso”.

    “Todos os LLMs — o que agora chamamos comumente de IA — são influenciados, em parte, pelo prompt inicial. Quando você interage com o ChatGPT ou sistemas similares, o sistema não está apenas usando a sua entrada. Existe também um prompt interno, definido pela empresa, sobre o qual você, o usuário, não tem controle”, explicou Delehelle.

    Delehelle destacou uma das principais limitações da IA: sua dependência de padrões encontrados nos dados de treinamento, uma restrição que pode moldar — e às vezes distorcer — suas respostas.

    Falha nos modelos de linguagem

    Kian Katanforoosh, professor adjunto de Deep Learning da Universidade de Stanford e fundador da empresa de inteligência de habilidades Workera, afirmou que o desafio com a negação decorre de uma falha fundamental no funcionamento dos modelos de linguagem.

    “A negação é mais complexa do que parece. Palavras como ‘não’ e ‘não é’ invertem o sentido de uma frase, mas a maioria dos modelos de linguagem não está raciocinando logicamente — eles estão prevendo o que parece provável com base em padrões”, disse Katanforoosh. “Isso os torna propensos a perder o sentido quando há negação.”

    Katanforoosh também apontou, reforçando a fala de Delehelle, que o problema está na forma como os modelos de IA são treinados.

    “Esses modelos foram treinados para associar, não para raciocinar. Então, quando você diz ‘não é bom’, eles ainda associam fortemente a palavra ‘bom’ ao sentimento positivo”, explicou. “Diferente dos humanos, eles nem sempre conseguem superar essas associações.”

    Katanforoosh alertou que a incapacidade de interpretar corretamente a negação não é apenas uma falha técnica — pode ter consequências sérias no mundo real.

    “Entender a negação é fundamental para a compreensão”, afirmou. “Se um modelo não consegue captar isso com confiabilidade, há o risco de erros sutis, mas críticos — especialmente em áreas como aplicações jurídicas, médicas ou de recursos humanos.”

    E embora aumentar o volume de dados de treinamento possa parecer uma solução simples, ele argumenta que o problema está em outro lugar.

    “Resolver isso não é uma questão de mais dados, mas de melhor raciocínio. Precisamos de modelos que saibam lidar com lógica, e não apenas com linguagem”, disse. “Esse é o verdadeiro desafio agora: unir o aprendizado estatístico ao pensamento estruturado.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Ethereum é o “petróleo digital” de Wall Street, diz cofundador da Etherealize

    Ethereum é o “petróleo digital” de Wall Street, diz cofundador da Etherealize

    Há mais de um século, o petróleo é considerado uma commodity estratégica, desempenhando um papel essencial no transporte, na manufatura e em outros setores críticos. Para os defensores do Ethereum, traçar comparações tem sido útil — mas mesmo assim, a analogia está longe de ser perfeita.

    Quando Vivek Raman lançou a Etherealize em janeiro, o ex-banqueiro e cofundador da empresa de desenvolvimento de negócios formalizou os esforços para integrar Wall Street. Parte dessa iniciativa, contou recentemente ao Decrypt, envolveu “evangelização, educação e marketing”.

    “Eu sempre chamo de petróleo digital”, disse Raman. “Acreditamos que, à medida que o ecossistema cripto evolui, as pessoas não só vão querer — mas precisarão — manter esse ativo em suas reservas.”

    Os defensores do Bitcoin frequentemente o retratam como uma forma de ouro digital por conta de sua escassez programada, com um fornecimento máximo de 21 milhões de unidades. O ETH, por sua vez, é consumido para enviar transações ou alimentar contratos inteligentes, abastecendo a rede Ethereum. A analogia, nesse sentido, é uma das mais palatáveis para os novatos em criptomoedas.

    À medida que Raman e outras 19 pessoas da Etherealize incentivam instituições financeiras a construírem produtos sobre o Ethereum, as limitações da analogia do “petróleo digital” podem ilustrar os desafios que a comunidade do Ethereum enfrentará para consolidar o domínio da rede em Wall Street e capturar as qualidades do ativo de forma concisa e memorável.

    “Acho que é difícil encontrar a metáfora certa”, disse Zach Pandl, chefe de pesquisa da Grayscale, ao Decrypt. “Vai ser interessante ver se os investidores começam a apreciar a escassez do ETH, mesmo que ainda não estejam utilizando a cadeia em termos transacionais.”

    Ethereum x Petróleo

    Uma diferença fundamental: se a demanda por petróleo aumenta, normalmente mais é extraído, e seu fornecimento é elástico. O Ethereum, por outro lado, possui uma emissão máxima de 1,5% ao ano, o que significa que seu fornecimento só pode crescer até certo ponto com o tempo. Além disso, as taxas de transação na rede são queimadas, o que pode neutralizar esse crescimento no fornecimento.

    “Em vez de ter um limite fixo de fornecimento total, há um limite fixo de emissão por ano”, explicou Danny Ryan, cofundador da Etherealize e ex-pesquisador da Ethereum Foundation. “Existe uma previsibilidade muito grande.”

    Outra diferença importante entre o Ethereum e o petróleo é que a commodity não oferece rendimento. Já o Ethereum em staking, que é dedicado à rede para ajudar no processamento de transações, atualmente oferece um rendimento estimado de 3% ao ano, segundo um painel publicado na plataforma de análise Dune.

    Nos próximos anos, espera-se que as instituições financeiras se tornem mais confortáveis com a prática da tokenização, em que ativos do mundo real, como ações e títulos, são representados em blockchain. Mudanças regulatórias sob o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, podem ser um fator determinante.

    Algumas empresas, como a corretora cripto Kraken, estão recorrendo a concorrentes do Ethereum, como a Solana, para esse tipo de oferta. No entanto, diversos fundos já foram tokenizados no Ethereum por empresas financeiras tradicionais, incluindo a BlackRock e a Franklin Templeton.

    À medida que mais ativos migram para a blockchain, um aspecto da analogia do “petróleo digital” pode se tornar mais válido. Assim como o petróleo é um ativo neutro que conecta diversas indústrias entre si, o Ethereum pode ser visto como um ativo não soberano para o sistema financeiro moderno, argumentou Raman.

    “Em um ecossistema em que os ativos do mundo são todos tokenizados por diferentes partes, […] o único ativo neutro, global, que conecta todos eles, é o ETH”, disse ele. “Ele se torna cada vez mais importante como par de negociação global, como ativo estratégico a ser mantido por quem quiser permanecer neutro entre todos esses diferentes ativos tokenizados.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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