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  • Quem está por trás da criptomoeda LIBRA, promovida por Milei?

    Quem está por trás da criptomoeda LIBRA, promovida por Milei?

    O presidente da Argentina, Javier Milei, está sob intenso escrutínio nesta semana após promover a controversa memecoin LIBRA, baseada na Solana, por meio das redes sociais na sexta-feira (14).

    Poucas horas depois, Milei removeu suas postagens de sua conta oficial no X, alegando que tinha pouco ou nenhum conhecimento sobre o token — afirmando, em vez disso, que achava se tratar de uma empresa buscando financiamento para empreendimentos privados.

    Enquanto o token despencou e um processo foi aberto, aqueles que tentam fugir da culpa e apontar dedos para outros estão se esforçando para desviar a responsabilidade.

    Leia também: CriptoGate: Milei pode cair por ter divulgado uma criptomoeda fraudulenta?

    À medida que a poeira baixa, quatro indivíduos surgiram como figuras-chave que supostamente estão por trás do lançamento: Julian Peh, Hayden Davis, Mauricio Novelli e Manuel Godoy. Mas quem são eles?

    Julian Peh, KIP Protocol

    A KIP Protocol, como organização, recebe a maior parte da culpa de Milei. Julian Peh cofundou a empresa e atualmente atua como CEO.

    Peh estudou direito na Universidade Nacional de Singapura entre 2000 e 2004, segundo seu LinkedIn, e fundou duas empresas nesse período.

    Após a formatura, trabalhou como advogado no escritório Allen & Overy Shook Lin & Bok por dois anos antes de ingressar no Citibank Ultima Card como consultor por cinco anos.

    Depois, fundou uma revista de luxo asiática e um conjunto de aplicativos móveis voltados para o varejo de luxo. Durante esse período, tornou-se proprietário de uma empresa de investimentos de luxo, função que ainda ocupa.

    Em abril de 2023, ele fundou a KIP Protocol, que se apresenta como uma “empresa de soluções técnicas de IA focada no desenvolvimento de infraestrutura de inteligência artificial”. Em fevereiro, a KIP Protocol concluiu uma rodada estratégica de financiamento liderada pela Animoca Ventures, um dos maiores investidores em projetos de criptoativos e braço de investimentos da editora de jogos Web3 Animoca Brands.

    Em entrevista ao programa “The GM Show”, Peh explicou que entrou no mundo das criptomoedas em 2016, após vender sua empresa de aplicativos móveis de luxo. Ele disse que comprou seu primeiro Bitcoin via LocalBitcoins antes de ser atraído pelo boom das ofertas iniciais de moedas (ICOs) do Ethereum. Em seguida, mergulhou no mundo dos NFTs, afirmando ainda possuir alguns CryptoKitties em junho de 2024.

    Parece que Peh se encontrou com o presidente Milei em abril no Tech Forum Argentina, uma conferência na qual ambos discursariam e que tinha a KIP Protocol como patrocinadora oficial. Os dois e outros participantes, como Charles Hoskinson, fundador da Cardano, foram fotografados no evento.

    Em outubro, Peh se reuniu novamente com Milei para discutir como a IA poderia ajudar a Argentina — com os dois posando para mais uma foto (abaixo), segundo uma postagem no blog da KIP Protocol.

    Julian Peh e Javier Milei (Foto: Reprodução/X)
    Julian Peh e Javier Milei (Foto: Reprodução/X)

    Esses encontros levaram à inclusão da KIP Protocol no Comitê Blockchain do Governo da Cidade de Buenos Aires, convite que a empresa aceitou.

    Em dezembro de 2024, a KIP Protocol lançou seu token KIP na rede Ethereum, estreando com um valor de mercado de US$ 32 milhões. No entanto, segundo o CoinMarketCap, esse valor caiu para US$ 8,43 milhões, embora esses números sejam baseados em dados autorrelatados sobre a oferta circulante do token.

    Horas após o lançamento do LIBRA na sexta-feira, a KIP Protocol afirmou que o token ajudaria “empresas privadas”, chamando-o de um sucesso. Em um post no X, a empresa declarou que se tratava de um “projeto de empresa privada” e que o presidente Milei não estava envolvido no desenvolvimento.

    Peh sustenta que nem ele nem a KIP Protocol estiveram envolvidos no lançamento do token, afirmando que a empresa de Davis, Kelsier, detém todos os fundos.

    Hayden Davis, Kelsier

    Hayden Davis tem sido o centro das atenções da mídia desde o lançamento do LIBRA, sendo entrevistado pelo jornalista investigativo Coffeezilla e pelo fundador do Barstool Sports, Dave Portnoy.

    Ele estudou negócios internacionais na Liberty University, uma faculdade cristã, antes de fundar a Luxury Drip e a Leaders Elevate. Segundo seu LinkedIn, Davis se descreve como um “especialista em hustle” e um “empreendedor em série”. Em outubro de 2020, ele ingressou na Kelsier, uma empresa que busca oferecer expertise de mercado Web3, como CEO.

    Surpreendentemente, antes desse fiasco, Davis tinha uma pegada digital relativamente pequena. No entanto, em 30 de janeiro, o presidente Milei publicou no X uma foto ao lado de Davis, afirmando que teve uma conversa “interessante” na qual recebeu conselhos sobre blockchain e IA.

    Hayden Davis e Javier Milei (Foto: Reprodução/X)

    De acordo com uma declaração publicada no perfil oficial do presidente da Argentina no X, Davis apresentou a infraestrutura tecnológica do projeto LIBRA. O post afirma que ele estava agindo em nome da KIP Protocol, mas esse fato foi contestado, pois Davis é, na verdade, CEO da Kelsier.

    Após o colapso do LIBRA, Davis afirmou ser assessor do presidente Milei e disse estar trabalhando em um projeto de tokenização “muito maior” na Argentina. No entanto, a declaração oficial da presidência argentina após o lançamento do LIBRA afirmou que “o Sr. Davis não teve e não tem qualquer conexão com o governo argentino”.

    Em meio ao caos, Davis defendeu Peh, alegando que sua empresa era “completamente inocente de qualquer irregularidade”. Ele ainda disse que Milei acusou a KIP Protocol apenas para se proteger.

    Em um comunicado por escrito, Davis afirmou que sua função no LIBRA era garantir a liquidez e atuar como custodiante, e não proprietário, dos fundos associados. Posteriormente, ele declarou estar no controle de US$ 100 milhões em fundos relacionados ao projeto, mas insistiu que o dinheiro não era dele. Quando pressionado sobre a quem pertenciam os fundos, respondeu vagamente: “São da Argentina.”

    Em uma entrevista ao canal Coffeezilla, Davis confirmou que Mauricio Novelli e Manuel Godoy, do Tech Forum Argentina, estavam envolvidos no lançamento do token LIBRA. Isso está em linha com uma declaração da KIP Protocol, que afirmou que Novelli propôs o token a Peh.

    Mensagens de texto visualizadas pelo CoinDesk e pelo jornal La Nacion sugerem que Davis alegou ter influência sobre Javier Milei e que, ao pagar a irmã do presidente — Karina Milei, funcionária do governo argentino — o chefe de Estado “assina o que eu digo e faz o que eu quero.”

    Davis negou essas acusações ao CoinDesk. A Kelsier não respondeu ao pedido de comentário do Decrypt.

    Saiba mais: Criador do token LIBRA afirma que “controlava” Milei e subornou irmã do presidente

    Mauricio Novelli e Manuel Godoy, Tech Forum Argentina

    O papel exato de Novelli e Godoy ainda não está claro, mas a dupla pode ter sido central na concepção do token. Eles fizeram parte da equipe do Tech Forum Argentina, a conferência patrocinada pela KIP Protocol e que contou com a presença de Milei e Peh; ambos aparecem em uma foto do evento.

    Novelli é um trader profissional e compete no World Cup Trading Championships. Atualmente, ocupa o terceiro lugar no campeonato de trading de futuros do primeiro trimestre, mas, segundo o jornal argentino Ámbito, foi coroado “melhor trader da América” no terceiro trimestre de 2024 e ficou em segundo lugar mundialmente no torneio de futuros.

    Ele estudou na Universidade de Cambridge, na Universidad Argentina de la Empresa (UADE) e na Università Bocconi, segundo o LinkedIn, antes de ingressar no Banco Galicia como executivo de contas e depois se mudar para o BBVA como executivo de contas sênior.

    Novelli então fundou a N&W Professional Traders, uma empresa que oferece cursos sobre como operar no mercado financeiro de forma eficaz, em 2019. Em fevereiro de 2021, a empresa recebeu um endosso oficial de Milei, dois anos antes de ele se tornar presidente da Argentina.

    “Se você quer investir como os profissionais fazem, recomendo que conheça os amigos da N&W Professional Traders”, diz Milei diretamente para a câmera. Na descrição do vídeo, afirma-se que Milei fez os cursos da empresa.

    Quando Milei assumiu a presidência em 2023, a N&W Professional Traders elogiou o novo presidente, publicando duas fotos com ele e uma captura de tela do perfil de Milei no Instagram, que incluía o link da empresa em sua biografia.

    Parece que os dois mantiveram uma relação, com Novelli visitando a Casa Rosada, sede do governo argentino, em diversas ocasiões, de acordo com Julia Strada, diretora do Centro de Economia Política da Argentina. Em uma dessas visitas, eles levaram Godoy e publicaram uma foto no Instagram.

    Manuel “Manu” Godoy, segundo o LinkedIn, estudou na UADE na mesma época que Novelli, o que pode ter sido o ponto de encontro dos dois. Posteriormente, tornou-se gerente de projetos em uma agência de esports e games antes de fundar quatro empresas diferentes.

    Em 2016, ele postou seu primeiro vídeo no YouTube sobre o jogo mobile Clash Royale e logo se tornou um criador de conteúdo em tempo integral, eventualmente mudando do nicho de games para o de finanças. Desde então, acumulou quase um milhão de inscritos no YouTube, além de 188 mil seguidores no X e 183 mil no Instagram.

    No X, Godoy parece ser um defensor ferrenho de Milei, referindo-se a ele como um “ditador eleito pelo povo”. Em janeiro, ele também brincou sobre um possível token oficial MILEI, sugerindo que ele poderia ser usado para pagar a dívida do país.

    Em 2024, segundo um vídeo no YouTube, ele lançou uma coleção de NFTs chamada Kmanus88 (o mesmo nome de sua conta no YouTube), mas que logo foi rebatizada para Bipzy. Inicialmente, esses NFTs foram listados por seus proprietários por até US$ 27.000 em Ethereum, mas agora podem ser encontrados por apenas US$ 785. O Discord do projeto não tem novas publicações desde junho de 2024.

    Quem é o culpado?

    No domingo, a KIP Protocol negou envolvimento e culpou Mauricio Novelli por originar a ideia do LIBRA.

    Na entrevista com Coffeezilla, Davis adicionou Godoy à lista de envolvidos. Segundo a KIP Protocol e Davis, o papel da KIP era apenas organizar alocações de fundos para “empresas argentinas”.

    Davis, como CEO da Kelsier, atuou como um “estrategista de lançamento”, ficando no controle de mais de US$ 100 milhões em fundos relacionados ao LIBRA. Novelli supostamente apresentou o token à KIP, enquanto Godoy, seu associado, parece ter atuado a partir do Tech Forum Argentina.

    Quem será, de fato, responsabilizado ainda é incerto. Mas todos esses quatro indivíduos parecem ter desempenhado um papel único no lançamento caótico. A questão agora é: algum deles assumirá a culpa?

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Hamster Kombat (HMSTR) atinge menor preço com início da 2ª temporada

    Hamster Kombat (HMSTR) atinge menor preço com início da 2ª temporada

    Meses após a estreia planejada da 2ª temporada, o jogo de sucesso do Telegram Hamster Kombat finalmente está de volta com uma experiência de jogo relançada, mas seu token caiu ainda mais na terça-feira (18), atingindo o preço mais baixo de todos os tempos.

    O token HMSTR, que roda na The Open Network (TON), caiu para US$ 0,001461 na terça-feira, segundo dados do CoinGecko, marcando seu menor preço até o momento. Subindo ligeiramente para um preço atual de US$ 0,0015, HMSTR caiu quase 7% no dia. A moeda despencou 79% em relação ao seu preço recorde registrado no lançamento em setembro de 2024.

    (Reprodução/X)

    O Hamster Kombat atraiu mais de 300 milhões de jogadores no ano passado, quando o fenômeno da modalidade tap-to-earn no Telegram começou a permear o mainstream. No entanto, o hype entrou em colapso quando o token estreou no mercado.

    Cerca de 130 milhões de jogadores eram elegíveis para o airdrop de tokens, e muitos reclamaram de receber “poeira” da reivindicação de tokens porque as alocações eram menores do que o esperado. Agora, o mini aplicativo mostra apenas cerca de 12 milhões de jogadores mensais, uma queda drástica em relação ao pico do ano passado.

    A segunda temporada do jogo deveria estrear apenas algumas semanas após o token cair, mas foi adiada várias vezes. No final do ano passado, a equipe de desenvolvimento anônima disse que, em vez disso, lançaria um “HamsterVerse” de jogos conectados em vez de apenas a próxima temporada que foi previamente divulgada.

    O HamsterVerse chegou, liderado pelo Hamster Kombat: GameDev Hero — a experiência previamente anunciada como a segunda temporada do jogo. Ele mantém alguns dos elementos de toque para ganhar como antes, mas agora você está construindo uma equipe de desenvolvedores e produzindo jogos, tudo isso ajuda a aumentar seus ganhos.

    (Reprodução/Decrypt)

    Outro jogo, uma experiência de combate simples chamada Hamster Fight Club, também está disponível no mini app. Outros jogos, Hamster Boost e Hamster King, estão listados como estando em teste beta fechado.

    A longa temporada de “interlúdio” do Hamster Kombat terminou, com os jogadores ganhando recompensas para a próxima onda de jogos HamsterVerse com base em quantos diamantes ganharam durante aquela temporada simplificada. A temporada de interlúdio foi planejada para durar apenas algumas semanas, mas acabou durando meses devido a atrasos para a próxima temporada.

    Todos os jogos estão planejados para oferecer recompensas em tokens HMSTR.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • XRP sobe 5,4% após Trump compartilhar artigos sobre a criptomoeda

    XRP sobe 5,4% após Trump compartilhar artigos sobre a criptomoeda

    O presidente dos EUA, Donald Trump, compartilhou dois artigos com comentários do CEO da Ripple Labs, Brad Garlinghouse, em sua conta na Truth Social. A Ripple é a empresa por trás do token XRP, e as publicações, feitas na noite da terça-feira (18), geraram entusiasmo e especulação na comunidade da 3ª maior criptomoeda do mercado.

    Trump postou para os seus quase 9 milhões de seguidores dois links de publicações de sites especializados em notícias de criptomoedas com conteúdo positivo ao seu mandato em relação ao setor cripto.

    Uma delas se refere a um comentário do CEO da Ripple Labs, Brad Garlinghouse, que afirmou que o “efeito Trump” está tornando o setor cripto ótimo novamente. O outro artigo repercutia uma fala de Garlinghouse sobre contratações na Ripple. Segundo ele, 75% das vagas de emprego abertas nos EUA resultam do otimismo com o novo governo.

    As publicações geraram milhares de curtidas e comentários, como “XRP to the moon”. Conforme apurou o CoinDesk, usuários consideraram até mesmo que o XRP deveria se tornar a moeda que sustentaria uma potencial reserva estratégica de criptomoedas do governo dos EUA.

    As publicações de Trump podem estar ajudando o preço do XRP, que sobe 5,4% nesta quarta-feira, sendo negociado em US$ 2,66.

    O token da Ripple foi um dos que mais valorizou no final do ano passado, quando foi de US$ 0,50 para quase US$ 3,50, totalizando atualmente 360% de alta nos últimos 12 meses, segundo dados do Coingecko.

    1º ETF à vista de XRP do mundo

    A comunidade do XRP no Brasil também recebeu uma ótima notícia: O 1º ETF à vista de XRP do mundo vai estrear em breve no país, provavelmente antes dos EUA.

    Isso porque a Hashdex ganhou autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para lançar um produto da modalidade. Trata-se do primeiro fundo negociado em bolsa do mundo que tem como ativo de investimento o token nativo da blockchain criada pela Ripple

    Segundo informações no site da CVM, o HASHDEX NASDAQ XRP FUNDO DE ÍNDICE foi constituído no dia 10 de dezembro do ano passado e está em fase pré-operacional. O administrador é a corretora de valores Genial Investimentos e ainda não existem documentos anexados com maiores detalhes.

    Nos EUA há também a expectativa de que um fundo negociado em bolsa (ETF) de XRP seja aprovado este ano, depois que a SEC reconheceu um pedido apresentado pela Bolsa de Valores de Nova York e pela Grayscale na semana passada.

    A empresa já oferece um produto financeiro baseado no XRP. Lançado no ano passado, o Grayscale XRP Trust é descrito como “Private placement only” (somente para aplicação privada).

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  • Coinbase lança contratos futuros de Solana e Hedera nos EUA

    Coinbase lança contratos futuros de Solana e Hedera nos EUA

    Na terça-feira (18), a Coinbase informou que sua exchange de derivativos passou a oferecer contratos futuros para Solana (SOL) e Hedera (HBAR), ampliando sua gama de produtos para abranger mais criptomoedas, em meio a pedidos pendentes de ETFs à vista nos EUA.

    Regulada pela CFTC, a Coinbase afirmou em um post no blog que a divisão de derivativos da exchange agora oferece contratos futuros para um total de 19 ativos, incluindo Dogecoin, Litecoin e ouro, entre outras altcoins.

    Solana, Hedera, Dogecoin e Litecoin fazem parte de uma corrida emergente entre empresas de cripto e serviços financeiros tradicionais para atender à crescente demanda por produtos de investimento focados em cripto.

    Nas últimas semanas, essas empresas apresentaram uma série de pedidos para ETFs à vista de cripto, impulsionadas pelas políticas mais favoráveis ao setor na nova administração de Donald Trump.

    Na semana passada, a SEC começou a analisar pedidos de ETFs de Solana. As aprovações podem expandir as opções de investimento para investidores de varejo e institucionais nos EUA, indo além de Bitcoin e Ethereum.

    O prazo da SEC para essas aplicações pode ser estendido por até 240 dias. No entanto, o cronograma regulatório começa com um período de análise de 21 dias, o que significa que uma decisão inicial pode ser tomada já no próximo mês.

    A conexão entre os novos contratos futuros da Coinbase e a CFTC é significativa. Em um processo movido contra a Coinbase em 2023, a SEC alegou que Solana era negociada em sua plataforma como um valor mobiliário e, portanto, deveria estar sujeita às regras e exigências de divulgação da SEC.

    Com a renúncia do ex-presidente da SEC e crítico das criptos, Gary Gensler, a agência está reconsiderando sua abordagem ao setor de ativos digitais. A ação contra a Coinbase foi suspensa até que um tribunal superior analise o caso, em meio a decisões conflitantes sobre ativos digitais. Enquanto isso, a SEC se comprometeu a trabalhar para estabelecer regras mais claras para cripto em parceria com a CFTC sob a nova liderança.

    A capacidade da Coinbase de oferecer produtos futuros regulamentados para Solana pode influenciar a decisão da SEC. Ao aprovar ETFs à vista de Ethereum e Bitcoin, a SEC considerou a existência de um mercado futuro regulamentado como um fator para mitigar riscos de fraude e manipulação de mercado.

    “Todos os ETPs [produtos negociados em bolsa] baseados em commodities tiveram um mercado futuro regulamentado”, disse Matt Hougan, CIO da Bitwise, ao Decrypt no início deste mês.

    Com a mudança de postura da SEC em relação às criptos, a regulamentação dos futuros de Solana nos EUA pode não ter um grande impacto, segundo Gabe Shelby, chefe de pesquisa da CF Benchmarks.

    A empresa fornece taxas de referência para derivativos de Bitcoin e Ethereum em plataformas regulamentadas pela CFTC, como a Chicago Mercantile Exchange. Shelby avaliou que o modelo da SEC para aprovar ETFs de cripto pode estar mudando.

    “É muito provável que cheguemos a um ponto em que um mercado futuro regulamentado não seja totalmente necessário para lançar tokens adicionais”, afirmou. “Essa é uma possibilidade real com esse novo cenário regulatório.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Criador do token LIBRA afirma que “controlava” Milei e subornou irmã do presidente

    Criador do token LIBRA afirma que “controlava” Milei e subornou irmã do presidente

    Hayden Davis, CEO da Kelsier Ventures e um dos criadores do token LIBRA promovido por Javier MIlei, se gabou de ter comprado acesso ao círculo íntimo do presidente argentino dando dinheiro a sua irmã, Karina Milei. Contudo não está claro se houve algum pagamento antes do infame lançamento e queda da memecoin que prejudicou milhares de investidores.

    Karina Milei, irmã de Javier Milei, exerce uma função essencial na administração do presidente como Secretária-Geral da Presidência da Argentina, uma posição equivalente a um ministério.

    De acordo com o site CoinDesk, Davis afirmou em mensagens de texto de meados de dezembro: “Eu envio dinheiro para a irmã dele e ele assina tudo o que eu digo e faz o que eu quero”.  Além disso, Davis também disse: “Eu controlo aquele n—-,”.

    (Reprodução/CoinDesk)

    A palavra ocultada na declaração original pode representar um termo pejorativo de conotação racial. Segundo o site, a pessoa que compartilhou a conversa pediu para não ser identificada.

    Davis disse por meio de sua assessoria que não se lembra da conversa e que não tem registro dela em seu telefone. Ele também negou que tivesse pago à família Milei para lançar a memecoin Libra.

    Segundo publicação do site La Nacion, havia investidores por trás da LIBRA. Uma conversa entre eles revela críticas sobre os negócios de Davis e o que ele alegava ser capaz de fazer. “Ele estava fora de controle”, diz um dos investidores sobre Davis. “Louco. Ambição. [Hayden Davis] sentiu como se tivesse descoberto uma fórmula para imprimir dinheiro.”

    (Reprodução/La Nacion)

    As alegações de Davis em dezembro acrescentam uma nova dimensão à investigação anticorrupção que o gabinete presidencial da Argentina abriu contra Javier Milei, que, em 15 de fevereiro, chamou a atenção para a criptomoeda Libra, que, segundo ele, era uma nova maneira de financiar pequenas empresas no país.

    Leia também: CriptoGate: Milei pode cair por ter divulgado uma criptomoeda fraudulenta?

    Mas o maior vencedor do lançamento da memecoin baseada em Solana foi Davis e Kelsier Ventures. Carteiras controladas pelas entidades renderam mais de US$ 100 milhões nas primeiras horas da Libra, quando ela disparou para US$ 5 e depois caiu mais de 95%, eliminando milhões de dólares de investimentos especulativos.

    Entenda o caso Libra

    Javier Milei, presidente da Argentina, está envolvido em um escândalo financeiro relacionado à criptomoeda LIBRA. Ele promoveu o token, que valorizou rapidamente antes de desabar 95%, em um golpe clássico de “puxão de tapete” (rug pull). Agora, há dúvidas se Milei foi enganado ou se participou ativamente da fraude.

    O escândalo levou a oposição a iniciar um processo de impeachment, mas as chances de sucesso são baixas devido ao apoio de Milei no Congresso. A Comissão de Juízo Político já analisou o caso e parece improvável que o processo avance. No entanto, o episódio pode afetar sua credibilidade, especialmente entre eleitores indecisos.

    O impacto político gerou pressão para mudanças no governo. O ex-presidente Mauricio Macri criticou Milei, e aliados sugerem demissões, incluindo de sua irmã Karina Milei e do assessor Santiago Caputo.

    A Justiça argentina também investiga o caso, e a juíza María Servini avaliará se há elementos para uma denúncia criminal. O empresário Hayden Mark Davis, ligado à LIBRA, afirmou ser assessor de Milei e culpou o governo pela queda do token.

    Este não é o primeiro escândalo envolvendo Milei e criptoativos. Em 2022, ele foi acusado de promover a CoinX, uma suposta pirâmide financeira.

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  • CriptoGate: Milei pode cair por ter divulgado uma criptomoeda fraudulenta?

    CriptoGate: Milei pode cair por ter divulgado uma criptomoeda fraudulenta?

    Javier Milei, presidente da Argentina, fez parte de um golpe de “puxada de tapete” (“rug pull”, na expressão em inglês) no mercado de criptomoedas. Agora resta saber se o político entrou para a fraude sabendo o que se passava ou não; se é vítima ou golpista. Com o furacão político não dando sinais de arrefecimento, agora a dúvida é se o ferimento pode ser fatal. 

    Uma rápida recapitulação: Milei promoveu uma memecoin chamada LIBRA na sexta-feira (14). O token disparou e atingiu capitalização de mais de US$ 4 bilhões. Um grupo de carteiras que tinha uma alta quantia do ativo vendeu rapidamente e fez a moeda derreter. Trata-se de um golpe clássico no mercado cripto. 

    Já seria munição suficiente para a oposição, mas nesta terça-feira (18) Milei deu uma entrevista para o canal Todo Noticias para tratar do caso. No meio, um assessor do presidente reclama de uma pergunta. Na versão da televisão, a reportagem é exibida sem a pergunta. Na internet, uma versão com, que é apagada na sequência. 

    A bancada do Union por la Patria, partido de oposição, já entrou com um pedido de julgamento político do caso. O objetivo final seria conseguir o impeachment de Milei. Antes de saber a probabilidade disso ocorrer, vale entender como a legislação argentina opera nestes casos.

    Trâmites do impeachment na lei argentina

    O jornal La Nacion aponta que cabe apenas ao Congresso Nacional o poder de punir um presidente exercício e que o Poder Legislativo tem a prerrogativa de promover o impeachment. Para isso, é primeiro necessário que o pedido seja formulado perante a Comissão de Juízo Político. Se o órgão entender que tem mérito, leva para o plenário da Câmara dos Deputados. São então necessários dois terços de assinaturas para que o caso siga tramitando.

    Caso o primeiro ponto seja cumprido, é o Senado que irá de fato decidir. Para a punição ocorrer, são necessários novamente dois terços dos votos da Casa.

    Este processo vale não apenas para o presidente, mas também para o chefe de gabinete e a vice-presidente, ministros do Executivo e juízes da Suprema Corte. O único caso no qual houve uma destituição seguindo estes trâmites na Argentina foi de dois membros da Suprema Corte em 2003 e 2004. O contexto era de que ambos eram aliados do ex-presidente Carlos Menem e o Congresso tinha maioria kirchnerista.

    Poucas chances de Milei cair

    Analisando as possibilidades de queda de Milei, no momento, são muito baixas. O presidente é popular e tem forte apoio no Congresso. O Union por La Patria é o único partido que anunciou o objetivo de conseguir um impeachment, sem adesão nem mesmo de partidos mais ao centro no espectro político.

    Além disso, a Comissão de Juízo Político tem 31 membros e o jornal aponta que no momento uma votação teria 13 votos para o caso seguir, 17 votos para não dar seguimento e um indeciso. O caso parece tender a morrer no nascedouro, mas o jornal La Nacion não descarta que uma resistência do Congresso em investigar e analisar o caso podem gerar o efeito contrário, revoltando a opinião pública.

    No jornal Pagina 12, uma reportagem especial traz análises de analistas políticos sobre o impacto que o caso pode vir a ter no governo Milei. O consenso é que afeta mais entre os que não apoiam totalmente o presidente, sendo que entre os que o idolatram não terá efeito nenhum. Um ponto é que a aura de bom economista de Milei pode sofrer um avaria mais forte, já que querendo ou não fez parte de uma fraude de milhões.

    Uma opinião divergente é a de Roberto Bacman, diretor do Centro de Estudos de Opinião Pública (CEOP), para quem o impacto é forte: “É muito difícil estimar o dano que isso pode causar à imagem do Presidente, é preciso ver como as coisas vão se desenrolar ao longo do tempo. As consequências desse caso parecem ser muito mais graves do que se percebia nas primeiras horas. Seu ponto forte é que veio para ‘combater a casta’ e erradicar a corrupção, e essa situação coloca esses princípios em xeque. Ou seja, atinge-o por todos os lados.”

    Mudanças no governo

    Até agora, Milei está tentando se distanciar do caso, dizendo que foi enganado. O máximo de mea culpa é afirmar que “por querer ajudar um argentino, levei um tapa na cara”.

    Se o impeachment parece distante, mudanças no coração do governo já se mostram mais inevitáveis. Maurício Macri, ex-presidente da Argentina e aliado político importante de Milei, disse que o o presidente é “descuidado e mal assessorado” e que de se rodear com melhores assessores.

    O senador Francisco Paoltroni, aliado de Milei, foi mais direto: propõe que sejam demitidos sua irmã Karina Milei e o assessor Santiago Caputo. “Senhor Presidente, empresto-lhe esta esmerilhadeira para que acabe de uma vez com esse triângulo de ferro que tanto lhe prejudica e afeta tanto sua imagem quanto sua credibilidade”, sentenciou Paoltroni.

    Caso também corre na Justiça

    Fora do ambiente de julgamento político pelo Congresso, o caso já começa a correr em outros meios. A juíza María Servini, da Câmara Federal de Buenos Aires, recebeu a denúncia apresentada no fim de semana pelo economista Claudio Lozano, chefe do partido Unidad Popular.

    Caberá a juíza analisar se existem elementos para um caso criminal de fraude. Caso entenda que sim, o caso irá para um promotor público montar a denúncia que será levada aos tribunais.

    Quem está por trás da criptomoeda

    No domingo, o empresário americano Hayden Mark Davis, da Kelsen Ventures e um dos promotores do token LIBRA, assumiu que é assessor do presidente argentino Javier Milei e culpou o governo pela queda abrupta da criptomoeda, afirmou o La Nacion.

    Davis afirma que o governo retirou apoio ao projeto sem aviso, causando pânico entre investidores. Ele prometeu injetar até US$ 100 milhões para recuperar a moeda. 

    O caso envolveu também Julian Peh, fundador do KIP Protocol, e Mauricio Novelli, seu representante na Argentina. Ambos teriam apresentado Davis ao presidente.

    Envolvimento de Milei com CoinX

    Em 2022, antes de se tornar presidente, investidores processaram Milei por promover a CoinX, uma plataforma de investimentos em cripto que prometia retornos gigantescos aos usuários, nos moldes de uma pirâmide financeira.

    A ação judicial se referia a postagens feitas pelo então deputado em 2021. Na época, Milei — que usa frequentemente as redes sociais — divulgou a CoinX para seus milhões de seguidores.

    “Eles estão revolucionando a forma de investir para ajudar os argentinos a lidar com a inflação”, escreveu ele em uma postagem no Instagram, após visitar a sede da CoinX, que prometia gerar lucros para investidores usando inteligência artificial, bots e especialistas para automatizar negociações.

    No entanto, segundo a mídia local, a CoinX fez com que muitos investidores perdessem dinheiro e teve que fechar as portas depois que o órgão regulador financeiro da Argentina alertou que a plataforma não tinha permissão legal para operar no país.

    Milei posteriormente se distanciou do caso e afirmou que apenas havia dado sua opinião sobre o projeto.

    Os defensores do Bitcoin simpatizam com Milei por causa de suas ideias libertárias. No entanto, o próprio presidente não se aprofundou muito na maior criptomoeda, limitando-se a dizer que ela é uma “reação natural” aos “golpistas” dos bancos centrais.

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  • Cofundador da empresa por trás do token TRUMP renuncia após acusação de manipular token de Milei

    Cofundador da empresa por trás do token TRUMP renuncia após acusação de manipular token de Milei

    Ben Chow, cofundador da Meteora — a plataforma baseada na Solana por trás dos controversos lançamentos dos tokens Trump e Melania — renunciou após alegações de negociações com informações privilegiadas surgirem com o colapso do token LIBRA. Essa criptomoeda, inicialmente apoiada pelo presidente argentino Javier Milei, teve uma queda de mais de 90% em poucas horas após seu lançamento.

    Meow, o cofundador pseudônimo tanto da Meteora quanto da exchange Jupiter, confirmou no X na segunda-feira (17) que a renúncia de Ben ocorreu devido à sua falta de discernimento como líder de projeto nos últimos meses.

    O colapso do token LIBRA intensificou as acusações de negociações internas, com analistas on-chain apontando para atividades suspeitas de carteiras e o possível envolvimento de insiders que venderam tokens no pico do preço do ativo.

    Em meio às alegações, plataformas como a Meteora, que forneceu suporte técnico para o lançamento do token, foram envolvidas na polêmica.

    Com a empresa agora buscando uma nova liderança, a saída de Chow levantou questões sobre a ética em lançamentos de tokens de alto perfil e seu impacto no mercado de criptomoedas.

    Diante das acusações, Meow esclareceu a posição de suas empresas, destacando que nem a Jupiter nem a Meteora estavam envolvidas em negociações com informações privilegiadas ou má conduta financeira.

    A Jupiter reconheceu anteriormente que o lançamento de uma “Argentina Coin” era um “segredo aberto” dentro dos círculos de memecoins, mas afirmou que ninguém na empresa sabia dos detalhes com antecedência.

    A Meteora, segundo relatos, operava independentemente da Jupiter há mais de um ano, com Ben administrando a empresa sem envolvimento significativo de Meow.

    Chow ainda não divulgou um comunicado oficial, mas abordou a polêmica anteriormente na rede X, oferecendo sua versão dos fatos.

    Em uma série de publicações no X no sábado (15), ele explicou inicialmente que o envolvimento da Meteora no lançamento do LIBRA foi limitado ao fornecimento de suporte técnico.

    “A equipe do $LIBRA usou a Meteora, que é uma plataforma sem permissão”, disse no X o cofundador da Meteora. “Nunca tivemos acesso aos tokens ou a Milei.”

    Ele esclareceu que a Meteora não teve participação na tomada de decisões sobre o lançamento ou em atividades de criação de mercado, já que a plataforma permite que qualquer pessoa crie pools e tokens sem envolvimento direto da equipe da Meteora.

    No entanto, posteriormente, Ben voltou atrás em seu tweet inicial, reconhecendo que surgiram questões sobre o papel da Meteora no lançamento do LIBRA e de outros tokens.

    Chow explicou sua relação com Hayden Davis, da Kelsier Ventures, que esteve envolvido no lançamento das memecoins LIBRA, TRUMP e MELANIA.

    “Eu indiquei [Hayden Davis] para alguns outros projetos que haviam nos consultado sobre empresas de implantação, incluindo a equipe por trás do $MELANIA”, escreveu Ben.

    Ele afirmou que indicou a Kelsier Ventures para outros projetos e que seu relacionamento foi construído com base na confiança mútua desenvolvida durante o lançamento bem-sucedido do token M3M3, em dezembro.

    Em resposta à reação da comunidade, Meow anunciou planos para uma investigação independente de terceiros. Eles estão buscando contratar o escritório de advocacia Fenwick & West, com sede na Califórnia, para lidar com as alegações e promover transparência.

    A renúncia de Chow gerou reações mistas, com algum apoio de figuras como Kash Dhandha, membro fundador da Super Team DAO e “Cat Herder” da Jupiter, que o defendeu como uma vítima de “erros estratégicos” em vez de má conduta.

    O LIBRA viu sua capitalização de mercado disparar para US$ 4 bilhões antes de despencar 91%, alimentando suspeitas de manipulação de mercado.

    As consequências do LIBRA continuam a afetar Milei, que agora enfrenta pedidos de impeachment e ações judiciais que o acusam de fraude devido à sua promoção do token.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Tether quer 51% de gigante do agronegócio que opera no Brasil, Argentina e Uruguai

    Tether quer 51% de gigante do agronegócio que opera no Brasil, Argentina e Uruguai

    A Tether, empresa de criptomoedas responsável pela stablecoin USDT, fez uma proposta “não solicitada” para adquirir uma participação majoritária na produtora latino-americana de commodities agrícolas Adecoagro (AGRO). Uma oferta “não solicitada” é uma proposta de negócios que é enviada a um cliente em potencial sem que ele tenha solicitado. 

    Enviada em 14 de fevereiro, a oferta de US$ 12,41 por ação tinha como objetivo aumentar a fatia da Tether na companhia dos atuais 19,4% para 51%, conforme informações do site CoinDesk. Listada na Nasdaq, a Adecoagro possui terras agrícolas e instalações industriais na Argentina, Brasil e Uruguai. 

    O conselho administrativo da Adecoagro se reuniu em 16 de fevereiro para avaliar a proposta e contratou consultores financeiros e jurídicos para determinar se aceitar a oferta atende aos interesses dos acionistas, informou a empresa.

    Os papéis da Adecoagro S.A. Common Shares valorizaram 8% antes da abertura do mercado, chegando a US$ 10,48 nas negociações pré-mercado em Nova York. No decorrer desta manhã de terça (18), o preço das ações AGRO está em US$ 11.

    A Adecoagro é uma das principais empresas do setor agroindustrial na América do Sul, atuando na produção de açúcar, etanol, laticínios e grãos.

    No Brasil, a companhia possui usinas sucroenergéticas dedicadas à produção de açúcar e etanol, além de investir em bioeletricidade gerada a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Suas operações no país fazem parte da estratégia de expansão no setor de energias renováveis e na diversificação do agronegócio.

    A proposta de investimento da Tether surge em um momento em que a empresa está diversificando seus negócios além do setor de criptomoedas. A emissora da stablecoin informou ter obtido US$ 13 bilhões em lucros líquidos no último ano.

    Tether, Adecoagro e Juventus

    No ano passado, a Tether investiu US$ 100 milhões para adquirir uma participação de 9,8% na Adecoagro. Segundo comentários do CoinDesk na época, o investimento pode ser uma jogada de tokenização, já que a Adecoagro é fundadora e proprietária parcial da plataforma de tokenização de commodities agrícolas Agrotoken, sediada na Argentina.

    Na semana passada, a Tether anunciou que adquiriu uma participação minoritária no clube de futebol Juventus, um dos mais tradicionais do mundo.

    A compra de parte da Juventus engloba uma estratégia de integrar o portfólio futurista de investimentos da empresa com o setor esportivo.

    O USDT, stablecoin da Tether, tem uma capitalização de mercado de US$ 141 bilhões e 400 milhões de usuários. Além disso, a companhia adquiriu recentemente empresas de ponta nos setores de Inteligência Artificial (IA), mineração de Bitcoin e biotecnologia.

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  • Brasileiro traficado na Ásia era forçado a se passar por modelo para dar golpes cripto 

    Brasileiro traficado na Ásia era forçado a se passar por modelo para dar golpes cripto 

    O brasileiro Phelipe de Moura Ferreira, de 26 anos, uma das vítimas de tráfico humano em Mianmar, usou seu perfil no Instagram para contar com sobreviveu nas mãos de criminosos que o obrigavam a aplicar golpes com falsos investimentos em criptomoedas, inclusive se passando por uma modelo chinesa.

    “Tentei fazer o máximo para não ser agredido”, disse Phelipe no início da transmissão.

    Ele e outro brasileiro, Luckas Viana dos Santos, 31, foram resgatados na semana passada no cativeiro onde eram obrigados a trabalhar até 17 horas por dia.

    Na live, Phelipe deu detalhes sobre os trabalhos que era forçado a fazer. Ele conta que um dos principais métodos usados para aplicar os golpes era entrar em contato com a vítima e prometer grandes retornos que viriam de investimentos feitos com criptomoedas.

    Outro era o “golpe do amor”, quando era forjado um namoro online e em algum momento a vítima recebia pedidos de dinheiro. Também se passavam por famosos como atores ou atletas e convenciam a vítima a fazer supostas doações.

    Phelipe conta que quando recebeu a proposta para ir à Tailândia, ele trabalhava com um amigo no Uruguai. Segundo seu relato, ele foi submetido a tortura psicológica e física, além de punições cruéis por não atingir metas de fraudes financeiras.

    Conforme relata, as metas começaram em US$ 5 mil e aumentaram para US$ 10 mil antes de sua fuga. Quando não atingia os valores exigidos, era punido com exercícios forçados, incluindo até 500 agachamentos em uma plataforma com pregos. Além disso, presenciou torturas diárias de outros reféns, sob intensa pressão psicológica.

    Phelipe e Luckas foram libertados por uma ONG com apoio de um grupo paramilitar local, que investigava a quadrilha criminosa global que explora milhares de vítimas.

    O Itamaraty informou que acompanha o caso, enquanto órgãos internacionais alertam sobre o aumento do tráfico humano na região, segundo O Globo.

    De acordo com um vídeo recente, Phelipe e Lukas estão tratando dos trâmites de repatriação na base militar da Tailândia. 

    O caso veio à tona na imprensa brasileira após a dupla ter conseguido fugir e relatar como era o dia a dia no sistema de escravidão a que foram submetidos. 

    Conforme apontou uma reportagem do jornal O Globo, Luckas e Phelipe receberam ofertas de emprego por meio das redes sociais. A proposta era de um trabalho na Tailândia, com bom salário e a passagem paga pela suposta empresa. O bilhete aéreo foi enviado e os brasileiros foram para a Ásia no ano passado.

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  • FTX começa a pagar hoje clientes lesados pela grande quebra de 2022

    FTX começa a pagar hoje clientes lesados pela grande quebra de 2022

    A FTX irá começar nesta terça-feira (18) a pagar parte dos clientes lesados pela grande quebra de 2022. Conforme a documentação divulgada pela empresa no processo de falência, os primeiros a receber serão os credores da Classe Conveniência, ou seja, aqueles que têm reivindicações de até US$ 50 mil. 

    Os credores desta primeira leva irão receber pagamento integral dos valores devidos, acrescidos de juros de 9% ao ano. As estimativas é que os reembolsos destes primeiros clientes irão somar US$ 1,2 bilhão — a quebra da FTX gerou prejuízos que chegaram a um total de US$ 9 bilhões. 

    Mais cedo nesta terça-feira (18), a massa falida da corretora movimentou um Bitcoin, em um teste que muitos na comunidade especulam se tratar de uma última checagem antes de começar os pagamentos.

    A informação de que os pagamentos irão começar nesta terça-feira (18) foi confirmada duas semanas atrás no X por um dos clientes que faz parte do comitê que representa os consumidores da FTX no processo de falência. 

    Existe uma expectativa no mercado de que boa parte deste US$ 1,2 bilhão que entrarão em circulação sejam reinvestidos pelos clientes em criptomoedas. Porém, não se sabe se o impacto será tão relevante a ponto de mexer no cenário mais amplo do setor.

    “Muito pouco para mover a agulha”, avaliou Markus Thielen, fundador da firma de análises 10x Research, em um nota aos clientes disparada na segunda-feira (17), conforme registrou o portal CoinDesk.

    Falência da FTX

    A exchange de criptomoedas FTX entrou com pedido de proteção contra falência, Capítulo 11, em 11 de novembro de 2022. As falências da empresa ocorreram em Delaware, onde a FTX Trading está sediada, e nas Bahamas, sede da FTX Digital Markets.

    A FTX entrou em colapso em novembro de 2022 quando os clientes, motivados pela preocupação com sua estabilidade financeira, sacaram ativos mais rápido do que a empresa conseguia atender às suas solicitações.

    Foi revelado então que o então CEO Sam Bankman-Fried havia usado ilegalmente depósitos de clientes na FTX para encobrir bilhões de dólares em perdas na empresa irmã Alameda Research. Por conta dessa e outras infrações, Bankman-Fried foi condenado em março de 2024 a 25 anos de prisão.

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