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  • DeepSeek pode democratizar a IA com sua proposta gratuita e open source, afirma pesquisadora

    DeepSeek pode democratizar a IA com sua proposta gratuita e open source, afirma pesquisadora

    A plataforma de inteligência artificial DeepSeek impactou o mundo financeiro e tecnológico como um cometa na última semana. A empresa chinesa afirma ter investido apenas US$ 5 milhões — menos de um vigésimo do padrão — para treinar um modelo que, ao que tudo indica, é tão poderoso quanto, ou até superior a, seus principais concorrentes.

    O resultado foi um terremoto que derrubou bolsa ao redor mundo e que em questão de 24 horas estilhaçou todas as previsões que existiam para o futuro da tecnologia. 

    Uma semana no mundo “pós-DeepSeek”, especialistas, mercado e público começam a entender melhor o potencial da empresa. O número de US$ 5 milhões vem sendo contestado por alguns concorrentes e a OpenAI afirma que a startup chinesa usou ilegalmente dados do ChatGPT para treinar sua IA.

    Mas uma coisa parece ser unânime: o DeepSeek produz ótimos resultados, no mesmo nível do que existe de vanguarda em Inteligência Artificial — Sam Altman, CEO da OpenAI, disse que a ferramenta chinesa é “impressionante”.

    “De maneira prática, no uso trivial, realmente não há diferenças notáveis nos dois modelos (o que já é impressionante por si só). A diferença é que o DeepSeek é 100% gratuito”, afirma Ana Freitas, jornalista de formação e que nos últimos anos se especializou em pesquisar e ensinar sobre Inteligência Artificial no Brasil.

    Ana Freitas, pesquisadora de Inteligência Artificial (Foto: Arquivo Pessoal)

    A pesquisadora diz acreditar que há algo errado nos dados financeiros divulgados pelo DeepSeek — embora não possa afirmar com certeza. No entanto, isso não diminui o feito da plataforma, que já alcançou o impensável: rivalizar com o ChatGPT e o Claude.

    Um ponto ressaltado por Freitas é que o projeto do DeepSeek é open source, o que pode acelerar o desenvolvimento de ferramentas ao redor do mundo: “Tem sim o potencial de democratizar o acesso a desenvolvimento de modelos e também de aplicações que usam a tecnologia via API. Claro que existem outros modelos open source já no mercado, incluindo o Llama, da Meta. Mas nenhum é tão bom quanto o DeepSeek.”

    Nessa guerra tecnológica, a pesquisadora aponta que em um futuro de dois a quatro anos, a perspectiva não é de modelos que simplesmente entreguem melhores respostas. “De marco realmente disruptivo, em algo entre 2 e 4 anos devemos ver o desenvolvimento da AGI, a Inteligência Artificial Geral, que tem tantos potenciais benefícios sem precedentes para a humanidade, quanto riscos.”

    Ana Freitas é diretora de inovação e formação da Quid, uma organização sem fins lucrativos que atua como um laboratório de comunicação oara causas, e também uma das idealizadoras do CR_IA, que desde 2022 oferece cursos de IA generativa para pessoas e empresas, consultorias e desenvolve projetos tailor-made em IA.

    Leia abaixo a entrevista completa:

    O DeepSeek, dizem, consegue entregar a mesma potência dos concorrentes com uma fração do custo. Existem rumores de que os números divulgados desse custo são muito baixos para serem verdade. Acha improvável os números que estão sendo divulgados, de que teria sido um gasto de apenas US$ 5 milhões para treinar o modelo?

    Ana Freitas: Embora eu não possa afirmar, acho que é razoável supor que que eles tenham maquiado planilhas de gastos e/ou usado tecnologia da OpenAI (algum tipo de vazamento de dados, como a própria OpenAI tem acusado) para treinar o modelo (o que aceleraria o tempo de desenvolvimento e reduziria custos). De fato é um valor muito menor, 20x menor, o que pede no mínimo cautela diante da informação. 

    Não sabemos quais custos o DeepSeek está considerando dentro desses US$ 5,5 milhões que eles informaram terem gastado – e se os custos de servidor, de infraestrutura, de pesquisa, de testes, eventualmente até de licenciamento de conteúdo de treinamento (por mais que a OpenAI só tenha feito esse movimento de pagar para licenciar conteúdo mais recentemente, isso soma ao custo de desenvolvimento total da ferramenta).

    Mas mais importante, essa premissa de que entrega a mesma potência é real? 

    Ana Freitas: De acordo com benchmarks, o DeepSeek entrega uma capacidade de resolução de problemas que rivaliza a de modelos como o ChatGPT e o Claude, e é realmente impressionante. Ainda assim é importante notar também que a ferramenta em si não oferece todos os recursos que o ChatGPT ou mesmo que o Claude oferece, como geração de imagens, GPTs personalizados, o mais recente modo de agente… todas essas coisas somam em termos de custo de desenvolvimento, de pesquisa, de testes, estrutura e valor agregado. 

    Isso não é tirar o mérito do modelo, que parece ter sido construído em tempo recorde e provavelmente com custo menor do que o rival americano. Mas é dizer que é importante observar com cautela essas informações que comparam as duas coisas de maneira muito simplista.

    De maneira prática, no uso trivial, realmente não há diferenças notáveis nos dois modelos (o que já é impressionante por si só). A diferença é que o DeepSeek é 100% gratuito.

    Já se sabia na comunidade de IA que essa empresa na China estava desenvolvendo um modelo tão avançado ou foi uma completa surpresa? Ou até mesmo que na China, como país, se estivesse em um ponto tão avançado na tecnologia?

    Ana Freitas: No geral, a gente vinha acompanhando o desenvolvimento de modelos da AliBaba, com novidades interessantes deles, mas nenhuma Open Source ou então que replicasse o modelo de raciocínio do DeepSeek. O DeepSeek foi lançado no fim do ano passado, a propósito. Demorou algumas semanas para hypar.

    O fato de ser open source tem potencial para acelerar o desenvolvimento da tecnologia por empresas menores que podem ter essa base já pronta?

    Ana Freitas: Sem dúvida. Qualquer um pode trabalhar em cima do modelo e construir o seu próprio, o que é uma vantagem incrível em um modelo de linguagem com capacidade tão impressionante. Tem sim o potencial de democratizar o acesso a desenvolvimento de modelos e também de aplicações que usam a tecnologia via API. Claro que existem outros modelos open source já no mercado, incluindo o Llama, da Meta. Mas nenhum é tão bom quanto o DeepSeek.

    Qual o próximo grande passo dos modelos de IA? Em um futuro próximo, digamos dois anos, acha que teremos um grande salto, como foi quando o GPT 3.5 foi ao ar?

    Ana Freitas: Na verdade, temos alguns marcos intermediários e um marco maior, mais central, nos próximos anos. O principal marco disruptivo é a evolução dos modelos de linguagem para ferramentas que atuam como agentes, ou seja, que controlam o seu computador ou celular executando uma série de tarefas em sequência com base em compreensão e processamento de linguagem.

    Você não precisaria executar as tarefas no computador, mas pediria para a IA, que as executaria entendendo o que você precisa e encadeando diferentes aplicações e workflows automaticamente. Isso já é realidade em alguns modelos, mas tende a ser a próxima fronteira para o uso de IA como um todo. A OpenAI lançou há poucas semanas um modo agente, disponível somente em seu modelo mais caro, e o Claude também tem um modo de agente disponível via API. 

    De marco realmente disruptivo, em algo entre 2 e 4 anos devemos ver o desenvolvimento da AGI, a Inteligência Artificial Geral, que tem tantos potenciais benefícios sem precedentes para a humanidade quanto riscos. A AGI é uma tecnologia que não é apenas bot mais inteligente, como uma versão 5.0 do ChatGPT, um bot que tem a mesma capacidade que um humano (ou até mais) em diferentes áreas do conhecimento, e inclusive tem a habilidade de aprender, entender e aplicar conhecimentos de diferentes maneiras, além de se adaptar a novas situações como um humano faria.

    A AGI consegue resolver problemas mais complexos de maneira integrada sem a necessidade de reprogramação. O problema é que o poder da AGI não oferece só possibilidades de desenvolvimento humano sem precedentes mas é também vista como um risco fundamental para a existência da humanidade. 

    Acha que as criptomoedas poderiam ser algo como o meio de pagamento oficial em um mundo no qual agentes de IA podem criar e manejar smart contracts e coisas do gênero?

    Ana Freitas: Em um mundo inundado de fake news e deepfakes, em que se torna cada vez mais difícil atestar a origem e a autenticidade de conteúdo e da informação, blockchain pode ser a tecnologia que precisamos para conseguir identificar de maneira inequívoca a autenticidade e as alterações e modificações. Já existem algumas iniciativas nesse sentido e eu acredito que é para onde a gente vai.

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  • MicroStrategy está arrecadando R$ 3,4 bilhões para comprar ainda mais Bitcoin

    MicroStrategy está arrecadando R$ 3,4 bilhões para comprar ainda mais Bitcoin

    A MicroStrategy, empresa conhecida por seu enorme tesouro de Bitcoin, continua encontrando novas formas de adquirir ainda mais da criptomoeda. Na sexta-feira, a companhia anunciou que finalizou o preço de sua nova ação — STRK —, que será utilizada para levantar fundos e ampliar seu estoque de Bitcoin.

    O STRK será negociado no mercado por US$ 80 por ação, e a empresa pretende usar os recursos arrecadados para comprar Bitcoin. O cofundador e presidente da MicroStrategy, Michael Saylor, anunciou no X que o valor a ser captado aumentou de US$ 250 milhões para US$ 584 milhões (cerca de R$ 3,4 bilhões).

    Em um comunicado, a empresa afirmou que espera obter um total líquido de US$ 563,4 milhões com a venda, dinheiro que será destinado a “fins corporativos gerais, incluindo a aquisição de Bitcoin e capital de giro”.

    Na semana passada, os acionistas da companhia votaram a favor de um aumento de 30 vezes no número de ações ordinárias Classe A autorizadas, abrindo o caminho para que a empresa tenha mais recursos para comprar a criptomoeda. A lógica por trás disso é que, com mais ações no mercado, haverá mais vendas e, consequentemente, mais dinheiro para adquirir Bitcoin.

    No ano passado, a MicroStrategy anunciou um plano chamado “21/21”, que prevê a arrecadação de US$ 42 bilhões para comprar ainda mais Bitcoin. O plano estabelece que US$ 21 bilhões sejam captados por meio da venda de ações, enquanto outros US$ 21 bilhões viriam da emissão de títulos de renda fixa.

    Isso ocorre porque a empresa deixou de ser apenas uma fornecedora de software de análise de dados para se tornar uma securitizadora de Bitcoin: ela compra e mantém a criptomoeda, enquanto investidores adquirem ações da MicroStrategy para ter exposição ao ativo sem precisar comprá-lo diretamente.

    A empresa também acumulou uma grande dívida para seguir essa estratégia.

    E isso envolve riscos, segundo alguns analistas — mas, até agora, a estratégia tem se mostrado bem-sucedida. No dia em que a MicroStrategy anunciou sua primeira compra de Bitcoin, em agosto de 2020, suas ações eram negociadas a US$ 14,44. Hoje, segundo dados da Nasdaq, o papel está cotado a US$ 340 — um aumento de 2.250%.

    Atualmente, a MicroStrategy detém 471.107 Bitcoin, o equivalente a mais de US$ 48 bilhões pelo preço atual.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • “Criptomoedas representam liberdade”, diz Eduardo Bolsonaro

    “Criptomoedas representam liberdade”, diz Eduardo Bolsonaro

    O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi ao X no sábado (1º) tranquilizar seus seguidores de que sua conta não havia sido hackeada após publicações sobre criptomoedas.

    As dúvidas sobre uma possível invasão não são infundadas. Na última semana, a conta de Jair Bolsonaro foi hackeada duas vezes, e os invasores promoveram uma memecoin fraudulenta.

    Dessa vez, foi o filho, Eduardo, quem recorreu às redes sociais para divulgar um token chamado Patriota Coin. Em um vídeo publicado no X, ele desmentiu as especulações sobre o hack e tentou explicar seu repentino interesse no mercado de criptomoedas.

    “As criptomoedas representam liberdade”, afirmou. “O dinheiro fica no seu bolso, e não tem como o presidente ou um Banco Central desvalorizarem o suor do seu trabalho.”

    No vídeo, ele ressaltou outras vantagens dos ativos digitais, como a facilidade de realizar transações internacionais sem taxas. “Há muitos benefícios, é algo realmente positivo.”

    “Nos EUA, o Trump abraçou essa causa, e 20% dos americanos já têm criptomoedas em suas carteiras de investimento. Quem não se atentar a isso, vai ficar para trás”, afirmou.

    Eduardo ainda disse que deseja estimular o debate sobre criptomoedas no Brasil como uma alternativa ao Drex, a versão digital do real que está sendo desenvolvida pelo governo. 

    Efeito Trump

    A aproximação do filho de Bolsonaro com o mercado cripto reflete os efeitos do lançamento da memecoin oficial de Donald Trump, poucos dias antes de sua posse como presidente dos EUA.

    A memecoin de Trump disparou, chegando a atingir um valor de mercado de US$ 14 bilhões. Contudo, a jogada, altamente lucrativa para alguns, decepcionou aqueles que esperavam mais seriedade nas políticas de Trump para o setor de criptomoedas.

    Leia também: “Menos do que o esperado, mas não pouco”: o impacto dos primeiros dias de Trump no setor cripto

    As críticas apontam que, para uma figura de tanto poder como Trump, lançar um ativo sem utilidade prática além da especulação financeira não só contribui para os estigmas já presentes no mercado cripto, mas, na verdade, agrava a percepção negativa que a sociedade tem sobre o setor.

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  • Coreia do Sul quer criar unidade investigativa focada apenas em criptomoedas

    Coreia do Sul quer criar unidade investigativa focada apenas em criptomoedas

    A Coreia do Sul irá intensificar, em breve, sua repressão a crimes relacionados a criptomoedas, transformando sua força-tarefa especializada em uma unidade investigativa permanente.

    O Ministério da Justiça da Coreia do Sul planeja alterar o Decreto de Execução da Lei do Ministério Público, permitindo que o Departamento de Investigação Conjunta sobre Ativos Virtuais (JIU) se torne uma entidade permanente com mais recursos, de acordo com uma reportagem da mídia local.

    Se aprovada, a unidade dará continuidade ao seu trabalho contra crimes relacionados a criptomoedas, expandindo sua autoridade e recursos além de sua formação inicial em julho de 2023.

    As autoridades iniciaram discussões no segundo semestre de 2024 sobre a institucionalização da força-tarefa como uma unidade permanente, reconhecendo a crescente complexidade e volume de crimes relacionados a ativos virtuais.

    A força-tarefa do Gabinete do Promotor Público do Distrito Sul de Seul deve ser lançada em fevereiro ou, no máximo, em março de 2025, de acordo com o relatório.

    O governo sul-coreano busca aumentar sua capacidade de investigar e processar crimes envolvendo ativos virtuais de forma mais eficiente, tornando a unidade permanente.

    A do JIU foi inicialmente estabelecida como um esforço colaborativo entre diversas agências financeiras e regulatórias importantes, incluindo o Serviço de Supervisão Financeira, a Unidade de Inteligência Financeira (FIU), a Bolsa da Coreia, o Serviço Nacional de Impostos, o Serviço de Alfândega da Coreia e a Corporação de Seguro de Depósito da Coreia.

    No ano passado, a força-tarefa temporária levou ao indiciamento de dezenas de indivíduos e à apreensão de ativos ilícitos significativos.

    Dados oficiais de agosto de 2024 mostram que a força-tarefa indiciou 41 indivíduos e prendeu 18 suspeitos, além de apreender ou preservar US$ 97,5 milhões (141 bilhões de won) em ativos, incluindo Bitcoin, altcoins e propriedades de luxo.

    O Ministério da Justiça da Coreia do Sul está agora avançando com as revisões legislativas, e o feedback público sobre a proposta será coletado até o dia 5 de fevereiro.

    O plano também inclui a expansão do número de promotores no Gabinete do Promotor Público do Distrito Sul de Seul para fornecer os recursos necessários para lidar com as crescentes responsabilidades da unidade.

    Coreia do Sul e as criptomoedas

    A Coreia do Sul é há muito tempo um dos mercados de criptomoedas mais regulamentados do mundo, com autoridades constantemente reforçando políticas de combate à lavagem de dinheiro (AML) e aplicando medidas de compliance mais rigorosas nas exchanges de criptomoedas.

    Em julho de 2024, a Comissão de Serviços Financeiros da Coreia do Sul (FSC) promulgou sua primeira lei para reprimir práticas comerciais desleais estimuladas por grandes escândalos do setor, como o colapso da Terra (Luna).

    Em um exemplo recente de seus esforços regulatórios, as autoridades suspenderam a Upbit, a maior exchange de criptomoedas do país, citando falhas nos processos de verificação de identidade do usuário, de acordo com relatos da mídia local.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Semana do Bitcoin: DeepSeek e tarifas de Trump derrubam preços para US$ 98 mil

    Semana do Bitcoin: DeepSeek e tarifas de Trump derrubam preços para US$ 98 mil

    Foi mais uma semana agitada para o Bitcoin, com o preço da moeda lutando para se manter acima dos US$ 100.000 novamente — apesar das oscilações significativas impulsionadas pelo ciclo de notícias.

    O CoinGecko mostra que o maior ativo digital está sendo negociado neste domingo (2) a US$ 98.619, intensificando as quedas de uma semana turbulenta. Isso representa uma queda de quase 6% nos últimos sete dias.

    As coisas começaram agitadas, com o mercado cripto sofrendo um golpe depois que a startup chinesa de inteligência artificial DeepSeek lançou um novo modelo de linguagem de grande porte de código aberto no final da semana anterior.

    Esse modelo poderoso e muito mais econômico levou investidores de tecnologia a vender rapidamente suas participações em empresas americanas relacionadas à IA e também em posições cripto. Em um momento, o Bitcoin chegou a ser negociado a apenas US$ 98.380 na segunda-feira.

    Mas a recuperação foi rápida, e o ativo voltou a ultrapassar a marca dos US$ 100.000 depois que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sugeriu que outro corte na taxa de juros poderia ocorrer caso a inflação continuasse a desacelerar. Seus comentários sobre a capacidade dos bancos de lidar com serviços cripto também alimentaram o otimismo.

    Então, na sexta-feira, a notícia de que as tarifas do presidente Donald Trump contra Canadá, México e China entrariam em vigor no sábado ajudou a derrubar o Bitcoin e outros ativos. Depois de quase tocar os US$ 106.000 na manhã de sexta-feira, o BTC despencou abaixo da marca dos US$ 102.000 à tarde, caindo para US$ 98 mil neste domingo.

    Fluxo dos ETFs

    A semana passada foi importante para o Bitcoin, com muito dinheiro entrando rapidamente nos novos fundos negociados em bolsa (ETF) de Bitcoin — em grande parte devido à posse do presidente pró-cripto Donald Trump. Quase US$ 1,6 bilhão em ativos entraram nos ETFs de Bitcoin na semana passada.

    Nesta semana, o ritmo desacelerou, com investidores retirando quase US$ 458 milhões dos fundos na segunda-feira, segundo dados da Farside Investors.

    Até quinta-feira, mais de meio bilhão já havia sido investido nos ETFs — mas esse ritmo ainda é lento em comparação com a semana anterior, quando os investidores despejaram mais de US$ 800 milhões nos ETFs somente na terça-feira.

    Tether no Bitcoin

    Talvez a maior notícia da semana tenha sido o anúncio da gigante das stablecoins, Tether, sobre a emissão de dólares digitais na rede do Bitcoin. Na quinta-feira, a empresa afirmou que seu token nativo USDT em breve estará disponível tanto na camada base do Bitcoin quanto na Lightning Network.

    O USDT é a maior stablecoin do mundo, e o Bitcoin é a maior rede cripto do planeta. Elizabeth Stark, CEO da Lightning Labs, empresa responsável pela integração, declarou que “milhões de pessoas agora poderão usar a blockchain mais aberta e segura para enviar dólares globalmente”.

    Ripple contra a reserva de Bitcoin?

    Os bitcoiners mais fervorosos estão atacando a fintech Ripple, já que a empresa — cujos fundadores criaram o XRP — está se aproximando do presidente Trump.

    Na semana passada, o presidente assinou uma ordem executiva sobre cripto, mas sem mencionar especificamente o Bitcoin — apesar de sua promessa de campanha de acumular a moeda laranja.

    Agora, bitcoiners estão acusando a Ripple de pressionar para que o XRP, a terceira maior criptomoeda por valor de mercado, faça parte da “reserva de ativos digitais” do novo governo.

    O CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, respondeu às alegações no X na segunda-feira, escrevendo que “se uma reserva governamental de ativos digitais for criada… ela deve ser representativa da indústria, não apenas de um único token”.

    A nova fintech de Trump de olho no Bitcoin

    Enquanto isso, o grupo Trump Media and Technology Group anunciou o lançamento de um braço de serviços financeiros e fintech chamado Truth.Fi. Segundo o comunicado da empresa, a Truth.Fi pode comprar “Bitcoin e criptomoedas semelhantes ou valores mobiliários relacionados a cripto”.

    No entanto, a linguagem utilizada foi vaga, e os US$ 250 milhões em caixa que a fintech pretende destinar a cripto estarão sob gestão da Charles Schwab — que investiria os fundos por meio de ETFs.

    Embora algumas das recentes iniciativas de Trump estejam ligadas à sua função oficial como presidente e outras a suas empresas pessoais ou licenciadas, elas podem estar gerando mensagens contraditórias para os bitcoiners que o apoiaram durante a campanha.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • “Menos do que o esperado, mas não pouco”: o impacto dos primeiros dias de Trump no setor cripto

    “Menos do que o esperado, mas não pouco”: o impacto dos primeiros dias de Trump no setor cripto

    A indústria das criptomoedas aguardava com ansiedade a primeira semana de Donald Trump em seu novo mandato como presidente dos Estados Unidos. O resultado parece ser positivo na visão dos especialistas, mas não sem polêmicas: o Republicano assinou a ordem executiva para impulsionar o setor, mas lançou uma memecoin que fez grande parte do mercado revirar os olhos. 

    Dias antes de sua posse, o presidente lançou sua memecoin oficial, chamada TRUMP, que rapidamente foi até a estratosfera e agora já tem uma capitalização de mercado de mais de US$ 5 bilhões. Mas a jogada, altamente lucrativa para alguns, desapontou aqueles que esperava mais seriedade para o setor cripto.

    As críticas é de que, uma pessoa na posição de poder em que se encontra Donald Trump, lançar um ativo sem utilidade que não a intensa especulação financeira, não só não ajudaria a combater os estigmas do setor; na verdade, piora em muito o conceito que a sociedade em geral tem do mercado cripto. 

    Mas a má notícia não chegou a causar sequer um arranhão no caso de amor entre o presidente dos Estados Unidos e a indústria. Logo no dia de sua posse, 20 de janeiro, o Bitcoin renovou sua máxima histórica ao bater US$ 108.786. 

    Três dias depois, Trump assinou a ordem executiva tão esperada pelo mercado cripto. O text prevê a criação de um conselho para criptomoedas na Casa Branca, estabelece conceitos como de que os cidadãos do país são livres para operar em redes blockchain sem nenhuma censura do governo, barra a criação de uma CBDC e fomenta a stablecoin para fortalecer o dólar. 

    Porém, mais que tudo isso, era aguardada a ordem que daria início a uma criação de uma reserva estratégica de criptomoedas por parte do governo. Neste campo, os sentimentos estão um pouco turvos.

    A ordem usa o termo “stockpile” e não “reserve”. Na tradução ao português, a palavra “reserva” caberia em ambos os casos, mas, o uso da palavra “stockpile” foi interpretado por alguns como algo que pode significar apenas “segurar” as criptomoedas que o Estado já possui, e não sair comprando ativamente mais. 

    Menos do que se esperava, mas não é pouco

    Rony Szuster, analista do Mercado Bitcoin (MB), concorda que houve uma decepção com a questão da reserva estratégica. “O mercado estava esperando que ele já anunciasse a criação da reserva, o que não ocorreu imediatamente, ele só anunciou a criação do comitê para estudo da possibilidade de se fazer a reserva”, afirma. 

    Porém, o especialista entende que no médio a longo prazo “muito provavelmente a reserva vai sair e isso pode impulsionar outros países a fazerem o mesmo”. 

    Beto Fernandes, analista da Foxbit, também afirma que a ordem de Trump não foi o que o mercado esperava, mas que o prognóstico é otimista. “Um dos responsáveis pelo grupo de regulamentação criado na ordem executiva até sinalizou que a reserva de Bitcoin pode se tornar uma realidade. Mas ficou bem claro que este é um passo muito mais à frente e que precisará ser discutido de forma mais profunda”, explica.

    A nomenclatura da reserva na ordem de Trump deixou decepcionada parte da indústria, mas Ana de Mattos, analista da Ripio, aponta que o que já está na mesa não é pouca coisa. “O uso do termo ‘stockpile’ em vez de ‘reserve’ sugere uma abordagem mais cautelosa. No entanto, a criação de um ‘estoque’ é mais estratégico do que parece. O governo dos EUA mantém bilhões de dólares em criptomoedas – saldo derivado de apreensões legais.”

    Episódio da memecoin

    Sobre a memecoin, os especialistas no geral apontam que a medida mais atrapalha do que ajuda. “Foi claramente uma tentativa de aproveitar o hype da subida dele ao poder e lucrar com isso”, afirma Rony Szuster. O analista do MB entende que o episódio não chega a tirar a legitimidade do setor, mas que Trump “passou um pouco da linha”.

    Ana da Mattos lembra que os objetivos dessa moeda ainda não estão claros e que seus impactos concretos ainda não estão definidos. “É algo que, neste momento, parece estar mais alinhado a interesses pessoais ou políticos do que ao avanço tecnológico.”

    “Do limão, uma limonada”, é como Beto Fernandes vê essa situação. Em princípio, ressalta que os problemas são evidentes: “Não vejo a memecoin do Trump em si como um problema, mas a forma como isso foi feito. Uma coisa é a memecoin ser desenvolvida pela brincadeira e, consequentemente, se valorizar. Outra é quando há essa sensação de que uma pessoa usou da sua influência para tentar ‘manipular’ o mercado.”

    Mas Fernandes lembra que a memecoin TRUMP pode significar um amadurecimento maior no grande espectro das novas tecnologias. “Gosto de destacar das memecoins é a sua ‘sinalização’ da Web3. Hoje, a gente manda memes pelo WhatsApp e Instagram. Na Web3, esses memes podem ser as memecoins. Então, em vez de enviar um reels, eu envio uma criptomoeda – que quase sempre é extremamente barata – para dar risada com meu amigo daquela situação.”

    O especialista lembra que a Web3 é muito maior do que memecoins, mas que “este é um primeiro passo do que podemos ter como relações futuras entre usuários”.

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  • 5 tokens de IA promissores para investir em fevereiro

    5 tokens de IA promissores para investir em fevereiro

    A ascensão da Inteligência Artificial (IA) no mercado de criptomoedas era apenas uma questão de tempo. Atualmente existem muitos projetos cripto relacionados a essa tecnologia que se expandiu notavelmente nos últimos anos.

    Cabe alertar que a súbita ascensão do DeepSeek, um modelo chinês de IA, levou à criação de dezenas de moedas falsas e sites impostores que buscam enganar os usuários de criptomoedas. Portanto, antes de investir faça sua pesquisa e estude os projetos.

    Conheça cinco tokens de IA promissores, de acordo com Rony Szuster, Head de Research Cripto do MB.

    Near Protocol (NEAR)

    Near Protocol é uma blockchain descentralizada e de código aberto que busca oferecer um ambiente amigável para a criação de projetos e um ambiente capaz de processar milhares de transações por segundo.

    Com um fornecimento de 1,1 bilhão de tokens e uma capitalização de US$ 5,1 bilhões, o token NEAR está sendo negociado a US$ 4,60.

    Bittensor (TAO) 

    Bittensor (TAO) é um projeto inovador que visa combinar a tecnologia blockchain com o processo de machine learning para prover uma infraestrutura descentralizada que permite desenvolver, compartilhar e monetizar a inteligência artificial (IA).

    Com uma capitalização de mercado de US$ 3,7 bilhão, o protocolo possui apenas 8 milhões de tokens. O preço atual do TAO é de US$ 460.

    Virtuals Protocol (VIRTUAL)

    Virtuals é uma plataforma descentralizada que propicia a criação de agentes de IA, assim como viabiliza o lançamento e as negociações de tais agentes, integrando essa tecnologia no meio on-chain.

    Seu mercado, de US$ 1,2 bilhão, fornece 645 milhões de tokens. O preço atual do VIRTUAL é de US$ 2.

    ElizaOS (antes AI16Z)

    Criado em homenagem ao fundo de investimento Andreessen Horowitz e inicialmente chamado ai16z, o projeto funciona como uma plataforma de AI Agents e dentre estes, utiliza o agente de IA “Marc AIndreessen” para gerenciar investimentos.

    O ElizaOS, cujo fornecimento total é de 1 bilhão de tokens, está sendo cotado em US$ 0,65. O marketcap do token é de US$ 683 milhões.

    Autonolas (OLAS)

    Autonolas é uma plataforma inovadora que possibilita a criação de agentes autônomos em uma economia descentralizada de IA. A oferta em circulação atual de Autonolas é 102 bilhões de unidades, com um marketcap de US$ 72 milhões.

    O token OLAS está sendo negociado em US$ 0,70.

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  • Grayscale lança fundo de Dogecoin com meta de convertê-lo em ETF

    Grayscale lança fundo de Dogecoin com meta de convertê-lo em ETF

    A gestora de ativos digitias Grayscale lançou o Dogecoin Trust na manhã de sexta-feira (31), oferecendo a investidores institucionais e credenciados a oportunidade de alocar recursos na primeira memecoin do mercado cripto.

    Conhecida por seus ETFs à vista de Bitcoin e Ethereum, que também começaram como ofertas privadas, a Grayscale acredita que o Dogecoin de US$ 49,7 bilhões deixou de ser uma mera piada.

    Segundo um comunicado de imprensa da empresa, o Dogecoin evoluiu ao longo dos anos de uma simples memecoin para uma “ferramenta de inclusão financeira global, ativismo popular e um meio viável de pagamento”.

    Na tarde de sexta-feira, a Grayscale também entrou com um pedido 19b-4 para converter o fundo em um ETF à vista. Esse movimento segue o mesmo caminho das conversões bem-sucedidas dos fundos de Bitcoin e Ethereum da empresa em ETFs e reforça a tendência crescente de companhias que buscam lançar seus próprios ETFs de DOGE nos Estados Unidos.

    Com uma Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) aparentemente mais favorável às criptomoedas sob o governo de Donald Trump, gestoras de ativos apresentaram uma série de pedidos para ETFs à vista de diversas criptos, incluindo Dogecoin, Litecoin e XRP.

    “Acreditamos que, por ser um derivado mais rápido, barato e escalável do Bitcoin, o Dogecoin está ajudando grupos negligenciados pelo sistema financeiro tradicional a participar do mercado”, disse Rayhaneh Sharif-Askary, chefe de pesquisa de produtos da Grayscale, em um comunicado.

    Há um ano, a ideia de um ETF de Dogecoin poderia parecer improvável. No entanto, na última terça-feira, a gestora de ativos Bitwise entrou na disputa ao protocolar um pedido para lançar um ETF de Dogecoin, o que poderia ampliar o acesso dos investidores à criptomoeda favorita do CEO da Tesla, Elon Musk.

    O Dogecoin estava sendo negociado a US$ 0,33 na manhã de sexta-feira, com uma leve queda de 1% no dia. Já neste sábado, a criptomoeda intensificou a queda para mais 3,4%, recuando para US$ 0,32.

    O preço da moeda caiu no início da semana devido a preocupações com o DeepSeek, da China, que impactaram os mercados de tecnologia. Além disso, na semana passada, o ativo sofreu um revés quando seu logotipo foi removido do site do Departamento de Eficiência Governamental.

    Embora o Dogecoin Trust da Grayscale seja composto exclusivamente por Dogecoin, a criptomoeda canina já é classificada como o maior ativo dentro do setor de Consumo e Cultura da gestora. Esse setor também inclui Shiba Inu (SHIB) e The Sandbox (SAND).

    O anúncio não foi uma total surpresa. Em um post de blog publicado em outubro, a Grayscale já havia sinalizado que Dogecoin estava entre os ativos “sob consideração” para inclusão em futuros produtos. Apesar de a iniciativa da Grayscale levar o Dogecoin a um novo patamar, Sharif-Askary disse ao Decrypt em novembro que o ativo tem um apelo atemporal.

    “Memes existem desde tempos imemoriais”, afirmou ela. “Se antes era fácil descartar as memecoins por sua natureza descontraída, agora seria irresponsável ignorar o uso do DOGE na blockchain e o caso de uso real que ele está atendendo.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Criminosos rendem família de SP em casa e roubam R$ 93 mil em criptomoedas

    Criminosos rendem família de SP em casa e roubam R$ 93 mil em criptomoedas

    Uma família de Campo Limpo Paulista (SP) foi feita refém por uma quadrilha de criminosos, que os rendeu dentro de casa e os forçou a transferir US$ 16 mil em criptomoedas — cerca de R$ 93 mil — como condição para sua libertação.

    De acordo com o boletim de ocorrência repercutido pelo G1, o casal, que mora no bairro Jardim Corcovado, teve a casa invadida na quinta-feira (30). O homem relatou que, ao chegar em casa, foi surpreendido por dois criminosos mascarados, que haviam amarrado sua esposa e chegaram a agredi-la com coronhadas na cabeça.

    Os criminosos então pegaram os celulares das vítimas e fizeram transferências de criptomoedas que totalizaram R$ 93 mil. Segundo a denúncia, os invasores estavam em contato por telefone com outra pessoa, que os orientava sobre como realizar as transferências financeiras.

    Após o roubo, os invasores, que confirmaram à família fazerem parte de uma organização criminosa, fugiram da casa com o carro das vítimas, que foi encontrado pela Guarda Municipal e devolvido na sexta-feira (31).

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  • Bitcoin pode cair para US$ 100 mil na próxima semana, dizem analistas

    Bitcoin pode cair para US$ 100 mil na próxima semana, dizem analistas

    O Bitcoin está oscilando em torno da marca de US$ 102 mil neste sábado (1º), mas pode recuar para US$ 100 mil diante de dados negativos de inflação e emprego nos EUA, de acordo com uma análise da exchange japonesa BitBank.

    “Com a festa de posse de Donald Trump para trás, o mercado cripto está mudando o foco para os dados de inflação dos EUA e para o relatório de empregos na próxima semana”, explica Yuya Hasegawa, analista de mercado da BitBank.

    Embora a inflação tenha desacelerado modestamente em dezembro, Hasegawa observa que ela tem se mostrado “persistente” nos últimos meses e que os dados econômicos que estão por vir “podem não favorecer o Bitcoin”.

    Algo semelhante pode se aplicar ao Ethereum, embora este último tenha superado o Bitcoin após a aprovação da SEC para o fundo negociado em bolsa BTC-ETH da Bitwise.

    Essa notícia também chega no momento em que os fluxos líquidos para os ETFs de Ethereum voltam a ser positivos após vários dias de saídas, com fundos adicionando ETH no valor de US$ 67,8 milhões às suas carteiras, segundo dados da CoinGlass.

    Ainda assim, se os números da inflação forem desanimadores, isso indicaria que o Federal Reserve pode manter sua atual postura de não reduzir as taxas de juros. Na manhã de sexta-feira, o Departamento de Análises Econômicas do Departamento de Comércio dos EUA informou que o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) subiu 0,3% no último mês, após um ganho não revisado de 0,1% em novembro.

    No entanto, James Wo, fundador do Digital Finance Group, sugeriu que, se e quando o mercado perceber uma desaceleração da inflação, isso poderia rapidamente aumentar as expectativas de futuros cortes nas taxas de juros.

    “Os cortes de juros esperados aumentarão a oferta de dinheiro, o que se traduz em maior poder de compra, muitas vezes impulsionando o mercado de alta”, disse ele ao Decrypt.

    Mesmo que as notícias sobre a inflação não sejam animadoras, o cenário de médio e longo prazo para Bitcoin e Ethereum continua positivo, com Hasegawa destacando a recente mudança de postura de Jerome Powell sobre a relação entre bancos dos EUA e empresas cripto.

    “O comentário do presidente Powell foi recebido como uma esperança de que algum nível adicional de desregulamentação esteja a caminho”, disse ele em uma nota de mercado compartilhada com o Decrypt, acrescentando que as observações de Powell se alinham com a recente remoção da restritiva regra contábil SAB 121.

    James Wo, do Digital Finance Group, também está otimista de que os comentários de Powell foram mais do que simbólicos e levarão a um crescimento significativo nos EUA e no mercado mais amplo de criptomoedas.

    “Isso tem grande significado, pois agora fornece uma orientação mais clara para os bancos atenderem ao setor cripto, reduzindo as áreas cinzentas e ambiguidades que muitas instituições enfrentaram no passado”, explica.

    Outros analistas apontam fatores adicionais positivos para o Bitcoin, com a 10X Research escrevendo que a retórica tarifária do presidente Donald Trump já está impulsionando o preço do ouro e pode fazer o mesmo com a maior criptomoeda do mercado.

    “393 toneladas métricas de ouro — avaliadas em aproximadamente US$ 35 bilhões — foram movidas para os cofres da COMEX em Nova York desde a eleição de Trump, elevando os níveis de estoque em 75%, o maior desde 2022”, escreveram os analistas da empresa.

    E com o preço do ouro em alta, isso pode aumentar o ímpeto por um ativo de reserva adicional, um movimento que já está forte devido às recentes iniciativas de diversos estados para estabelecer reservas em BTC.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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