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  • OP_RETURN: Entenda a proposta que reacendeu o debate sobre os limites do Bitcoin

    OP_RETURN: Entenda a proposta que reacendeu o debate sobre os limites do Bitcoin

    Uma proposta para remover os limites de dados do OP_RETURN, uma função na rede do Bitcoin que permite a inscrição de mensagens nas transações, dividiu a comunidade da maior criptomoeda do mercado. A mudança permitiria armazenar conteúdos maiores, como textos e imagens, indo além do uso tradicional da rede.

    Defensores, como o desenvolvedor Peter Todd, afirmam que os limites atuais são ineficazes e já são contornados por meios técnicos. Eles veem a proposta como um avanço para tornar o Bitcoin mais programável. Já os críticos alertam para o risco de congestionar a rede, elevar taxas e desviar o Bitcoin de seu propósito original.

    A proposta ganhou destaque após uma nova solicitação de Pull Request (PR) – termo técnico para alterações propostas no código-fonte – no mês passado no Bitcoin Core, intensificando o debate entre desenvolvedores.

    O que é OP_RETURN do Bitcoin

    Diante desse cenário, o desenvolvedor brasileiro Bruno Garcia, colaborador do Bitcoin Core, compartilhou sua visão sobre os impactos da possível mudança.

    “Digamos que o OP_RETURN seja uma das possibilidades de colocar dados arbitrários na blockchain do Bitcoin, entretanto, há um limite”, explica Bruno. “A discussão está sobre manter ou retirar de vez esse limite no Bitcoin Core.”

    Segundo o desenvolvedor, o limite atual de 80 bytes não impede de fato o uso da rede para inscrições maiores, já que não se trata de uma regra de consenso, mas de uma política adotada pelos nodes. Isso significa que, mesmo que a maioria da rede rejeite uma transação com OP_RETURN maior, um minerador ainda pode incluí-la diretamente em um bloco.

    “Mesmo os nós tendo esse limite, eu poderia mandar a transação com o OP_RETURN de tamanho maior diretamente para o minerador e ele pode incluir no bloco minha transação. Como tem acontecido.”

    O objetivo da proposta, de acordo com Garcia, é promover um alinhamento entre os participantes da rede, especialmente no que diz respeito às mempools – os locais onde as transações aguardam para serem incluídas em blocos. Ele destaca que essa uniformidade é essencial para manter a eficiência da rede.

    “Ter as mempools alinhadas é importante por diversos fatores. Eficiência dos blocos compactos, estimar taxas, etc.”

    “Uma mudança bem contenciosa”

    Em um episódio recente do podcast da Vinteum, organização sem fins lucrativos dedicada a impulsionar o desenvolvimento do Bitcoin, o tema foi abordado por Bruno Garcia, Davidson Souza e Lucas Ferreira, cofundador e diretor executivo da entidade. Ferreira classificou a proposta como “uma mudança bem contenciosa”, que desencadeou um grande debate dentro da comunidade técnica.

    “Basicamente, o lado que está defendendo o fim desse limite tem argumentos baseados na questão da propagação de blocos e no crescimento do UTXO set”, explicou Ferreira, referindo-se ao conjunto de moedas não gastas que representam o saldo de transações anteriores no Bitcoin.

    Garcia complementou no programa que parte da motivação contrária à proposta está na tentativa de frear o uso da rede para armazenar dados não-financeiros.

    “Eles querem fazer uma dissuasão – aumentar o custo marginal como um impeditivo monetário para fazer esse tipo de coisa”, comentou.

    “Github é para conversar código”

    Ferreira também chamou atenção para o aspecto político da discussão, afirmando que boa parte das personalidades envolvidas no debate desaprova a prática das inscriptions e se posiciona contrariamente à sua proliferação na rede.

    “Parte da polêmica teve relação com como essa situação foi lidada, de forma contenciosa, embate no GitHub… uma questão menos técnica e mais política”, avaliou.

    Para Garcia, no entanto, a controvérsia era inevitável:

    “Quando abre um PR controverso como esse, começa a surgir gente do nada comentando, trazendo spam… E aí no meio desses comentários a galera às vezes acaba trazendo coisas do lado pessoal. Mas os moderadores, que acabam bloqueando alguns comentários, têm que garantir que as discussões estão sendo técnicas e valiosas para progredir. O Core sempre foi incisivo: GitHub é para conversar código.”

    Apesar das preocupações com o possível aumento de dados armazenados na blockchain, Bruno Garcia não vê riscos técnicos ou de segurança na mudança.

    “Não traz nenhum risco, apenas o ‘risco’ das pessoas usarem essa falta de limite para colocar ainda mais dados na blockchain. Entretanto, não há problema nisso, pois o Bitcoin funciona num livre mercado.”

    Segundo ele, não há planos para uma votação ampla sobre o tema. A adoção dependerá do consenso entre desenvolvedores e participantes ativos no projeto.

    “Para mim, o ponto principal para ter esse equilíbrio é deixar claro os riscos de uma proposta. Os benefícios todo mundo sabe, o que acaba ficando mal comunicado muitas vezes são os tradeoffs.”

    A discussão em torno do OP_RETURN é mais um capítulo do antigo dilema do Bitcoin: até que ponto a rede deve permitir experimentações que fogem de seu propósito original? A resposta, como de costume no universo do código aberto, será construída em comunidade.

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  • “Criptomoedas estão aqui para ficar e reguladores perceberam isso”, diz CIO da OKX

    “Criptomoedas estão aqui para ficar e reguladores perceberam isso”, diz CIO da OKX

    O universo das criptomoedas passa por uma transformação acelerada que está obrigando reguladores e investidores institucionais a abandonarem antigos preconceitos e a se adaptarem a uma nova realidade.

    Durante um painel no Web Summit Rio 2025, o Chief Innovation Officer da OKX, Jason Lau, descreveu um cenário radicalmente diferente daquele visto apenas um ano atrás. De reguladores mais abertos à consolidação das stablecoins, o executivo apontou que a indústria está amadurecendo, tanto tecnicamente quanto na percepção global.

    Segundo Lau, há uma mudança clara no ambiente político e institucional, com os Estados Unidos servindo como exemplo dessa nova fase. No país, os ETFs de cripto seguem em crescimento, superando até os de ouro em captação, enquanto a SEC recua em grande parte dos processos iniciados sob a gestão anterior. Além disso, Donald Trump tem adotado uma postura abertamente pró-cripto, emitindo ordens executivas favoráveis ao setor — incluindo a criação de uma reserva de Bitcoin para a maior economia do mundo.

    Para Lau, isso prova que a criptoeconomia conquistou um espaço definitivo nas discussões ao redor do mundo. “Os reguladores estão percebendo que as criptomoedas estão aqui para ficar. Agora é preciso criar estruturas regulatórias para que as empresas possam operar — e para manter os maus atores fora do setor”, afirmou.

    A própria OKX enfrentou dificuldades nos Estados Unidos após ser acusada de atender usuários locais por meio de uma entidade offshore. Em fevereiro deste ano, a corretora fez um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA e concordou em pagar R$ 2,9 bilhões em multas. Dois meses depois,  voltou a estabelecer uma operação no país, dessa vez sob o comando do CEO Roshan Robert.

    “Nós reconhecemos as falhas nos EUA e pagamos uma multa. Agora, voltamos ao país. Isso só foi possível porque, nas conversas com os reguladores, garantimos que eles estivessem confortáveis com nosso modelo de negócios e com nossos programas de compliance e isso abriu as portas para nosso rápido retorno”, disse Lau. “Agora que viramos essa página e o ambiente nos EUA mudou, estamos animados com o que vem pela frente.”

    E as mudanças regulatórias não se limitam aos Estados Unidos. Na Europa, o regime MiCA já estabelece regras claras para as empresas de criptomoedas, enquanto no Oriente Médio e em mercados como Singapura, Lau observa um avanço regulatório cada vez mais acelerado.

    “E mesmo aqui no Brasil, há esforços para que a regulação seja implementada até o final do ano, o que é muito positivo. Nós inclusive fornecemos contribuições nas consultas públicas conduzidas pelo Banco Central. Então muita coisa mudou”, reconheceu o executivo.

    Leia também: Regular o mercado de criptomoedas será prioridade do BC até 2026

    As tendências atuais do mercado cripto

    Ao ser questionado sobre quais tendências têm maior potencial para impulsionar a próxima onda de crescimento do setor, Jason Lau destacou três frentes principais: a adoção institucional, o fortalecimento das stablecoins e a aplicação prática da inteligência artificial.

    “Bancos e instituições financeiras estão cada vez mais interessadas em se envolver com cripto. Há cerca de um mês, anunciamos uma parceria com o Standard Chartered para permitir que empresas façam custódia de criptoativos no banco, mas mantendo acesso aos seus ativos e podendo negociá-los com liquidez em nossa exchange. Acredito que essa é uma das áreas-chave que estão se desenvolvendo globalmente para trazer a próxima onda de instituições para esse mercado”, afirmou. 

    A evolução do mercado cripto inclusive resultou numa mudança de postura dos bancos tradicionais. Segundo ele, as dificuldades enfrentadas por exchanges para acessar o sistema bancário — especialmente para processar depósitos e saques fiduciários — começaram a diminuir no último ano, refletindo uma maior disposição institucional em colaborar com o ecossistema.  

    Lau também reforçou o papel central das stablecoins no processo de adoção. Embora não sejam uma novidade no setor, esses ativos atrelados a moedas fiduciárias atingiram um novo nível de maturidade e estão encontrando espaço real de uso — desde reserva de valor até meios de pagamento. 

    “Stablecoins como a Tether (USDT) estão aí há mais de uma década, mas hoje vemos um avanço muito maior na infraestrutura e na compreensão sobre o que elas possibilitam. Agora as pessoas sabem do que se trata, e já perguntam diretamente o que podem construir com isso”, disse.

    A tendência chamou a atenção até mesmo de gigantes do setor financeiro tradicional, como o PayPal, e de empresas cripto-nativas, como a Ripple, que recentemente lançaram suas próprias stablecoins. Na OKX, esse movimento motivou o criação do OKXPay, uma plataforma de pagamentos com stablecoins e criptoativos, que vai permitir transações entre usuários e comerciantes — ainda não disponível no Brasil.

    A inteligência artificial também não fica de fora quando o assunto são as tendências do mercado cripto. Embora a integração entre cripto e IA ainda esteja em estágios iniciais — tendo como exemplo mais visível a recente onda de memecoins associadas a agentes de IA —, Jason Lau acredita que o verdadeiro valor da tecnologia está em aplicações práticas, especialmente nas áreas de compliance, segurança e automação de negociações.

    “A IA pode ajudar a detectar fraudes, garantir que não haja comportamentos suspeitos na plataforma e até permitir que os usuários automatizem operações com ferramentas como bots de trading”, exemplificou.

    Mais adiante, Lau vislumbra um cenário em que agentes de IA possam operar de forma autônoma dentro de ecossistemas descentralizados: “Com a camada de confiança da blockchain, veremos a criação de economias digitais nativas onde agentes de IA terão capacidade econômica própria e atuarão tanto em nome de humanos quanto de forma independente. Ainda não estamos lá, mas é o caminho.”

    Apesar de todos os avanços, o executivo acredita que o setor ainda precisa investir fortemente em educação e experiência do usuário, sobretudo para ampliar a base de adoção. Para ele, o futuro das criptomoedas tende a ser mais maduro, com produtos mais sofisticados, maior compreensão do público e uma relação mais estreita entre o mercado e o dia a dia das pessoas.

    “Se olharmos para trás, são quase 16 anos desde o surgimento do Bitcoin. A trajetória tem sido de mais maturidade, mais sofisticação e maior entendimento sobre por que ter controle dos próprio dinheiro é importante. Mas ainda há muito trabalho a fazer”, concluiu.

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  • Meta estuda usar stablecoins para pagar criadores no instagram

    Meta estuda usar stablecoins para pagar criadores no instagram

    A Meta, empresa controladora do Facebook negociada na Nasdaq sob o ticker META, não quer dizer nada sobre isso oficialmente, mas cinco fontes que pediram anonimato disseram à Fortune que companhia está explorando a ideia de usar stablecoins para recompensar criadores de conteúdo em suas plataformas.

    Um dos executivos de criptomoedas que conversou com a revista sugeriu que o Instagram, subsidiária da Meta, poderia usar stablecoins para pagar taxas mais baixas sobre pequenos pagamentos de US$ 100 ou menos a criadores de conteúdo.

    Os executivos que revelaram os detalhes à Fortune foram cautelosos ao afirmar que a empresa está em fase de exploração e que a implementação pode estar distante.

    Se isso parece familiar, é porque a empresa tentou lançar sua própria stablecoin, Diem, em 2019. Mas recebeu uma advertência dos reguladores e abandonou o projeto em 2022, vendendo os ativos para o extinto banco pró-cripto Silvergate.

    Mas os acionistas podem querer que a Meta abandone um de seus experimentos atrasados ​​antes de começar um novo. Analistas têm pedido que a empresa abandone seu projeto Reality Labs, responsável pelo headset Quest VR, óculos de sol de realidade aumentada, e o jogo metaverso Horizon Worlds.

    O analista da Forrester Mike Proulx chamou a Reality Labs de “balde furado” depois que o relatório de lucros do primeiro trimestre da empresa revelou que a divisão havia perdido US$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre, elevando suas perdas acumuladas para US$ 60 bilhões.

    * Com informações do Decrypt.

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  • Dogecoin salta 27% enquanto Bitcoin se aproxima do preço recorde

    Dogecoin salta 27% enquanto Bitcoin se aproxima do preço recorde

    Resumo

    • Dogecoin subiu 9% no dia e 27% nesta semana, atingindo seu maior preço em dois meses.
    • A alta do Bitcoin acima de US$ 100 mil pode estar alimentando um sentimento crescente no mercado.
    • O BTC está apenas 5% abaixo de sua máxima histórica, enquanto o ETH é a maior ganhadora desta semana entre as principais moedas.

    A memecoin Dogecoin (DOGE) atingiu seu preço mais alto em meses no início do sábado, sendo negociado em US$ 0,23 enquanto o mercado de criptomoedas se recupera — e o Bitcoin está a poucos pontos percentuais de sua atual máxima histórica.

    Na última semana, o DOGE saltou quase 27%, atingindo o preço atual de US$ 0,225, incluindo uma alta de 9% somente no último dia. O pico de preço de sábado é o maior registrado para a memecoin desde 2 de março, segundo dados da CoinGecko.

    Junto com a alta de preço, o interesse aberto em Dogecoin atingiu seu nível mais alto desde meados de fevereiro, segundo a CoinGlass, atualmente em US$ 2,52 bilhões. O interesse aberto mede o valor total dos contratos futuros que ainda não foram liquidados.

    É claro que ambas as marcas estão bem abaixo de seus respectivos picos: Dogecoin atingiu o pico de US$ 0,73 em 2021 e não chegou perto desde então, chegando a apenas US$ 0,48 nos últimos meses, em dezembro. E o interesse aberto da DOGE atingiu o pico de US$ 5,5 bilhões em janeiro, mas caiu para US$ 1,3 bilhão nas últimas semanas, com a queda do preço.

    Dogecoin não é a única da modalidade a registrar ganhos consideráveis ​​esta semana. Aliás, memecoins virais do ano passado, como Moo Deng (MOODENG) e Peanut the Squirrel (PNUT), subiram muito mais no mesmo período, com o preço do MOODENG quase triplicando esta semana.

    Entre as criptomoedas de maior valor, a DOGE fica atrás apenas do Ethereum em ganhos semanais, com o ETH registrando uma alta expressiva de 32% nos últimos sete dias, impulsionada pela atualização bem-sucedida da rede Pectra e por oscilações mais amplas no sentimento do mercado. O ETH está cotado a US$ 2.430 no momento desta publicação.

    O Bitcoin continua sendo um foco importante para os traders, é claro, com a criptomoeda líder em valor de mercado retomando o preço de US$ 100 mil no início desta semana e se aproximando de US$ 104 mil na sexta-feira.

    No momento em que este texto foi escrito, o Bitcoin estava cotado a US$ 103.500 — uma queda de apenas 5% em relação à sua máxima histórica de US$ 108.786, registrada em janeiro, no dia da posse do presidente Trump.

    As liquidações diárias do mercado de criptomoedas ultrapassaram US$ 1,1 bilhão na manhã de sexta-feira, graças à alta do mercado, com o Ethereum sendo responsável pela maior parte dos danos — e os operadores de posições vendidas sendo os mais prejudicados.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt

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  • Por que o Ethereum está superando o Bitcoin com ganhos explosivos?

    Por que o Ethereum está superando o Bitcoin com ganhos explosivos?

    Resumo

    • Os mercados de criptomoedas se recuperaram esta semana, com o Bitcoin retornando aos US$ 100 mil no processo.
    • Na sexta-feira, o ETH foi o grande vencedor, ganhando mais de 15% em 24 horas.
    • Ainda assim, a moeda não conseguiu chegar perto de quebrar uma nova máxima neste ano, ao contrário do Bitcoin e da Solana.

    Nos últimos dois anos, o preço do Ethereum ficou atrás do Bitcoin. No entanto, nos últimos dois dias, o ETH superou o BTC e outras moedas importantes, com três analistas contatados pelo Decrypt atribuindo seus enormes ganhos a uma atualização técnica executada com perfeição e a alguns sinais otimistas sobre a economia global.

    Os analistas acreditam que o Ethereum pode ter um potencial de alta significativo após passar por uma fase de estagnação em meio a preocupações sobre a velocidade e eficiência de sua rede subjacente.

    “O mercado está pronto para recompensar o ETH, o segundo maior criptoativo do mundo, à medida que ele emerge dos desafios internos, da concorrência da primeira camada e das pressões de aversão ao risco do primeiro trimestre”, disse Joel Kruger, estrategista de mercado do LMAX Group, uma empresa de tecnologia financeira que oferece serviços de câmbio e negociação de criptomoedas.

    “Com as atualizações avançadas da Ethereum Foundation e um ambiente de risco macro global favorável, os investidores estão aproveitando preços com grandes descontos”, acrescentou.

    Na quinta-feira, a segunda maior criptomoeda em capitalização de mercado ultrapassou a marca de US$ 2 mil e, posteriormente, ultrapassou US$ 2.400 na manhã de sexta-feira, atingindo seu nível mais alto em mais de três meses, de acordo com o CoinGecko. O ETH, então a US$ 2.337 valorizou-se 30% e o Bitcoin 8% em 48 horas.

    Esses ganhos, uma continuação da alta nos mercados desde o início de abril, aceleraram na quarta-feira após a chamada atualização Pectra, que visa melhorar a escalabilidade e a facilidade de uso da rede Ethereum. Os testes de pré-lançamento da atualização apresentaram alguns problemas, mas eles foram resolvidos a tempo para o lançamento da rede principal, que não apresentou tais problemas.

    O Ethereum tem enfrentado uma concorrência cada vez maior da Solana e de outras redes de primeira camada, cujos proponentes dizem ser mais capazes que o ETH.

    “O entusiasmo só cresceu após o lançamento impecável da atualização do Pectra nesta semana, o maior marco técnico desde a fusão (The Merge)”, disse Carlos Guzman, analista de pesquisa da GSR.

    Ele acrescentou que a atualização, combinada com “um vento favorável mais amplo das criptomoedas, alimentado por manchetes macroeconômicas encorajadoras”, estava causando o rali. 

    Foi a segunda grande melhoria em três anos para o Ethereum, após a fusão de 2022, que mudou a rede de um blockchain de prova de trabalho (PoW) para um blockchain de prova de participação (PoS).

    Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, pareceu intensificar sua guerra comercial esta semana, assinando um acordo com o Reino Unido e sugerindo planos para reduzir tarifas com a China. 

    Os ativos de risco responderam com força, com os principais índices subindo na quinta-feira, incluindo o Nasdaq, com forte presença de tecnologia, e o S&P 500.

    O diretor de derivativos da Amberdata, Greg Magadini, disse ao Decrypt que o ETH estava passando por menos volatilidade na semana passada, e o aumento das compras poderia levá-lo a um “rali de alívio” — quando notícias negativas tendem a ser mais positivas do que as interpretações anteriores. 

    Mesmo com o pico desta semana, no entanto, o Ethereum permanece consideravelmente abaixo de seu recorde de US$ 4.878 em 2021. O Bitcoin, por sua vez, está apenas 5% abaixo de seu pico de preço estabelecido em janeiro.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt

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  • Especialistas apontam motivos para alta meteórica do Ethereum

    Especialistas apontam motivos para alta meteórica do Ethereum

    A notícia da volta do Bitcoin (BTC) ao patamar dos US$ 100 mil quase foi ofuscada por um outro fenômeno: o Ethereum (ETH) começou uma decolagem de foguete nesta sexta-feira (9). A segunda maior criptomoeda do mercado chegou a bater 20% de alta no período de 24 horas e agora tem valorização de 25% em sete dias. 

    Se a volatilidade do mercado cripto pode ser misteriosa em muitos momentos, desta vez a alta do Ethereum parece ter três razões claras: “Atualização Pectra bem sucedida, a expectativa quanto ao lançamento dos ETFs de ETH com staking nos Estados Unidos e o fato de que Ethereum estava precificado muito abaixo na relação com Bitcoin, em uma queda de três anos nesse índice”, aponta Rony Szuster, head de crypto research do MB. 

    Pectra habilitou a abstração de contas no Ethereum, com o objetivo de melhorar a experiência do usuário na rede, a escalabilidade e a flexibilidade do staking. Agora, por exemplo, carteiras dos usuários podem se comportar como contratos inteligentes, e o limite de staking permitido na rede saltou de 32 ETH para 2.048 ETH.

    O upgrade, que é o maior a chegar ao Ethereum em três anos, foi classificado por desenvolvedores como a “atualização mais ambiciosa” que a rede já implementou.

    Sobre ETFs de Ethereum com staking, o analista da Bloomberg, James Seyffart, disse que existe uma possibilidade de o produto ser aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) até o final do mês de maio.

    Já a relação de preço entre Ethereum e Bitcoin viu uma melhora significativa nos últimos dias. O índice, que bateu uma máxima de 0,087 no dia 6 de dezembro de 2021 e caiu até 0,018, já subiu para 0,022 nesta sexta-feira (9). Veja abaixo a relação de preço entre as duas principais criptomoedas ao longo dos anos.

    Relação de preço ETH e BTC, com retomada de alta nos últimos dias (Imagem: Trading View)

    Fundamentos técnicos e movimento especulativo

    Para Beto Fernandes, analista da Foxbit, a alta do Ethereum reflete tanto fatores externos quanto técnicos. “A melhora no sentimento do investidor e sinais de flexibilização tarifária contribuíram, num contexto em que ativos de risco e até o dólar tiveram desempenho positivo”, explica.

    Ele também destaca a atualização Pectra como peça-chave: “A mudança nas carteiras de validadores, agora com limite de 2.048 ETH por node, pode ter incentivado compras maiores e melhor organização dos pools de staking”. Segundo Fernandes, o salto especulativo foi alimentado por liquidações em posições vendidas, após o open interest saltar de US$ 9 bilhões para US$ 13 bilhões em um dia.

    Já Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil, reforça que o ETH tem se destacado em meio ao otimismo generalizado do mercado. “O BTC virou porto seguro, enquanto o ETH passou a ser visto como oportunidade de retorno maior, especialmente com o rompimento da resistência dos US$ 2.000”, afirma.

    Segundo ele, a Pectra trouxe avanços técnicos importantes para a rede Ethereum, ampliando sua eficiência e atratividade. “O volume negociado em ETH disparou, sinalizando entrada forte de capital novo, tanto institucional quanto de varejo”, conclui.

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  • 98% dos tokens lançados na Pump.Fun eram golpes, revela estudo

    98% dos tokens lançados na Pump.Fun eram golpes, revela estudo

    Um estudo da empresa de monitoramento de risco de criptomoedas Solidus Labs publicado nesta semana revelou que 98% dos tokens lançados em 2024 na Pump.Fun, plataforma focada em memecoins baseada na Solana, ou foram rug pull ou fraude mediante a prática de pump and dump.

    “Nossa pesquisa abrangente revela a escala alarmante de atividades fraudulentas na Solana: aproximadamente 98,7% dos tokens em Pump.fun e 93% dos pools de liquidez em Raydium exibiram características de esquemas de pump and dump ou rug pulls”, diz um trecho do relatório.

    Segundo a Solidus Labs, mais de 7 milhões de tokens foram implantados na plataforma Pump.fun entre janeiro de 2024 e março de 2025, com pelo menos cinco negociações cada. No entanto, apenas 97.000 desses tokens mantêm liquidez superior a US$ 1 mil.

    A análise aponta que 98,6% dos tokens entram em colapso logo após o lançamento, sendo utilizados em esquemas inúteis de pump and dump, o que destaca o risco extremo enfrentado por traders que operam sem monitoramento adequado.

    Apesar dos avanços no setor cripto, fraudes e ataques continuam comuns, com golpistas desviando milhões ao explorar a ganância dos investidores de varejo, principalmente os desavisados sobre rug pulls, pump and dump, pirâmides financeiras.

    “As memecoins têm demonstrado consistentemente seu papel central na cultura cripto, proporcionando aos participantes uma combinação única de engajamento impulsionado pela comunidade e potencial especulativo com retornos semelhantes aos de uma loteria”, diz um trecho do relatório.

    Rug pull, ou “puxão de tapete”, é um golpe em que desenvolvedores de um projeto vendem sua criação como algo legítimo para persuadir investidores a comprarem seus tokens. Após faturar com as valorizações momentâneas, a equipe do projeto some do mapa sem entregar o prometido e deixando no prejuízo o resto dos investidores.

    Em um pump and dump, ou “inflar e largar”, golpistas divulgam informações falsas, convencem pessoas a comprar um ativo e realizam lucro logo em seguida — em uma mecânica similar ao de uma pirâmide financeira.

    “Se não forem controladas, essas atividades fraudulentas representam sérios riscos, não apenas perdas financeiras para os traders, mas também ameaças regulatórias e de reputação significativas para as instituições de criptomoedas que facilitam a negociação de memecoins”, ressaltou a Solidus Labs.

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  • Escolha inesperada de papa americano surpreende mercado de apostas cripto

    Escolha inesperada de papa americano surpreende mercado de apostas cripto

    Em uma virada surpreendente que abalou os mercados de apostas globais, o cardeal americano Robert Prevost foi eleito papa na quinta-feira (8), tornando-se o primeiro pontífice nascido nos EUA e contrariando as expectativas que favoreciam fortemente candidatos europeus.

    Após a morte do Papa Francisco em 21 de abril de 2025, as especulações rapidamente se voltaram para quem o sucederia como líder da Igreja Católica. Muitos esperavam a escolha de um cardeal italiano ou de um país predominantemente católico.

    Antes do conclave, a OddsChecker — empresa sediada no Reino Unido — classificava o cardeal Pietro Parolin como favorito com odds de +225 (probabilidade implícita de 30,8%), seguido pelos cardeais Luis Antonio Tagle, com +275 (26,7%), e Pierbattista Pizzaballa, com +500 (16,7%).

    Prevost não figurava entre os cinco principais cotados.

    Depois que a fumaça preta apareceu na quarta-feira, indicando que nenhum papa havia sido escolhido, apostadores na Polymarket, mercado de apostas baseado em criptomoedas, entraram no segundo dia do conclave com o cardeal italiano Pietro Parolin como o favorito. Ele movimentou US$ 2,6 milhões em apostas, seguido pelo cardeal filipino Luis Antonio Tagle, com US$ 2,3 milhões.

    Enquanto isso, na Kalshi, outro mercado de previsões com sede nos EUA, Parolin chegou a 68% de probabilidade quando a fumaça branca surgiu na Capela Sistina na quinta-feira, sinalizando que o conclave havia escolhido um novo papa. Em comparação, Prevost tinha apenas 1,2%, atrás do cardeal ganês Peter Turkson, com 4,2%.

    Ao mesmo tempo, o Myriad Markets atribuía 27% de chance a Pietro Parolin e 23% a Luis Antonio Tagle, com cerca da metade das apostas indo para a opção “Outro”.

    Com milhões apostados no resultado, a maioria dos apostadores saiu frustrada, embora alguns poucos tenham faturado alto. A Kalshi informou que um apostador embolsou US$ 52.641 após apostar com sucesso em Prevost.

    Na Polymarket, outro apostador transformou uma aposta de US$ 1.000 em US$ 64.742 ao apostar no azarão. No total, os apostadores movimentaram US$ 40 milhões tentando prever quem seria o próximo papa.

    Apesar das baixas probabilidades e da falta de confiança do mercado, a surpreendente eleição de Prevost nos lembra que candidatos desacreditados podem chegar ao topo — seja nos esportes, na política ou até mesmo nas instituições mais tradicionais.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Futuros de Bitcoin geram receita de R$ 47 milhões para B3 no 1º tri

    Futuros de Bitcoin geram receita de R$ 47 milhões para B3 no 1º tri

    A B3 registrou um avanço de 17,9% no volume médio diário negociado (ADV) dos contratos futuros de Bitcoin no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, com receita de R$ 47 milhões.

    No consolidado, a B3 S.A. (B3SA3) apurou lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no período, alta de 16,5% em comparação ao mesmo trimestre de 2024. A receita total foi de R$ 2,7 bilhões, aumento de 7,7%. O lucro líquido por ação subiu 24,5%, impulsionado por programas de recompra que reduziram o número de papéis em circulação.

    A partir deste trimestre, a companhia passou a divulgar seus resultados com uma nova segmentação de receitas, refletindo a estratégia de diversificação e avanço em áreas como tecnologia e dados analíticos. O segmento de derivativos, que inclui o Futuro de Bitcoin, somou R$ 880,9 milhões, representando 33,2% da receita total da B3.

    Outros destaques incluem o crescimento de 21,7% nas receitas de renda fixa e crédito, que somaram R$ 315,4 milhões, e uma queda de 7,1% nas receitas de renda variável, totalizando R$ 510,8 milhões. Já o segmento de empréstimo de ativos teve alta de 57,5%, com receita de R$ 75,2 milhões.

    A companhia também destacou a incorporação das empresas Neoway e Neurotech, além de distribuições aos acionistas que somaram R$ 786,5 milhões no trimestre.

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  • Ripple e SEC firmam acordo de US$ 50 milhões para encerrar processo sobre XRP

    Ripple e SEC firmam acordo de US$ 50 milhões para encerrar processo sobre XRP

    A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) e a Ripple Labs encerraram oficialmente um processo judicial que se arrastava há mais de quatro anos, desde que o órgão regulador decidiu processar a empresa.

    O principal regulador de Wall Street, a SEC, anunciou o acordo na quinta-feira (8), após executivos da Ripple afirmarem em março que a agência havia recuado. A Ripple e dois de seus executivos — o CEO Brad Garlinghouse e o presidente executivo Chris Larsen — pagarão um total de US$ 50 milhões à SEC para encerrar o caso, segundo o anúncio. A Ripple já havia divulgado esse acordo de US$ 50 milhões em março.

    A SEC, sob a liderança anterior de Gary Gensler — que adotou uma postura rigorosa contra grandes empresas de criptomoedas durante o governo Biden —, havia inicialmente solicitado que a Ripple pagasse uma multa de US$ 2 bilhões.

    A juíza distrital Analisa Torres havia ordenado que a Ripple pagasse uma multa de US$ 125 milhões no ano passado. Segundo a SEC, com o acordo protocolado no tribunal na quinta-feira, US$ 50 milhões irão para o órgão regulador, e o restante dos fundos em custódia (pouco mais de US$ 75 milhões) será devolvido à Ripple. O acordo ainda precisa ser aprovado pela juíza Torres.

    O longo confronto entre Ripple e SEC

    Em 2020, a SEC processou a Ripple em um processo de US$ 1,3 bilhão, alegando que a empresa vendeu valores mobiliários não registrados na forma da criptomoeda XRP para captar recursos junto a investidores. Depois, em 2023, uma juíza decidiu que as vendas programáticas de XRP em corretoras de criptomoedas para investidores de varejo não se qualificavam como valores mobiliários.

    A decisão foi comemorada tanto pela Ripple quanto pela indústria cripto, apesar da mesma juíza ter determinado que US$ 728 milhões em vendas para investidores institucionais constituíram, sim, ofertas de valores mobiliários não registrados.

    Desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo, a SEC sob nova liderança tem adotado uma postura mais branda em relação ao setor cripto e arquivado diversos processos e investigações. Trump fez campanha prometendo ajudar a indústria cripto.

    O XRP é a quarta maior moeda digital em circulação, com um valor de mercado superior a US$ 132 bilhões. Os fundadores da Ripple criaram o XRP, que hoje é utilizado pela empresa em seus serviços de pagamentos.

    O preço do XRP subiu após a divulgação da notícia; a criptomoeda agora é negociada a US$ 2,37, com alta de 6,8% em um período de 24 horas, segundo dados do CoinGecko.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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