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  • BlackRock amplia investida em stablecoins com fundo para gerir ativos de reserva

    BlackRock amplia investida em stablecoins com fundo para gerir ativos de reserva

    A BlackRock está investindo tudo em stablecoins.

    A gigante de Wall Street anunciou na quinta-feira (16) que vai reformular um de seus fundos do mercado monetário para atender explicitamente emissores de stablecoins dos EUA, tornando o fundo um ativo de reserva aprovado para esses tokens, conforme previsto na recentemente aprovada Lei GENIUS.

    O BlackRock Select Treasury Based Liquidity Fund (BSTBL) vai eliminar investimentos em agências, reduzir o prazo de vencimento de seus investimentos em títulos do Tesouro dos EUA e adicionar acordos de recompra overnight como um ativo elegível, numa tentativa de tornar o fundo compatível com a GENIUS e maximamente líquido para os emissores de stablecoins.

    Jon Steel, chefe global de produtos para o negócio de gestão de caixa da BlackRock, afirmou na quinta-feira que a empresa tem observado uma demanda crescente de emissores de stablecoins em busca de opções para gestão de reservas após a aprovação da GENIUS.

    “Acreditamos que [o fundo] posiciona a BlackRock como um dos gestores de ativos de reserva preferidos para o ecossistema de pagamentos digitais”, disse Steel em um comunicado.

    A ousada investida da BlackRock nas reservas de stablecoins certamente terá um impacto significativo no setor.

    No início desta semana, a empresa informou que seu negócio de gestão de caixa ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 1 trilhão em ativos sob gestão. Seus ETFs de Bitcoin e Ethereum à vista também são, disparadamente, os maiores negociados em Wall Street.

    O desenvolvimento de hoje está longe de ser a primeira incursão da empresa em stablecoins. Em 2022, a BlackRock liderou uma rodada de financiamento de US$ 400 milhões para a Circle, emissora da USDC, em um acordo que fez da gestora um dos principais detentores das reservas da Circle.

    Cripto esteve no centro das atenções da BlackRock esta semana. Na terça-feira, o CEO da empresa, Larry Fink, anunciou que a companhia está desenvolvendo sua própria tecnologia para tokenizar todo tipo de ativo tradicional.

    “Acreditamos que precisamos agir rapidamente,” disse Fink na ocasião. “Precisamos tokenizar todos os ativos, especialmente aqueles que envolvem múltiplos níveis de intermediários.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Saiba o que esperar do token SEA com o volume de negociações da OpenSea disparando

    Saiba o que esperar do token SEA com o volume de negociações da OpenSea disparando

    O tão aguardado token SEA da OpenSea será lançado no primeiro trimestre de 2026, anunciou a plataforma de negociação — que começou como um marketplace de NFTs e agora está se expandindo para negociação de tokens em geral — nesta sexta-feira.

    A empresa revelou seus planos para o token em fevereiro, mas havia mantido detalhes importantes em sigilo, como a data de lançamento e a distribuição dos tokens. Agora, os usuários sabem que o lançamento está próximo e que a comunidade receberá 50% do fornecimento total do token SEA.

    A plataforma iniciou a fase final de recompensas pré-token em 15 de setembro, permitindo que os usuários abrissem o primeiro conjunto de baús de recompensa nesta quinta-feira.

    “Integrar o SEA ao OpenSea será a oportunidade de mostrar ao mundo a nossa visão. Isso vai colocar em destaque tudo o que estamos construindo,” publicou o CEO e cofundador Devin Finzer no X.

    “Então precisamos garantir que o que construímos realmente mereça esse destaque — não apenas por nós, mas por todos os detentores que acreditam no que o cripto pode se tornar,” acrescentou. “O SEA não está sendo criado para ser lançado e esquecido.”

    O lançamento no primeiro trimestre de 2026 e a liberação do token darão instantaneamente cerca de 25% do fornecimento total do SEA para os usuários da comunidade, com mais 25% distribuídos ao mesmo grupo ao longo do tempo.

    Além disso, a empresa anunciou que 50% da receita obtida no lançamento será usada para recomprar tokens SEA, e os usuários poderão fazer staking do token na plataforma.

    Embora os detalhes exatos sobre a distribuição para a comunidade ainda não tenham sido revelados, Finzer afirmou que tanto os usuários antigos (OGs) quanto aqueles que participaram dos programas de recompensas do OpenSea serão considerados de forma significativa — separadamente.

    A OpenSea ganhou fama durante o boom dos NFTs na rede Ethereum, chegando a movimentar bilhões de dólares em volume de negociação mensal. Mas, à medida que o interesse por NFTs diminuiu a partir de 2022, o volume mensal caiu drasticamente, chegando a 38 milhões de dólares no ano passado.

    Como parte do anúncio do token SEA no início deste ano, a empresa também passou por um reposicionamento, deixando de focar exclusivamente em NFTs e se tornando uma plataforma para negociar de tudo — incluindo tokens fungíveis, como os meme coins.

    Agora, pela primeira vez desde 2022, os volumes mensais da OpenSea voltaram a ultrapassar a casa dos bilhões, com mais de 2,6 bilhões de dólares só neste mês — embora 90% desse volume venha da negociação de tokens, e não de NFTs.

    Em julho, a OpenSea anunciou a aquisição do aplicativo móvel de portfólio e negociação Rally, com o objetivo de reformular sua experiência móvel — que agora está em fase de alpha fechado. A empresa também planeja adicionar negociação de contratos perpétuos (perps) no futuro.

    Um representante da OpenSea não respondeu imediatamente ao pedido de comentário feito pela Decrypt.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Estrela do YouTube, MrBeast registra marca para serviços financeiros com criptomoedas

    Estrela do YouTube, MrBeast registra marca para serviços financeiros com criptomoedas

    A personalidade das redes sociais James Stephen Donaldson, mais conhecido como MrBeast, registrou uma marca para o nome MrBeast Financial, que pretende usar para um aplicativo baixável que fornecerá serviços de troca de criptomoedas e processamento de pagamentos.

    O pedido de registro também abrange serviços de banco de investimento, seguros, educação sobre bem-estar financeiro, empréstimos de microfinanças e a “troca financeira de criptomoedas por meio de exchanges descentralizadas (DEXs).”

    Se Donaldson realmente pretende que a marca MrBeast Financial seja usada para uma plataforma de troca ou pagamentos em criptomoedas, ele precisará se registrar como uma Empresa de Serviços Monetários (Money Services Business) junto à FinCEN, obter licenças estaduais para transferência de dinheiro e receber aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) ou da Comissão de Comércio de Commodities e Futuros (CFTC), dependendo de como a plataforma operaria.

    Até o momento, ele aparentemente não fez nenhum desses registros. A MrBeast Holding não respondeu imediatamente a um pedido de comentário feito pela Decrypt.

    MrBeast é o criador individual com mais inscritos no YouTube, com 446 milhões de inscritos até sexta-feira. Ele é conhecido por seus vídeos de grande orçamento, como a recriação da série Round 6 na vida real com um prêmio de US$ 456.000, doação de uma ilha particular ou desafios para outros criadores do YouTube competirem por um jato particular.

    MrBeast também não é estranho ao universo das criptomoedas. Ele está envolvido no espaço desde pelo menos 2021, investindo em startups e fazendo compras chamativas de NFTs, tendo acumulado pelo menos oito CryptoPunks no auge. Desde então, entusiastas atentos têm monitorado suas carteiras públicas e observado sinais e movimentos relevantes.

    Seu mais recente pedido de registro de marca, feito na segunda-feira pela empresa controladora Beast Holdings, ainda não foi atribuído a um examinador.

    Se aprovado, ele se juntará a um portfólio de 52 marcas diferentes pertencentes à sua empresa. Entre elas estão MrBeast Gaming, MrBeast Burger, MrBeast Philanthropy e MrBeast Bar. Algumas, mas não todas, se transformaram em produtos ou serviços reais.

    O MrBeast Burger começou como um serviço de cozinha fantasma que utiliza restaurantes locais parceiros para atender pedidos sob a marca. Agora, ele tem um local físico no American Dream Mall, em Nova Jersey.

    A marca MrBeast Bar foi inicialmente usada para lançar a Feastables. A empresa de lanches recebeu algumas críticas após Donaldson pedir que fãs limpassem as prateleiras de barras de chocolate nas lojas e oferecer a chance de entrar em um sorteio de US$ 5.000 para quem enviasse prova de que o fez.

    A marca Finger on the App foi usada para lançar um jogo móvel que desafiava os jogadores a manter o dedo na tela do telefone. A última pessoa com o dedo na tela ganhava US$ 25.000.

    Outras marcas, como Beast Mode, MrBeast Mode e Beast Games, ainda não se concretizaram. Mas é prática comum as empresas registrarem marcas defensivas para impedir que terceiros usem o nome para produtos ou serviços.

    Houve também alguns outros registros recentes de marcas relacionadas a cripto, incluindo um da Ripple Labs para a marca “Ripple Custody.” A empresa lançou sua “solução de custódia de nível

    Claro! Aqui está a tradução completa para o português:


    A personalidade das redes sociais James Stephen Donaldson, mais conhecido como MrBeast, registrou uma marca para MrBeast Financial, que pretende usar para um aplicativo baixável que fornecerá serviços de câmbio de criptomoedas e processamento de pagamentos.

    O pedido de registro também abrange serviços de banco de investimento, seguros, educação em bem-estar financeiro, empréstimos de microfinanças e a “troca financeira de criptomoedas via exchanges descentralizadas (DEXs).”

    Se Donaldson realmente pretende que a marca MrBeast Financial seja usada em uma plataforma de câmbio ou pagamentos em criptomoedas, ele precisará se registrar como Empresa de Serviços Monetários junto à FinCEN, obter licenças estaduais para transferência de dinheiro e aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) ou da Comissão de Comércio de Commodities e Futuros (CFTC), dependendo do funcionamento da plataforma.

    Até o momento, ele aparentemente não fez esses registros. A MrBeast Holding não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Decrypt.

    MrBeast é o criador individual com mais inscritos no YouTube, com 446 milhões de inscritos até sexta-feira. Ele é conhecido por suas produções de grande orçamento, como recriar o Squid Game na vida real com um prêmio de US$ 456.000, doar uma ilha particular ou desafiar outros criadores do YouTube para competirem por um jato particular.

    MrBeast também não é estranho ao universo das criptomoedas. Está envolvido no setor desde pelo menos 2021, investindo em startups e fazendo compras chamativas de NFTs, acumulando ao menos oito CryptoPunks no auge. Desde então, entusiastas atentos têm monitorado suas carteiras públicas e observam sinais e movimentos relevantes.

    Seu mais recente pedido de registro de marca, feito na segunda-feira pela empresa-mãe Beast Holdings, ainda não foi atribuído a um examinador.

    Se for aprovado, fará parte de um portfólio de 52 marcas diferentes pertencentes à sua empresa, incluindo MrBeast Gaming, MrBeast Burger, MrBeast Philanthropy e MrBeast Bar. Algumas, mas não todas, já viraram produtos ou serviços reais.

    MrBeast Burger começou como um serviço de cozinha fantasma que usa restaurantes locais parceiros para atender pedidos sob a marca. Agora, possui um local físico no American Dream Mall, em Nova Jersey.

    A marca MrBeast Bar foi inicialmente usada para lançar a Feastables. A empresa de lanches recebeu críticas após Donaldson pedir que fãs limpassem as prateleiras de barras de chocolate nas lojas e oferecer a chance de entrar em um sorteio de US$ 5.000 para quem enviasse provas de que o fizeram.

    A marca Finger on the App foi usada para lançar um jogo móvel que desafiava os jogadores a manter o dedo na tela do celular. A última pessoa com o dedo na tela ganhava US$ 25.000.

    Outras marcas, como Beast Mode, MrBeast Mode e Beast Games, ainda não se concretizaram. Mas é comum as empresas registrarem marcas defensivas para impedir que outros usem o nome para produtos ou serviços.

    Recentemente, houve outros registros de marcas relacionadas a cripto, incluindo um da Ripple Labs para a marca “Ripple Custody.” A empresa lançou sua “solução de custódia de nível bancário” em 2024 e registrou a marca em fevereiro.

    O gigante de Wall Street JP Morgan gerou dúvidas na indústria ao registrar “JPMD” como marca, reservando seu uso para “serviços de negociação, câmbio, transferência e pagamento de ativos digitais.” Houve especulação, mas nunca confirmação, de que isso poderia estar relacionado a uma stablecoin.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Jack Dorsey provoca a Tether por doação em apoio a desenvolvedores de Bitcoin: “Só US$ 250 mil?”

    Jack Dorsey provoca a Tether por doação em apoio a desenvolvedores de Bitcoin: “Só US$ 250 mil?”

    Às vezes, pode ser mais fácil simplesmente não dizer nada.

    Nesta semana, a gigante das stablecoins Tether anunciou uma doação de US$ 250 mil para a OpenSats, com o objetivo de apoiar desenvolvedores do Bitcoin — apenas para que um dos programadores mais conhecidos do mundo (e maximalista de Bitcoin) criticasse publicamente o valor da doação.

    O cofundador do Twitter e CEO da Square, Jack Dorsey, zombou da doação na quinta-feira (16), na rede X, pouco depois de ela ter sido divulgada pelo CEO da Tether, Paolo Ardoino.

    “Por que só US$ 250 mil?”, respondeu Dorsey secamente a Ardoino.

    A Tether é uma das empresas mais lucrativas do setor cripto. A emissora da USDT, que registrou um lucro de US$ 13 bilhões no ano passado, estaria buscando uma avaliação de mercado de US$ 500 bilhões em negociações com investidores potenciais.

    A Tether afirmou que sua doação para a OpenSats — que financia o desenvolvimento de software Bitcoin livre e de código aberto — ajudará nas operações da organização sem fins lucrativos e em seus esforços de concessão de bolsas.

    Um representante da empresa não respondeu ao pedido de comentário da Decrypt sobre a declaração de Dorsey, e Ardoino também não se manifestou publicamente.

    Pouco depois do comentário, no entanto, outro usuário do X questionou Dorsey sobre seu próprio compromisso financeiro com a causa de proteção aos desenvolvedores de Bitcoin, perguntando quanto ele havia doado.

    O empresário respondeu imediatamente: “Mais de US$ 21 milhões. E você?”

    De fato, a OpenSats recebeu uma doação de US$ 21 milhões da iniciativa Start Small, de Dorsey, em 2024. O bilionário da tecnologia tem sido um defensor ferrenho da tecnologia descentralizada e da resistência à censura há anos, sendo um dos apoiadores mais famosos do Bitcoin.

    Mas nem mesmo Dorsey escapou das críticas. Udi Wertheimer, criador do popular projeto de Ordinals no Bitcoin, Taproot Wizards, inicialmente ficou do lado de Dorsey na discussão — mas depois voltou-se contra o inventor do Twitter.

    “Ninguém deveria entrar em uma disputa de quem faz mais pela causa com o Jack quando se trata de financiar o desenvolvimento open-source do Bitcoin”, disse Wertheimer.

    No entanto, o entusiasta do Bitcoin prosseguiu, criticando Dorsey por seus investimentos na Ocean, uma pool de mineração de Bitcoin que já havia sido criticada por desencorajar o processamento de transações não financeiras na blockchain do Bitcoin, incluindo a criação de Ordinals (ativos semelhantes a NFTs).

    “Você deveria subtrair desse valor o montante do seu investimento na Ocean”, disse Wertheimer sobre as contribuições filantrópicas de Dorsey. “Infelizmente, esse capital está sendo usado ativamente para desacelerar o desenvolvimento.”

    Afinal, no Crypto Twitter, ninguém é perfeito.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • CVM e a atualização da Resolução 88: o novo capítulo da regulação no mercado de capitais digital

    CVM e a atualização da Resolução 88: o novo capítulo da regulação no mercado de capitais digital

    A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vive um momento decisivo. Ao abrir consulta pública para revisar a Resolução 88, que regula as ofertas públicas de pequeno porte, o regulador reafirma seu papel central na modernização do mercado brasileiro. 

    O movimento vai além de ajustes técnicos: é parte de uma agenda mais ampla de inovação regulatória, que busca acompanhar a evolução tecnológica sem perder de vista a proteção ao investidor.

    Esse diálogo entre regulação e tecnologia é algo que o mercado vinha aguardando há anos. Como tenho defendido, o primeiro passo para alcançar uma sinergia real entre inovação e supervisão é o diálogo constante

    Hoje, vemos uma CVM aberta e engajada, com diretores presentes em eventos de mercado e dispostos a ouvir o setor sobre os impactos das novas tecnologias. O mesmo vale para o Banco Central, que tem se mostrado igualmente participativo na construção desse novo arcabouço. 

    Essa aproximação é o que garante que a regulação evolua na mesma velocidade da inovação.

    A Resolução 88 e o salto da tokenização

    Entre as normas da CVM, poucas refletem tão bem esse processo quanto a Resolução 88. Originalmente criada para fomentar ofertas públicas simplificadas, ela se tornou, na prática, uma das principais portas de entrada para a tokenização de ativos financeiros.

    Os números falam por si: antes da chegada da tokenização, as ofertas sob a 88 somavam cerca de R$ 100 milhões

    Depois que a norma passou a acomodar essa nova infraestrutura, o volume saltou para R$ 1,4 bilhão em apenas um ano. É um avanço expressivo, que mostra como a regulação, quando bem calibrada, pode destravar a inovação.

    Mas esse sucesso não significa que o trabalho está concluído. A própria CVM reconheceu que o próximo passo é ajustar os limites operacionais e repensar a participação de diferentes perfis de investidores. 

    Hoje, o teto de R$ 15 milhões por oferta restringe a escala de muitas operações. Ampliar esse limite, para algo próximo de R$ 100 milhões, permitiria a entrada de investidores institucionais e profissionais, tornando o modelo mais robusto e atraente.

    Essa seria uma evolução natural: permitir que operações tokenizadas de maior porte sejam estruturadas dentro da própria 88, sem a necessidade de migrar para regimes mais complexos. 

    Com isso, o regulador amplia o alcance da norma, reforça a eficiência e incentiva o desenvolvimento de uma infraestrutura mais digital e menos intermediada.

    Uma regulação que aprende com o mercado

    O que me chama a atenção é que, diferentemente do passado, a CVM tem mostrado disposição em ajustar suas regras de forma iterativa, observando como o mercado reage antes de implementar mudanças estruturais. 

    Esse modelo é especialmente importante em setores em rápida transformação, como o dos criptoativos e da tokenização.

    Essa abordagem prática, de testar, medir e ajustar, é o que garante a credibilidade das normas e a confiança dos investidores

    Ao reconhecer que a inovação é um processo vivo, a CVM se posiciona não como uma barreira, mas como uma parceira na construção de um mercado mais moderno. 

    O Brasil passa a adotar um modelo de supervisão que olha para frente, acompanhando a convergência entre blockchain, finanças descentralizadas e mercado de capitais.

    É exatamente isso que temos visto em eventos recentes: uma autarquia mais próxima, com representantes presentes debatendo abertamente os rumos da regulação com o setor privado. Esse tipo de interação não é apenas simbólico, mas fundamental para que o país mantenha o equilíbrio entre inovação e estabilidade.

    A atualização da 88 dentro de uma agenda mais ampla

    A revisão da 88 não ocorre de forma isolada. Ela integra um processo contínuo de modernização regulatória, que inclui também a Resolução 160, responsável por simplificar o registro de ofertas públicas, e muitas outras que abrem espaço para estratégias mais digitais e com ativos tokenizados.

    Essas mudanças sinalizam uma CVM mais flexível e tecnológica, capaz de lidar com modelos de governança descentralizados e com o uso crescente de smart contracts em operações financeiras. 

    Ao mesmo tempo, o alinhamento com o Banco Central e a Receita Federal mostra que o Brasil está construindo uma regulação integrada para ativos digitais, baseada em transparência e interoperabilidade.

    Esse tipo de avanço coloca o país em uma posição de destaque global. O Brasil tem conseguido combinar inovação com solidez institucional, atraindo atenção de players internacionais que buscam operar em um ambiente que ofereça segurança jurídica e abertura ao novo.

    O futuro é colaborativo

    A Resolução 88 simboliza mais do que uma norma: representa uma nova mentalidade regulatória. A CVM entendeu que a tecnologia não é um adversário, mas um aliado para construir um mercado de capitais mais acessível, auditável e inclusivo.

    Como participante desse ecossistema, posso dizer que estamos começando a viver o que imaginávamos para a tokenização no Brasil há mais de cinco anos. 

    O diálogo entre reguladores e mercado amadureceu, a tecnologia ganhou credibilidade e a infraestrutura digital já mostra resultados concretos.

    O desafio agora é ampliar o escopo, trazer investidores institucionais, reduzir a burocracia e seguir aprimorando o equilíbrio entre proteção e eficiência. 

    Se mantivermos essa trajetória de colaboração entre inovação e regulação, o Brasil poderá se consolidar como referência global em mercado de capitais digital.

    No fim das contas, o futuro da regulação é o mesmo da inovação: feito em conjunto, ajustado na prática e construído sobre confiança.

    Sobre o autor

    Daniel Coquieri é CEO da empresa de tokenização de ativos Liqi Digital Assets. Empreendedor do ramo da tecnologia, foi fundador da BitcoinTrade, uma das primeiras corretoras de criptomoedas do Brasil.

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  • O que é phishing e como se proteger de uma das maiores ameaças digitais da atualidade

    O que é phishing e como se proteger de uma das maiores ameaças digitais da atualidade

    O e-mail chega com aparência impecável. Logotipo do banco, linguagem profissional, um tom urgente: “Sua conta será bloqueada em 24 horas se você não confirmar seus dados.” O usuário, tomado pelo medo, clica no link, preenche suas informações e, em poucos minutos, tem seu dinheiro transferido para uma conta desconhecida. O cenário é familiar — e continua acontecendo em escala global.

    Esse é o phishing, um dos golpes mais antigos e eficazes da internet, que segue em evolução mesmo após décadas de campanhas de conscientização e avanços em segurança digital.

    A técnica, cujo nome vem da palavra fishing (pescar em inglês), consiste em “pescar” vítimas por meio de mensagens falsas que imitam comunicações legítimas — de bancos, serviços de streaming, companhias aéreas ou até órgãos públicos. O objetivo é um só: induzir o usuário a entregar voluntariamente informações confidenciais, como senhas, dados bancários ou códigos de autenticação.

    Leia também: Investidor perde R$ 33 milhões em Ethereum após cair em golpe de phishing

    No caso do mundo das criptomoedas, esse golpe também segue forte diante da possibilidade de criminosos terem acesso a carteiras contendo milhares, até milhões, de dólares em ativos. Ao roubar dados e terem esses acessos, a vítima pode perder tudo em questão de segundos.

    De acordo com o último relatório global da Kaspersky, mais de 893 milhões de tentativas de phishing foram bloqueadas em 2024, um aumento de 26% em relação ao ano anterior. Só no Brasil, entre outubro de 2024 e setembro de 2025, foram registradas 553 milhões de tentativas de fraude.

    “Esse tipo de ataque é simples, não requer muito conhecimento. Um criminoso inexperiente consegue implementar vários ataques desse tipo e agora com uma linguagem mais legítima e em escala, porque a IA permite isso”, diz Fábio Assolini, Diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.

    A Cloudflare reforça esse diagnóstico ao afirmar que “os ataques de phishing envolvem persuadir a vítima a realizar alguma ação que beneficie o invasor”, o que inclui clicar em links falsos, fornecer senhas ou até autorizar transações digitais fraudulentas.

    Mesmo com filtros e antivírus modernos, muitas dessas mensagens ainda chegam à caixa de entrada — e é nesse momento que a pressa e o medo abrem brechas. “Os sistemas automáticos ajudam, mas não substituem o olhar humano. O cibercrime explora justamente as emoções”, ressalta Assolini.

    O problema é de escala bilionária. Segundo estimativas do CSO Online, fraudes digitais ligadas a phishing custam globalmente cerca de US$ 17 mil por minuto, o que significa dezenas de bilhões de dólares por ano em prejuízos.

    Tipos de phishing: o golpe muda de forma, mas não de intenção

    Nem todo phishing é igual. A primeira imagem que vem à cabeça costuma ser a de um e-mail suspeito pedindo para “confirmar seus dados bancários”, mas o golpe já se espalhou para praticamente todos os canais digitais.

    O mais comum ainda é o phishing por e-mail, em que mensagens cuidadosamente elaboradas imitam comunicações legítimas de empresas, solicitando que o usuário clique em um link, baixe um anexo ou insira informações pessoais em uma página falsa. Para dar mais credibilidade, os golpistas utilizam spoofing de domínio, criando endereços muito parecidos com os reais — como “@aneria.com” no lugar de “@america.com” — o suficiente para enganar olhos desatentos.

    Outro formato que cresce é o vishing, o phishing por voz. Nesse caso, criminosos ligam fingindo ser representantes de bancos ou empresas de tecnologia, pedindo “confirmação de dados” ou “atualização de cadastro”. Muitas vezes, usam gravações automatizadas e mascaram o número de telefone para parecer oficial. A Kaspersky alerta que esses ataques “exploram o senso de autoridade e urgência, mantendo o usuário ao telefone o máximo possível até que ele cometa um erro”.

    Versões semelhantes também acontecem por mensagem: o smishing, por SMS, e o phishing via apps de mensagem como WhatsApp e Telegram, usam textos curtos e convincentes com links maliciosos. Já nas redes sociais, o golpe assume outra roupagem — perfis falsos de empresas ou até de amigos enviam mensagens diretas oferecendo promoções, sorteios ou pedindo ajuda financeira. Em alguns casos, os criminosos passam semanas construindo um relacionamento para conquistar a confiança da vítima antes de atacar.

    Há ainda variantes mais técnicas, que não dependem do engajamento direto da vítima. É o caso do pharming, em que o invasor manipula o sistema DNS para redirecionar o usuário para uma cópia falsa de um site legítimo, mesmo que o endereço seja digitado corretamente.

    Outras táticas incluem o typosquatting, que cria sites com erros de digitação sutis (como “wallmart.com” em vez de “walmart.com”), e o phishing por HTTPS, que abusa do cadeado de segurança na barra de endereço — antes um sinal de confiabilidade, agora facilmente obtido por criminosos.

    Nos ambientes corporativos, uma forma particularmente perigosa é o Business Email Compromise (BEC), em que o golpista se faz passar por executivos ou fornecedores da empresa para solicitar transferências financeiras ou informações sigilosas. Esse tipo de ataque tem causado prejuízos milionários em companhias de todos os portes.

    Por fim, o universo cripto também se tornou um terreno fértil para esse tipo de golpe. No chamado phishing de criptomoedas, criminosos criam sites falsos de carteiras digitais ou interfaces de assinatura Web3, enganando usuários a autorizar transações que drenam todos os seus fundos. É o mesmo velho truque — apenas adaptado à nova fronteira digital.

    Grandes casos de phishing

    Embora o phishing costume evocar imagens de e-mails mal escritos e promessas absurdas de heranças milionárias, os golpes mais devastadores da história cibernética têm sido justamente os mais sofisticados — disfarçados de comunicações legítimas e amparados por engenharia social meticulosa.

    Em 2015, a Ubiquiti Networks, empresa de tecnologia dos Estados Unidos, perdeu US$ 46,7 milhões após funcionários receberem e-mails falsos supostamente enviados por executivos da própria companhia. A mensagem pedia transferências urgentes para contas “corporativas” — que, na verdade, pertenciam aos criminosos. O caso ficou conhecido como um dos maiores exemplos de Business Email Compromise (BEC), uma modalidade de phishing corporativo que cresceu 200% nos últimos cinco anos, segundo dados da Check Point Research.

    Outro episódio marcante envolveu a Sony Pictures, em 2014. Hackers conseguiram invadir os servidores da empresa após uma série de e-mails falsos direcionados a funcionários-chave, o que culminou no vazamento de roteiros, e-mails internos e dados pessoais de executivos. O prejuízo estimado ultrapassou US$ 100 milhões entre danos diretos e custos de remediação.

    Casos recentes mostram que o phishing também se modernizou. Em 2023, investigadores da Group-IB identificaram uma rede internacional chamada Darcula, que operava um “phishing como serviço” (PhaaS). O grupo usava mensagens RCS e iMessage para enganar vítimas em dispositivos Android e iPhone, conseguindo roubar cerca de 884 mil cartões de crédito em sete meses. Já em 2025, a Microsoft anunciou ter desmantelado mais de 340 sites de phishing ligados ao serviço Raccoon0365, que simulava páginas do Microsoft 365 para roubar credenciais corporativas.

    Além de empresas, o ecossistema de criptomoedas também se tornou um campo fértil para esse tipo de golpe. Usuários de plataformas Web3 e carteiras digitais são constantemente alvos de transaction phishing, no qual são induzidos a assinar transações fraudulentas que esvaziam seus fundos.

    Esses exemplos mostram que o phishing não é apenas um problema de usuários desatentos, mas uma ameaça corporativa e global, que explora a confiança e a psicologia humana tanto quanto as falhas tecnológicas.

    8 dicas para não cair em phishing

    Apesar da sofisticação crescente dos golpes, a prevenção ainda é possível — e depende mais de atenção e hábito do que de conhecimento técnico. A seguir, estão algumas práticas essenciais para reconhecer e evitar armadilhas digitais:

    1. Desconfie de mensagens urgentes ou alarmantes
    Golpistas exploram o senso de urgência. Bancos e empresas raramente exigem ações imediatas. Se o tom for ameaçador, desconfie.

    2. Verifique o remetente e o domínio
    Antes de clicar, olhe com calma o endereço do e-mail. Um simples “banc0.com” no lugar de “banco.com” pode ser suficiente para enganar.

    3. Evite clicar diretamente em links suspeitos
    Prefira digitar o endereço oficial no navegador em vez de clicar no link da mensagem.

    4. Use autenticação de dois fatores (2FA)
    Mesmo que sua senha seja comprometida, o uso de 2FA pode impedir o acesso não autorizado.

    5. Mantenha antivírus e sistemas atualizados
    Ferramentas da Kaspersky, McAfee e outras empresas bloqueiam links maliciosos e alertam sobre ameaças conhecidas.

    6. Desconfie de anexos inesperados
    Golpes sofisticados chegam com arquivos ZIP ou PDFs que, ao serem abertos, instalam programas espiões.

    7. Confirme sempre por outro canal
    Recebeu uma mensagem pedindo atualização de dados? Ligue para o banco ou acesse o site oficial — nunca responda diretamente ao e-mail.

    8. Eduque-se e compartilhe informações
    A conscientização é a melhor defesa. Como reforça a Cloudflare, “a maior proteção contra phishing ainda é a desconfiança saudável”.

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  • Como o Japão está revolucionando as regras de insider trading em criptomoedas

    Como o Japão está revolucionando as regras de insider trading em criptomoedas

    O Japão está prestes a reescrever as regras de supervisão de criptomoedas, buscando coibir a negociação com informações privilegiadas (insider trading) de criptomoedas como parte de um esforço mais amplo para trazer os mercados digitais para sua órbita.

    A Agência de Serviços Financeiros do país planeja capacitar seu órgão de fiscalização do mercado, a Comissão de Supervisão de Valores Mobiliários e Câmbio, para policiar negociações ilícitas de criptomoedas, em uma mudança que pode remodelar os padrões globais de integridade do mercado.

    A estrutura está programada para ser finalizada este ano e submetida ao parlamento até 2026.

    Uma vez formalizada, ela estenderia as regras de valores mobiliários sob a Lei de Instrumentos Financeiros e Câmbio (Financial Instruments and Exchange Act) para ativos digitais pela primeira vez. Isso significa que a SESC poderia investigar negociações suspeitas de criptomoedas e recomendar sobretaxas ou encaminhamentos criminais para transações com base em informações não divulgadas.

    Observadores de políticas afirmam que a mudança pode acelerar o alinhamento global em relação aos padrões de integridade do mercado e criar uma convergência competitiva que poderia obrigar outras jurisdições a seguirem o exemplo.

    Cessiah Lopez, chefe de políticas e pesquisa da Superteam UK, uma agência de talentos da Solana, disse que a decisão do Japão poderia “aumentar a pressão por uma estrutura federal mais clara” para os EUA, que, segundo ela, são “conhecidos por abordar o uso de informações privilegiadas em criptomoedas caso a caso”, com base em leis de segurança.

    “O uso de informações privilegiadas corrói a integridade de nossos sistemas financeiros internacionais e contribui para a subversão da crença da comunidade cripto na democratização do acesso à riqueza”, disse Lopez ao Decrypt. “Qualquer medida que ajude a harmonizar a proteção contra isso em escala global deve ser bem-vinda.”

    Na prática, no entanto, os EUA têm tratado os atores das finanças descentralizadas de maneira “bastante inconsistente”, com “diferentes escopos de aplicação e cronogramas de implementação de políticas” que levaram à fragmentação regulatória.

    A iniciativa do Japão demonstra que o país está “optando pela clareza legislativa em vez da improvisação caso a caso”, ao situar “proibições de negociação com informações privilegiadas sobre criptomoedas dentro da FIEA e capacitar a SESC com ferramentas semelhantes às de valores mobiliários”, disse John Park, chefe da Arbitrum Foundation na Coreia, ao Decrypt.

    “Isso cria uma atração gravitacional”, disse Park. “As equipes de conformidade que padronizarem a MiCA na Europa considerarão o manual de regras da FIEA do Japão legível.”

    Park disse que vê “normas operacionais para integridade de mercado” se endurecendo “primeiro em Bruxelas e Tóquio”, enquanto os atores americanos poderão em breve “se adaptar a essas normas por necessidade competitiva”.

    O modelo legislativo do Japão “se alinha com a filosofia da UE e estabelece um alto padrão para a integridade do mercado”, disse ele. “Mas os centros regionais não estão se copiando linha por linha.”

    O efeito, disse Park, é um “bloco de clareza de fato que as instituições consideram legível, mesmo que os manuais locais não sejam idênticos”.

    A codificação do insider trading dependeria da “rapidez com que os principais mercados se alinhassem com os resultados”, disse Sam Seo, presidente da Kaia DLT Foundation, ao Decrypt.

    Enquanto os EUA “construirão sua abordagem por meio da aplicação da lei e da jurisprudência” e a UE provavelmente “integraria isso à sua estrutura MiCA”, disse Seo, já que a medida do Japão “torna politicamente simples” para outras jurisdições “tratar o insider trading de tokens como um crime, não como uma área cinzenta”.

    Tal grau de clareza poderia beneficiar aqueles que “se concentram na utilidade” e criar “responsabilidade para aqueles que negociam com informações confidenciais”, disse ele. “A integridade agora é um requisito básico.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Traders de Bitcoin devem ficar atentos para preço que é considerado chave no final de semana

    Traders de Bitcoin devem ficar atentos para preço que é considerado chave no final de semana

    O Bitcoin continuou a cair na manhã desta sexta-feira (17), enquanto o presidente Donald Trump hesitava sobre as altas tarifas que propôs para a China na semana passada.

    À medida que o fim de semana se aproxima, os investidores precisam observar o nível de preço de US$ 103.000, disse um analista à Decrypt.

    No momento da redação, o Bitcoin está sendo negociado a US$ 106.953, cerca de 11% abaixo do valor registrado na mesma época da semana passada, e quase 8% abaixo do que estava há um mês, segundo o agregador de preços de criptomoedas CoinGecko.

    O popular analista da CryptoQuant, JA_Maartun, disse à Decrypt que a queda dos preços assustou os detentores de curto prazo que compraram BTC em torno de US$ 113.000. Detentores de curto prazo referem-se a carteiras que mantêm Bitcoin por menos de 155 dias.

    “O preço realizado pelos [detentores de curto prazo] ofereceu suporte por um período prolongado, mas finalmente quebrou após o quinto teste”, disse ele. “Essa queda desencadeou pressão adicional de venda, agravada pela Coinbase, onde a diferença do prêmio virou para o outro lado.”

    Para esclarecer, ele não está culpando a Coinbase pelas perdas do Bitcoin. O “prêmio da Coinbase” refere-se ao preço do Bitcoin na exchange de São Francisco ser ligeiramente maior do que em concorrentes estrangeiros, como a Binance.

    Quando isso acontece, sinaliza uma forte demanda dos EUA por Bitcoin. Mas quando o prêmio fica negativo, como mencionou JA_Maartun, indica que os traders dos EUA estão vendendo ou que a demanda pelo BTC enfraqueceu.

    Ele disse que está observando o nível de US$ 103.000 porque está aproximadamente 10% abaixo do preço realizado pelos detentores de curto prazo, e é um indicador que, segundo ele, atuou como suporte chave durante o rali de alta de 2025.

    “Se o preço atingir essa área, será um nível importante para monitorar”, afirmou.

    Usuários da Myriad, um mercado de previsões pertencente à empresa-mãe da Decrypt, DASTAN, acham que o Bitcoin provavelmente vai cair para US$ 100.000 antes de recuperar os US$ 120.000. Na manhã de sexta-feira, 65,8% dos usuários achavam que o preço cairia antes de subir novamente.

    “Agora que o Bitcoin quebrou o intervalo recente de consolidação de US$ 110 mil a US$ 108 mil para baixo, estamos observando US$ 100 mil como o próximo nível de suporte,” disse Julio Morena, chefe de pesquisa da CryptoQuant, à Decrypt. “Esse nível representa a faixa inferior do preço realizado on-chain dos traders, que atuou como o último suporte de preço durante este ciclo de alta.”

    Ele acrescentou que o fato do Bitcoin se manter acima de US$ 100.000 — e na faixa dos seis dígitos — marca “um importante nível psicológico de suporte.”

    Por enquanto, no entanto, há sinais de que as tensões comerciais estão começando a diminuir.

    “Isso não é sustentável,” disse Trump em entrevista à Fox Business, referindo-se à tarifa de 100% que propôs para a China na semana passada. “Mas esse é o número, provavelmente não, sabe, pode até funcionar, mas eles me forçaram a fazer isso.”

    Trump confirmou na entrevista que planeja se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping na Coreia do Sul ainda neste mês.

    A tarifa proposta na semana passada levou à liquidação de mais de US$ 19 bilhões em contratos de criptomoedas. Mas mesmo com o afrouxamento das tensões comerciais, cresce a preocupação com o risco de crédito entre bancos regionais dos EUA.

    O CEO do JP Morgan, Jamie Dimon, deu a entender durante uma teleconferência de resultados nesta semana que as falências de duas montadoras — e centenas de milhões de dólares em empréstimos ruins ligados a elas — indicam que mais falências podem ocorrer.

    “Provavelmente não deveria dizer isso, mas quando você vê uma barata, provavelmente tem mais,” disse ele na terça-feira.

    O nervosismo resultante entre os traders pintou os mercados de ações e criptomoedas de vermelho. Os principais índices de ações abriram o dia no negativo, com o Nasdaq ainda em baixa no momento da redação, e a capitalização total do mercado global de criptomoedas encolheu, caindo 2,8% para US$ 3,66 trilhões na manhã de sexta-feira.

    “Estamos vendo pressão simultânea das preocupações com o sistema bancário dos EUA, sinais de alta nas taxas do Banco do Japão, e uma onda cascata de liquidações que eliminou mais de US$ 1,2 bilhão em posições alavancadas nas últimas 24 horas,” disse Marcin Kazmierczak, cofundador do provedor de oráculos de cripto RedStone, à Decrypt.

    Ele disse estar particularmente preocupado com a retirada institucional.

    “O que é especialmente notável é a venda sincronizada das instituições. Nenhum dos 12 ETFs de Bitcoin apresentou entradas líquidas ontem,” acrescentou Kazmierczak. “O mercado está testando níveis críticos de suporte. Dito isso, isso ainda está dentro da volatilidade normal.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Por que a Wintermute e outros market makers pararam de negociar durante o crash do Bitcoin e a liquidação de US$ 19 bilhões

    Por que a Wintermute e outros market makers pararam de negociar durante o crash do Bitcoin e a liquidação de US$ 19 bilhões

    O famoso market maker Wintermute disse ao Decrypt que parou de negociar durante o crash relâmpago da semana passada, que resultou em mais de US$ 19 bilhões em liquidações no mercado cripto, quando os preços do Bitcoin e de outros ativos despencaram após a última ameaça de tarifas do presidente Trump contra a China.

    No entanto, a empresa afirmou que a paralisação não foi para lucrar mais, como alguns usuários das redes sociais especularam — mas sim porque suas regras internas foram violadas durante o colapso do mercado.

    Jasper De Maere, estrategista da Wintermute Desk, disse ao Decrypt que a market maker segue uma “abordagem muito baseada em regras”, que inclui ser delta neutra — uma estratégia de hedge que exige assumir múltiplas posições para não ter exposição direcional às variações de preço.

    Market makers compram e vendem criptomoedas continuamente para estabilizar os preços, garantir liquidez e melhorar a eficiência do mercado, independentemente da direção do mercado. Frequentemente, isso exige criar um conjunto pré-definido de regras e implementar sistemas de negociação automatizados.

    Durante o crash de sexta-feira, as regras da Wintermute foram violadas, e a empresa foi obrigada a reagrupar-se.

    “Por exemplo, se estivermos vendendo um perpetual por qualquer motivo de hedge, e então também formos liquidados nessas variações voláteis, fica difícil. Aí você precisa revisar toda a sua estratégia de market making,” explicou De Maere. “A intensidade e a velocidade com que essa cascata de liquidações aconteceu tornaram muito difícil continuar a fazer mercado naquela janela específica.”

    De Maere confirmou que a Wintermute parou de negociar por um “período muito curto” enquanto tentava entender o que estava acontecendo. Ele se recusou a confirmar o tempo exato da paralisação ou explicar qual regra foi violada.

    O estrategista da Wintermute também afirmou que é uma “suposição segura” que outros market makers foram afetados na sexta-feira. O market maker LO:TECH, por exemplo, também confirmou ao Decrypt que parou momentaneamente de negociar na sexta.

    “Nossos sistemas funcionaram conforme esperado: os circuit breakers do motor de risco entraram em ação e retiraram nossas cotações do mercado,” disse Marcus Horsley, CTO da LO:TECH, ao Decrypt. “As APIs das exchanges estavam bastante instáveis na época, então demorou um pouco mais para voltarmos ao tamanho total enquanto resolvíamos esses problemas.”

    Rumores rapidamente começaram a circular nas redes sociais dizendo que o crash foi resultado de uma “retirada coordenada” pelos market makers na tentativa de maximizar lucros. LO:TECH nega essas alegações, afirmando que seus sistemas são totalmente automatizados.

    Independentemente disso, há um impacto real nos mercados quando os market makers são forçados a parar de negociar.

    Matthew Nay, analista de pesquisa da Messari, disse ao Decrypt que a pausa dos market makers resultaria em “muito menos liquidez nos livros de ordens,” o que torna os preços mais voláteis.

    Greg Magadini, diretor de derivativos da Amberdata, acrescentou que isso causou fragmentação dos preços entre as exchanges — mas defendeu a retirada dos market makers.

    “Se você pensa em um grande market maker, ele pode estar mantendo Binance, Bybit, OKX e Deribit alinhadas ao postar liquidez em todos esses lugares e garantindo que haja ofertas e pedidos em todos os mercados que se movimentam de forma semelhante. O problema é que o [market maker] não pode confiar em seus hedges por causa desse auto-deleveraging,” disse Magadini ao Decrypt.

    Ele continuou explicando que, em mercados tradicionais, a câmara de compensação pode cobrir perdas potenciais feitas pelos traders, e algumas exchanges de cripto têm fundos de seguro por essa razão. No entanto, ele disse que na semana passada muitas exchanges como a Hyperliquid optaram pelo auto-deleveraging, que fecha posições vencedoras assim que o lado oposto da negociação perde todo seu dinheiro.

    “Esses ganhos podem estar apenas compensando perdas em outras exchanges, e assim estar no meio fornecendo liquidez para esse ambiente fragmentado se torna muito mais arriscado e imprevisível,” disse Magadini. “Se você é um market maker e não pode confiar na integridade dos seus hedges, a única coisa que pode fazer é sair.”

    Por fim, De Maere, da Wintermute, disse que, se a empresa puder “fazer mercado de forma segura e delta neutra,” ela fará — mas isso não foi possível na última sexta-feira devido à severidade do crash relâmpago.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • FIFA enfrenta queixa criminal por vouchers NFT de ingressos para a Copa do Mundo

    FIFA enfrenta queixa criminal por vouchers NFT de ingressos para a Copa do Mundo

    A Gespa, a autoridade suíça de loterias e jogos de azar, apresentou formalmente uma queixa criminal relacionada ao FIFA Collect, a plataforma de colecionáveis NFT da entidade internacional de futebol, anunciou a organização nesta sexta-feira (17).

    A autoridade havia iniciado uma avaliação inicial e uma investigação preliminar sobre o FIFA Collect e suas ofertas — como os NFTs “direito de compra” de ingressos — no início de outubro, dizendo ao Decrypt que “não podia descartar” se as ofertas da plataforma seriam relevantes para a regulamentação suíça de jogos de azar.

    Após uma investigação mais aprofundada, agora reportou a plataforma de colecionáveis às autoridades competentes.

    “Durante a investigação, foram confirmadas suspeitas de que o site collect.fifa.com oferece serviços de jogo que não possuem licença na Suíça e, portanto, são ilegais,” disse Gespa em um comunicado escrito. “Gespa é obrigada a notificar as autoridades competentes de processo penal se tomar conhecimento de violações à Lei Federal de Jogos de Azar.”

    De acordo com o regulador, a participação em algumas competições na plataforma que oferecem benefícios monetários só é possível “mediante uma aposta em dinheiro,” proporcionando recompensas por sorteio aleatório ou procedimentos similares.

    “Do ponto de vista da lei de jogos de azar, as ofertas em questão são em parte loterias e em parte apostas esportivas (direito de final),” afirmou.

    Mais informações sobre a queixa criminal e os procedimentos não estão sendo compartilhadas no momento, disse Manuel Richard, diretor da Gespa, ao Decrypt.

    O “direito de final” a que a autoridade se refere é um novo tipo de colecionável oferecido pela FIFA chamado “direito de compra” (RTB). Essa designação de colecionável oferece aos detentores de NFT a oportunidade de comprar um lote designado de ingressos para a Copa do Mundo FIFA de 2026, que será sediada na América do Norte.

    Os colecionáveis RTB, que garantem ao usuário a possibilidade de pular a fila geral de compradores em potencial, podem ser adquiridos ou revelados a partir de pacotes de colecionáveis na plataforma, ou comprados no mercado secundário.

    No mercado secundário, esses colecionáveis podem variar desde cerca de US$ 98 pelo direito de comprar ingressos para uma rodada de grupo em Houston até US$ 6.000 pelo direito de comprar ingressos para a partida de abertura no Estádio Azteca, no México.

    A FIFA está vendendo ingressos para o maior evento esportivo de futebol do mundo em múltiplas fases. A organização anunciou recentemente que já vendeu mais de 1 milhão de ingressos através da pré-venda antecipada com Visa.

    A plataforma de colecionáveis em blockchain da organização de futebol foi originalmente desenvolvida na Algorand em 2022, mas no início deste ano a FIFA anunciou sua saída da blockchain proof-of-stake. Em vez disso, a FIFA optou por criar sua própria rede Avalanche de primeira camada para suportar a plataforma.

    Um representante da FIFA não respondeu imediatamente ao pedido de comentário do Decrypt.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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