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  • BlueBenx: Justiça responsabiliza advogado e diretora de compliance em esquema de pirâmide

    BlueBenx: Justiça responsabiliza advogado e diretora de compliance em esquema de pirâmide

    Uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo reconheceu a responsabilidade no caso da pirâmide financeira BlueBenx de Débora Kanankaity Taicico dos Anjos, diretora de compliance da empresa, e seu marido, Assuramaya dos Anjos, que atuava como advogado da companhia.

    Segundo os autos, Débora foi considerada corresponsável pelos prejuízos causados, uma vez que integrava o núcleo estratégico da BlueBenx e se apresentava publicamente como responsável pela área de compliance, setor que é responsável exatamente por prevenir práticas ilegais.

    Além dos dois, a decisão condena as empresas BlueBenx e BBX, os sócios Roberto Cardassi, William Batista Silva, Renato Sanchez, André Massao, além da empresa Nicolia dos Anjos Sociedade de Advocacia (ligada a Assuramaya).

    “Essa decisão representa um marco importante na responsabilização de profissionais que, embora não figurem como sócios formais, ocupam cargos estratégicos dentro de estruturas fraudulentas”, afirma o advogado Vitor Gomes Rodrigues de Mello, que atuou no caso.

    “O Judiciário demonstrou sensibilidade ao reconhecer que não se trata apenas de um negócio malsucedido, mas de uma operação montada para enganar deliberadamente investidores de boa-fé”, avalia ele.

    Em 2022, a BlueBenx travou os saques de seus clientes após alegar ser alvo de um ataque hacker. Evidências mostram, porém, que esse não foi o caso e a empresa foi acusada de aplicar um golpe em seus clientes, sendo ainda definida como uma pirâmide financeira.

    O caso específico dessa condenação envolve um investidor que aplicou R$ 314.736,27 na Bluebenx e não recebeu depois que a empresa travou os saques. Na decisão, a juíza Mônica de Cassia Thomaz Perez Reis Lobo aceitou os argumentos da defesa para responsabilizar outros funcionários da plataforma além dos sócios.

    Para a juíza, houve clara participação e conivência com o modelo de negócios baseado em promessas irreais de lucros com criptoativos, que chegavam a mais de 66% ao ano.

    Além disso, a decisão destaca que Débora tinha ciência da natureza fraudulenta da operação, uma vez que se manteve vinculada à empresa mesmo após a suspensão de saques e denúncias públicas de golpe. A conduta, segundo a juíza, revela omissão dolosa em seus deveres profissionais e éticos.

    O processo ainda define a devolução dos mais de R$ 314 mil investidos com correção monetária e juros de 1% ao mês, danos morais de R$ 20 mil também com correção e juros, além do pagamento pelos réus das custas processuais e honorários, no valor de 10% do valor da condenação.

    O caso da BlueBenx

    A BlueBenx foi fundada em 2017 e atraiu milhares de investidores. Dois anos depois, a empresa entrou na mira da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que entrou com processo por avaliar sua operação como uma oferta irregular de investimentos.

    Em 2022, quando suspendeu os saques, a BlueBenx justificou a interrupção dos pagamentos alegando ter sido vítima de um ataque hacker “extremamente agressivo”. Porém, um tempo depois ela mudou a narrativa alegando ter sido vítima de um golpe de falsa listagem.  

    O então advogado da companhia, Assuramaya Kuthumi, afirmou na época que a empresa havia perdido R$ 160 milhões no incidente. Evidências on-chain, no entanto, localizaram uma perda de apenas R$ 1,1 milhão em tokens que a BlueBenx supostamente perdeu ao cair em um esquema de falsa listagem, transferidos posteriormente para a corretora Binance, segundo apuração do Portal do Bitcoin na época.

    Atualmente, os sócios da Bluebenx, Roberto de Jesus Cardassi, William Tadeu Batista Silva, Renato Sanchez Gonzalez Junior e Andre Massao Onomura, são julgados pela CVM pela oferta ilegal de ativos. Em maio, o processo foi interrompido por um pedido de vista feito pelo diretor João Accioly.

    O relator do processo na comissão, Otto Lobo, já apresentou seu voto favorável à condenação da empresa, propondo multa no valor total de R$ 18 milhões. Também votou pela condenação de Roberto Cardassi ao pagamento de multa de R$ 4 milhões, além da suspensão de suas atividades no mercado de valores mobiliários por 96 meses. Para William Tadeu Batista Silva, Otto Lobo propôs multa de R$ 2,3 milhões e suspensão por 87 meses.

    Detido em Portugal ano passado e deportado para o Brasil, Cardassi passou cerca de três meses preso e foi solto no dia 15 de maio de 2025. William Tadeu estaria desaparecido, mas uma defesa apresentada recentemente mostrou que ele estaria na Flórida, Estados Unidos, no que alegou ser uma medida por conta de ameaças contra sua vida, e não de fuga do país.

    Cardassi foi convocado para falar na CPI das Pirâmides Financeiras na condição de testemunha, mas não compareceu por estar foragido na ocasião. Em seu relatório final, a CPI recomendou que o Ministério Público fosse atrás de Roberto Cardassi para apurar sua conduta na Bluebenx e, se necessário, propor uma ação penal.

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  • Trump sanciona GENIUS Act e inicia integração das criptomoedas com a economia dos EUA

    Trump sanciona GENIUS Act e inicia integração das criptomoedas com a economia dos EUA

    Em uma cerimônia realizada na Sala Leste da Casa Branca, com a presença de algumas das figuras mais influentes politicamente da indústria cripto, o presidente Donald Trump celebrou a assinatura da nova legislação, batizada de GENIUS Act, como uma conquista importante de seu segundo mandato.

    “Prometi que traríamos de volta a liberdade e a liderança americanas, e faríamos dos Estados Unidos a capital mundial das criptomoedas”, disse Trump, “e foi exatamente isso que fizemos”.

    Trump aproveitou a ocasião para destacar outras medidas relacionadas ao setor cripto que tomou desde que retornou à Casa Branca, incluindo a assinatura de uma ordem executiva para criar uma reserva de Bitcoin e um estoque de ativos digitais, além do perdão concedido a Ross Ulbricht, figura icônica do Bitcoin e fundador do Silk Road. Ele também reiterou sua promessa de impedir a criação de uma moeda digital de banco central, ou CBDC, que ele proibiu por meio de uma ordem executiva assinada em janeiro.

    O evento contou com a presença de diversos pesos-pesados da indústria cripto, incluindo Brian Armstrong, CEO da Coinbase; Jeremy Allaire, CEO da Circle; Vlad Tenev, CEO da Robinhood; Paolo Ardoino, CEO da Tether; Dave Ripley, co-CEO da Kraken; e os irmãos Tyler e Cameron Winklevoss, cofundadores da Gemini.

    O vice-presidente JD Vance também esteve presente na assinatura, junto com o novo presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Paul Atkins, e os comissários Mark Uyeda e Hester Peirce.

    Trump também destacou a presença de Bo Hines, diretor executivo do Conselho de Assessores Presidenciais sobre Ativos Digitais, e de David Sacks, presidente do Conselho de Assessores em Ciência e Tecnologia. Sacks discursou ao público após os comentários iniciais de Trump.

    “Os primeiros seis meses desta administração foram mais bem-sucedidos do que qualquer outra na história, em termos do que foi realizado”, disse Sacks. “Tem sido simplesmente incrível. O presidente Trump tem trabalhado em ‘velocidade tecnológica’. Estamos acostumados a trabalhar rápido no Vale do Silício, mas até mesmo para nós isso é rápido.”

    As stablecoins são ativos digitais, geralmente atrelados ao valor do dólar americano, projetados para manter estabilidade de preço e permitir que os traders de criptomoedas entrem e saiam de posições com facilidade, sem precisar acessar dólares diretamente. Por isso, são consideradas uma ponte essencial entre os mercados cripto e o sistema financeiro tradicional.

    Agora sancionada, a GENIUS Act — que estabelece um marco regulatório para emissão e negociação de stablecoins — deve atrair enorme interesse de bancos, instituições financeiras tradicionais e grandes varejistas, todos eles demonstrando crescente interesse nos últimos meses em adotar e emitir stablecoins.

    Essas empresas, no entanto, geralmente preferiam aguardar até que o setor recebesse aprovação formal do governo federal. Agora, esse aval chegou.

    “As stablecoins estão em um ponto de virada”, afirmou Jesse McWaters, chefe de políticas globais da Mastercard, em comunicado enviado ao site Decrypt. “A aprovação da GENIUS Act pelo Congresso dos EUA marca uma nova era de clareza regulatória e confiança nos ativos digitais.”

    A administração Trump, os republicanos no Congresso e líderes da indústria cripto comemoraram a aprovação da GENIUS Act desde que ela foi aprovada pela Câmara ontem.

    Embora fosse amplamente esperado que o projeto tivesse apoio bipartidário — como de fato teve —, uma semana temática chamada “Semana Cripto” no Capitólio quase foi por água abaixo dias antes, quando uma ala da direita republicana bloqueou votações processuais sobre diversos projetos focados em ativos digitais. Democratas pró-cripto criticaram o projeto pela esquerda, e alguns defensores do setor atacaram os projetos por não serem suficientemente favoráveis à indústria.

    Embora a GENIUS Act legalize de forma clara o setor de stablecoins, boa parte da indústria cripto ainda permanece em relativo limbo legal, apesar de ações recentes favoráveis tomadas por reguladores como a SEC.

    Um projeto de lei separado, que trata da estrutura do mercado de criptoativos — considerado o objetivo principal das empresas mais poderosas do setor —, busca legalizar de forma abrangente a maioria das atividades com criptoativos e atualmente está em tramitação no Congresso. No entanto, suas chances de aprovação são vistas como mais desafiadoras do que as da legislação sobre stablecoins.

    Na quinta-feira, no entanto, esse projeto de estrutura de mercado foi aprovado com folga na Câmara, com apoio de quase todos os republicanos e 78 democratas.

    “Devemos comemorar um pouco, mas também não achamos que alguém esteja sendo complacente”, disse Tenev ao site Decrypt na sexta-feira. “É um grande passo, mas claro que não é o fim. Queremos ter clareza sobre a tokenização de valores mobiliários. E o mercado de private equity é algo que também nos interessa bastante.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Parlamento da Rússia aprova projeto de lei que obriga uso de CBDC já em 2026

    Parlamento da Rússia aprova projeto de lei que obriga uso de CBDC já em 2026

    O projeto para obrigar o uso do rublo digital, uma CBDC (Moeda Digital do Banco Central), passou pela câmara baixa do parlamento da Rússia. O texto prevê o dia 1º de setembro de 2026 como a data de lançamento oficial da moeda, mas o país se mostra dividido quanto a nova política. 

    Conforme reportagem do The Block, o projeto de lei estabelece que comerciantes com receita anual superior a 120 milhões de rublos deverão aceitar pagamentos com rublo digital a partir de 1º de setembro de 2026. Empresas de médio porte terão até 2027 para se adequar, e as demais até 2028. 

    A lei também estabelece a criação de um sistema universal de pagamentos por QR code, gratuito, operado pelo Sistema Nacional de Cartões de Pagamento, responsável pela rede Mir da Rússia.

    Para entrar em vigor de fato, o projeto precisa ser aprovado pelo Conselho da Federação e pelo presidente Vladimir Putin, mas essa etapas são consideradas meramente formais. D

    iferente do Bitcoin, que é descentralizado e opera sem controle governamental, uma CBDC é uma versão digital da moeda oficial de um país, emitida e regulamentada pelo banco central. Apoiada pelo governo, a CBDC é o equivalente digital do dinheiro físico.

    Pesquisa mostra população contra CBDC

    O projeto que quer obrigar a economia a aceitar CBDC como forma de pagamento não tem o apoio massivo da população. Uma pesquisa conduzida pelo instituto estatal VTsIOM revelou que 51% dos entrevistados não pretendem adotar o rublo digital, enquanto apenas 35% disseram que experimentariam a nova moeda. 

    Quatro em cada dez participantes disseram não enxergar “nenhum benefício”, e as preocupações variaram desde a segurança de dados (12%) até a vigilância governamental (8%). Apenas 7% afirmaram estar bem informados sobre o projeto.

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  • Projeto de lei propõe que bets registrem apostas em blockchain para coibir fraudes

    Projeto de lei propõe que bets registrem apostas em blockchain para coibir fraudes

    Um novo Projeto de Lei, de autoria do deputado federal Amom Mandel (Cidadania/AM), propõe novas regras para o funcionamento das casas de apostas no Brasil, as chamadas bets. E a principal ideia do parlamentar está o uso de blockchain, a tecnologia por trás das criptomoedas, para dar mais segurança e transparência ao segmento.

    O deputado Mandel defende no texto que todas as apostas, inclusive as físicas, deverão ser registradas em blockchain pública (timechain). Com isso, fica garantida a imutabilidade dos dados e o registro de data e hora da aposta em local de acesso público com dados de vendas e repasses.

    O PL, de número 3523/2025, torna obrigatório ainda que cada bilhete, seja físico ou digital, contenha o CPF do apostador. Caso isso não aconteça, o bilhete será considerado nulo. Essa medida visa coibir fraudes e a compra de bilhetes premiados por terceiros, prática que está ligada à lavagem de dinheiro.

    Outro ponto da proposta torna obrigatório o pagamento dos prêmios via Pix em até 24 horas após o resultado, sendo pago em conta vinculada ao CPF ou CNPJ do ganhador.

    As plataformas também ficariam proibidas de definir um valor mínimo para aposta. A ideia é evitar que essas empresas imponham restrições que são consideradas práticas abusivas pelo Código de Defesa do Consumidor.

    O PL ainda prevê que operadores implementem sistema de prevenção à lavagem de dinheiro e comuniquem operações suspeitas ao COAF. Além disso, prêmios não reclamados em até 60 dias serão revertidos para o Fundo Nacional de Educação.

    O deputado Mandel argumenta no projeto que a modernização do setor de apostas é urgente, especialmente com o crescimento das plataformas digitais. Segundo ele, o uso de blockchain melhora a fiscalização, evita fraudes e aumenta a confiança pública.

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  • Sindicato dos Eletricistas do México é acusado de roubar energia para minerar Bitcoin

    Sindicato dos Eletricistas do México é acusado de roubar energia para minerar Bitcoin

    A Frente Amplio de Unidad “Jorge Tapia Sandoval” (FAU), associação em defesa dos eletricitários do México, denunciou um esquema de roubo sistemático de energia elétrica para a mineração de criptomoedas, como o Bitcoin, em instalações do Sindicato dos Electricistas do México (SME).

    Segundo o grupo, cuja maioria é dissidentes do SME, a atividade ilegal ocorre há anos com o conhecimento e conivência de dirigentes sindicais, incluindo o secretário-geral Martín Esparza Flores, possado recentemente para liderar a entidade pelos próximos cinco anos.

    De acordo com o Infobae, a denúncia foi apresentada ao secretário de Segurança e Proteção Cidadã, Omar García Harfuch, e enviada a outras autoridades como a Unidade de Inteligência Financeira (UIF) e a Presidência da República. Entre as provas entregues, estão documentos que evidenciam o uso indevido de imóveis e infraestrutura elétrica para alimentar servidores que operam 24 horas por dia.

    Um dos casos mais emblemáticos ocorreu em 31 de janeiro de 2025, na sede sindical de Necaxa, em Puebla. Uma megaoperação com apoio do Exército e da Comissão Federal de Eletricidade (CFE) desativou a estrutura clandestina de mineração. No entanto, os equipamentos não foram apreendidos, e nenhuma prisão foi efetuada. Segundo a associação, o imóvel operou por mais de um ano sem que autoridades locais agissem.

    Outro episódio recente, descreve a publicação, envolve a sede do SME em El Oro, Estado do México, onde a CFE detectou o roubo de seis milhões de kWh em apenas dois meses — energia suficiente para abastecer mais de 5 mil residências, gerando um prejuízo superior a 16 milhões de pesos.

    As operações ilegais também teriam ocorrido em outras localidades como San Simonito, Juandhó e Villa Coapa. A FAU acusa os líderes sindicais de enriquecerem com atividades ilícitas, encobrindo crimes com processos eleitorais fraudulentos dentro do SME.

    Apesar da gravidade das acusações, o grupo denuncia a total inação das autoridades judiciais e trabalhistas, alertando para a impunidade generalizada.

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  • Entenda os 3 projetos de lei que podem revolucionar o setor de criptomoedas nos EUA

    Entenda os 3 projetos de lei que podem revolucionar o setor de criptomoedas nos EUA

    As criptomoedas passam por um dos momentos regulatórios mais importantes de sua história. Depois de anos de reguladores claramente contrários ao desenvolvimento do setor nos Estados Unidos, agora o governo de Donald Trump tenta avançar projetos que podem destravar muito valor em toda a indústria.

    Esta semana, entre 14 e 18 de julho, foi nomeada de “Semana Cripto” (Crypto Week) porque diversos projetos voltados ao setor estão sendo analisados no Congresso americano, podendo marcar a primeira vez que uma lei de regulação cripto é aprovada nos EUA.

    Em especial, três projetos de lei são os mais importantes neste momento: o GENIUS Act, que trata de stablecoins; o Clarity Act, que busca criar uma estrutura regulatório mais ampla para criptomoedas; e o Anti-CBDC Act, que quer proibir que os EUA criem sua própria moeda digital.

    GENIUS Act

    O projeto mais avançado é o chamado GENIUS, que é a sigla para Guiding and Establishing National Innovation for U.S. Stablecoins Act, que tem como principal propósito criar um marco regulatório federal e estadual para emissão e uso de stablecoins de pagamento.

    O texto proposto cria um regime regulatório federal específico para esse tipo de ativo, estabelecendo critérios mínimos de lastro, auditoria e transparência obrigatórios para emissores. Além disso, apenas empresas autorizadas poderão lançar stablecoins nos EUA.

    Entre as proibições do projeto estão a oferta e venda de stablecoins sem autorização (inclusive por empresas estrangeiras), a emissora não pode representar ou comercializar esses ativos como se fossem garantidos pelo governo dos EUA e nem pagar juros ou rendimento sobre a posse de stablecoins.

    O GENIUS define que os emissores precisam manter ativos altamente líquidos (como títulos do Tesouro com vencimento mais curto) para garantir paridade total com a moeda fiduciária.

    As companhias precisam ser transparentes, divulgando informações como políticas de resgate, composição mensal das reservas e auditorias mensais e demonstrações financeiras anuais auditadas. O órgão responsável pela regulação será o Departamento do Tesouro, com cooperação de reguladores estaduais.

    Entre outros requisitos estão ainda a obrigatoriedade de seguir as leis contra lavagem de dinheiro e processos de identificação e verificação de clientes. Os emissores ainda ficam limitados a funções de emitir e resgatar stablecoins, manter reservas relacionadas e oferecer custódia de stablecoins e ativos relacionados.

    Os EUA possui grande parte de sua lei definida por cada estado, e diante disso, emissores estaduais com menos de US$ 10 bilhões em circulação poderão optar por se submeter à regulação estadual, desde que a estrutura seja “substancialmente similar” à federal. Acima dessa quantia, a empresa será obrigada a seguir o regime federal, salvas exceções autorizadas.

    Sobre punições, o projeto afirma que a emissão ilegal de stablecoins pode resultar em multa de até US$ 1 milhão por violação e pena de até 5 anos de prisão. Além disso, diretores ou executivos com histórico de crimes financeiros estão proibidos de atuar como gestores de emissores.

    Tudo isso que o GENIUS apresenta visa garantir segurança, transparência, integridade financeira e estabilidade sistêmica no uso dessas moedas estáveis, além de impedir a emissão e circulação de stablecoins fora dos canais autorizados.

    Clarity Act

    O Digital Asset Market Clarity Act of 2025, ou apenas Clarity Act, é o projeto que visa estabelecer definições claras para ativos digitais, separando os que são valores mobiliários (securities) dos que não são.

    Além disso, ele busca dividir responsabilidades entre a SEC (Securities and Exchange Commission) e a CFTC (Commodity Futures Trading Commission), criando um regime regulatório específico para exchanges e corretores que negociam ativos digitais.

    Um dos principais pontos da lei e que há anos causa confusão nos EUA é a definição de qual órgão ficará responsável por regular cada ativo. A CFTC terá autoridade primária sobre o que o texto chama de commodities digitais, ativos que não são nem valores mobiliários e nem moedas fiduciárias, como o caso do Bitcoin (BTC).

    A CFTC ainda poderá supervisionar corretoras, plataformas de negociação, custodiantes e serviços relacionados. Já a SEC seguirá responsável por ativos digitais que sejam valores mobiliários (securities), como tokens vendidos em ICOs centralizados e com expectativa de lucro ou pagamento de juros.

    Diante disso, o Clarity Act deixa claro que ativos digitais que se tornarem suficientemente descentralizados ou funcionais podem deixar de ser valores mobiliários, saindo da alçada da SEC e indo para a CFTC.

    O projeto, portanto, deixa mais claro os critérios de classificação de ativos e estabelece um processo para que emissores solicitem reclassificação de seus tokens após um período de crescimento/descentralização, podendo sair da alçada da SEC e ir para CFTC.

    Além disso, define obrigações para plataformas, como registro, divulgação, práticas de custódia, monitoramento contra fraudes e a segregação de ativos, que garante que em caso de problemas com a empresa, ela terá o dinheiro para devolver aos clientes.

    Com essa clareza, o governo também facilita a aplicação de sanções administrativas e judiciais em caso de descumprimento das regras, definindo quais são da CFTC e quais ficam com a SEC.

    Anti-CBDC Act

    Por fim, o projeto de lei que busca proibir a criação de uma criptomoeda oficial do governo dos EUA, conhecida como CBDC. A ideia é evitar que o país consiga controlar, rastrear ou interferir nas transações financeiras dos cidadãos.

    O texto veda de forma explicitamente o Federal Reserve (o Banco Central dos EUA) de criar e oferecer uma moeda digital a indivíduos, nem autorizar intermediários financeiros (como bancos comerciais) a emitir ou distribuir CBDCs ao público. Fica vedado também o uso de uma moeda digital como ferramenta para controlar oferta monetária, taxa de juros ou inflação, mesmo que indiretamente.

    Além disso, o Anti-CBDC Act também proíbe a criação de qualquer sistema que permita ao governo dos EUA: rastrear transações em tempo real; bloquear, restringir ou reverter pagamentos de indivíduos; impor restrições programáveis ao uso de dinheiro digital.

    Esse projeto visa atender preocupações da sociedades americana, como temores de que o governo tenha acesso direto às transações dos cidadãos ou uso de CBDC para censura econômica ou controle político, como bloqueio de contas.

    A lei, portanto, garante que qualquer tentativa de criar uma CBDC nos EUA só poderá ocorrer com autorização expressa do Congresso, e não por decisão autônoma do Federal Reserve ou do governo federal.

    A situação de cada projeto

    O mais avançado dos projetos é o GENIUS Act, sobre stablecoins. Já aprovado no Senado, ele passou com certo impasse nos últimos dias e pode ser votado ainda nesta quinta-feira (17) na Câmara e caso seja aprovado já iria para sanção do presidente Donald Trump.

    O Clarity, apesar de ser considerado o mais importante, por ser mais amplo, caso seja aprovado esta semana na Câmara, ainda precisará passar pelo Senado, onde ele terá todo um rito de debates e pode até ser modificado. No início desta semana, Ian Katz, analista da Capital Alpha, afirmou que acredita que o Senado irá modificar o projeto e que duvida que ele seja concluído ainda este ano.

    Já o Anti-CBDC é o mais “atrasado” de todos. Ainda que seja votado na Câmara agora, precisa passar pelo Senado e não tem uma versão apresentada pelos senadores, o que deve fazer com que sua tramitação ainda demore bastante.

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  • XRP sobe 10% no dia e atinge maior cotação em seis meses

    XRP sobe 10% no dia e atinge maior cotação em seis meses

    À medida que o Bitcoin respira fundo após atingir novas máximas históricas no início desta semana, as altcoins estão começando a apresentar desempenho superior, com algumas registrando ganhos de dois dígitos.

    O XRP foi a estrela do show durante as negociações de quinta-feira, subindo 10% em 24 horas e sendo negociado a US$ 3,33 no momento da redação deste texto. Acumulou uma alta de 33% em uma semana. O ativo está 1,9% de atingir sua máxima histórica de US$ 3,40, atingida no dia 7 de janeiro de 2018.

    No início desta semana, o XRP rompeu sua faixa de negociação e ultrapassou níveis de resistência importantes. Há apenas dois dias, o XRP chamou a atenção do mercado com seu movimento explosivo para US$ 2,92, rompendo decisivamente acima do nível de resistência de US$ 2,60, que havia limitado os ralis durante a maior parte de 2025.

    Já na quarta-feira (16), o preço do XRP atingiu uma máxima de seis meses. O interesse aberto nominal dos contratos perpétuos de XRP — que reflete o valor em dinheiro controlado por posições alavancadas — ultrapassou US$ 8,8 bilhões na quarta-feira, de acordo com o provedor de dados cripto CoinGlass. Isso representou um interesse aberto acumulado de cerca de 2,89 bilhões de XRP.

    Dogecoin

    A Dogecoin (DOGE) está acima de US$ 0,20 pela primeira vez em mais de seis semanas e, como relatado pelo Decrypt, vem se deleitando com o brilho do ressurgimento de uma memecoin após a oferta inicial de moeda (ICO) da Pump.fun no fim de semana.

    Solana (SOL) e Cardano (ADA) também tiveram ganhos substanciais nas últimas 24 horas, com alta de 5,9% e 8%, respectivamente.

    Os movimentos de mercado de quinta-feira ocorrem apesar de meses de debates acalorados na rede social X, com alguns analistas argumentando que as “altseasons”, ou “temporada de altcoins”, agora são coisa do passado.

    Michael Harvey, chefe de negociação de franquias da Galaxy, observou as “fortes altas em SOL, XRP, HYPE e SUI”. Mas também tem havido muita atenção dos investidores em pesos-fortes em DeFi do Ethereum como AAVE e UNI, acrescentou ele em uma nota compartilhada com  a Decrypt, dizendo que eles se beneficiaram de sinais favoráveis de adoção de stablecoins.

    Mas nem tudo gira em torno do Ethereum. “A BONK tem se destacado no mercado de memecoins, graças ao plano do protocolo de queimar até um trilhão de tokens”, disse Harvey.

    Das 100 maiores criptomoedas por capitalização de mercado, 77 estão atualmente no verde desde ontem — e, notavelmente, o Bitcoin não é uma delas.

    Dados do CoinMarketCap mostram que isso está impactando o domínio do BTC. Embora a maior criptomoeda do mundo representasse 65% do valor total do setor no final de junho, esse número agora caiu para 61,5%.

    Em contraste, após um início bastante instável em 2025, a participação de mercado do ETH subiu acima de 10% pela primeira vez desde março.

    As altcoins também viram sua capitalização de mercado aumentar coletivamente de US$ 983 bilhões para US$ 1,44 trilhão nos últimos 90 dias — um salto de 47%.

    Embora o BTC tenha quebrado recordes de preço nos últimos dias, muitas outras criptomoedas importantes ainda estão longe de seus picos históricos.

    O ETH está sendo negociado atualmente com um desconto de 30% em relação à máxima histórica de US$ 4.891,70, registrada em novembro de 2021. Mas o XRP está muito mais perto de entrar no modo de descoberta de preço — e está a 15% de superar o recorde de US$ 3,84, registrado em janeiro de 2018.

    Um retorno iminente a avaliações sem precedentes é extremamente improvável para a Dogecoin, que permanece 70,8% abaixo de sua marca máxima de US$ 0,74 em 8 de maio de 2021 — o mesmo dia em que Elon Musk descreveu a criptomoeda de piada como um “esquema” no Saturday Night Live.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt

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  • “Você não perdeu o trem do Bitcoin, ele está só começando”, diz autor do Padrão Bitcoin

    “Você não perdeu o trem do Bitcoin, ele está só começando”, diz autor do Padrão Bitcoin

    O economista palestino-jordaniano e defensor do Bitcoin, Saifedean Ammous, mais conhecido por seu livro The Bitcoin Standard (O Padrão Bitcoin), uma das publicações mais influentes sobre o mercado de criptomoedas, afirmou que o potencial de valorização do Bitcoin ainda está longe de atingir o teto.

    Em uma longa postagem na rede social X, Ammous escreveu: “Não, você não perdeu o trem do Bitcoin. Estamos apenas começando”, e defendeu que a alta do BTC não significa que ele esteja caro demais — pelo contrário, a própria valorização é prova de que ele está encontrando seu “encaixe no mercado”.

    Segundo ele, o Bitcoin se diferencia de ações, títulos e commodities porque possui um mercado endereçável muito maior — englobando todas as formas de dinheiro e reserva de valor atualmente usadas no mundo. Ammous estima que o valor de mercado do BTC têm potencial para chegar entre US$ 200 trilhões e US$ 300 trilhões, ou seja, até 100 vezes maior que o valor atual.

    “Todos esses ativos são lixo comparados ao Bitcoin”, disparou. Ele argumenta que moedas fiduciárias, títulos governamentais e até o ouro estão perdendo valor frente ao BTC — e que a única razão para ainda manter tais ativos seria a “idade avançada, deficiência de inteligência ou vulnerabilidade à propaganda estatal” de seus detentores.

    Saifedean Ammous também rebateu críticas comuns de que o Bitcoin seria um “ponzi” por não gerar fluxo de caixa: “O ouro também nunca gerou e mesmo assim se tornou o dinheiro do mundo. BTC é um dinheiro infinitamente melhor que o ouro”.

    Apesar da defesa entusiasmada, Saifedean Ammous reconheceu que o BTC ainda é altamente volátil e alertou: “Gerencie sua posição de forma adequada. O BTC pode cair bastante, mesmo que a tendência de longo prazo continue sendo de alta.”

    Livro “O Padrão Bitcoin”

    Lançado em 2018, o Bitcoin Standard ganhou uma edição em português — com sotaque lusitano – em 2020, graças ao esforço de um grupo de portugueses apaixonados por criptomoedas que fizeram a tradução em parceria com a editora estoniana Konsensus Network.

    Segundo o trader e analista de criptomoedas Marcel Pechman, Ammous é o maior economista do setor cripto, e seu livro é essencial para entender a história do dinheiro e o papel do Bitcoin.

    Os leitores brasileiros ficcionados pelo Bitcoin ganharam também em 2023 “O Livro de Satoshi“, lançado pela Editora do Portal do Bitcoin. Trata-se de um compilado de escritos e insights de Satoshi Nakamoto, conhecido pela criação da primeira e mais famosa criptomoeda do mundo: o Bitcoin.

    • O Bitcoin mostra muita força no 2º trimestre e é destaque entre os ativos de risco. Será que uma próxima máxima história de preço vem aí? Agora é hora de agir estrategicamente. Abra sua conta no MB e prepare sua carteira!

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  • 1 em cada 4 usuários do Nubank escolhe stablecoin para entrar no mercado cripto

    1 em cada 4 usuários do Nubank escolhe stablecoin para entrar no mercado cripto

    Um entre quatro clientes que fazem a primeira compra de criptomoedas por meio da plataforma do Nubank opta pelo USDC, stablecoin lastreada ao dólar e emitida pela Circle. Trata-se do segundo ativo mais escolhido pelos clientes, atrás apenas do Bitcoin, que representa 50% do volume de compras iniciais. 

    Thomaz Fortes, diretor executivo da área de ativos digitais do Nubank, ressalta que as stablecoins são uma porta de entrada estratégica para o universo cripto, especialmente para quem busca uma forma simples e de baixo custo para dolarizar seu patrimônio. 

    Leia também: Alexandre de Moraes retoma aumento de IOF — e isso pode ser bom para as stablecoins

    “Essa demanda sempre foi crescente, independentemente da volatilidade de outros tokens – inclusive, muitos especialistas até consideram as stablecoins como um mercado distinto de outros ativos virtuais e até mesmo de outras categorias de criptomoedas”, comenta Fortes.

    Os dados apontam para um caminho traçado pelo Nubank de fomentar a adoção de stablecoins por seus usuários: em janeiro, a empresa anunciou que estava ampliando para todos os usuários do Nubank Cripto a função que oferece recompensas para quem possui a stablecoin USDC, com retorno diário sobre um saldo mínimo de 10 USDC em suas carteiras e taxa fixa de 4% ao ano.

    Em maio do ano passado, o Nubank passou a permitir a transferências de criptomoedas. Desde então, os clientes podem enviar e receber criptoativos diretamente de suas carteiras externas.

    • O Bitcoin mostra muita força no 2º trimestre e é destaque entre os ativos de risco. Será que uma próxima máxima história de preço vem aí? Agora é hora de agir estrategicamente. Abra sua conta no MB e prepare sua carteira!

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  • Criador do Bitcoin já é mais rico que Bill Gates

    Criador do Bitcoin já é mais rico que Bill Gates

    O criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto, é agora a 11ª pessoa mais rica do mundo, já que seu portfólio de BTC — baseado em carteiras vinculadas ao ícone cripto há muito tempo inativo — ultrapassou US$ 130 bilhões, de acordo com a Arkham Intelligence. Isso ocorre em um momento em que a criptomoeda líder atingiu uma série de novas máximas históricas, com alta de 14% no último mês.

    Isso coloca o patrimônio líquido de Satoshi Nakamoto acima da fortuna do cofundador da Microsoft, Bill Gates, que tem um patrimônio de US$ 117 bilhões, e do fundador da Dell Technologies, Michael Dell, cujo patrimônio líquido é de US$ 126,5 bilhões, segundo a Forbes. A movimentação mensal do Bitcoin fez com que Satoshi ultrapassasse os dois fundadores da tecnologia.

    O patrimônio líquido do criador do Bitcoin está se aproximando da fortuna do icônico CEO da Berkshire Hathaway, Warren Buffett — um conhecido crítico do Bitcoin. Com um patrimônio líquido de US$ 141 bilhões, o Bitcoin precisaria subir pouco mais de 8% de seu preço atual de US$ 118.912 para US$ 128.650 para que Satoshi supere Buffett.

    Buffett certa vez comparou o Bitcoin a “veneno de rato” e disse, em 2022, que não compraria todos os bitcoins do mundo por US$ 25 — o BTC subiu 204% desde então. Satoshi está agora a US$ 12 bilhões de distância de superar seu patrimônio líquido.

    A Forbes monitora o patrimônio líquido desses bilionários observando as participações públicas dos indivíduos e estima o valor das participações privadas de acordo com “um índice de mercado específico do setor ou da região”.

    Uma maneira popular de identificar quanto BTC Satoshi possui é por meio do Padrão Patoshi (“Patoshi Pattern” em inglês), que descreve um padrão de mineração encontrado nos primeiros blocos do Bitcoin. Um único minerador minerou os primeiros 22.000 blocos usando o comportamento característico, e muitos acreditam que esse minerador era, na verdade, Satoshi

    Portanto, acredita-se amplamente que Satoshi minerou 1,1 milhão de BTC, valor surpreendentemente semelhante à estimativa da Arkham Intelligence de 1,096 milhão de bitcoins.

    Satoshi Nakamoto pode vender?

    A identidade exata de Satoshi Nakamoto é desconhecida, apesar de muitas tentativas ao longo dos anos de desmascarar o criador da criptomoeda. 

    Um documentário da HBO no outono passado alegou que o desenvolvedor do Bitcoin Core, Peter Todd, era o inventor elusivo das criptomoedas, mas essa teoria foi descartada por espectadores e pelo próprio Todd. Outros pioneiros do Bitcoin, como Adam Back e o falecido Hal Finney, foram rotulados como Satoshi, embora ambos tenham negado as alegações.

    Outros acreditam que o CEO da Tesla, Elon Musk, poderia ter criado o Bitcoin, que um grupo, e não um indivíduo, está por trás da tecnologia, ou que ela foi criada secretamente pelo governo dos EUA. No fim das contas, nenhuma resposta definitiva foi alcançada.

    “Acho que Satoshi era uma pessoa só em termos do número de entidades que controlavam suas contas, como o fórum Bitcoin Talk”, disse Econoalchemist, um minerador de Bitcoin pseudônimo, ao Decrypt. “Mas acredito que Satoshi tinha bons contatos entre criptógrafos, pesquisadores e cypherpunks, e ele aproveitou esses relacionamentos para construir o Bitcoin.”

    As carteiras que se acredita serem de Satoshi nunca movimentaram Bitcoin, segundo a Arkham, o que levou muitos a acreditarem que elas podem nem estar mais vivas. Afinal, por que não sacar pelo menos um pouco, considerando os imensos ganhos do Bitcoin?

    Mas se o inventor não estiver morto, não há nada que o impeça de vender.

    Leia também: Para proteger Bitcoin da “ameaça quântica”, proposta quer congelar moedas de Satoshi

    “Acho que Satoshi ainda pode estar vivo, mas não acho que ele jamais venderia suas moedas”, explicou o Econoalchemist. “Ele construiu um sistema monetário alternativo, e não acredito que tenha feito isso pelos ganhos do sistema falido que o Bitcoin foi projetado para substituir.”

    Na terça-feira, foi apresentada uma Proposta de Melhoria do Bitcoin que busca alterar o software da blockchain para proteger contra a quebra do código por computadores quânticos. Embora a proposta afete apenas 25% de todo o Bitcoin — incluindo o BTC atrelado a Satoshi —, seus idealizadores argumentam que a ameaça sem precedentes da computação quântica exige medidas sem precedentes.

    A proposta surge em um momento em que especialistas estão cada vez mais preocupados com a possibilidade de a computação quântica ser usada para quebrar as chaves privadas de carteiras altamente lucrativas na próxima década.

    Se isso acontecesse, teoricamente, não apenas o BTC de Satoshi, mas 25% do fornecimento total, conforme estimado pela Deloitte, poderia ser roubado e inundar o mercado, resultando em um “evento de liquidação”, alertaram os especialistas.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt

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