Autor: diretoria.sharedownership@gmail.com

  • O que os projetos cripto estão fazendo para contornar a ameaça quântica

    O que os projetos cripto estão fazendo para contornar a ameaça quântica

    À medida que a computação quântica avança, cresce também a preocupação com a segurança das criptomoedas. Com um mercado avaliado em US$ 2 trilhões, o Bitcoin lidera essa inquietação: sua existência depende de uma criptografia que, até hoje, tem se mostrado inviolável. No entanto, a promessa dos computadores quânticos é justamente a capacidade de quebrar esse tipo de proteção em questão de minutos — o que uma ameaça quântica colocaria em risco não só o Bitcoin, mas todo o ecossistema cripto.

    Nos últimos anos, bilhões de dólares foram roubados de protocolos DeFi, principalmente em redes de segunda camada Ethereum. Enquanto isso, a blockchain do Bitcoin continua intacta há 16 anos, sendo considerada a mais segura do mundo. Mas essa integridade, de um ativo que atualmente é o sexto mais valioso do mundo, pode não durar para sempre.

    O que é computação quântica?

    Diferente dos computadores tradicionais que operam com bits (0 ou 1), os computadores quânticos utilizam qubits, capazes de representar 0 e 1 ao mesmo tempo. Isso permite uma execução massiva e paralela de cálculos complexos — um salto que pode revolucionar setores como finanças, química e, claro, segurança digital.

    O alerta foi intensificado após o anúncio do Google, em 2023, sobre o processador Willow, que realiza cálculos específicos em apenas cinco minutos. Embora ainda distante da capacidade necessária para quebrar a criptografia do Bitcoin, o Willow marcou um progresso notável.

    Para se ter ideia, o chip Sycamore, também do Google, já havia demonstrado poder quântico em 2019 ao resolver em 200 segundos um problema que levaria 10 mil anos para o supercomputador Summit da IBM.

    De acordo com analistas da AllianceBernstein, seriam necessários milhões de qubits para ameaçar a segurança da rede Bitcoin. Por enquanto, o Sycamore possui 53 qubits e o Condor, da IBM — o mais avançado até agora — tem 1.121. Contudo, um novo estudo de Craig Gidney, pesquisador do Google, apontou que talvez sejam necessários apenas 1 milhão de qubits ruidosos para quebrar criptografias como RSA-2048 — uma redução de 20 vezes em relação às estimativas anteriores.

    O que a comunidade do Bitcoin está fazendo?

    Apesar da ameaça ainda ser distante, o Bitcoin começa a se preparar. Uma das principais propostas em estudo é o BIP 360, que sugere a introdução de endereços com criptografia pós-quântica. Outra ideia, chamada “hourglass” (ampulheta), propõe limitar o uso de transações de tipos vulneráveis (como o antigo pay-to-public-key, p2pk), estendendo o tempo de resposta em caso de ataque quântico.

    O objetivo é permitir que a rede identifique ataques em tempo real e reaja com rapidez, além de oferecer uma espécie de escudo temporário até que soluções mais permanentes sejam implementadas. Ainda assim, a migração para esse novo sistema exigiria que todos os usuários — de indivíduos a grandes exchanges — transferissem seus ativos para novos tipos de endereços.

    E os outros projetos?

    Fora do universo Bitcoin, várias iniciativas já estão ativamente testando defesas pós-quânticas. A blockchain Algorand, por exemplo, utiliza uma assinatura digital pós-quântica a cada 256 blocos. A Solana, por sua vez, lançou o Solana Winternitz Vault, um cofre baseado em assinaturas hash que gera novas chaves para cada transação.

    A startup QAN também afirma ter alcançado “resistência quântica” em fase beta para contratos inteligentes, enquanto a suíça SEALSQ lançou um chip de segurança, o QS7001, que adota algoritmos CRYSTALS-Kyber e Dilithium — ambos padronizados pelo NIST (Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA).

    Além disso, iniciativas como o Projeto 11 estão criando “versões de brinquedo” dos algoritmos do Bitcoin e oferecendo recompensas para quem conseguir quebrá-los, a fim de testar a resiliência das redes e antecipar soluções.

    A ameaça é real, mas o tempo ainda joga a favor

    Apesar das projeções alarmantes, o consenso entre especialistas é que os computadores quânticos ainda não representam uma ameaça quântica imediata. Isso dá tempo para que a indústria cripto se prepare — e ela já começou. O desafio será coordenar mudanças profundas sem comprometer os princípios fundamentais da descentralização e da autocustódia.

    A corrida contra o tempo, no entanto, está em curso. Se os avanços em hardware quântico continuarem no ritmo atual, o ecossistema cripto terá menos de uma década para completar sua transição para um ambiente pós-quântico.

    O post O que os projetos cripto estão fazendo para contornar a ameaça quântica apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • DOJ quer confiscar US$ 7,7 milhões em criptomoedas de hackers norte-coreanos

    DOJ quer confiscar US$ 7,7 milhões em criptomoedas de hackers norte-coreanos

    O Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) entrou na semana passada com uma ação de confisco civil de US$ 7,74 milhões em criptomoedas lavadas por trabalhadores de TI da Coreia do Norte que conseguiram empregos fraudulentos em empresas nos EUA e no exterior.

    O governo americano apreendeu os fundos como parte de uma operação contra um esquema norte-coreano de evasão de sanções. As autoridades indiciaram Sim Hyon Sop, representante do Banco de Comércio Exterior da Coreia do Norte, em abril de 2023.

    Segundo o DoJ, trabalhadores norte-coreanos da área de TI conseguiram emprego em empresas cripto nos EUA usando identidades falsas ou fraudulentas, e depois lavaram a renda com a ajuda de Sim, em benefício do regime de Pyongyang.

    A queixa de confisco também detalha que os trabalhadores estavam alocados em diversos países, incluindo China, Rússia e Laos.

    Estratégias de ocultação e pagamentos

    Ao esconder suas verdadeiras identidades e localizações, os trabalhadores conseguiram se empregar em empresas de blockchain, que geralmente os pagavam em stablecoins — como USDC ou Tether.

    “Há anos a Coreia do Norte explora o ecossistema global de contratação remota de TI e criptomoedas para contornar sanções dos EUA e financiar seus programas de armamento”, disse Sue J. Bai, chefe da Divisão de Segurança Nacional do DoJ.

    O Departamento de Justiça também informou que os trabalhadores usaram diversos métodos para lavar a renda fraudulenta, como abrir contas com IDs falsos, fazer transferências pequenas e múltiplas, converter tokens, comprar NFTs e usar mixers para ocultar os fundos.

    Uma vez supostamente lavados, os fundos eram enviados ao governo norte-coreano por meio de Sim Hyon Sop e Kim Sang Man, CEO de uma empresa subordinada ao Ministério da Defesa da Coreia do Norte.

    Sim Hyon Sop foi indiciado em abril de 2023 por duas acusações: conspiração com trabalhadores norte-coreanos para obtenção de renda via emprego fraudulento e conspiração com traders de criptomoedas OTC para compra de bens para a Coreia do Norte.

    O Escritório do FBI em Chicago e a Unidade de Ativos Virtuais do FBI estão investigando os casos relacionados à queixa de confisco, apresentada ao Tribunal Distrital de Columbia.

    “O FBI revelou uma campanha maciça de trabalhadores norte-coreanos para fraudar empresas dos EUA obtendo emprego com identidades roubadas de cidadãos americanos, tudo para que o governo norte-coreano contorne sanções e arrecade fundos para seu regime autoritário”, disse Roman Rozhavsky, diretor assistente da Divisão de Contrainteligência do FBI.

    Uma ameaça crescente

    Embora a extensão total do trabalho fraudulento de TI norte-coreano ainda não esteja clara, especialistas concordam que o problema está se intensificando.

    “A ameaça representada por trabalhadores de TI norte-coreanos se passando por empregados remotos legítimos está crescendo rapidamente”, explica Andrew Fierman, chefe de Inteligência de Segurança Nacional da Chainalysis.

    Como evidência do quão industrializada e sofisticada a ameaça se tornou, Fierman cita o indiciamento em dezembro pelo DoJ de 14 cidadãos norte-coreanos que também operavam com identidades falsas e ganharam US$ 88 milhões ao longo de seis anos.

    “Embora seja difícil atribuir uma porcentagem exata da receita cibernética ilícita da Coreia do Norte a esse tipo de trabalho, está claro — tanto por avaliações governamentais quanto por pesquisas de cibersegurança — que isso se tornou uma fonte confiável de renda para o regime, especialmente quando combinado com espionagem e outros ataques”, afirma.

    Outros especialistas em segurança concordam que a presença de trabalhadores de TI norte-coreanos é cada vez mais prevalente. Michael Barnhart, investigador da DTEX Systems, afirmou que suas táticas estão se tornando mais sofisticadas.

    “Esses operadores não são apenas uma ameaça potencial, já estão infiltrados em organizações, comprometendo infraestruturas críticas e cadeias globais de suprimento”, disse Barnhart.

    Ele também relata que agentes norte-coreanos começaram a criar “empresas de fachada se passando por terceiros confiáveis”, ou se infiltraram em terceiros legítimos com menos protocolos de segurança do que grandes corporações.

    Barnhart estima que a Coreia do Norte possa estar gerando centenas de milhões de dólares por ano com esses trabalhos fraudulentos, e que os valores reportados são provavelmente subestimados.

    “A máxima de ‘você não sabe o que você não sabe’ se aplica aqui — todos os dias surge um novo esquema para obter renda”, explica. “Além disso, boa parte da receita é disfarçada como atividade de gangues cibernéticas ou empreendimentos aparentemente legítimos, dificultando a atribuição.”

    Apesar dos avanços das autoridades americanas, a sofisticação crescente das operações norte-coreanas indica que o esforço para acompanhar essa evolução pode levar tempo.

    Como resume Andrew Fierman: “O mais preocupante é como esses trabalhadores conseguem se infiltrar com facilidade — usando IA generativa para criar perfis falsos, ferramentas de deepfake para entrevistas, e até sistemas de suporte para passar em testes técnicos.”

    Em abril, o grupo de inteligência do Google revelou que atores norte-coreanos expandiram suas operações para além dos EUA, infiltrando-se em projetos cripto no Reino Unido, Alemanha, Portugal e Sérvia.

    Esses projetos incluíam marketplaces em blockchain, aplicativos de IA e contratos inteligentes na Solana, com cúmplices no Reino Unido e nos EUA ajudando a burlar verificações de identidade e receber pagamentos via TransferWise e Payoneer.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

    O post DOJ quer confiscar US$ 7,7 milhões em criptomoedas de hackers norte-coreanos apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • Brasileiro “Milionário da Dogecoin” agora é milionário da Pepe e está acumulando novas memecoins

    Brasileiro “Milionário da Dogecoin” agora é milionário da Pepe e está acumulando novas memecoins

    Glauber Contessoto ganhou fama no mundo cripto em 2021, quando se tornou o que se acreditava ser o primeiro “Milionário do Dogecoin” — um título que ele ostentava com orgulho. Agora, quatro anos depois, ele reivindicou o título de “Milionário do Pepe”, enquanto seu estoque de DOGE caiu ligeiramente abaixo desse nível de marco.

    Em seis carteiras compartilhadas e verificadas com a Decrypt, Contessoto agora possui aproximadamente US$ 1,116 milhão da memecoin PEPE, baseada em Ethereum.

    Isso se soma ao seu estoque de Dogecoin pelo qual ficou famoso. Contessoto afirma possuir “um pouco mais de” 5 milhões de DOGE, o que o colocaria na faixa de US$ 920.000 no preço atual. DOGE caiu quase 12% no último mês. E sim, ele ainda não vendeu nenhum Dogecoin — apesar de dizer que venderia.

    Contessoto disse que comprou US$ 100.000 em três memecoins na primavera de 2024: Pepe, Brett e Dogwifhat. Tanto Pepe quanto Brett aumentaram de valor desde então, para sua empolgação, enquanto Dogwifhat caiu 82% desde sua máxima histórica alcançada naquele período.

    Então, em fevereiro, Contessoto disse que desistiu de manter Ethereum (ETH) devido ao seu fraco desempenho nos meses anteriores e trocou todos os seus tokens por Pepe.

    “Foram centenas de milhares de dólares”, ele riu. “Eu pensei, sabe de uma coisa? Dane-se. Vendi todo o meu ETH, vendi tudo completamente e coloquei tudo em Pepe.”

    Com o preço do Pepe subindo 36,96% desde o final de fevereiro, isso foi suficiente para aclamar Contessoto como milionário em sua segunda memecoin. Mas, por que Pepe?

    “Acho que Pepe é provavelmente um dos únicos outros memes que estão lá em cima com o Doge em termos de quão reconhecíveis eles são”, disse Contessoto à Decrypt. “Mesmo que você não saiba o nome Pepe, você já viu o rosto do Pepe. Você já viu isso em algum fórum por aí, em um meme no Facebook, obviamente no Twitter, Reddit. Pepe simplesmente tem um alcance icônico.”

    Além disso, ele gosta que Pepe seja um meme mais ousado, especialmente quando comparado ao seu querido Dogecoin, que está enraizado em amor familiar e acolhedor. Afinal, um mantra comum entre os apoiadores do DOGE é “Do Only Good Everyday” (“Faça Apenas o Bem Todos os Dias”). No final das contas, disse o Milionário do Pepe, o meme representa a cultura da internet em seu aspecto mais profundo e sombrio.

    Pepe the Frog foi originalmente criado pelo artista Matt Furie, como parte de sua série de quadrinhos “Boy’s Club” em 2005. Mas, em 2016, a Liga Antidifamação adicionou o sapo ao seu banco de dados de símbolos de ódio, ao lado de logotipos como a suástica. Isso porque ele havia sido adotado pelo movimento alt-right com versões antissemitas e racistas do meme se espalhando pelo 4chan, 8chan e Reddit.

    “Pepe nunca deveria representar isso desde o começo”, disse Contessoto. “Eles pegaram e fizeram o que quiseram com ele — mas isso não torna o meme em si ruim.”

    No documentário de 2020 “Feels Good Man”, Furie tenta lutar contra o uso de sua criação como símbolo de ódio por meio de uma série de processos por violação de direitos autorais, que ele perdeu em sua maioria. Uma grande vitória, no entanto, foi o sapo sendo usado como símbolo de esperança por manifestantes pró-democracia em Hong Kong — algo que Furie adorou.

    “Pepe para [o mundo todo] é reconhecível”, acrescentou o Milionário do Pepe. “Você tem Pepe em todas as línguas.”

    Contessoto não pretende parar por aí. Em vez disso, ele quer se tornar milionário também com as memecoins Brett e Floki — nas quais ele diz também ter investido US$ 100.000. Ser um milionário das memecoins com vários tokens não era o objetivo original, disse ele, mas agora ele abraçou a meta.

    “É meio divertido”, disse ele. “É a minha coisa, acho.”

    Neste ponto, é natural questionar de onde o Milionário do Dogecoin está tirando seu capital, especialmente considerando que ele nunca vendeu sua fortuna em DOGE. Contessoto explicou que quando ficou famoso no mundo cripto em 2021, ele estava ganhando US$ 10.000 por mês no YouTube, além de trabalhar com narrações para a publicação musical HipHopDX.

    “Eu meio que aproveitei todo aquele momento que tive em 2021 e tentei ganhar o máximo de dinheiro que pude”, disse ele à Decrypt. “Com isso, eu tinha dinheiro do YouTube, dinheiro de merchandising, e depois eu tinha muita coisa acontecendo com o documentário também. Eu estava recebendo convites para palestras e fazíamos exibições do documentário em diferentes locais — eles me pagavam por isso.”

    Desde então, ele também se tornou uma espécie de influenciador nas redes sociais que vende publicações patrocinadas, e foi pago para conduzir campanhas de marketing para outros projetos.

    Investir capital é a parte fácil, disse ele — vender é o verdadeiro desafio.

    Contessoto manteve sua fortuna em Dogecoin desde sua primeira compra, alegando nunca ter vendido um centavo sequer. Anteriormente, em novembro, ele disse à Decrypt que planejava começar a vender DOGE quando acreditasse que o Bitcoin estivesse atingindo seu pico.

    O Bitcoin desde então atingiu vários picos históricos, incluindo o mais recente em maio, mas ele ainda não vendeu porque acredita que ainda não é a hora certa.

    Será que ele vai cometer o mesmo erro novamente e manter seu DOGE ainda mais abaixo da marca de US$ 1 milhão?

    “Não, mano, confia em mim, eu vou [vender]”, afirmou Contessoto. “Não vou passar de 2025 sem vender pelo menos metade do meu Dogecoin. […] Não vou mais fazer essa viagem de ida e volta. Não vale a pena, mano — não vale mesmo.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

    O post Brasileiro “Milionário da Dogecoin” agora é milionário da Pepe e está acumulando novas memecoins apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • IPO da Circle supera estreias na bolsa da Meta, Robinhood e Airbnb

    IPO da Circle supera estreias na bolsa da Meta, Robinhood e Airbnb

    O IPO explosivo da Circle nesta semana não foi apenas impressionante pelos padrões do setor cripto — ele superou as expectativas de uma forma sem precedentes, mesmo entre as empresas de tecnologia mais proeminentes dos EUA.

    Na noite anterior à sua estreia na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), na quinta-feira (5), a Circle precificou suas ações, com o código CRCL, em US$ 31 cada. Isso representou um aumento em relação aos preços mais baixos propostos no início da semana: US$ 26 e depois US$ 28. Movimentos de última hora como esse geralmente indicam um aumento do interesse dos investidores na estreia de uma empresa no mercado de ações.

    Mas nada poderia ter preparado Wall Street para o desempenho explosivo do primeiro dia da emissora de stablecoins. Em minutos após a abertura do mercado, o CRCL mais que triplicou de valor e experimentou tamanha volatilidade que a NYSE precisou interromper a negociação da ação várias vezes.

    Ao final do pregão de quinta-feira, o preço das ações da Circle estava em US$ 82,84 — uma alta de 167% em relação ao preço inicial. Na sexta-feira, o CRCL atingiu um novo pico de US$ 123,51, chegando a poucos centavos de quadruplicar o preço do IPO.

    Entre os IPOs chamativos de tecnologia dos últimos anos, esse desempenho se destaca. Embora algumas gigantes americanas da tecnologia possam valer mais que a Circle, poucas superaram as expectativas iniciais de forma tão expressiva.

    O Meta, anteriormente conhecido como Facebook, por exemplo, teve seu IPO em 2012 com ações a US$ 38. Após o primeiro dia de negociação, o preço permaneceu estagnado em US$ 38,23, decepcionando os investidores.

    Esse preço, no entanto, avaliava o Facebook em impressionantes US$ 104 bilhões — muito mais do que os US$ 19 bilhões de avaliação que a Circle atingiu ontem, mesmo com todo o desempenho acima do esperado.

    O Uber, outra gigante de tecnologia com um IPO muito aguardado, não atendeu às expectativas após sua estreia em Wall Street em 2019. A empresa de transporte precificou suas ações em US$ 45, mas não gerou entusiasmo suficiente no primeiro dia de negociação. As ações da UBER caíram 8% naquela tarde, fechando abaixo de US$ 42. Ainda assim, a avaliação da empresa na época foi expressiva: US$ 69,7 bilhões.

    A história é semelhante no setor fintech. Quando a Robinhood lançou suas ações em julho de 2021, a empresa de serviços financeiros modernos visava um preço de abertura de US$ 38 por ação. As ações da HOOD terminaram o primeiro dia de negociação em queda de mais de 8%, a US$ 34,82, deixando a empresa com uma capitalização de mercado de US$ 32 bilhões.

    Mesmo quando ações de tecnologia superaram as expectativas dos analistas, normalmente o fizeram por margens menores que as alcançadas pela Circle esta semana. Em 2020, no auge da pandemia de COVID-19, as ações do Airbnb mais que dobraram o preço do IPO no primeiro dia, saltando de US$ 68 para US$ 144,71 ao final do pregão.

    Esse salto de 112% foi saudado na época como uma história de sucesso digna de conto de fadas — mas ainda assim, não chegou perto do desempenho da Circle no primeiro dia. É importante observar, no entanto, que a escala faz diferença: no primeiro dia de negociação, o Airbnb foi avaliado em impressionantes US$ 100,7 bilhões.

    O que explica o desempenho tão acima da média da Circle em Wall Street esta semana? Analistas disseram ao Decrypt que o sucesso das ações se deve não apenas ao entusiasmo em torno dos stablecoins — que podem em breve ser autorizados para uma ampla gama de aplicações pelo Congresso —, mas também ao fato de que as ações da Circle representam atualmente um dos poucos meios para que instituições e investidores de varejo invistam nesse setor emergente.

    Os concorrentes da empresa, principalmente a líder de mercado Tether, não são negociados publicamente.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

    O post IPO da Circle supera estreias na bolsa da Meta, Robinhood e Airbnb apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • Polymarket será o mercado de previsões oficial do X de Elon Musk

    Polymarket será o mercado de previsões oficial do X de Elon Musk

    O X revelou uma ferramenta em tempo real que analisa notícias com impacto no mercado, em parceria com a Polymarket, uma plataforma de mercados de previsão nativa do setor cripto, segundo comunicado conjunto divulgado pelas empresas na sexta-feira (5).

    Lançada na sexta-feira, a ferramenta oferecerá análises ao vivo sobre eventos que influenciam os mercados, combinando dados da X com previsões da Polymarket. Além disso, o produto utilizará o chatbot Grok, da xAI, e postagens relevantes da própria X para fornecer explicações em tempo real sobre os movimentos do mercado.

    Ao combinar essas diversas ferramentas tecnológicas, será possível “fornecer insights contextualizados e orientados por dados a milhões de usuários da Polymarket ao redor do mundo instantaneamente”, afirmou Shayne Coplan, fundador e CEO da Polymarket, também na sexta-feira.

    Nem a X nem a Polymarket responderam imediatamente às perguntas adicionais da Decrypt sobre os tipos de eventos que a ferramenta irá monitorar.

    Segundo o comunicado conjunto, este produto é o primeiro de várias “integrações e experiências únicas” que virão do acordo entre X e Polymarket.

    A parceria ocorre em um momento em que empresas tradicionais de tecnologia estão abraçando cada vez mais os pagamentos com ativos digitais e a tecnologia blockchain que os sustenta.

    No final do ano passado, a Stripe reintegrou criptomoedas à sua plataforma, enquanto a Meta estaria revisitando suas ambições relacionadas a stablecoins após encerrar o projeto Diem (anteriormente Libra) em 2022. Enquanto isso, Kalshi e Robinhood demonstraram este ano uma intensificação em seus investimentos no setor de ativos digitais.

    A novidade também surge após um ano recorde para a Polymarket. No outono passado, durante o fervor da temporada eleitoral nos EUA, a operadora de mercado de previsões registrou volumes diários de negociação de aproximadamente US$ 85 milhões. E, no Dia da Eleição, a Polymarket alcançou um impressionante volume total de posições abertas de US$ 463 milhões.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

    O post Polymarket será o mercado de previsões oficial do X de Elon Musk apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • Como a rede Ethereum está se saindo desde sua grande atualização Pectra

    Como a rede Ethereum está se saindo desde sua grande atualização Pectra

    Um mês após a atualização Pectra, indicadores-chave da Ethereum começaram a revelar as promessas e armadilhas da reforma técnica mais ambiciosa da rede desde o “merge” de 2022.

    Um dos principais recursos que a atualização Pectra trouxe foi a expansão da capacidade da blockchain Ethereum para lidar com “blobs”, que são unidades de “armazenamento efêmero de dados”, ajudando a manter maiores volumes disso na camada de consenso, de acordo com uma definição da equipe de desenvolvedores do protocolo.

    Um blob é uma estrutura de dados dedicada que pode armazenar quantidades maiores de dados. Mais blobs significam que transações, redes de camada 2 e operações de rollup podem se tornar ainda mais baratas.

    “O custo quase zero dos blobs foi uma grande liberação para a escalabilidade da Ethereum”, disse Ulyana Skladchikova, chefe de produto do explorador multichain open-source Blockscout, ao Decrypt.

    O mesmo aspecto tornou “mais eficiente em termos de custo para as layer-2 postarem dados e permitirem que rollups de alto rendimento e baixo custo floresçam”, ela explicou.

    Esses rollups de alto rendimento e baixo custo incluem redes populares como a Base, incubada pela Coinbase, Arbitrum e Optimism, que agora podem processar milhares de transações por centavos em vez de dólares.

    Para a Ethereum, isso significa que está “entregando sua visão modular” que pode proporcionar “benefícios reais já visíveis em todo o ecossistema L2”, disse Skladchikova.

    Blobs ficaram mais baratos

    Uma semana após a atualização Pectra, rollups como Base e Arbitrum estavam pagando menos que uma fração de um centavo por transações diariamente.

    “Os blobs estão virtualmente gratuitos novamente, pela primeira vez desde meados de abril de 2025”, escreveu Zack Pokorny, analista de pesquisa da empresa de ativos digitais Galaxy, em um relatório de 15 de maio.

    Desde que o Pectra entrou em vigor, o total acumulado foi de apenas “quatro milésimos de um centavo”, observou Pokorny, comparando com cerca de US$ 16.000 diários antes da atualização Pectra, de acordo com dados de seu painel Dune para blobs.

    O componente responsável por isso foi o EIP-7691, que introduziu a escalabilidade de blobs no Pectra. Nos dias após a ativação do Pectra, o uso de blobs aumentou cerca de 20%, com as compras diárias de blobs subindo para 25.600.

    Ainda assim, apesar do aumento, os rollups ainda não utilizaram totalmente a capacidade expandida. Isso resultou em uma queda substancial nos preços dos blobs, explicou Pokorny.

    No final de maio, o uso de blobs havia aumentado para cerca de 28.000, representando um aumento de 33% desde que o Pectra entrou em vigor, segundo dados agregados compilados pela empresa de inteligência cripto Coin Metrics.

    Consolidação de validadores

    Enquanto a redução nos custos dos blobs melhorou as margens de lucro para os rollups, também apresentou desafios para os validadores.

    As melhorias de custo nos blobs aumentaram indiretamente “a carga de dados sobre os validadores”, disse Skladchikova do Blockscout ao Decrypt. Ainda assim, isso pode ser visto como uma troca, ela argumentou.

    Validadores são pessoas ou organizações que ajudam a operar a Ethereum mantendo-a segura e processando transações. Eles fazem isso bloqueando parte de seu próprio ETH como depósito — isso é chamado de “staking”. Em troca, podem ganhar recompensas em ETH. Mas se o hardware que estão usando para validar transações ficar offline com muita frequência ou violar as regras, eles podem perder parte do ETH que apostaram.

    Como alguns validadores menores podem não conseguir arcar com os novos custos de processar mais dados sem arriscar penalidades, eles têm se fundido em operações maiores que podem lidar com os limites de stake mais altos e com a crescente carga de armazenamento.

    “A consolidação de validadores frequentemente levanta preocupações sobre centralização,” disse Skladchikova, “mas no caso da Ethereum, o efeito pode na verdade ser de descentralização.”

    O preço do Ethereum teve um forte aumento em maio, subindo de cerca de US$ 1.800 no início do mês para um pico próximo a US$ 2.800. Mesmo com uma leve queda para US$ 2.510, no momento da escrita, o ETH permanece em alta de 27% nos últimos 30 dias.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

    O post Como a rede Ethereum está se saindo desde sua grande atualização Pectra apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • SEC de Trump está encerrando processos e investigações contra criptomoedas; veja os maiores casos

    SEC de Trump está encerrando processos e investigações contra criptomoedas; veja os maiores casos

    A dinâmica mudou na longa batalha entre as principais empresas e protocolos de criptomoedas e a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), sob a nova administração Trump.

    O órgão regulador, que agora conta com uma força-tarefa cripto liderada pela veterana e defensora da indústria Hester Peirce, está abandonando o que ela e outros chamavam de “regulação por meio de imposição” e passando a adotar uma postura menos hostil com o setor cripto.

    Até o momento, essas mudanças têm se concretizado, com a SEC recuando em várias disputas com grandes empresas de criptoativos. A seguir, estão os maiores recuos, reviravoltas e arquivamentos de casos já realizados pela SEC sob Trump.

    Binance

    Em 29 de maio, a SEC apresentou um pedido para encerrar o processo em andamento contra a Binance, no qual alegava que a exchange, seu fundador e ex-CEO Changpeng “CZ” Zhao e a Binance.US haviam oferecido a venda não registrada de valores mobiliários, entre outras acusações.

    Em fevereiro, as partes solicitaram conjuntamente uma suspensão de 60 dias para buscar uma resolução, em grande parte graças à recém-criada força-tarefa cripto da SEC, que ambas as partes acreditavam poder “impactar e facilitar a resolução do caso”.

    A exchange vinha enfrentando questões legais desde pelo menos 2023 envolvendo valores mobiliários, lavagem de dinheiro e conformidade com sanções, o que levou a dois acordos separados de US$ 4,3 bilhões e US$ 2,7 bilhões, respectivamente. Zhao recentemente negou estar tentando obter um perdão presidencial de Trump em troca de participação acionária na Binance.US, mas afirmou que iniciou o processo legal para pleitear um.

    DeFi

    Em 17 de fevereiro, a SEC retirou voluntariamente um recurso relacionado à tentativa anterior da agência de estender as leis de valores mobiliários a aplicações e usuários de finanças descentralizadas (DeFi). O recurso foi apresentado depois que um juiz federal no Texas considerou ilegais as definições ampliadas da SEC, alegando que estavam confundindo operadores de DeFi com corretores financeiros.

    A retirada do recurso garante que os protocolos DeFi não precisem se registrar na SEC como bolsas de valores, levando a CEO da Blockchain Association, Kristin Smith, a declarar que foi uma “vitória completa e total”.

    Coinbase

    A principal exchange americana de criptomoedas, Coinbase, teve seu processo encerrado oficialmente pela SEC em fevereiro. A ação, movida em 2023, alegava que a plataforma operava conscientemente como uma bolsa de valores não registrada, mencionando especificamente tokens como Solana e Polygon.

    Em sua declaração sobre a decisão, a Comissão afirmou que a medida “se baseia em seu julgamento de que o arquivamento facilitará os esforços contínuos da Comissão para reformar e renovar sua abordagem regulatória para a indústria cripto.”

    Antes da aprovação oficial, o Diretor Jurídico da Coinbase, Paul Grewal, declarou sobre o arquivamento: “não haverá acordo ou compromisso — um erro será simplesmente corrigido.”

    OpenSea

    A SEC também encerrou sua investigação sobre o marketplace de NFTs OpenSea, segundo a própria empresa informou em fevereiro, arquivando acusações de que operava como uma corretora de valores mobiliários não licenciada. A plataforma revelou que havia recebido um aviso da SEC em agosto de 2024, sinalizando que medidas seriam tomadas.

    “Essa é uma vitória para todos que estão criando e construindo em nosso espaço”, disse o CEO da OpenSea, Devin Finzer. “Tentar classificar NFTs como valores mobiliários teria sido um retrocesso — uma interpretação errada da lei que atrasa a inovação.”

    Robinhood

    Uma investigação da SEC sobre a Robinhood — que a própria plataforma afirma que nunca deveria ter sido aberta — terminou sem que o regulador tomasse nenhuma medida.

    “Como explicamos à SEC, qualquer processo contra a Robinhood Crypto teria fracassado”, disse Dan Gallagher, Diretor Jurídico, de Conformidade e de Assuntos Corporativos da empresa. “Agradecemos o encerramento formal da investigação e ficamos felizes em ver um retorno ao estado de direito e ao compromisso com a justiça na SEC.”

    A empresa havia sido notificada de uma possível ação em maio de 2024, quando recebeu um aviso da SEC ainda sob a liderança de Gary Gensler.

    Uniswap

    A Uniswap Labs, criadora da exchange descentralizada Uniswap, informou em fevereiro que a SEC encerrou a investigação sobre a organização sem apresentar nenhuma acusação.

    Assim como outras grandes organizações de cripto, a Uniswap Labs havia recebido um aviso em abril de 2024, acusando-a de operar como corretora, bolsa e câmara de compensação não registradas, além de permitir a venda de valores mobiliários não registrados.

    Com a investigação encerrada, todas essas alegações foram retiradas, afirmou o CEO Hayden Adams.

    “Eles nos atacaram apesar de não terem base legal clara, como parte de uma estratégia de imposição arbitrária para tentar forçar o DeFi a se encaixar em uma estrutura regulatória que não se aplica — tudo isso enquanto se recusavam a fornecer regras claras ou um caminho para conformidade”, escreveu ele no X. “Esta é uma grande vitória, não apenas para a Uniswap Labs, mas para o DeFi como um todo.”

    Gemini

    Uma investigação de dois anos sobre a Gemini Trust, relacionada à venda não registrada de valores mobiliários, terminou na semana passada sem que a Comissão tomasse qualquer medida.

    O cofundador da Gemini, Cameron Winklevoss, reconheceu o marco, mas disse que isso “faz pouco para compensar os danos que esta agência causou a nós, à nossa indústria e à América.” Winklevoss estimou que o regulador custou à empresa “dezenas de milhões em honorários legais e centenas de milhões em perda de produtividade, criatividade e inovação.”

    Em 1º de abril, a SEC e a Gemini também concordaram mutuamente com uma suspensão de 60 dias no processo de US$ 900 milhões relacionado ao programa de empréstimos da empresa.

    Justin Sun e Tron

    Assim como no caso da Binance, Justin Sun e a Tron apresentaram uma moção conjunta com a SEC para suspender temporariamente o processo, com a esperança de encontrar uma resolução.

    O caso remonta a 2023, quando a SEC alegou que Sun realizou mais de 600.000 negociações fictícias (wash trades) para inflar artificialmente o volume da Tron (TRX), o que teria gerado cerca de US$ 32 milhões em lucros. O pedido conjunto sugere que uma resolução seria benéfica por “conservar recursos judiciais.”

    Consensys

    A empresa Consensys, responsável pelo MetaMask e pela Linea, teve seu caso oficialmente arquivado em 27 de março, que tratava das funcionalidades de staking dentro do MetaMask.

    “Estávamos prontos para lutar até o fim, mas damos boas-vindas a esse desfecho”, disse o fundador e CEO da Consensys, Joseph Lubin, no X, quando já se esperava que a Comissão encerrasse o caso. “Agora podemos nos dedicar 100% à construção. 2025 será o melhor ano da Ethereum e da Consensys.”

    Kraken

    A Comissão concordou em encerrar seu processo mais recente contra a exchange Kraken, segundo a empresa afirmou em 3 de março, pendente de aprovação dos comissários. A aprovação ocorreu em 27 de março, encerrando oficialmente o caso. A SEC havia originalmente acusado a Kraken de violar leis de valores mobiliários com seu sistema de staking como serviço.

    Esse processo foi encerrado em fevereiro de 2023, com a Kraken concordando em pagar US$ 30 milhões. Mas o regulador processou novamente a empresa em novembro de 2023, alegando que ela operava como bolsa, corretora e distribuidora não registradas.

    Foi esse processo que a SEC “concordou em princípio” em encerrar. A exchange afirmou que não houve “admissão de culpa, nenhuma multa paga e nenhuma mudança em nosso modelo de negócios.”

    Yuga Labs

    A criadora do Bored Ape Yacht Club, Yuga Labs, anunciou em 3 de março que a SEC encerrou sua investigação sobre a empresa. A investigação, que estava em andamento desde 2022, analisava as ofertas de NFTs da empresa, bem como o lançamento do token ApeCoin.

    A criação oficial do token Ethereum foi atribuída à “ApeCoin DAO.” “Essa é uma grande vitória para os NFTs e todos os criadores que impulsionam nosso ecossistema”, publicou a empresa no X. “NFTs não são valores mobiliários.”

    Horizen Labs

    Um representante da Horizen Labs confirmou ao Decrypt, em 4 de março, que uma investigação sobre a empresa — devido à sua participação no lançamento do ApeCoin — foi encerrada pela SEC com uma recomendação de não tomar nenhuma ação.

    “Pessoalmente, posso dizer o quanto isso tira um peso de nossos ombros, para quem só quer construir e sempre tenta fazer a coisa certa”, disse o CEO Rob Viglione. “A Horizen Labs poderia ter ido para o exterior, como muitos fizeram, mas escolhemos permanecer nos EUA apesar da guerra contra as criptos.”

    Cumberland

    O caso contra a market maker Cumberland foi oficialmente encerrado em 27 de março, juntamente com outros dois casos cripto. A Comissão havia movido ação contra a empresa em outubro de 2024, alegando que atuava como distribuidora de valores mobiliários não registrada.

    “Como uma empresa profundamente comprometida com os princípios de integridade e transparência, esperamos continuar nosso diálogo com a SEC para ajudar a moldar um futuro em que os avanços tecnológicos e a clareza regulatória caminhem lado a lado”, publicou a empresa no X.

    Ripple

    A SEC propôs um acordo de US$ 50 milhões com a Ripple Labs no início de maio, encerrando o processo judicial mais longo da história do setor. A disputa começou em 2021, com acusações de venda não registrada de valores mobiliários por meio do XRP. Em 2023, uma decisão parcial favoreceu em grande parte a Ripple, mas a SEC recorreu.

    No início de 2025, Ripple e SEC concordaram em suspender seus recursos legais e buscar uma resolução negociada, pendente de aprovação oficial. Em meados de março, o CEO Brad Garlinghouse anunciou que o processo seria encerrado, chamando o resultado de “uma vitória e uma rendição há muito tempo aguardada da SEC.”

    Crypto.com

    A Crypto.com processou a SEC em outubro de 2024 após receber um aviso sobre possíveis violações de valores mobiliários. No entanto, agora a Comissão encerrou a investigação e não tomará nenhuma medida.

    “Estamos satisfeitos que a liderança atual da SEC tenha decidido encerrar a investigação sobre a Crypto.com sem ação ou acordo”, disse Nick Lundgren, Diretor Jurídico da empresa, em comunicado. “Conformidade e integridade são valores centrais para o nosso negócio, e estamos entusiasmados em colaborar com o futuro presidente Atkins e o restante da Comissão para finalmente avançar com uma legislação e regulamentação claras.”

    Immutable

    Após receber um aviso da SEC em outubro de 2024, a empresa de jogos baseada em Ethereum, Immutable, anunciou em 25 de março que a investigação sobre a venda de tokens IMX em 2021 — na qual arrecadou ao menos US$ 12,5 milhões — foi oficialmente encerrada.

    “Essa investigação agora está oficialmente encerrada, sem constatação de irregularidades, e a SEC não tomará nenhuma medida”, publicou a empresa no X. “Essa é uma grande vitória — não apenas para os jogos Web3, mas para todos que acreditam nos direitos de propriedade digital.”

    Hawk Tuah Girl

    A influenciadora Haliey Welch, mais conhecida como “Hawk Tuah Girl”, disse ao TMZ que a investigação da SEC sobre sua memecoin chegou ao fim. “Nos últimos meses, tenho cooperado com todas as autoridades e advogados, e finalmente esse trabalho está concluído”, declarou Welch.

    Em dezembro, a celebridade da internet lançou uma memecoin na Solana — chamada HAWK — que deu errado rapidamente, gerando acusações de golpe, já que o preço da moeda despencou pouco após o lançamento. A equipe do projeto negou qualquer irregularidade.

    Helium

    A SEC encerrou o processo contra a Nova Labs, equipe responsável pelo projeto Helium, uma rede descentralizada de conectividade sem fio baseada em Solana.

    “Agora podemos afirmar com certeza que todos os hotspots compatíveis do Helium e a distribuição dos tokens HNT, IOT e MOBILE pela rede Helium não são valores mobiliários”, escreveu a empresa.

    A ação foi uma das últimas tomadas por Gary Gensler à frente da Comissão, tendo sido arquivada em 20 de janeiro de 2025, pouco antes da transição para a administração Trump. A Nova Labs concordou em pagar uma multa de US$ 200 mil para encerrar parte do processo relacionada a alegações de que teria enganado investidores sobre empresas que estariam utilizando sua rede.

    PayPal

    A PayPal enfrentou quase dois anos de escrutínio sobre sua stablecoin PYUSD, mas a SEC não tomou nenhuma medida contra a gigante dos pagamentos.

    O órgão regulador havia enviado uma intimação à empresa em novembro de 2023 solicitando documentos relacionados ao PYUSD, embora os detalhes não tenham sido divulgados.

    Porém, em fevereiro, a SEC decidiu encerrar a investigação, segundo um documento apresentado pela PayPal em abril.

    CyberKongz

    A SEC também arquivou uma investigação sobre o projeto NFT da CyberKongz após quase dois anos de comunicação com os desenvolvedores. O projeto havia recebido um aviso da SEC em dezembro, sinalizando a possibilidade de ação legal.

    No entanto, a investigação, centrada no token BANANA e em sua migração de contrato de jogo em 2021, foi encerrada sem que qualquer medida fosse tomada. “Após anos de litígios, alegações injustas, taxas legais pesadas e o maior obstáculo possível — estamos livres”, publicou o projeto no X.

    Nota do editor: Esta matéria foi publicada originalmente em 2 de março de 2025 e atualizada pela última vez com novos detalhes em 7 de junho. Uma entrada anteriormente incluída sobre o BitClout foi removida devido a uma reportagem imprecisa. Uma resolução ainda está pendente até a última atualização.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

    O post SEC de Trump está encerrando processos e investigações contra criptomoedas; veja os maiores casos apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • Entenda os motivos para a Coinbase levar Dogecoin e XRP para a rede Base da Ethereum

    Entenda os motivos para a Coinbase levar Dogecoin e XRP para a rede Base da Ethereum

    A maior corretora de criptomoedas dos EUA, a Coinbase, lançou nesta semana dois novos tokens “embrulhados” (wrapped), permitindo que traders utilizem XRP e Dogecoin em protocolos DeFi.

    Com o lançamento dos tokens cbDOGE e cbXRP, a Coinbase espera atender à crescente demanda por funcionalidades cross-chain (entre diferentes blockchains) no complexo mundo DeFi, conforme informado pela empresa e por observadores do setor ao site Decrypt.

    A corretora está disponibilizando esses novos tokens em sua própria rede Base, uma solução de segunda camada (Layer 2) da Ethereum.

    “Trazer o cbDOGE e o cbXRP para o ecossistema é uma forma inteligente de atrair mais usuários e liberar nova liquidez”, disse ao Decrypt Marcus Hardt, CEO do aplicativo DeFi Balancer Labs.

    Um porta-voz da Coinbase acrescentou: “O lançamento do cbDOGE e do cbXRP na Base permite que os clientes utilizem os ativos que já possuem de novas formas e torna a negociação mais acessível para todos.”

    DeFi, ou finanças descentralizadas, é o termo utilizado para se referir a aplicativos do mundo cripto que automatizam ações como empréstimos e financiamentos, eliminando intermediários e autoridades centralizadas.

    O lançamento ocorre em um momento em que o DeFi está ganhando espaço no mainstream. Antes um universo complicado e não regulamentado, agora até o ex-presidente Trump já apoiou um projeto de finanças descentralizadas.

    Esses aplicativos frequentemente operam na rede Ethereum, o que gera dificuldades para traders que querem usar Bitcoin ou outros tokens digitais no DeFi.

    Os tokens embrulhados (wrapped tokens) visam resolver isso. Um exemplo popular é o Wrapped Bitcoin (WBTC), que roda na Ethereum. Com a expansão do mundo blockchain, cada vez mais tokens embrulhados estão surgindo.

    XRP e Dogecoin são duas das principais criptomoedas — a quinta e oitava maiores, com capitalizações de mercado de US$ 128,5 bilhões e US$ 27,9 bilhões, respectivamente.

    Devido ao seu tamanho, ambas são populares e há demanda para utilizá-las como colateral no ágil e complexo ecossistema DeFi.

    “A Coinbase acaba de mostrar que consegue colocar eficientemente uma moeda meme (DOGE) e uma moeda de pagamentos internacionais (XRP) no ecossistema DeFi sem depender de uma ponte de terceiros,” disse ao Decrypt Sam Mudie, CEO e cofundador da empresa de ativos do mundo real tokenizados Savea — acrescentando que espera que outras criptos de grande capitalização sigam o mesmo caminho.

    No entanto, como a Coinbase controla esses tokens embrulhados, alguns defensores do DeFi levantaram preocupações sobre essa iniciativa.

    “A Coinbase controla a emissão, criação, queima e os contratos inteligentes, sem envolvimento de entidades independentes ou da comunidade mais ampla,” disse Max Luck, chefe de pesquisa da Flare, ao Decrypt.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

    O post Entenda os motivos para a Coinbase levar Dogecoin e XRP para a rede Base da Ethereum apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • “Bitcoin é Michael Jordan”, diz a estrela da NBA Tristan Thompson — então quem é Ethereum, Solana e XRP?

    “Bitcoin é Michael Jordan”, diz a estrela da NBA Tristan Thompson — então quem é Ethereum, Solana e XRP?

    Resumo

    • O astro da NBA Tristan Thompson falou com o Decrypt na Conferência Bitcoin 2025.
    • Ele apresenta um podcast sobre criptomoedas e atua como embaixador da marca para startups do setor.
    • Thompson comparou atletas a ativos e falou sobre a história dos esportes e das criptomoedas.

    O que uma carreira de 14 anos no basquete profissional tem em comum com o domínio do mercado de criptomoedas? De acordo com o astro da NBA Tristan Thompson, que jogou pelo Cleveland Cavaliers na temporada passada, ambos exigem disciplina e persistência.

    Na conferência Bitcoin 2025 da semana passada em Las Vegas, Thompson disse ao Decrypt que conseguiu aprender muito sobre criptomoedas desde que entrou no setor há dois anos, apoiando-se em “tutores de criptomoedas” por meio de inúmeras sessões de três horas e apresentando seu próprio podcast.

    “Muitas celebridades, especialmente [nesta] era de memecoins, estavam apenas extraindo do espaço”, disse ele. “Eu não queria apenas estar neste espaço. Eu queria entendê-lo.”

    Além do Courtside Crypto, um programa que mistura esportes e criptomoedas, Thompson se tornou embaixador de uma plataforma de apostas esportivas focada em criptomoedas, a Sportsbet, e da rede de segunda camada Ethereum Corn, que está tentando alavancar o Bitcoin para finanças descentralizadas, ou DeFi.

    Mas quando se trata de seu objetivo de “tornar as criptomoedas legais”, o veterano da NBA evita jargões e prefere analogias esportivas.

    Bitcoin é Michael Jordan, LeBron James é Ethereum, Stephen Curry é Solana e Kevin Durant é XRP”, disse Thompson, combinando ativos digitais com talentos lendários da NBA.

    Thompson está entre o mais recente grupo de celebridades a entrar no mundo das criptomoedas desde que uma série de grandes colapsos, culminando na falência da FTX, que abalou o setor, gerou ações coletivas contra ícones do esporte como Tom Brady e Shaquille O’Neil. Esses atletas são exemplos de pessoas que não se educaram o suficiente, disse ele.

    “A FTX fez as pessoas darem um passo para trás”, disse ele. “Aqueles que têm formação nessa área, mesmo em tempos difíceis ou traumas, entendem que você ainda se mantém firme.”

    Nesse ponto, Thompson disse que o presidente do Cleveland Cavaliers, Koby Altman, lhe disse para relatar à equipe tudo o que aprendesse na conferência, acrescentou. Coincidentemente, os Cavaliers lançaram um aplicativo para fãs na Avalanche no ano passado.

    Thompson disse que sua jornada com criptomoedas é sobre autocapacitação, assumir o controle de seus próprios ativos e ir além dos consultores financeiros que incentivam os clientes a manter o status quo.

    “Eles são como dinossauros”, disse ele. “Quero educar o espaço da Web2 porque acho que o que os bancos centralizados fizeram foi basicamente manipular, fazer lavagem cerebral e transformar as pessoas em ovelhas.”

    Thompson disse que Ryan Fang, fundador da Tomo Wallet e consultor do projeto DeFi World Liberty Financial, apoiado por Trump, tem sido um mentor pessoal. Durante a conferência, Thompson disse que teve a chance de se encontrar com Eric Trump, filho do presidente dos EUA.

    Fang não respondeu imediatamente a um pedido de comentário do Decrypt.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt

    O post “Bitcoin é Michael Jordan”, diz a estrela da NBA Tristan Thompson — então quem é Ethereum, Solana e XRP? apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • Riachuelo lança coleção com origem 100% rastreável com uso de blockchain

    Riachuelo lança coleção com origem 100% rastreável com uso de blockchain

    A Riachuelo anunciou no final de maio o lançamento de uma coleção de camisetas 100% rastreáveis por meio de blockchain. A tecnologia foi implementada por meio de uma parceria com a Blockforce, empresa do setor Web3 especializada em fornecer infraestrutura para rastrear cadeias de produção.

    Cada peça conta com um passaporte digital acessado por QR Code, permitindo que o consumidor acompanhe, etapa por etapa, a jornada do produto, do cultivo no sertão potiguar até a loja. A partir dele, os consumidores têm acesso a informações completas sobre toda a cadeia produtiva: da origem do algodão no sertão do Rio Grande do Norte, passando pelos processos de fiação, tecelagem, tingimento natural e confecção, até a chegada às lojas.

    “Estamos operando um novo padrão de tecnologia para as cadeias de suprimento, no qual dados se tornam ativos de transformação. Na Blockforce, usamos blockchain para garantir a integridade das informações e inteligência artificial para gerar análises contínuas, automatizar processos e transformar dados em impacto real”, destaca André Salem, fundador da Blockforce.

    A coleção, que ja está nas lojas fisicas e no e-commerce da Riachuelo desde o último dia 28 de maio, conta com peças femininas, masculinas e infantis. O algodão agroecológico utilizado é cultivado em pequenas propriedades no sertão potiguar, sem uso de químicos, com apoio do programa Agro-Sertão, do Instituto Riachuelo.

    “O lançamento dessa coleção representa uma nova forma de fazer moda, na qual sustentabilidade e inovação caminham juntas. A tecnologia do Passaporte Digital permite que nossos clientes conheçam toda a jornada de cada peça, reforçando nosso compromisso com uma moda mais consciente, rastreável e com impacto positivo em toda a cadeia”, afirma Taciana Abreu, diretora de Sustentabilidade da Riachuelo.

    O post Riachuelo lança coleção com origem 100% rastreável com uso de blockchain apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.