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  • Os fatores que explicam a forte queda de 16% da Hyperliquid nos últimos dias

    Os fatores que explicam a forte queda de 16% da Hyperliquid nos últimos dias

    O token HYPE da Hyperliquid está em seu quarto dia consecutivo de tendência de baixa, enquanto os tokens de exchanges descentralizadas lançados recentemente mais que dobraram de valor no fim de semana.

    “Definitivamente, houve uma mudança de atenção nos últimos dias”, disse Illia Otychenko, analista líder da CEX.IO, ao Decrypt, com tokens de exchanges descentralizadas, incluindo Aster e Avantis, e STBL, subindo até 124%, 125% e 147%, respectivamente, no fim de semana, segundo dados do TradingView.

    A Hyperliquid, por outro lado, perdeu mais de 13% de sua máxima no fim de semana e estendeu suas perdas para 7,4% nesta segunda-feira (22), chegando a cair para US$ 47,83, segundo o CoinGecko.

    A queda no preço do Hyperliquid se deve aos investidores que embolsam lucros, disse Peter Chung, chefe de pesquisa da Presto Research, ao Decrypt.

    Otychenko ecoou a perspectiva de Chung, afirmando que há “um pouco de rotação de capital” à medida que as baleias vendem seus tokens Hyperliquid.

    Entre eles está Arthur Hayes, fundador da corretora de criptomoedas BitMEX, que vendeu 96.600 HYPE no domingo, no valor de cerca de US$ 5,1 milhões.

    Além disso, cerca de 237,8 milhões de HYPE devem ser desbloqueados linearmente a partir de 29 de novembro, destacou o fundo familiar de Hayes, Maelstorm, em um tuíte publicado na segunda-feira. Ao preço atual de US$ 49, segundo dados do CoinGecko, o valor nocional do desbloqueio será de aproximadamente US$ 11 bilhões.

    As recompras da Hyperliquid e a pressão de compra das empresas de Tesouraria de Ativos Digitais são “uma gota no oceano em comparação com os desbloqueios iminentes de HYPE”, acrescentou o texto da Maelstrom, citando um potencial excesso de oferta de US$ 410 milhões por mês.

    Com a concorrência acirrada de novas exchanges descentralizadas agora palpável, a principal questão, de acordo com Otychenko, é se os tokens em ascensão conseguirão manter a atenção do mercado depois que seu entusiasmo inicial esfriar.

    “Neste momento, os riscos são altos”, acrescentou. “O Aster, em particular, tem mais de 90% da oferta concentrada em apenas algumas carteiras, o que o torna propenso a oscilações bruscas ou manipulação.”

    Aster, uma DEX baseada na Binance Smart Chain, recebeu recentemente o apoio do cofundador da Binance, CZ, que tuitou “Bom começo. Continue construindo” no projeto na última quarta-feira.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Para ganhar maturidade, Drex deve começar com casos simples e reais, diz CEO da Parfin

    Para ganhar maturidade, Drex deve começar com casos simples e reais, diz CEO da Parfin

    No centro do debate sobre a digitalização do sistema financeiro brasileiro, o Drex passa por um novo momento. O projeto do Banco Central (BC) nasceu como “real digital” e, ao longo do caminho, migrou para a ambição de ser uma plataforma de tokenização com múltiplos casos de uso e camadas tecnológicas.

    Nas últimas semanas, sinais de que nem tudo precisaria rodar em blockchain acenderam alertas no mercado. Mas, na leitura de executivos que participam dos pilotos, essa discussão não significa o fim do Drex, e sim um ajuste de rota. Um deles é Marcos Viriato, CEO da Parfin, para quem o BC deve manter a trilha, ainda que com “passo diferente” e foco no que funciona em produção.

    A chave, diz Viriato, é o relatório da fase dois, que ainda não foi publicado e deve orientar eventuais alterações na arquitetura e nos próximos passos do Drex. Ele lembra que a comunicação que gerou dúvidas sobre blockchain foi feita em um evento, não como anúncio formal do BC, o que explica parte do ruído.

    Até aqui, o movimento padrão do regulador tem sido fechar uma fase, publicar o relatório e, só então, oficializar a etapa seguinte. No comunicado público de 4 de setembro de 2024, o BC listou os 13 temas aprovados para a fase dois, que se encerrou em julho e ainda não teve seu relatório apresentado.

    Se a tecnologia divide opiniões, a missão de produto é mais clara para o executivo. Na sua definição, o Drex deve operar como “a camada de pagamento da economia tokenizada”: se um ativo (uma casa, um CDB, uma ação) está tokenizado, a liquidação precisa de moeda tokenizada, sob regras compatíveis com ativos regulados. Por isso, o projeto deixou de ser apenas um “meio de pagamento” para tornar-se plataforma, conectando participantes regulados e regras de emissão/custódia, avalia ele.

    Leia também: Nem real digital e nem blockchain: entenda como o Banco Central transformou o Drex

    Para Viriato, essa visão ajuda a entender a fala do BC de que nem todas as camadas precisam estar em blockchain, como a de interoperabilidade para travar/destravar ativos usados como colateral, ao passo que outras, ligadas à liquidação programável, podem se beneficiar ao usar DLT. A nuance, ressalta o executivo, é técnica e desenho de arquitetura: “Há componentes que fazem sentido on-chain e outros que não, dependendo do caso de uso.”

    No balanço técnico, ele sustenta que privacidade deixou de ser o gargalo desde a primeira fase dos pilotos e que “todas as soluções testadas entregaram privacidade”. Para Viriato, o debate agora é escala, ou seja, quantas transações por segundo, como obter throughput e qual abordagem para cada operação. “Privacidade é by design e varia conforme o caso”, diz.

    A leitura estratégica de Viriato é que o Drex precisa provar valor em produção: começar com um caso simples, mas real, ponta a ponta, que fique de pé em privacidade, programabilidade e disponibilidade, para depois escalar. Ele elogia o histórico de inovação do BC e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mesmo sob restrições orçamentárias, mas alerta que é hora de converter pilotos em entrega.

    A Parfin participou de vários consórcios nos pilotos do Drex e sua solução de privacidade Rayls foi adotada em parte significativa dos casos de uso, em pelo menos sete dos 13 testes da fase dois.

    Casos de uso avançam com ou sem Drex

    Mesmo com o “banho de água fria” que o ruído sobre uso de blockchain causou, parte dos bancos manteve equipes e roadmaps para levar tokenizações internas à produção, diz Viriato, que reforça que mesmo assim há quem prefira esperar o relatório do BC.

    Ele cita que casos de uso para contratos de financiamento de veículos, recebíveis de cartão, duplicatas, cotas de consórcio e CPRs e até uma rede de mercado de capitais estão em andamento mesmo com a desaceleração do processo do BC, sendo possível que um ou mais deles entrem em operação pública antes do Drex oficialmente ser lançado. Esse descolamento parcial não inviabiliza o projeto oficial do governo, mas reduz o “efeito caravana” de todo o mercado andando junto, avalia.

    Sobre o ambiente internacional, Viriato lembra que a União Europeia já colocou de pé o MiCA, marco regulatório que criou regras uniformes para criptoativos e estabeleceu parâmetros específicos para stablecoins, que entrou em vigor em 2023. Nos Estados Unidos, a agenda federal de stablecoins ganhou tração no último ano, com propostas para dar segurança jurídica a emissores e prestadores de serviços.

    No Brasil, o Marco Legal das Criptomoedas regulou prestadores de serviços de ativos virtuais e delegou ao Banco Central a regulamentação do setor, mas faltam regras específicas para emissores de stablecoins, um ponto importante para Viriato. Enquanto o projeto aguarda parecer, o mercado opera em compasso de espera. Na visão do executivo, a demora tem custo: trava investimento, cria dúvidas sobre capital regulatório e dificulta decisões de produto.

    Leia também: “Não é exatamente uma CBDC”, diz Galípolo sobre o Drex

    Para o CEO da Parfin, a claridade regulatória e um caso real em produção e lançado publicamente são os ingredientes para o Drex ganhar maturidade sem deixar o Brasil perder espaço para outros mercados. Ele ressalta, porém, que aguardar o relatório da fase dois é importante para balizar decisões técnicas e regulatórias. Para ele, a comunicação recente sobre eventuais mudanças na arquitetura não equivale a um “fim de linha”, e sim a um ajuste que deve ser formalizado após a divulgação desse relatório.

    Enquanto isso, o mercado segue se movendo: parte dos bancos mantém projetos de tokenização “in-house” rumo à produção, o que reforça a ideia de que o ecossistema não está parado, mas evidencia o custo da incerteza regulatória e o risco de perda de ritmo caso o país demore a detalhar regras, especialmente para stablecoins.

    Confira abaixo os principais pontos da entrevista:

    Portal do Bitcoin — O Drex deixou de ser apresentado como “moeda digital do BC” e passou a ser tratado como plataforma de tokenização. Na próxima fase, ao menos por enquanto, pode não usar blockchain. Qual é a sua leitura do momento e do que vem agora? É um problema ou um ajuste de rota?

    Marcos Viriato — Vamos lá. Primeiro: o Banco Central fez um anúncio em evento, mas ainda não há uma comunicação 100% oficial no site da autarquia [sobre não usar mais blockchain]. Faltaram detalhes do que realmente será feito. Ficou algo como “talvez seja, talvez não”, sem a afirmação categórica que costuma aparecer nas comunicações oficiais do BC — do tipo “não vai ter mais” ou “vai ser dessa forma”. Para mim, foi um aviso informal ao mercado, e acredito que eles ainda vão oficializar.

    Por que digo isso? A fase 2 do Drex, que envolveu 13 casos de uso, terminou em 31 de julho. E aquele anúncio foi divulgado cerca de uma semana depois. O padrão do Banco Central é encerrar uma fase, publicar o relatório dessa etapa — que ainda não saiu — e só então comunicar oficialmente o que será feito, como será feito e quais serão as novas fases.

    Por isso pegou o mercado de surpresa. Ninguém estava esperando. Hoje, de fato, ainda não se sabe o que será a terceira fase — nem mesmo se ela vai existir — e se haverá uso de DLT. O fato é que o mercado aguarda o relatório conclusivo dos testes com os 13 casos de uso, e, a partir dele, o Banco Central deve ter uma comunicação oficial indicando os próximos passos.

    Pelo que foi ventilado, o Drex tende a se posicionar como uma plataforma de conexão e interoperabilidade que permita travar e destravar ativos num primeiro momento, para que possam ser usados como colateral. Esses ativos podem estar em blockchain ou não. E há componentes dessa plataforma que, por natureza, não precisam estar em blockchain. A camada de interoperabilidade que faz o “trava/destrava”, por exemplo, talvez não faça sentido rodar em blockchain.

    Isso ajuda a explicar a confusão: sem um comunicado formal e completo, surgem interpretações diferentes — inclusive a de que não haverá mais blockchain. O que deve acontecer, seguindo o histórico do BC, é a publicação do relatório da fase 2 em um ou dois meses. Está um pouco atrasado por conta dos incidentes de segurança recentes, que afetaram o cronograma, mas a expectativa é que venha esse relatório com a visão dos próximos passos — e, inclusive, se haverá um próximo passo.

    Quanto ao que eu espero: houve um investimento grande de tempo e recursos — do Banco Central e também dos bancos. Na minha visão, chegamos a um ponto de não retorno. O BC deve continuar a jornada, talvez em um ritmo menor ou com uma estratégia um pouco diferente, mas não acredito que vá abandonar o Drex. Eles já disseram isso, aliás.

    Quando se fala em “não abandonar”, não significa que tudo terá de rodar em blockchain. O mundo segue nessa direção, com EUA discutindo regulação clara de stablecoins. Lá não há CBDC, mas o sistema financeiro caminha para adotar stablecoins como forma de liquidação. Ativos tokenizados estão avançando. O Banco da Inglaterra está se movendo, a Europa também.

    Não dá para o Banco Central do Brasil ficar distante. Pode ser que não seja mais no formato de uma CBDC; talvez seja via stablecoins. De todo modo, o BC terá de regular e participar, porque isso impacta diretamente a forma como o mercado financeiro opera. Tanto o Banco Central quanto a CVM precisam estar próximos, orientando e ajudando o ecossistema a avançar, especialmente o ligado ao mercado financeiro, os bancos e demais agentes do sistema.

    PB — As idas e vindas e a demora para uma entrega concreta podem fazer o Brasil perder protagonismo em relação a EUA e Europa? Onde estamos nessa comparação?

    MV — Eu vejo os Estados Unidos estavam mais atrás e a Europa mais à frente por conta da MiCA (Markets in Crypto-Assets). A MiCA abrange tanto a regulação das entidades VASP quanto a emissão de stablecoins na jurisdição europeia, além de uma taxonomia para ativos lastreados. Está bem completo.

    Nos Estados Unidos, o caminho começou pela regulação dos emissores de stablecoin, o que considero excelente. Mesmo sem uma regulação federal abrangente para VASPs, havia licenças estaduais. Você podia ser uma corretora cripto licenciada em um estado, mas, para operar no país inteiro, era um inferno: precisava obter autorizações em dezenas de estados. Por isso, discute-se uma regulação em nível federal.

    No Brasil, tivemos a lei no fim de 2022 que regula VASPs. Depois da eleição do novo governo, coube ao Executivo apontar o Banco Central como regulador. O BC abriu uma consulta pública no ano passado, depois outra. Em teoria, recebeu todas as contribuições e publicou os drafts das resoluções. O que ficou faltando no Brasil, e é um gap que já deveria ter sido endereçado, é uma regulação específica para emissores de stablecoin, tanto domésticos quanto estrangeiros. Há um projeto de lei para isso. Alguns entendem que a legislação atual de moeda eletrônica já permitiria enquadrar certos casos, mas, na nossa visão, cabe aprimoramento. O Congresso tenta puxar essa responsabilidade com um novo texto. Teve, inclusive, uma conferência organizada pela Becrypto, duas semanas atrás, para discutir o tema.

    Em relação às VASPs, desde a promulgação da lei no fim de 2022 houve uma expectativa de que as regras sairiam até o fim de outubro. Não houve comunicação, e o mercado fica ansioso. Essa demora tem custo: gera incerteza sobre investir ou não para oferecer cripto no Brasil — inclusive para nós. Que requisitos serão exigidos? Vai precisar de capital regulatório? Qual o impacto para o nosso negócio e para os clientes?

    Enquanto isso, nos Estados Unidos, o governo assumiu há uns oito meses e, em cinco meses, lançou uma lei para regular emissões de stablecoin. O tema estava parado e eles destravaram rápido — o mercado já está voando. Então, no Brasil, a demora na regulação das VASPs gera incerteza, e há certa urgência desde a lei. Além disso, a falta de regras claras para emissores de stablecoin, na lei e na regulação, pode trazer problemas. Já existem vários emissores por aqui. Esse é o ponto que precisa melhorar no Brasil.

    PB — O que já está pronto no Drex? Quais casos de uso vocês podem detalhar? E essa demora atrapalha, ou está levando os bancos a lançar soluções próprias, independentemente do projeto?

    MV — Quando o Banco Central fez aquele anúncio, ainda que não pelas vias formais do BC, o movimento esfriou. Bancos desmobilizaram equipes. Mesmo assim, alguns com quem vínhamos trabalhando mantiveram projetos com objetivo de ir para produção independentemente do Drex. Por quê? Porque tratam de tokenizações internas, dentro do próprio banco, para oferecer esses ativos aos seus clientes.

    É uma troca de tecnologia: em vez de um sistema centralizado, passa-se a usar blockchain para tokenizar CDB, debêntures, etc, e a oferta fica restrita ao público do próprio banco. Não tem a “beleza” de um ecossistema com todos os participantes conectados. Mas vários bancos disseram: “já que investimos, vamos colocar em produção”.

    Há casos avançando como tokenização de contratos de financiamento de veículos, de recebíveis de cartão, de duplicatas, de cotas de consórcio e de CPR. Algumas empresas decidiram seguir em frente; outras preferiram esperar o Drex.

    Paralelamente, existe a discussão de uma rede de mercado de capitais — em diálogo com uma associação do setor — que pode, eventualmente, ir a produção antes do Drex. Nessa rede, bancos também participariam.

    Em resumo: embora o Drex tenha perdido tração, uma parte dos 16 participantes do piloto continuou as iniciativas e pretende colocá-las em operação. Essa mesma parcela — ou um pouco mais — olha para outras frentes de mercado, como essa rede do mercado de capitais.

    Se o Drex tivesse um cronograma claro para entrar em produção já no ano que vem, veríamos o sistema financeiro inteiro correndo atrás. Como o Drex saiu de cena por ora, o movimento fica concentrado numa fração daqueles 16. É menos “todo mundo ao mesmo tempo” e mais “alguns seguem, outros esperam”.

    PB — Os desafios do Drex hoje estão mais em privacidade ou em escalabilidade? Qual é sua avaliação do estágio atual e do que ainda falta?

    MV — A discussão sobre privacidade está acontecendo no mundo inteiro, não é algo só do Brasil. No ano passado, por exemplo, trabalhamos com o JPMorgan para implementar, na rede privada deles, uma solução de privacidade voltada ao próprio ecossistema do banco. O projeto foi muito bem-sucedido. O Vitalik Buterin, do Ethereum, anunciou em abril o roadmap de privacidade da rede. Participamos, inclusive, de um evento da Mastercard em Nova York sobre privacidade em blockchain. Ou seja, o tema está super aquecido e as tecnologias evoluíram bastante — inclusive as nossas.

    No Drex, a privacidade foi endereçada. As transações tiveram privacidade — na nossa solução e nas demais. Na fase 1, as três propostas entregaram privacidade; isso está no relatório do Banco Central. O que se debate é o “trilema”: privacidade com programabilidade e escalabilidade. Na fase 2, falando por nós, avançamos para resolver o trilema com programabilidade plena, privacidade e um nível de escalabilidade que agora consideramos muito alto.

    Leia também: Qual é o problema de privacidade do Drex e por que é tão difícil resolvê-lo

    Escalabilidade pode vir por três caminhos. Vertical: você aumenta a capacidade da máquina (mais CPU, mais memória) e ganha desempenho. Horizontal: paraleliza o processamento, distribuindo lotes de transações em vários nós. E por “batch”: em vez de enviar transações uma a uma, você agrupa um volume grande e processa de uma vez. Na nossa solução, trabalhamos as três abordagens — vertical, horizontal e em batch — e escolhemos a combinação conforme o caso de uso.

    Um ponto importante: privacidade não é um “botão” que se liga e pronto. É “privacy by design”. É preciso entender o caso de uso e desenhar a privacidade adequada — e o mesmo vale para escalabilidade (“scalability by design”). Na largada, nem os requisitos estavam tão claros. Qual é a meta de TPS? Quantas transações paralelas são necessárias? Sem um parâmetro, cria-se uma expectativa difusa. De lá para cá, porém, as soluções evoluíram muito. Quando o BC começou a testar privacidade, as tecnologias eram incipientes; hoje estão bem mais maduras.

    Por isso, insisto: o problema não é “privacidade”. Ela já havia sido alcançada na fase 1. A pergunta correta é: privacidade com qual grau de programabilidade e de escalabilidade? Mil TPS é bom ou ruim? Mil TPS com dez fluxos paralelos resolve? Depende do caso de uso.

    Também surgiram novos requisitos durante o caminho. No início, falava-se da privacidade do “dinheiro” (padrões tipo ERC-20), depois vieram demandas para títulos públicos (padrões como ERC-1155) e para NFTs (ERC-721). Quando você envolve outros ativos tokenizados, a complexidade sobe muito. Imagine uma debênture distribuída a um milhão de clientes, por três bancos diferentes. Cada um fica com um “pedacinho”. Na hora de pagar juros semestrais, é preciso pegar o dinheiro enviado pelo emissor e distribuir proporcionalmente a todas as carteiras preservando a privacidade. Não é trivial: depende de como o smart contract foi implementado, de onde está a custódia, de como identificar cada fração, e assim por diante.

    Dos 13 casos de uso testados na fase 2, implementamos seis ou sete — todos de alta complexidade. Acreditamos que, no geral, atingimos os objetivos de cada caso; alguns performaram melhor, outros menos. Se fosse para dar uma nota média, diria 7 (com casos perto de 8 e outros por volta de 5). O importante é que a direção é de avanço: programabilidade plena, privacidade e escalabilidade combinadas de acordo com o que cada caso realmente exige.

    PB — Se você tivesse que explicar para quem é leigo em blockchain e mundo cripto, o que é o Drex hoje e o que ele pretende ser?

    MV — Eu enxergo o Drex como a camada de pagamentos da economia tokenizada. O que isso quer dizer, na prática? Se você quer ter um ativo tokenizado — um imóvel, uma ação, um CDB — você precisa da representação “tokenizada” do dinheiro para fazer a troca. Não faz sentido ter o ativo em blockchain e liquidar em sistemas separados. A emissão do “dinheiro” em uma infraestrutura compatível facilita essa troca.

    A partir daí, como estamos falando de ativos financeiros regulados, entram outros controles. Por exemplo: você não pode pegar uma ação tokenizada e guardar na sua carteira MetaMask, porque, pela regulação, ações precisam estar sob custódia de um custodiante qualificado. Então, quando o Drex traz participantes e entidades reguladas, regras de emissão e circulação desses ativos, ele deixa de ser apenas uma “camada de pagamento” e passa a ser uma plataforma.

    Leia também: Decisão do BC de abandonar blockchain no Drex (no momento) pode acelerar tokenização, aponta mercado

    Na minha visão, o Drex começou como um meio de pagamento para liquidar transações de ativos tokenizados e evoluiu para uma plataforma de tokenização mais ampla: inclui a moeda para pagamento, os participantes regulados, as regras de custódia e de circulação, e a interoperabilidade necessária para que tudo funcione com segurança e conformidade.

    Resumindo em linguagem simples: o Drex é a “infra” que permite que dinheiro e ativos vivam no mesmo ambiente digital, com as regras do mercado financeiro valendo lá dentro. Por isso, eu o vejo muito mais como plataforma de tokenização do que simplesmente um novo meio de pagamento.

    PB — Para encerrar: qual sua leitura do cenário brasileiro de cripto e tokenização, incluindo o Drex, e que horizonte você vê para uma estreia prática do projeto?

    MV — Os reguladores brasileiros, Banco Central e CVM, sempre estiveram à frente. Infelizmente, trabalham com orçamento muito apertado para o tamanho e a complexidade do nosso mercado financeiro. Na minha visão, bancos e associações de mercado deveriam reforçar as estruturas do regulador ou, ao menos, ajudar para que fiquem mais robustas. O mercado brasileiro é grande demais para ter um regulador com falta de recursos.

    Lembra quando começou o Drex? Servidores do Banco Central estavam há oito anos sem reajuste e houve greve. Como esperar que um regulador lidere uma tecnologia extremamente inovadora sem recursos para investir em infraestrutura e pessoas? Não combina. Apesar disso, BC e CVM “tiram leite de pedra” e entregam coisas avançadas, o que projeta o Brasil como um dos melhores ambientes de negócios, inovação e mercado financeiro no mundo.

    Falar em Drex “já no ano que vem” me parece prematuro. Primeiro, é preciso esperar o relatório da fase 2 e a visão regulatória subsequente. A partir daí, dá para opinar com mais segurança.

    Na minha opinião pessoal, o Drex deveria continuar de algum modo, com foco em colocar um caso quase produtivo — talvez mais simples, em vez de 13 ou 20 casos. Algo que permita dizer: “está de pé em privacidade, programabilidade e disponibilidade; vamos começar assim”. Tecnologia amadurece em produção.

    Posso dar um exemplo nosso: desde que colocamos a nossa rede em produção, em agosto do ano passado, ela evoluiu muito em maturidade operacional e emissão de ativos. Já são quase R$ 500 milhões em ativos tokenizados, operando em uma infraestrutura de mercado de grande porte na América Latina e funcionando, ganhando musculatura e crescendo.

    Se eu pensasse o Drex hoje, seria nessa lógica: dar o primeiro passo com um caso bem definido, comprovar os pilares técnicos e regulatórios, e depois ir sofisticando e avançando gradualmente.

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  • Projeto de Lei que estabelece reserva de Bitcoin em Michigan avança após meses de atraso

    Projeto de Lei que estabelece reserva de Bitcoin em Michigan avança após meses de atraso

    A tentativa estagnada de Michigan de criar uma reserva estadual de Bitcoin voltou à ativa nesta semana, com legisladores encaminhando o Projeto de Lei 4087 para o Comitê de Operações Governamentais após sete meses de inação.

    A medida, apresentada em fevereiro, autorizaria o tesoureiro do estado a alocar até 10% dos fundos gerais e de estabilização de Michigan em criptomoedas.

    Na quinta-feira, o projeto superou obstáculos processuais, foi colocado no calendário da segunda leitura da Câmara e foi formalmente encaminhado ao comitê de Operações Governamentais.

    Patrocinada pelos deputados republicanos Bryan Posthumus (R-MI) e Ron Robinson (R-MI), a medida representa a mais recente tentativa de Michigan de se juntar ao Texas, New Hampshire e Arizona — os únicos três estados norte-americanos que promulgaram com sucesso leis de reserva em Bitcoin.

    “A hiperbitcoinização se espalhará pelo país a nível estadual. Não pode ser contida”, disse Kadan Stadelmann, Diretor de Tecnologia da Komodo Platform, ao site Decrypt. “Os municípios deveriam considerar reservas em Bitcoin para proteger o dinheiro dos contribuintes da possível desvalorização do dólar.”

    Stadelmann acredita que as disposições de segurança detalhadas de Michigan abordam as fragilidades que condenaram esforços anteriores em estados como a Flórida.

    Ele afirmou que os contribuintes teriam que confiar em uma “solução de custódia segura” terceirizada ou em um “custodiante qualificado”, e que o estado manteria o “controle exclusivo sobre as chaves privadas”, com “protocolos de recuperação de desastres” e “auditorias/testes de invasão regulares”.

    Esse observador do setor acredita que o sucesso em Michigan pode pressionar estados vizinhos como Illinois, Ohio e Pensilvânia a “retomarem seus esforços para não ficarem para trás”.

    Com o Bitcoin girando em torno de US$ 117.000, Stadelmann descartou os temores de que Michigan esteja “comprando no topo”, chamando-o de “um ativo geopoliticamente significativo” que “nações” e agora também estados dos EUA estão “naturalmente” escolhendo acumular.

    Ele afirmou que os estados precisam se preparar para um “mundo multipolar” onde “o dólar americano pode não ser mais a única moeda de reserva mundial, sendo acompanhado por outras moedas como, talvez, o yuan ou o rublo”.

    Stadelmann alertou que o verdadeiro erro seria ignorar o ouro e a prata, apontando para a suposta iniciativa de El Salvador de adicionar ouro às suas reservas e destacando que, nos EUA, ambos os metais estão “escritos na constituição”.

    Atualmente, cerca de 47 estados introduziram ou estão considerando legislações para criação de Reservas Estratégicas de Bitcoin, com aproximadamente 26 estados com projetos de lei ativos ainda em análise, segundo o site BitcoinLaws.io.

    No início deste mês, a Câmara dos EUA avançou com um projeto de lei de dotações orçamentárias que instrui o Departamento do Tesouro a estudar a viabilidade e a governança de uma Reserva Estratégica de Bitcoin, incluindo custódia, cibersegurança e normas contábeis.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Tribunal em Londres irá julgar caso de pirâmide e fraude de que envolveu US$ 7 bilhões em Bitcoin

    Tribunal em Londres irá julgar caso de pirâmide e fraude de que envolveu US$ 7 bilhões em Bitcoin

    O julgamento da suposta mentora de uma fraude de investimento transfronteiriça de US$ 7 bilhões está previsto para começar em Londres no dia 29 de setembro, e o caso deve estabelecer precedentes sobre como as autoridades do Reino Unido lidam com compensações em crimes financeiros relacionados a criptomoedas.

    A ré é a cidadã chinesa Zhimin Qian, supostamente responsável por organizar um esquema fraudulento de investimento que prejudicou cerca de 130 mil investidores na China.

    Ela teria operado a empresa Tianjin Lantian Gerui Electronic Technology Company, que, entre 2014 e 2017, ofereceu aos clientes um produto de investimento com características de pirâmide financeira, prometendo retornos entre 100% e 300%.

    O esquema desmoronou em 2017, após a proibição total de atividades com criptomoedas na China, e Qian fugiu para o Reino Unido no mesmo ano, tendo lavado os lucros do esquema em Bitcoin — hoje avaliados em cerca de US$ 7 bilhões.

    As autoridades britânicas conseguiram apreender 61 mil bitcoins entre 2018 e 2021, como parte de investigações de lavagem de dinheiro envolvendo Jian Wen, cúmplice de Qian e ex-trabalhadora de delivery, condenada por lavagem de dinheiro em março de 2024.

    Qian agora enfrentará seu próprio julgamento, mas a complexidade do caso pode dificultar uma condenação, segundo especialistas jurídicos.

    “A natureza transfronteiriça torna o processo contra Qian uma luta difícil para os promotores britânicos”, afirmou Yuhua Yang, sócia do escritório Thornhill Legal, com sede em Londres.

    Yang explicou ao site Decrypt que as atividades fraudulentas ocorreram na China, sem envolvimento de empresas ou entidades britânicas, e que nenhum ativo passou por instituições financeiras do Reino Unido.

    “Do ponto de vista criminal, o ônus da prova recai sobre a acusação no sistema jurídico inglês”, disse ela. “Pode ser um desafio para as autoridades britânicas coletar provas na China, como declarações de vítimas, registros financeiros e documentos da empresa Lantian Gerui, para provar que os bitcoins foram obtidos por meio de captação fraudulenta na China.”

    Caso focado em cripto

    Por conta dessa dificuldade potencial, o Serviço de Promotoria da Coroa Britânica (CPS) não acusou Qian de fraude ou lavagem de dinheiro. Em vez disso, focou em duas acusações relacionadas: posse e transferência ilegal de criptomoedas, e aquisição, uso e posse de bens de origem criminosa.

    Para outros especialistas jurídicos, esse foco torna o caso mais viável para os promotores britânicos.

    “O Estado optou por não processar Zhang pela fraude contra centenas de milhares de investidores chineses porque essa conduta ocorreu na China e não tem ligação direta com a Inglaterra e o País de Gales”, afirmou Ashley Fairbrother, sócio da EMM Legal.

    Falando ao Decrypt, Fairbrother explicou que, de acordo com os princípios consolidados do caso Anwar, a acusação não precisa provar a fraude em si — basta provar que os ativos foram obtidos por meio de atividade criminosa, mesmo que o crime exato não possa ser identificado.

    Embora reconheça a dificuldade em obter provas diretas da China, Fairbrother destacou que um júri britânico já condenou Jian Wen, cúmplice de Qian, por uma infração semelhante — provavelmente com base nas mesmas provas.

    “A lei em si não é inédita nesse caso e está bem equipada para lidar com a situação; o que é sem precedentes é a magnitude do dinheiro envolvido — comparável ao PIB anual de alguns países”, explicou ele.

    A questão dos US$ 7 bilhões em bitcoin

    Segundo Fairbrother, o que torna o caso especialmente interessante é o valor em Bitcoin — hoje avaliado em cerca de US$ 7 bilhões — e os processos civis em andamento para determinar como as vítimas podem ser compensadas.

    “Os investidores chineses terão que demonstrar que possuem uma reivindicação legítima de propriedade sobre os fundos”, disse ele. “Dada a dimensão e a complexidade da fraude, isso será um grande desafio.”

    Diante dos valores envolvidos e das dificuldades potenciais, Fairbrother sugere que é muito provável que o caso civil acabe chegando à Suprema Corte do Reino Unido.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • O que é um ETF cripto da “AltAltSeason”? Ele é intrigante e ignora Bitcoin e Ethereum

    O que é um ETF cripto da “AltAltSeason”? Ele é intrigante e ignora Bitcoin e Ethereum

    Emissores de fundos de criptoativos têm se tornado cada vez mais criativos em suas propostas nos últimos meses, à medida que tentam atender ao apetite crescente dos investidores por esses produtos.

    Mas um fundo negociado em bolsa (ETF) de “AltAlt Season”? Isso é um território novo.

    O Quantify 2X Daily AltAlt Season Crypto ETF, da Tidal Financial Group, é um dos três fundos incluídos em um pedido à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) na quinta-feira (18), e deixou até alguns observadores da indústria de fundos confusos.

    “O que é AltAlt em comparação com Alt? (Porque eu também queria saber)”, tuitou James Seyffart, analista de pesquisa de ETFs da Bloomberg, com uma captura de tela do pedido e seu próprio resumo conciso. “‘Alt’ apenas exclui BTC, o outro exclui tanto BTC quanto ETH.”

    O pedido de registro N1-A da Tidal também abrange o Quantify 2X Daily All Cap Crypto ETF e o Quantify 2X Daily Alt Season Crypto ETF. Todos os três são fundos alavancados voltados para investidores com alta tolerância ao risco, atraindo-os com o potencial de oferecer o dobro do retorno diário das criptomoedas que possuem.

    “Como o fundo busca resultados de investimento alavancados diariamente, ele é muito diferente da maioria dos outros ETFs,” diz o prospecto em cada uma das descrições dos fundos. “Também é mais arriscado do que alternativas que não usam alavancagem.”

    O fundo AltAlt será inicialmente alinhado com o desempenho de XRP e Solana, segundo o prospecto da Tidal. O ETF Alt corresponderá inicialmente a esses ativos digitais e ao Ethereum, enquanto a estratégia All Cap abrange esses ativos e o Bitcoin.

    “Alt seasons” (temporadas alt) descrevem períodos em que os preços do Ethereum e de outras grandes altcoins superam o Bitcoin, geralmente após aumentos no preço do próprio Bitcoin. Já as “AltAlt seasons” se referem a períodos em que a atividade do mercado migra para altcoins de capitalização média e depois para tokens de capitalização menor, em um efeito cascata. O fundo AltAlt busca se beneficiar dessas tendências mais tardias.

    Os três fundos podem incluir acordos de swap ou contratos de opções sobre ações de ETFs de criptoativos à vista listados nos EUA, ou que oferecem exposição indireta a ativos digitais por meio de derivativos baseados em cripto, ou ainda investir diretamente em fundos de cripto, entre outras possibilidades.

    Nos últimos meses, emissores solicitaram uma variedade crescente de ETFs alavancados de criptomoedas, junto com fundos à vista baseados em várias altcoins e combinações de tokens. A SEC está avaliando mais de 90 desses produtos, segundo pesquisa da Bloomberg até o final de agosto.

    As chances de aprovação desses fundos aumentaram na quarta-feira, quando a SEC aprovou novos padrões genéricos de listagem para trusts baseados em commodities, facilitando o processo de aprovação. A decisão destacou um ambiente regulatório e político mais receptivo, o que encorajou os emissores.

    “Já estamos em ETFs de 2x AltAlt Season e nem é outubro ainda. Você tem ideia de como as coisas vão ficar malucas?”, brincou Eric Balchunas, analista sênior de ETFs da Bloomberg, em uma postagem na X, na quinta-feira (18).

    Ele acrescentou: “Sendo honesto, eu não fiquei tão empolgado com o ETF de 2x Alt Season, mas o de 2x AltAlt Season… bem, essa é outra história kkk.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Vitalik Buterin defende os tempos de saída do staking no Ethereum em meio a críticas da indústria

    Vitalik Buterin defende os tempos de saída do staking no Ethereum em meio a críticas da indústria

    O cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, defendeu os longos tempos de espera para o destravamento (unstaking) do ETH, argumentando que os atrasos são uma salvaguarda deliberada para preservar a confiança na rede.

    As declarações surgem no momento em que os tempos de saída ultrapassam 43 dias para validadores que desejam encerrar o staking, o que gerou críticas de figuras da indústria que afirmam que o processo prejudica a usabilidade.

    “É mais como um soldado decidindo sair do exército. Fazer staking é assumir o dever solene de defender a rede”, tuitou Buterin. Ele explicou que “dificuldades para sair fazem parte do acordo. Um exército não pode se manter unido se qualquer percentual dele puder sair repentinamente a qualquer momento.”

    Atrasos “preocupantes”

    O staking no Ethereum permite que validadores recebam recompensas por atestar e propor blocos. Para sair completamente do staking, é necessário entrar em uma fila de saída, que pode levar semanas, dependendo de quantos outros também estão tentando sair.

    Atualmente, o tempo médio de espera para entrar na fila de staking é de cerca de sete dias, enquanto o tempo de saída subiu para 43 dias e seis horas, segundo o site Validator Queue. Com mais de um milhão de validadores e 35,6 milhões de ETH em staking — quase 30% de todo o ETH — o processo desacelerou consideravelmente.

    Esses atrasos provocaram um debate público. O chefe de DeFi da Galaxy Digital, Michael Marcantonio, afirmou no início desta semana que o tempo de espera na fila de saída era “preocupante”, comparando as seis semanas do Ethereum com o período de apenas dois dias do Solana.

    “É difícil entender como uma rede que leva 45 dias para devolver ativos pode ser uma candidata adequada para impulsionar a próxima era dos mercados de capitais globais”, ele tuitou, antes de apagar a publicação.

    A crítica de Marcantonio gerou reações fortes e rumores de que ele foi obrigado a apagar o post pela própria Galaxy Digital.

    O ex-gerente de produto da Consensys, Jimmy Ragosa, acusou a Galaxy de alimentar “FUD incansável contra o ETH” e alertou que empresas alinhadas ao Ethereum estão reconsiderando seus laços com a firma.

    Apoiadores do Solana, incluindo Mike Dudas, saíram em defesa da Galaxy, retratando o Ethereum como lento e complicado em comparação com seus concorrentes. A empresa comprou mais de US$ 700 milhões em SOL em um período de dois dias na semana passada, como parte de uma aquisição vinculada ao apoio a uma empresa de tesouraria baseada em Solana.

    Buterin reconheceu a necessidade de melhorias na experiência do usuário, observando que a Fundação Ethereum tem trabalhado para lidar com essas preocupações.

    “De modo geral, a Fundação Ethereum precisa ser mais ativa na camada de UX — o que já vem acontecendo nos últimos 6 meses, mas esse processo de intensificação leva tempo”, escreveu ele.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Nova máxima histórica? Até onde o XRP pode ir após ETF e fim da disputa com a SEC

    Nova máxima histórica? Até onde o XRP pode ir após ETF e fim da disputa com a SEC

    O XRP, criptomoeda da Ripple, atravessa um dos momentos mais relevantes de sua trajetória. Depois de anos sob a sombra de uma disputa com a SEC, o processo que marcou história no setor foi encerrado. Com isso, a moeda ganhou novo fôlego no mercado. Em 2025, o XRP acumula uma alta de cerca de 45% a maior entre as dez maiores criptomoedas em valor de mercado.

    A clareza regulatória abriu espaço para o ativo voltar ao radar institucional, ao mesmo tempo em que produtos financeiros ligados ao XRP começam a ganhar força. Na última semana foi lançado o ETF da criptomoeda nos Estados Unidos, que movimentou mais de US$ 54 milhões apenas em seu primeiro dia de negociação, foi um marco que, segundo analistas, pode mudar a dinâmica do ativo daqui para frente.

    Taiamã Demaman, analista-chefe da Coinext, lembra que a remoção da incerteza regulatória com o fim do processo da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) era o passo que faltava: “Com o encerramento do caso, desaparece um dos principais entraves regulatórios para o projeto, abrindo espaço para sua institucionalização e valorização”.

    Leia também: SEC e Ripple encerram disputa judicial após 5 anos

    A avaliação é compartilhada pela equipe de research do Mercado Bitcoin, que aponta o bom desempenho do token em 2025, superando o Bitcoin e se mantendo entre os destaques das altcoins. Para eles, o ETF à vista nos EUA e o ambiente regulatório mais claro são motores decisivos do preço.

    Vale lembrar que há ainda rumores sobre a possível inclusão do XRP em reservas estratégicas do governo dos EUA, o que hoje ocorre apenas com o Bitcoin. Mesmo não confirmada, para os analistas essa hipótese mostra a mudança de status do ativo no debate regulatório.

    Além da questão legal, a própria Ripple vem ampliando o ecossistema. O lançamento da stablecoin RLUSD e a integração da rede ao protocolo Wormhole, conectando o XRP a mais de 35 blockchains, reforçam sua utilidade. “O XRP se mantém como um ativo estratégico porque entrega valor real em eficiência nas transferências internacionais”, afirma André Sprone, da MEXC, destacando a capacidade de a moeda atuar como ponte entre sistemas financeiros tradicionais e digitais.

    Esse papel também é reforçado por Marcelo Person, da Foxbit, que lembra que empresas listadas em bolsa já comprometeram mais de US$ 1 bilhão em compras de XRP. Para ele, o crescimento do ativo tende a ser gradual, mais ligado à expansão de stablecoins e à tokenização de ativos do que a movimentos especulativos de curto prazo.

    A análise técnica também reforça o bom momento da criptomoeda da Ripple. Entre novembro de 2024 e julho de 2025, o XRP saltou de US$ 0,50 para US$ 3,66, acumulando valorização de mais de 600%. Parte dessa alta veio do ciclo altista geral das criptomoedas, mas, como ressalta a analista técnica Ana de Matos, da Ripio, também refletiu o fim da disputa regulatória com a SEC e a entrada do ativo no mercado regulado de derivativos, com a listagem de futuros na CME. Segundo ela, os próximos gatilhos podem vir tanto do ETF spot de XRP nos EUA quanto da sidechain compatível com a Ethereum Virtual Machine (EVM), cuja mainnet é esperada para o fim de 2025.

    No curto prazo, no entanto, a moeda mostra zonas de suporte e resistência bem definidas. Guilherme Fais, da NovaDAX, aponta que a faixa dos US$ 2,70 a US$ 2,75 tem funcionado como piso, enquanto a região dos US$ 3,14 a US$ 3,17 é a barreira a ser superada. “Um rompimento consistente acima desse patamar abre espaço técnico para que o ativo busque a próxima faixa em torno de US$ 3,30”, explica.

    Demaman, da Coinext, complementa que fechamentos mensais acima de US$ 3,00 podem consolidar a tendência de alta, com alvos entre US$ 4,15 e US$ 5,73. Isso pode significar que o XRP está a caminho de renovar sua máxima histórica, atualmente de US$ 3,84, atingida em janeiro de 2018.

    Apesar do otimismo, há pontos de cautela. A alta concentração de tokens nas mãos da Ripple Labs — cerca de 42% de todo suprimento — ainda gera desconfiança quanto à descentralização e à pressão vendedora. “Apesar de aberto, o ecossistema XRP ainda é fortemente atrelado à Ripple”, observa Ana de Matos. Uma mudança brusca de estratégia da empresa poderia afetar diretamente a demanda pelo ativo.

    Mesmo assim, o consenso entre os especialistas é que o XRP vive um ciclo diferente do passado, mais maduro e com maior legitimidade. Se antes a moeda era vista como aposta arriscada, hoje se consolida como uma das principais pontes entre o universo cripto e as finanças globais. O momento é de otimismo, mas sempre com cautela — um equilíbrio que pode definir os próximos capítulos da história da terceira maior criptomoeda do mundo.

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  • X toma ação legal contra esquema de suborno de rede de golpes com criptomoedas

    X toma ação legal contra esquema de suborno de rede de golpes com criptomoedas

    A plataforma de mídia social X está tomando medidas legais contra usuários banidos, incluindo golpistas de criptomoedas, que tentaram subornar funcionários da empresa para recuperar o acesso ao site, anunciou a empresa na sexta-feira (19).

    A plataforma, anteriormente conhecida como Twitter, disse que a rede de suborno estava ligada a organizações criminosas mais amplas.

    X acrescentou que estava trabalhando com as autoridades policiais. A empresa não revelou muitos detalhes sobre a natureza das contas banidas. Decrypt entrou em contato com X para um comentário.

    “X identificou e está tomando medidas enérgicas contra uma rede de suborno que visa nossa plataforma”, dizia o anúncio. “Contas suspensas envolvidas em golpes de criptomoedas e manipulação da plataforma pagaram intermediários para tentar subornar funcionários para restabelecer suas contas suspensas.”

    Acrescentou: “Esses criminosos exploram plataformas de mídia social como Instagram, TikTok, YouTube, Minecraft e Roblox e estão ligados a organizações criminosas mais amplas, incluindo ‘The Com’.”

    O Federal Bureau of Investigation (FBI) em julho alertou sobre “um grupo de ameaça online crescente e em evolução conhecido como The Com”, acrescentando que a rede era composta principalmente por menores e trabalhava para cometer crimes cibernéticos.

    “A sofisticação das atividades criminosas do The Com cresceu nos últimos quatro anos, com indivíduos empregando métodos cada vez mais complexos para ocultar suas identidades, esconder transações financeiras e lavar dinheiro”, disse a declaração do FBI.

    A plataforma de mídia social X está familiarizada com golpistas de criptomoedas. Em 2020, quando ainda era Twitter e era de propriedade de Jack Dorsey, criminosos hackearam várias contas de celebridades e marcas — incluindo o ex-presidente Barack Obama, Apple, Uber e o rapper Kanye West — para promover um golpe de Bitcoin.

    No ano passado, hackers visaram contas de destaque para promover um token meme baseado em Solana, comprometendo as contas da divisão indiana da marca de computadores Lenovo, do diretor de cinema Oliver Stone e do jogador de futebol brasileiro Neymar Jr.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • FTX distribuirá US$ 1,6 bilhão em pagamentos no processo de falência este mês

    FTX distribuirá US$ 1,6 bilhão em pagamentos no processo de falência este mês

    Os credores da corretora de criptomoedas FTX, que faliu, receberão US$ 1,6 bilhão no final deste mês em uma terceira distribuição para ressarcir os clientes, anunciou o FTX Recovery Trust na sexta-feira (19).

    Quatro grupos de credores receberão os fundos em 30 de setembro, com distribuições que variam entre 78% e 120% do valor de suas participações na FTX quando a corretora faliu em novembro de 2022, de acordo com um comunicado de imprensa do Trust, que está supervisionando os ativos e reivindicações do espólio de falência da empresa.

    As distribuições marcam a terceira fase do plano de recuperação do espólio da FTX e serão pagas por meio das bolsas de criptomoedas Bitgo e Kraken, e da plataforma de pagamentos Payoneer.

    O FTX Recovery Trust anunciou pela primeira vez que executaria seu plano de distribuição no ano passado.

    A FTX permitia que os clientes comprassem, vendessem e apostassem no preço futuro de moedas digitais e tokens.

    Mas o CEO excêntrico da FTX, Sam Bankman-Fried, gerenciou criminosamente a empresa com seus principais associados, principalmente usando dinheiro dos clientes para cobrir apostas arriscadas feitas pelo fundo de hedge associado da empresa, Alameda Research.

    Isso eventualmente levou à falência da empresa em 2022 e ao desaparecimento de bilhões de dólares em dinheiro de investidores.

    John J. Ray III, advogado altamente experiente encarregado de recuperar os investimentos perdidos dos clientes da FTX, disse que o colapso da FTX superou a falência de alto perfil da empresa de energia Enron no início dos anos 2000.

    Bankman-Fried foi preso, acusado e posteriormente detido por fraudar clientes.

    Membros-chave do círculo íntimo de Bankman-Fried testemunharam contra ele durante o julgamento. O cofundador da FTX Gary Wang, a ex-CEO da Alameda Caroline Ellison, e o ex-chefe de engenharia da FTX Nishad Singh, todos disseram ter cometido crimes a mando de Bankman-Fried.

    “Sam Bankman-Fried perpetrou uma das maiores fraudes financeiras da história dos EUA, um esquema de múltiplos milhões projetado para torná-lo o rei das criptomoedas”, disse Damian Williams, procurador dos EUA para o Distrito Sul de Nova York, em declarações após o veredicto.

    Bankman-Fried está agora cumprindo uma sentença de prisão de 25 anos em uma prisão do sul da Califórnia por fraude e outros crimes.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Engenheira, mineradora e educadora: a história da professora voluntária que ensina sobre Bitcoin em uma comunidade no Paraguai

    Engenheira, mineradora e educadora: a história da professora voluntária que ensina sobre Bitcoin em uma comunidade no Paraguai

    Ko’e Rory, uma comunidade localizada no Paraguai, mais especificamente no departamento do Alto Paraná, já conta com seus primeiros bitcoiners. Isso graças à dedicação de Lisa Vera, uma engenheira ambiental que trabalha na indústria cripto e que usa seu tempo livre para ensinar crianças e adultos sobre sua profissão e sobre liberdade financeira através do Bitcoin.

    Natural de Itakyry, mas moradora de Ko’e Rory desde os 12 anos, Lisa compartilhou com o Portal do Bitcoin um pouco de suas experiências na indústria cripto e sua iniciativa de educação financeira. Ela disse que sua principal motivação para unir experiência técnica e educação foi a enorme falta de conhecimento sobre tecnologia na região. Ela traz isso com a bagagem de uma profissional, já que trabalha como engenheira em uma empresa de manutenção de mineradoras de Bitcoin chamada Penguin.

    “A vontade de dar educação às crianças sobre Bitcoin me levou a aprender eletrônica básica para poder reparar os ASICs e, assim, ter um conhecimento mais profundo de como funciona tudo relacionado à mineração”, disse Lisa.

    Lisa se encantou com o Bitcoin

    “Alguns nem sequer sabem o que é um monitor e um teclado. Como poderiam imaginar a existência de algo chamado blockchain?”, questionou Lisa. Segundo ela, o desejo de reduzir desigualdades também pesou. “Quero ensinar sobre Bitcoin como uma ferramenta completa para devolver às pessoas a esperança de voltar a ser livres e soberanas com suas finanças”.

    Lisa conheceu o Bitcoin em 2024, durante um evento na Argentina, e desde então decidiu levar esse conhecimento para sua comunidade. Seu próprio encantamento com a moeda surgiu da descoberta de que existia um dinheiro fora do sistema tradicional.

    “Me surpreendeu que tivesse sido criado para ser usado de forma digital e segura com criptografia. Pensei: este é o dinheiro que quero usar e também gostaria que meus alunos conhecessem, para que no futuro não fiquem limitados por condições de terceiros”.

    Ela conta que as aulas, que unem teoria e prática, partem de um ponto inusitado: o conserto de mineradoras.

    “Reparar mineros é sinônimo de novos aprendizados a cada minuto. Eu faço anotações, resumo tudo e crio materiais didáticos para explicar passo a passo. Mostro as partes da mineradora, as funções de cada peça, como identificar falhas e como funciona a mineração: as provas de trabalho, as recompensas e o papel das ASICs”, detalha.

    (Reprodução/Facebook)

    Lisa pensa na necessidade que há de que seus alunos aprendam, de que tenham conhecimento, que consumam essas novas tecnologias. Segundo ela, o entusiasmo dos alunos surpreende.

    “Eles ficam muito curiosos em entender como funciona o dinheiro que só eles podem movimentar. Dizem inocentemente que assim os bancos não podem ‘tirar’ deles — e, no fundo, isso é praticamente real”, relata.

    Suas aulas são práticas e acessíveis, adaptadas para crianças e jovens. Lisa aborda noções básicas de finanças, como poupança e gestão de dinheiro, antes de introduzir os princípios do Bitcoin. Depois vem a parte boa: ela utiliza dinâmicas de compra e venda simuladas e mostra como a criptomoeda pode funcionar como ferramenta de independência econômica.

    Entre as experiências mais marcantes, ela cita o momento em que uma aluna começou a ensinar outras pessoas.

    “Ela repetia o tempo todo que seu melhor dinheiro seria sempre o Bitcoin, usando a frase: ‘fácil de usar, difícil de criar’. Hoje isso virou um hino de despedida em nossas aulas. Saber que estou sendo útil para eles é maravilhoso”, disse Lisa.

    O objetivo de longo prazo de Lisa Vera é criar uma economia circular baseada em Bitcoin, incentivando a adoção da moeda não apenas por comerciantes, mas por toda a comunidade, permitindo que os moradores não dependam de bancos para ter um meio de pagamento e uma reserva de valor.

    Para Lisa, a essência de seu trabalho vai além da técnica. “Bitcoin não é apenas compartilhar conhecimento. É empoderar, transformar, libertar e deixar para trás o que não serve”.

    Mas seu objetivo vai além do Bitcoin: ela deseja oferecer às crianças ferramentas para o futuro, incluindo cursos de computação, oratória e inglês, preparando-as para serem competitivas no mercado de trabalho.

    Dificuldade e superação

    Lisa afirmou ao Portal do Bitcoin que enfrenta limitações de infraestrutura e materiais em suas aulas, contando com poucos recursos como projetor, computadores, mesas e cadeiras. “A falta de boa conexão à internet também dificulta o ensino”, disse ela.

    A notícia boa é que ela e seus alunos já têm um lugar para chamar de seu. “Antes eu ensinava debaixo de uma árvore, agora tenho um espaço que meus pais cederam para me ajudar e para ajudar as crianças”, conta Lisa. “Com a ajuda de algumas pessoas e dos próprios pais, vou realizando melhorias no local. Já até tem nome.”

    Lisa Vera ganhou espaço para ensinar Bitcoin (Foto: Divulgação)

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