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  • Setor cripto e bancada no Congresso se articulam para reverter alta de impostos da MP 1.303

    Setor cripto e bancada no Congresso se articulam para reverter alta de impostos da MP 1.303

    Com o prazo se esgotando para a votação da Medida Provisória 1.303/2025, o setor de criptoativos no Brasil intensifica sua mobilização para evitar um aumento expressivo na carga tributária a partir de 1º de janeiro. A MP estabelece uma alíquota fixa de 17,5% para quase todas as aplicações financeiras — incluindo transações com criptomoedas. O texto precisa ser aprovado pelo Congresso até 8 de outubro para não perder validade. Caso contrário, voltam a valer as regras anteriores.

    Um dos setores mais afetados foi o mercado cripto. Isso porque vigora uma isenção para movimentações que somem até um teto de R$ 35 mil no mês, com uma alíquota progressiva após esse montante que vai até 22,5%. Com as normas da MP 1.303, todas as operações estarão sob a carga de 17,5%. 

    Nesta reta final, o setor cripto tem se movimentado para retirar o fim da isenção de R$ 35 mil do texto final ou incluir medidas que compensem o aumento da carga tributária. 

    “Nosso argumento central é que a mudança prejudica os pequenos investidores, que antes eram isentos ou pagavam 15%, enquanto favorece os grandes, que pagavam 22,5% e agora pagarão menos”, afirma Vanessa Butalla, vice-presidente Jurídico, Compliance e Regulação do MB (Mercado Bitcoin), em entrevista ao Portal do Bitcoin

    A executiva se refere ao fato de que, com a MP, os investidores de maior porte passarão a pagar menos impostos em alguns cenários. Isso porque o texto não faz diferenciação da alíquota por volume, sendo que a regra da Receita Federal que regulava o tema até então definia impostos de 15% para volumes até R$ 5 milhões (com isenção até R$ 35 mil); 17,5% para volumes entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões; 20% para a faixa entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões; 22% para acima de R$ 30 milhões. 

    Outro ponto destacado por Butalla é o entendimento de que a medida fere o princípio da isonomia no tratamento tributário. “Apenas o mercado de ações – o mais antigo e que, em tese, menos incentivo requer para se desenvolver – permanece incentivado.”

    A MP estabelece que os ganhos com ações estão isentos em até R$ 60 mil no trimestre, sendo que antes essa isenção era de R$ 20 mil ao mês. Em audiência pública no Senado,  Robinson Sakiyama Barreirinhas, secretário especial da Receita Federal, afirmou que foi uma decisão estrutural privilegiar o mercado de ações. 

    Segundo Barreirinhas, o pedido para equiparar o mercado de ações com o de criptoativos é uma discussão possível, mas da qual ele discorda. “Não me parece razoável”, disse.

    Peso desproporcional, diz ABCripto

    Bernardo Srur, presidente da ABCripto, afirma que o setor tem atuado com articulação técnica, apresentando dados claros sobre os impactos dessa tributação já desde junho. O executivo aponta que um argumento é que a MP pode afugentar o cliente brasileiro para mercados estrangeiros. 

    “Nosso esforço é demonstrar que ajustes pontuais, como a preservação de faixas de isenção ou escalonamento de alíquotas, são mais eficazes do que mudanças abruptas, que podem gerar efeitos negativos na arrecadação, na inovação e no ambiente de negócios”, afirma Srur.

    O líder da entidade de classe afirma que há um diálogo constante que tem ganhado força no Congresso, com mais de 20 emendas à MP registradas até o início de agosto. 

    “Nosso objetivo não é simplesmente barrar o texto, mas corrigir distorções. A retirada da isenção de R$ 35 mil, por exemplo, cria um peso desproporcional para investidores que realizam operações pequenas, muitas vezes para complementar renda ou diversificar investimentos”, afirma.

    Por um lado mais técnico, Srur afirma que a unificação da alíquota ignora o princípio da progressividade tributária e desestimula a formalização. “Uma tributação mal calibrada não atinge apenas grandes investidores institucionais, mas também trabalhadores de classe média que usam cripto como forma de proteção contra a inflação e diversificação financeira.”

    Bancada cripto se movimenta

    No momento, o alívio para o setor cripto pode vir apenas das ações vindas dos parlamentares. Deputados que são identificados com o setor e até mesmo formando uma “bancada cripto” tem atuado no Congresso para mudar o panorama imposto pela MP 1.303. 

    Desde que o texto do Governo entrou em vigor, mais de 20 propostas de emenda já foram apresentadas para tentar reverter o aumento tributário.

    Na última semana, Aureo Ribeiro disse em um evento público que fez uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, onde se manifestou contrário à proposta de mudança dos impostos sobre criptomoedas.

    “Já me manifestei contrário, porque eu entendo que com isso você pega o brasileiro e coloca no mercado internacional, tira ele de transacionar aqui no nosso país”, disse o deputado durante o Seminário “Regulação de Stablecoins no Brasil”.

    Aureo afirma que esse tipo de proposta mostra que “o governo tem pouco conhecimento do tema ou trabalha na contramão para que a gente possa ter avanço nesse mercado”. Para ele, existem outras soluções para evitar esse tipo de situação, como, por exemplo, dar isenção de imposto para quem repatriar as criptomoedas que estão no exterior e colocar em corretoras que têm sede no Brasil.

    No Senado também já movimentação. Na audiência com o secretário especial da Receita, o senador Jorge Seif (PL-SC) fez duras críticas às mudanças que a MP promoveu para o setor cripto.

    “Essa MP criminaliza e demoniza um setor que está crescendo no Brasil. Pessoas hoje conseguem comprar criptomoedas a partir de dez reais. Pequenos investidores estão saindo da poupança tradicional que não rende porcaria nenhuma”, disse Seif.

    Seif afirmou que a medida irá na prática fazer os investidores irem buscar empresas sem sede no Brasil. “Vocês estão jogando o brasileiros para investir lá fora. Pesa sobremaneira no pequeno investidor e tem uma burocracia impossível de ser atendida”, afirmou.

    Veto integral não é unico caminho

    Sobre a estratégia de atuação do setor, Bernardo Srur afirma que o debate sobre veto integral não é o foco neste momento. “O que defendemos é que o texto final preserve a arrecadação buscada pelo governo, mas com regras calibradas para não desestimular o investimento em ativos digitais nem penalizar injustamente milhões de brasileiros que já cumprem suas obrigações fiscais”, disse. 

    Fontes do setor também afirmam que o veto total à MP 1.303 não é a única alternativa em discussão. Ela analisa que é possível promover ajustes no texto para garantir a continuidade da medida, desde que sejam observados princípios fundamentais, como a isonomia no tratamento tributário e a preservação da natureza de cada ativo. 

    “No caso dos ativos digitais que representam investimentos, por exemplo, é importante que sua natureza específica seja respeitada, evitando interpretações que busquem apenas uma finalidade”, disse uma das fontes consultadas pela reportagem e que solicitou anonimato. 

    Aumentar a base de arrecadação é uma opção

    Uma ideia que tomou uma forma mais concreta foi proposta pelo advogado Daniel de Paiva Gomes, durante a audiência pública com secretário especial da Receita. O especialista em tributos e critpoativos sugeriu que o governo poderia manter a isenção de R$ 35 mil e aumentar a arrecadação se regular o setor e possibilitar a criação de novos produtos.

    “Em vez de aumentarmos tributos, porque não buscar ampliar a base tributável com novos produtos regulados? Propomos regular os derivativos perpétuos em cripto, que são valores mobiliários e não tem como ser negociados no Brasil e tem uma estimativa de arrecadação de meio bilhão por ano”, apontou.

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  • A IA é o futuro do Ethereum? Essa é a aposta dos desenvolvedores da rede

    A IA é o futuro do Ethereum? Essa é a aposta dos desenvolvedores da rede

    Gigantes da tecnologia como Google e Amazon estão no ramo de prever para onde a sociedade está indo e, nos últimos meses, ambas as empresas começaram a tomar medidas para monopolizar o desenvolvimento de agentes de inteligência artificial — assistentes automatizados autorizados a navegar pela internet, realizando tarefas complexas em nome de seus superiores humanos e outras máquinas.

    O esforço para desenvolver uma economia formidável de agentes de IA ainda está longe de ser concluído. Mas quando os robôs forem finalmente liberados em massa para transacionar eficientemente tanto com a economia existente quanto entre si, os especialistas preveem que sua produtividade e produção rivalizarão com as dos humanos.

    A principal questão que paira sobre o desenvolvimento da economia de agentes de IA é qual infraestrutura facilitará melhor essa explosão. Cada vez mais, as mentes brilhantes do Vale do Silício e das criptomoedas estão se unindo em torno de uma única resposta para essa pergunta lucrativa: Ethereum.

    Os principais desenvolvedores do Ethereum chegaram recentemente à conclusão de que a rede está excepcionalmente bem posicionada para se tornar a camada fundamental da economia de agentes de IA, dada sua capacidade de fornecer três ingredientes-chave que o ecossistema atualmente carece: sistemas de pagamento, verificação de identidade e confiança.

    A equipe está confiante de que, dentro de alguns anos, o Ethereum não será apenas fundamental para a economia de agentes de IA, mas também que os agentes de IA se tornarão a principal base de usuários da rede.

    “Para nós, é muito importante. É uma área estratégica”, disse Davide Crapis, um desenvolvedor principal do Ethereum com foco em IA, ao Decrypt esta semana.

    Crapis disse que, dentro de três a cinco anos, acredita que a maior parte do tráfego no Ethereum virá de máquinas.

    ERC-8004

    No início deste mês, Crapis apresentou a ERC-8004: uma interface proposta para o Ethereum que padronizaria a forma como os agentes de IA se descobrem na rede e estabeleceria confiança suficiente para se envolver em interações econômicas.

    A proposta corrige o que Crapis considera as principais falhas nos ecossistemas existentes para interações entre agentes. Em abril, o Google revelou o protocolo Agent2Agent, que prometia permitir que agentes de IA colaborassem perfeitamente e “impulsionassem níveis sem precedentes de eficiência e inovação”.

    Mas a estrutura tem suas deficiências. Primeiro, ela não permite pagamentos atualmente — um ingrediente essencial para uma economia robótica genuinamente autônoma. Segundo, ela não oferece aos agentes os meios para se identificarem e confiarem uns nos outros na internet aberta. Isso significa, na prática, que o protocolo só pode ser usado efetivamente para facilitar a interação de agentes dentro de uma única organização, em tarefas que não envolvam transações financeiras.

    Por sua natureza, o Ethereum pode facilmente preencher essas lacunas fundamentais, disse Crapis. O problema dos pagamentos é resolvido instantaneamente por transações on-chain, que os agentes de IA já são capazes de concluir. Quanto à identidade e confiança: esse é o ganha-pão do Ethereum. NFTs, por exemplo, fornecem um meio seguro de estabelecer uma identidade digital única. O ERC-8004 fornece uma estrutura simples para como os agentes de IA validariam as identidades uns dos outros na cadeia.

    E se o Ethereum fornecesse essa estrutura para sustentar a economia dos agentes de IA, não é como se a rede blockchain estivesse competindo com empresas como o Google. Pelo contrário, o gigante do Vale do Silício está, na verdade, apoiando a proposta de Crapis para o Ethereum. Jordan Ellis, um dos principais funcionários do Google por trás do protocolo Agent2Agent, é coautor do ERC-8004.

    “Isso, para mim, é um sinal de que não é cedo demais”, disse Crapis sobre a colaboração. “No sentido de que, mesmo no espaço tradicional da IA, as pessoas estão analisando pagamentos entre agentes e identidade entre agentes.”

    Stakeholders poderosos na crescente economia de agentes de IA querem ver o ecossistema o mais universalmente padronizado possível, para aumentar seu alcance potencial e facilidade de navegação. Essas empresas podem não ser necessariamente criptomaximalistas; Mas se as redes blockchain resolvem seus problemas com muito mais facilidade do que outras abordagens, qual é a desvantagem?

    O caso de uso perfeito?

    Repetidamente, ao longo da última década, projetos de criptomoedas têm lutado para alcançar adoção em massa, em grande parte porque não conseguiram convencer os consumidores comuns de que o sofrimento de navegar em redes blockchain complexas compensa o ganho de incentivos financeiros ou benefícios de privacidade.

    Mas, na era iminente da economia robótica, os problemas de marketing das criptomoedas podem se tornar um problema bem menor. Crapis, que agora está de volta à Fundação Ethereum após alguns anos trabalhando em projetos relacionados à IA, é categórico ao afirmar que, quando a economia de agentes de IA prosperar, os robôs escolherão, sem emoção, o terreno mais eficiente para concluir transações — e que esse melhor mercado será, sem dúvida, o Ethereum.

    “Nosso desafio tem sido tornar [o Ethereum] mais amigável à experiência do usuário (UX) para humanos, tentando mudar seu comportamento”, disse Crapis. “Mas se o usuário for um agente ou uma máquina, então é bastante fácil. Robôs não têm problemas para lembrar suas chaves privadas.”

    A economia tradicional foi construída para humanos e projetada para verificar a atividade humana. (Qual é o nome de solteira da sua mãe?) O Ethereum, por outro lado, quase parece ter sido construído para robôs, anos antes de eles possuírem a capacidade de navegar pela internet por conta própria. Essa desvantagem há muito percebida — a experiência complexa do usuário na rede — pode agora finalmente se revelar uma bênção na era da internet dominada por agentes.

    Mesmo entre outras blockchains, a equipe do Ethereum acredita que a estrutura multicamadas característica da rede está excepcionalmente bem posicionada para absorver a enorme quantidade de tráfego de agentes de IA que provavelmente surgirá nos próximos anos.

    A blockchain base do Ethereum fornecerá segurança e estabilidade fundamentais para lidar com a enxurrada de transações e verificar transações particularmente de alto risco, afirmam eles, enquanto uma legião de redes de camada 2, sempre personalizáveis, expansíveis, baratas e rápidas, será capaz de lidar com a provável quantidade massiva de liquidações diárias em menor escala.

    Outras blockchains terão imensa dificuldade em carregar o peso de toda a economia de agentes de IA sobre seus ombros, disse Crapis.

    “A Solana, em seu design atual, não consegue sustentar a economia das máquinas”, disse ele, dando o exemplo da rede rival do Ethereum. “Eles não têm ideia de quanta atividade pode entrar na cadeia, uma vez que essas máquinas comecem a usá-la.”

    O desenvolvedor de software prevê que, assim que a economia de agentes de IA chegar com força total, ela redefinirá a função do Ethereum, assim como as finanças descentralizadas (DeFi) fizeram em 2020.

    Conseguir que o ecossistema de desenvolvedores do Ethereum concorde com um padrão para encontros entre agentes é o primeiro passo crucial na preparação para esse dia. Crapis disse que pretende ajustar o ERC-8004 nos próximos meses, conforme receber feedback dos membros da comunidade.

    Mas o padrão será finalizado em breve, em preparação para a chegada de um exército de robôs inteligentes com criptomoedas.

    “Não posso prever quando essa decolagem acontecerá”, disse Crapis, “mas sinto que temos certa urgência em construir para isso”.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • O “Setembro Vermelho” está chegando — veja o que esperar do Bitcoin

    O “Setembro Vermelho” está chegando — veja o que esperar do Bitcoin

    O Bitcoin está sendo negociado de forma lateral com o fim de agosto, e os traders de criptomoedas estão fazendo o que fazem todos os anos nessa época: se preparando para o impacto.

    O fenômeno conhecido como “Setembro Vermelho”, ou “Efeito Setembro”, assombra os mercados há quase um século. O S&P 500 tem apresentado retornos médios negativos em setembro desde 1928, tornando-se o único mês consistentemente negativo do índice. O histórico do Bitcoin é pior — a criptomoeda caiu em média 3,77% a cada setembro desde 2013, chegando a cair oito vezes, de acordo com dados da Coinglass.

    “O padrão é previsível: a conversa negativa nas redes sociais atinge um pico por volta de 25 de agosto, seguida por um aumento nos depósitos de Bitcoin em corretoras dentro de 48 a 72 horas”, disse Yuri Berg, consultor da provedora de liquidez para criptomoedas FinchTrade, com sede na Suíça, ao Decrypt.

    “O Setembro Vermelho passou de anomalia de mercado a experimento psicológico mensal. Estamos observando um mercado inteiro se convencer a vender em massa com base no histórico, em vez dos fundamentos atuais.”

    A mecânica por trás do Setembro Vermelho remonta a comportamentos estruturais do mercado que convergem a cada outono. Fundos mútuos encerram seus anos fiscais em setembro, desencadeando a coleta de prejuízos fiscais e o rebalanceamento de portfólios, que inundam os mercados com ordens de venda. A temporada de férias de verão termina, trazendo os traders de volta às mesas, onde reavaliam posições após meses de liquidez escassa. As emissões de títulos disparam após o Dia do Trabalho, retirando capital de ações e ativos de risco, à medida que as instituições migram para a renda fixa.

    O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) realiza sua reunião de setembro, criando incerteza que congela as compras até que a direção da política monetária seja esclarecida. Nas criptomoedas, essas pressões se agravam: a negociação 24 horas por dia, 7 dias por semana, do Bitcoin significa que não há disjuntores quando as vendas aceleram, e uma capitalização de mercado menor o torna vulnerável a movimentos de baleias que buscam transferir lucros para altcoins.

    A cascata começa nos mercados tradicionais e se espalha para as criptomoedas em poucos dias. Quando o S&P 500 cai, os investidores institucionais se desfazem do Bitcoin primeiro para atender às chamadas de margem ou reduzir o risco da carteira. Os mercados futuros amplificam os danos por meio de cascatas de liquidação — uma movimentação à vista de 5% pode desencadear uma queda de 20% nos derivativos.

    As métricas de sentimento social tornam-se negativas no final de agosto e os traders vendem preventivamente para evitar perdas esperadas. Os negociadores de opções protegem sua exposição vendendo Bitcoin à vista conforme a volatilidade aumenta, adicionando pressão mecânica independentemente dos fundamentos.

    E, assim como em qualquer outro mercado, alguns acreditam que isso se torna um padrão por pura expectativa racional, o que é apenas outra maneira de dizer profecia autorrealizável.

    Os números corroboram a observação de Berg. O Índice de Medo e Ganância de Criptomoedas caiu de 74 em 100 para 52, apesar do mercado acionário global mostrar uma visão mais otimista, com 64 pontos. Quase neutro, mas ainda na zona de “ganância”.

    Mas setembro chega com contracorrentes incomuns. O Federal Reserve compartilhou declarações positivas, com o mercado precificando outro corte para a reunião de 18 de setembro. A inflação subjacente permanece estagnada em 3,1%, enquanto duas guerras ativas interrompem as cadeias de suprimentos globais. Essas condições criam o que Daniel Keller, CEO da InFlux Technologies, vê como uma tempestade perfeita.

    “Temos dois teatros de combate que definiram a história, um na Europa e outro no Oriente Médio, que estão interrompendo cadeias de suprimentos críticas”, disse Keller ao Decrypt. “Além disso, os EUA iniciaram uma guerra comercial global contra quase todos os seus principais aliados. O estado atual da geopolítica global posiciona perfeitamente o BTC para um declínio acentuado em setembro de 2025.”

    Em outras palavras, neste momento, os mercados não veem o Bitcoin como um hedge, que era a narrativa dominante pré-COVID do BTC como um ativo. Os mercados o veem muito mais como um ativo de risco.

    Os indicadores técnicos estão começando a pintar um quadro assustador para os traders. O Bitcoin rompeu abaixo do nível crítico de suporte de US$ 110.000, que ancorou o rali desde maio. A média móvel de 50 dias está em US$ 114.000 e agora atua como resistência, com a MME de 200 dias fornecendo suporte perto da linha de preço de US$ 103.000.

    Traders técnicos podem estar observando US$ 105.000 como o fundo. No Myriad, um mercado preditivo desenvolvido pela Dastan, empresa controladora da Decrypt, os traders atualmente colocam as chances de o Bitcoin cair novamente para US$ 105.000 em quase 75%.

    Uma quebra abaixo de US$ 105.000 teria como alvo níveis abaixo de US$ 100.000 abaixo da média móvel de 200 dias. Mantenha-se acima de US$ 110.000 durante as duas primeiras semanas de setembro e a maldição sazonal pode finalmente se romper.

    O índice de força relativa marca 38, em território de sobrevenda, o que implica que pelo menos alguns investidores em Bitcoin estão tentando se livrar de suas moedas o mais rápido possível. O volume permanece 30% abaixo das médias de julho, típico para negociações no final do verão, mas potencialmente problemático se a volatilidade aumentar.

    Mas mesmo que pareça que os traders estão se preparando para a repetição da história, alguns acreditam que os fundamentos do Bitcoin estão mais fortes do que nunca, e isso deve ser suficiente para o rei das criptomoedas superar este mês difícil — ou pelo menos não despencar como no passado.

    “A ideia de ‘Setembro Vermelho’ é mais mito do que matemática”, disse Ben Kurland, CEO da plataforma de pesquisa de criptomoedas DYOR, ao Decrypt. “Historicamente, setembro pareceu fraco devido ao rebalanceamento de portfólios, à perda de impulso do varejo e ao nervosismo macroeconômico, mas esses padrões eram importantes quando o Bitcoin era um mercado menor e mais frágil.”

    Kurland aponta a liquidez como o verdadeiro impulsionador agora. “A inflação não está caindo, ela está se mostrando estável, com os indicadores de núcleo ainda subindo lentamente. Mas mesmo com esse vento contrário, o Fed está sob pressão para afrouxar a política monetária, à medida que o crescimento esfria e os fluxos institucionais estão mais profundos do que nunca.”

    Os sinais de alerta tradicionais já estão piscando. O FOMC se reúne nos dias 17 e 18 de setembro, com os mercados divididos sobre se as autoridades manterão as taxas de juros ou as reduzirão.

    Keller recomenda observar atentamente os índices de medo e ganância. “Nas próximas semanas, os traders devem monitorar os índices de medo e ganância para determinar o sentimento geral do mercado e se é melhor manter o preço caso os preços subam ou vender à medida que o ‘Setembro Vermelho’ se aproxima”, disse ele.

    O padrão sazonal pode estar enfraquecendo à medida que as criptomoedas amadurecem. As perdas do Bitcoin em setembro diminuíram de uma média de -6% na década de 2010 para -2,55% nos últimos cinco anos. A adoção institucional por meio de ETFs e títulos do tesouro corporativo adicionou estabilidade. De fato, nos últimos dois anos, o Bitcoin registrou ganhos positivos em setembro.

    Berg vê todo esse fenômeno como uma psicologia autorreforçadora. “Após anos de vendas em setembro, a comunidade cripto se acostumou a esperar fraqueza. Isso cria um ciclo em que o medo da queda se torna a própria queda”, disse ele.

    Se a perspectiva parecer sombria, não se preocupe: depois do Setembro Vermelho, vem outubro — ou “Uptober” — que historicamente é o melhor mês do ano para o Bitcoin.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Jogo “Pudgy Party”, dos NFTs Pudgy Penguins, é lançado para iOS e Android

    Jogo “Pudgy Party”, dos NFTs Pudgy Penguins, é lançado para iOS e Android

    A marca de NFTs da Ethereum, Pudgy Penguins, e a desenvolvedora de jogos Mythical Games anunciaram o lançamento global do Pudgy Party, um jogo de festa para dispositivos móveis que já está disponível para Android e iOS.

    O Pudgy Party é comparado a jogos populares como Fall Guys e Stumble Guys — versões vibrantes do gênero battle royale, no qual os jogadores correm por pistas de obstáculos radicais e persistem em desafios de sobrevivência.

    E, desta vez, tem um toque Web3.

    “Temos nossa própria interpretação desse gênero”, disse o CEO da Mythical Games, John Linden, ao Decrypt. “Achamos que era o foco certo não apenas para a marca, mas também para a jogabilidade — algo que a comunidade pode realmente apoiar.”

    Em Pudgy Party, os usuários entrarão em um jogo repleto de personagens dos Pudgy Penguins, que causaram impacto nas redes sociais e em produtos de varejo, como bichinhos de pelúcia. E os jogadores se inscreverão automaticamente no jogo Web3 durante o processo, mesmo que não percebam.

    “Cada jogador que entra é automaticamente integrado a uma carteira”, disse Linden.

    “Eles têm uma carteira, mas a maioria nem sabe disso”, disse ele sobre a experiência de integração, que foi projetada para incentivar “a entrada e o jogo”. O jogo integra blockchain por meio da Mythos Chain, uma rede construída na blockchain Polkadot, em segundo plano.

    “O conteúdo do Web3 está praticamente integrado”, acrescentou. “De repente, você recebe ativos e os eleva de nível, podendo trocá-los e queimá-los para outras coisas. Tudo isso fica praticamente oculto para o usuário inicialmente.”

    Os usuários poderão coletar trajes, emotes e outros ativos do jogo, bem como trajes que podem ser cunhados como NFTs e posteriormente negociados no mercado.

    O jogo será lançado com seu primeiro evento sazonal, “Dopameme Rush”, um evento com temática de cérebros podres, apresentando memes populares da internet. As temporadas ocorrerão mensalmente e incluirão passes gratuitos e premium, além de eventos especiais e competições de classificação.

    Depois de levar uma marca em declínio às prateleiras do Walmart e da Target, o CEO da Pudgy Penguins, Luca Netz, elevou o nível para o próximo lançamento do jogo.

    “Ele precisa ter, no mínimo, dezenas de milhões de jogadores e downloads”, disse ele ao Decrypt. “Minha esperança é que possamos realmente impulsionar e tornar este aplicativo um dos principais na App Store, ponto final.”

    Netz espera que a Pudgy Party faça um grande avanço além da bolha das criptomoedas e se torne o primeiro produto da franquia Pudgy.

    “Acho que veremos alguns dos maiores streamers do mundo transmitindo a Pudgy Party. Acho que veremos eventos épicos na vida real, campanhas gigantescas, torneios e premiações para atrair pessoas”, disse ele, acrescentando que acredita que este será o “maior jogo Web3 que já tivemos”.

    A Mythical Games já desenvolveu alguns dos jogos mais importantes da Web3, com FIFA Rivals e NFL Rivals, que juntos acumularam milhões de downloads em dispositivos móveis. A empresa espera construir algo semelhante com os Pudgy Penguins.

    “Queremos construir uma franquia para sempre com o Luca”, disse Linden. “Queremos ajudá-los a levar isso para o mundo dos jogos e ter algo que possa ser jogado por literalmente centenas de milhões de pessoas ao longo do tempo.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Eliza Labs processa o X e acusa plataforma de Elon Musk de copiar sua IA

    Eliza Labs processa o X e acusa plataforma de Elon Musk de copiar sua IA

    A Eliza Labs e seu fundador, Shaw Walters, estão processando o X, de Elon Musk, alegando que a empresa os enganou para que entregassem detalhes técnicos sobre suas ferramentas de inteligência artificial (IA), depois os baniu da plataforma e lançou produtos iguais.

    O processo alega que o X usou injustamente seu poder de monopólio, prejudicou a reputação da Eliza, bloqueou seu acesso a clientes e investidores e lucrou com as inovações da empresa. A Eliza Labs não divulgou um valor monetário, mas pede ao tribunal que faça o X devolver seus “ganhos ilícitos”, pagar pelas perdas da Eliza e adicionar indenizações em triplo e punitivas.

    A Eliza Labs é a empresa por trás do ElizaOS, uma estrutura de código aberto para a construção de agentes autônomos de IA que podem interagir e executar tarefas em redes blockchain.

    A denúncia, apresentada na quarta-feira no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Norte da Califórnia, alega que a Eliza foi convidada, extraída de informações e, por fim, rejeitada — com sua própria estrutura supostamente adaptada para o produto de IA concorrente do X, o Grok.

    O processo alega que, no início de 2025, o X convidou Walters para uma reunião após as ferramentas de código aberto da Eliza ganharem força entre os desenvolvedores. A plataforma permite que os usuários criem agentes de IA autônomos e avatares 3D com integração de chat, voz, vídeo e telefone em tempo real.

    Logo depois, o X supostamente exigiu uma licença empresarial de US$ 50.000 por mês para continuar operando na plataforma, antes de suspender as contas da Eliza Labs e de Walters por violar os termos e condições do X. Mensagens internas citadas na denúncia mostram um executivo do X alertando que a Eliza Labs havia acionado uma ação judicial por violação de API, clientes governamentais não verificados e casos de uso não aprovados. A Eliza Labs alegou que o X então se ofereceu para interromper o processo em troca de novas negociações.

    Enquanto as contas permaneceram inativas, Walters afirma que o X continuou solicitando documentação técnica sob o pretexto de resolver o problema — e então lançou agentes de IA quase idênticos sob sua marca xAI.

    De acordo com a especialista jurídica Kelly Lawton-Abbott, sócia do escritório de advocacia SSM, o processo inova no setor de IA — mas enfrenta poucas chances de sucesso.

    “Não há muitos casos no setor de IA sobre comportamento anticompetitivo”, disse Lawton-Abbott ao Decrypt. “Como o Eliza é uma plataforma de software de código aberto, eles não têm a mesma proteção de seu software que teriam se fosse proprietário.”

    De acordo com Lawton-Abbott, o ônus da prova em processos antitruste federais é alto. “Para antitruste, é um padrão bastante alto”, disse ela. “Acho que será difícil para eles obterem sucesso.”

    Ainda assim, Lawton-Abbott disse que o processo pode ser mais sobre alavancagem do que litígio. “Eu não esperaria que isso avançasse”, disse ela. “Acho que provavelmente será uma forma de alavancar um acordo.”

    A Lawton-Abbott também reconheceu a dinâmica de poder subjacente entre as empresas.

    O processo alega que o X nunca respondeu ao pedido da Eliza Labs para que suas contas fossem restabelecidas e, em vez disso, lançou seus próprios agentes de IA com recursos semelhantes. Em julho, a divisão de inteligência artificial do X, a xAI, lançou “Companions”, um novo recurso no aplicativo de chatbot Grok. O lançamento incluiu Ani, um avatar gótico em estilo anime que cumprimenta os usuários com “Hey babe!” e Rudy, um panda vermelho com capuz para interações mais divertidas.

    A X Corp. não respondeu publicamente à queixa. No entanto, sua ferramenta de IA, a Grok, mostrou-se otimista quanto à vitória da Eliza no tribunal.

    “Este caso tem ganchos intrigantes, mas enfrenta batalhas difíceis, especialmente contra uma plataforma como o X, com recursos financeiros e defesas que favorecem precedentes”, afirmou o agente. “No geral, há 40-50% de chances de isso sobreviver à demissão — alegações de fraude/UCL são mais difíceis de serem resolvidas do que as ações antitruste, que muitas vezes falham contra gigantes da tecnologia.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • O que dá valor ao Bitcoin?

    O que dá valor ao Bitcoin?

    O que dá valor ao Bitcoin? Muitas pessoas responderiam de imediato com explicações diretas, como sua escassez ou o fato de ter sido o pioneiro das criptomoedas. No entanto, o que sustenta seu valor vai além disso e envolve também fatores como sentimento e confiança. 

    Isso não significa tratá-lo como uma religião, mas a forma como a comunidade se divide entre bitcoiners — engajados que investem e acreditam no Bitcoin — e maximalistas — que defendem que apenas o Bitcoin importa — chega a lembrar a intensidade de crenças quase dogmáticas.

    Não diferente de moedas como Real, Dólar, Euro e de tantas outras, seu lastro do Bitcoin também é a confiança. Mas com uma diferença: essa confiança não está depositada em um governo, banco central ou autoridade emissora, mas sim no próprio código, na matemática e na rede descentralizada que o fundamenta, lhe dá base e o sustenta.

    É provável que Satoshi Nakamoto, o criador da tecnologia, nem tenha idealizado isso, e sim apenas a adoção em massa em prol da descentralização.

    Nos últimos anos – pelo menos desde 2017 –, o Bitcoin deixou de ser apenas uma curiosidade tecnológica para se tornar um ativo global, com capitalização de mercado na casa de trilhões (sim, US$ 2,2 trilhões em agosto 2025). Mas afinal, o que sustenta esse ativo trilionário?

    O professor Andrew Urquhart, especialista em Finanças e Tecnologia Financeira e chefe do Departamento de Finanças da Birmingham Business School (BBS), se baseou em pesquisas acadêmicas que ajudaram a responder essa questão. Veja a seguir seus comentários, publicados pelo portal Decrypt.

    Escassez programada: o código como ouro digital

    Um dos pilares do valor do Bitcoin está em sua escassez programada. O protocolo define que apenas 21 milhões de moedas existirão, o que o torna comparável ao ouro como proteção contra a inflação. Estudos acadêmicos apreciados por Urquhart mostram que essa limitação é um fator central na sustentação de seu preço a longo prazo.

    Efeitos de rede: quanto mais gente, mais valor

    A escassez, porém, não basta sem demanda. O Bitcoin ganha força por meio dos efeitos de rede: quanto mais pessoas adotam e confiam nele, mais valiosa se torna a própria rede. Pesquisadores apontam que a expectativa de aceitação futura cria uma dinâmica de confiança que ajuda a explicar por que a moeda digital resiste a sucessivos ciclos de alta e baixa.

    Mineração de Bitcoin: custo real que sustenta a rede

    Outro elemento essencial é o custo de produção. O sistema de prova de trabalho (Proof of Work, ou  PoW), no qual mineradores utilizam energia e hardware para validar transações, não apenas garante a segurança da rede, como também impõe um custo real ao Bitcoin. Pesquisas indicam que, na prática, o preço raramente cai abaixo do custo de mineração, criando uma espécie de “piso” para sua cotação.

    Especulação e sentimento: a influência da atenção

    O valor do Bitcoin também é fortemente moldado pela especulação e pelo sentimento do mercado. Estudos, inclusive do próprio professor Urquhart, mostram que o preço responde à cobertura da mídia, às tendências de busca online e ao burburinho nas redes sociais. Nesse sentido, crença e narrativa exercem influência tão grande quanto fatores técnicos.

    Papel macroeconômico: reserva de valor e diversificação

    Em períodos de juros baixos ou de desconfiança nas moedas fiduciárias, investidores recorrem ao Bitcoin como uma reserva de valor alternativa. Embora estudos mostrem que ele se comporta mais como um ativo especulativo do que como um porto seguro, também pode desempenhar um papel de diversificação em carteiras, especialmente em certos contextos de mercado.

    Valor no código, na comunidade e na crença

    Segundo o professor Urquhart, o valor do Bitcoin nasce da combinação entre código, comunidade e crença. O código garante a escassez, a comunidade fortalece a utilidade e a segurança, enquanto a crença coletiva sustenta sua relevância e potencial futuro.

    O Bitcoin é, ao mesmo tempo, commodity, ativo tecnológico e instrumento especulativo — e é justamente essa complexidade que torna tão difícil defini-lo, mas também tão fascinante entender o que dá valor a ele.

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  • Mais de 90 ETFs de criptomoedas aguardam aprovação da SEC, incluindo XRP e Solana

    Mais de 90 ETFs de criptomoedas aguardam aprovação da SEC, incluindo XRP e Solana

    Há um número crescente de pedidos de fundos negociados em bolsa (ETFs) que oferecem aos investidores exposição a criptomoedas na mesa da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), totalizando 92 registros, de acordo com James Seyffart, analista de ETFs da Bloomberg.

    “Você quase certamente terá que apertar os olhos e dar zoom para ver”, disse ele no X, enquanto publicava uma captura de tela de uma planilha que incluía vários emissores, ativos e prazos na sexta-feira (29).

    Este ano, gestores de ativos têm se esforçado para oferecer ETFs nos EUA para criptomoedas além dos aprovados para Bitcoin e Ethereum no ano passado. Eles variam de grandes altcoins como XRP e Solana — os novos alvos mais populares, com base na lista — a memecoins relativamente obscuras como Bonk e o token oficial de Donald Trump.

    Embora a SEC tenha adiado as decisões sobre os pedidos de vários produtos este ano, o regulador enfrenta um prazo final para pelo menos uma dúzia de pedidos em outubro. Especialistas, incluindo Seyffart, esperam que a SEC aprove vários pedidos nessa época.

    Em junho, Seyffart disse que é uma questão de “quando, e não se” para moedas como Solana, XRP e Litecoin. Ele as descreveu como quase garantidas, com 95% de probabilidade de aprovação este ano.

    ETFs para outras moedas, como Dogecoin, Cardano, Polkadot, Hedera e Avalanche, também apresentam uma grande chance, acrescentou Seyffart, prevendo 90% de probabilidade de aprovação para o mesmo período.

    Alguns investidores de criptomoedas podem estar esperançosos de que a aprovação de um ETF para sua moeda preferida leve a preços mais altos e uma adoção mais ampla, potencialmente entre instituições financeiras. Luca Prosperi, cofundador e CEO da plataforma de stablecoin M0, está um tanto cético. Ele disse ao Decrypt que é provável que muitos ETFs de criptomoedas fechem devido à fraca entrada de investidores.

    “Não acredito que muitos deles tenham vida longa”, disse ele. “Acho que existem muito poucos, se é que existem, ativos [digitais] grandes e maduros o suficiente para sustentar um ETF além de Bitcoin, Ethereum e Solana.”

    Ainda assim, a grande quantidade de aplicações em ETFs demonstra como as criptomoedas estão se tornando parte da infraestrutura financeira tradicional ao longo do tempo, acrescentou.

    “Agora que este setor está amadurecendo, Wall Street está obviamente tentando encontrar maneiras de atrair a atenção das pessoas comuns”, disse ele. “ETFs são ótimos condutores.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Taxas da rede Tron caem 60% após votação — o que esperar agora?

    Taxas da rede Tron caem 60% após votação — o que esperar agora?

    O uso da Tron ficou mais barato depois que a comunidade de detentores de tokens da rede cripto votou pela redução das taxas em 60%, de acordo com o fundador da blockchain, Justin Sun.

    Em uma publicação no X durante a noite, o bilionário empreendedor de criptomoedas Sun — que possui diversos empreendimentos em ativos digitais — afirmou que a proposta, em última análise, beneficiaria os usuários. A mudança entrou em vigor na sexta-feira (29), conforme o horário informado na publicação de Sun.

    A Tron é a blockchain por trás do TRX, a 10ª maior moeda digital em valor total, que tem um valor de mercado atual de US$ 31,9 bilhões. A rede Tron é popular, principalmente entre os usuários de stablecoins.

    “Para os usuários, essa redução nas taxas é um benefício real”, disse Sun. “Cortar as taxas em 60% é ousado e raro para qualquer rede. No curto prazo, a lucratividade da Tron será afetada, já que as taxas da rede serão reduzidas diretamente em 60%.”

    Sun acrescentou: “No entanto, a longo prazo, a lucratividade aumentará à medida que mais usuários e transações ocorrerem na rede Tron.”

    A Tron já tinha a reputação de ser uma blockchain barata. Mas os custos de transação dispararam recentemente: o preço médio para realizar uma transação na rede era de US$ 1,70, mas em dezembro chegou a US$ 2,50, de acordo com a Token Terminal.

    A blockchain Tron é popular como rede de pagamento para stablecoins porque permite que os usuários enviem tokens digitais de forma rápida e barata no espaço de finanças descentralizadas ou DeFi, onde os usuários realizam transações sem permissão e sem revelar suas identidades.

    As principais stablecoins USDC e USDT estão disponíveis na rede Tron, bem como em outras blockchains, como Ethereum e Solana.

    Stablecoins são tokens digitais populares lastreados em moedas fiduciárias não voláteis, como dólares, euros ou ienes. A ideia é que os traders de criptomoedas possam fazer transações rápidas — como comprar Bitcoin e outros ativos digitais — sem precisar usar os serviços bancários tradicionais.

    Dados do DeFiLlama mostram que o valor de mercado total de stablecoins na Tron atualmente ultrapassa US$ 82 bilhões, tornando-a a segunda maior rede de criptomoedas para tokens, depois da Ethereum, que possui um valor de mercado de stablecoins de US$ 148,5 bilhões.

    A capitalização de mercado total de todas as stablecoins em todas as redes de criptomoedas é de US$ 283,3 bilhões, o que significa que a participação da Tron é próxima a 30% do total.

    A TRX estava sendo negociada recentemente por cerca de US$ 0,34 por moeda, de acordo com a CoinGecko, após cair quase 2% em um período de 24 horas.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Investidores da Strategy desistem de ação judicial sobre promessas de lucratividade do Bitcoin

    Investidores da Strategy desistem de ação judicial sobre promessas de lucratividade do Bitcoin

    Investidores da gigante do Bitcoin, Strategy, rejeitaram uma ação coletiva contra a empresa por supostamente fazer declarações falsas e enganosas sobre sua lucratividade.

    A ação foi movida inicialmente em maio, acusando a empresa — famosa por migrar do desenvolvimento de software para uma estratégia de acumulação de Bitcoin em tempo integral — de enganar investidores sobre o impacto que as novas práticas contábeis de criptomoedas teriam em sua lucratividade.

    Este ano, a Strategy, que atualmente detém mais de US$ 68 bilhões em BTC, adotou um padrão contábil de valor justo que lhe permitiu registrar oscilações trimestrais no preço do Bitcoin em seus balanços.

    Anteriormente, a empresa registrava seu Bitcoin pelo custo original de compra; embora pudesse contabilizar quedas no valor do token como “encargos de impairment”, não podia aumentar os aumentos de preço, a menos que os tokens fossem vendidos.

    Investidores que entraram com ações judiciais contra a Strategy e sua liderança no início deste ano argumentaram que a empresa os enganou ao exagerar o impacto positivo que essa nova estratégia contábil teria na lucratividade da empresa.

    Quando a Strategy anunciou um prejuízo líquido de US$ 4,22 bilhões no primeiro trimestre de 2025 — apesar da alta histórica do Bitcoin nos seis meses anteriores — os acionistas começaram a se revoltar.

    Mas, na quinta-feira, os autores de um dos processos mais importantes contra a empresa optaram por rejeitar voluntariamente suas alegações. A rejeição estipulada em conjunto, apresentada em um tribunal federal no leste da Virgínia, onde a Strategy está sediada, foi feita com prejuízo — o que significa que as alegações não podem ser apresentadas novamente em tribunal.

    O Decrypt entrou em contato com os advogados dos autores perguntando por que eles haviam desistido de suas alegações ou se algum acordo havia sido alcançado com a Strategy, mas não recebeu uma resposta imediata.

    Nas últimas semanas, a Strategy enfrentou outras críticas sobre como apresenta seu modelo de negócios pouco ortodoxo aos acionistas. No início deste mês, um importante consultor de Wall Street criticou a empresa por comparar sua relação preço/lucro com empresas como Apple e Nvidia — uma atitude que foi “100% fraudulenta”, disse o consultor, porque o desempenho recente da empresa foi impulsionado por um aumento “único” no preço do Bitcoin, e não por fundamentos de negócios que provavelmente se repetirão.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Baleia com US$ 5 bilhões vende Bitcoin para comprar Ethereum

    Baleia com US$ 5 bilhões vende Bitcoin para comprar Ethereum

    Um grande detentor de Bitcoin depositou 2.000 Bitcoins — no valor de mais de US$ 216 milhões — na corretora Hyperliquid e os vendeu metodicamente em Ethereum, de acordo com dados do explorador de blocos de rede Hypurrscan.

    O endereço terminado em “eCb43” recebeu inicialmente 1.000 BTC, no valor de cerca de US$ 108 milhões, em duas transações por volta das 10h57 (horário do leste dos EUA) de sexta-feira (29). Logo depois, a conta começou a vender pequenos lotes de Bitcoin por Ethereum, frequentemente vendendo de 1 a 1,5 BTC por vez e comprando a quantia correspondente em ETH até que seus Bitcoins se esgotassem.

    Posteriormente, ele reabasteceu com outro depósito de 1.000, seguindo o mesmo manual, antes de finalmente transferir todo o Ethereum — mais de 42.750 ETH — de sua carteira.

    A empresa de análise on-chain Arkham Intelligence conectou o endereço a outros que coletivamente detêm US$ 5 bilhões em Bitcoin, e a um que depositou pelo menos US$ 800 milhões em Bitcoin na Hyperunit em 24 de agosto. A Hyperunit é uma plataforma que permite que tokens nativos como Bitcoin e Ethereum sejam depositados e, por fim, negociados na Hyperliquid.

    “Uma baleia com mais de US$ 5 bilhões em BTC está comprando ETH. Ela acabou de transferir US$ 1,1 bilhão em BTC para uma nova carteira e começou a comprar ETH pela Hyperunit/HL”, publicou Arkham no X. “Essa baleia comprou US$ 2,5 bilhões em ETH na semana passada e continua comprando.”

    Na semana passada, uma baleia de Bitcoin fez a mesma operação, optando por trocar parte de seu BTC por US$ 75 milhões alavancados em posições compradas em ETH.

    As baleias de Bitcoin têm ganhado vida ultimamente. Um bilionário do Bitcoin realizou recentemente a maior transferência de “BTCs antigos”, ou moedas que não se movimentam há 10 anos, da história, ao transferir mais de US$ 8 bilhões.

    Posteriormente, esse mesmo Bitcoin OG sacou mais de US$ 9 bilhões do maior criptoativo, vendendo mais de 80.000 Bitcoins adquiridos na era Satoshi por meio da empresa de criptoativos Galaxy Digital.

    Tanto o Bitcoin quanto o Ethereum estavam sendo negociados com queda de cerca de 4% na sexta-feira, sendo negociados por US$ 108.196 e US$ 4.318, respectivamente.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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