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  • Investidores da Strategy desistem de ação judicial sobre promessas de lucratividade do Bitcoin

    Investidores da Strategy desistem de ação judicial sobre promessas de lucratividade do Bitcoin

    Investidores da gigante do Bitcoin, Strategy, rejeitaram uma ação coletiva contra a empresa por supostamente fazer declarações falsas e enganosas sobre sua lucratividade.

    A ação foi movida inicialmente em maio, acusando a empresa — famosa por migrar do desenvolvimento de software para uma estratégia de acumulação de Bitcoin em tempo integral — de enganar investidores sobre o impacto que as novas práticas contábeis de criptomoedas teriam em sua lucratividade.

    Este ano, a Strategy, que atualmente detém mais de US$ 68 bilhões em BTC, adotou um padrão contábil de valor justo que lhe permitiu registrar oscilações trimestrais no preço do Bitcoin em seus balanços.

    Anteriormente, a empresa registrava seu Bitcoin pelo custo original de compra; embora pudesse contabilizar quedas no valor do token como “encargos de impairment”, não podia aumentar os aumentos de preço, a menos que os tokens fossem vendidos.

    Investidores que entraram com ações judiciais contra a Strategy e sua liderança no início deste ano argumentaram que a empresa os enganou ao exagerar o impacto positivo que essa nova estratégia contábil teria na lucratividade da empresa.

    Quando a Strategy anunciou um prejuízo líquido de US$ 4,22 bilhões no primeiro trimestre de 2025 — apesar da alta histórica do Bitcoin nos seis meses anteriores — os acionistas começaram a se revoltar.

    Mas, na quinta-feira, os autores de um dos processos mais importantes contra a empresa optaram por rejeitar voluntariamente suas alegações. A rejeição estipulada em conjunto, apresentada em um tribunal federal no leste da Virgínia, onde a Strategy está sediada, foi feita com prejuízo — o que significa que as alegações não podem ser apresentadas novamente em tribunal.

    O Decrypt entrou em contato com os advogados dos autores perguntando por que eles haviam desistido de suas alegações ou se algum acordo havia sido alcançado com a Strategy, mas não recebeu uma resposta imediata.

    Nas últimas semanas, a Strategy enfrentou outras críticas sobre como apresenta seu modelo de negócios pouco ortodoxo aos acionistas. No início deste mês, um importante consultor de Wall Street criticou a empresa por comparar sua relação preço/lucro com empresas como Apple e Nvidia — uma atitude que foi “100% fraudulenta”, disse o consultor, porque o desempenho recente da empresa foi impulsionado por um aumento “único” no preço do Bitcoin, e não por fundamentos de negócios que provavelmente se repetirão.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Baleia com US$ 5 bilhões vende Bitcoin para comprar Ethereum

    Baleia com US$ 5 bilhões vende Bitcoin para comprar Ethereum

    Um grande detentor de Bitcoin depositou 2.000 Bitcoins — no valor de mais de US$ 216 milhões — na corretora Hyperliquid e os vendeu metodicamente em Ethereum, de acordo com dados do explorador de blocos de rede Hypurrscan.

    O endereço terminado em “eCb43” recebeu inicialmente 1.000 BTC, no valor de cerca de US$ 108 milhões, em duas transações por volta das 10h57 (horário do leste dos EUA) de sexta-feira (29). Logo depois, a conta começou a vender pequenos lotes de Bitcoin por Ethereum, frequentemente vendendo de 1 a 1,5 BTC por vez e comprando a quantia correspondente em ETH até que seus Bitcoins se esgotassem.

    Posteriormente, ele reabasteceu com outro depósito de 1.000, seguindo o mesmo manual, antes de finalmente transferir todo o Ethereum — mais de 42.750 ETH — de sua carteira.

    A empresa de análise on-chain Arkham Intelligence conectou o endereço a outros que coletivamente detêm US$ 5 bilhões em Bitcoin, e a um que depositou pelo menos US$ 800 milhões em Bitcoin na Hyperunit em 24 de agosto. A Hyperunit é uma plataforma que permite que tokens nativos como Bitcoin e Ethereum sejam depositados e, por fim, negociados na Hyperliquid.

    “Uma baleia com mais de US$ 5 bilhões em BTC está comprando ETH. Ela acabou de transferir US$ 1,1 bilhão em BTC para uma nova carteira e começou a comprar ETH pela Hyperunit/HL”, publicou Arkham no X. “Essa baleia comprou US$ 2,5 bilhões em ETH na semana passada e continua comprando.”

    Na semana passada, uma baleia de Bitcoin fez a mesma operação, optando por trocar parte de seu BTC por US$ 75 milhões alavancados em posições compradas em ETH.

    As baleias de Bitcoin têm ganhado vida ultimamente. Um bilionário do Bitcoin realizou recentemente a maior transferência de “BTCs antigos”, ou moedas que não se movimentam há 10 anos, da história, ao transferir mais de US$ 8 bilhões.

    Posteriormente, esse mesmo Bitcoin OG sacou mais de US$ 9 bilhões do maior criptoativo, vendendo mais de 80.000 Bitcoins adquiridos na era Satoshi por meio da empresa de criptoativos Galaxy Digital.

    Tanto o Bitcoin quanto o Ethereum estavam sendo negociados com queda de cerca de 4% na sexta-feira, sendo negociados por US$ 108.196 e US$ 4.318, respectivamente.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Stablecoins: promotores veem lacunas em regulação e pedem ação rápida do Congresso

    Stablecoins: promotores veem lacunas em regulação e pedem ação rápida do Congresso

    Durante evento realizado na Câmara dos Deputados, promotores de justiça especializados em crimes financeiros alertaram para os riscos de lacunas regulatórias envolvendo stablecoins no Brasil. O tom dos participantes foi de preocupação, mas também de otimismo em relação ao papel que a legislação pode cumprir para equilibrar inovação e proteção da sociedade.

    O promotor de Justiça Fabiano Cossermelli, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), destacou que o Projeto de Lei das Stablecoins pode ser decisivo para dar segurança jurídica a um mercado que já movimenta bilhões no país. “O grande desafio do Congresso Nacional é encontrar soluções que permitam equacionar tanto o desenvolvimento do mercado, a evolução das atividades econômicas, com a proteção da sociedade. E acredito sinceramente que isso é possível”, afirmou durante o seminário “Regulação de Stablecoins no Brasil”.

    Para ele, a regulamentação não deve sufocar a inovação, mas precisa garantir mecanismos eficazes de combate a ilícitos.

    Já Diogo Erthal, também promotor do MPRJ, chamou atenção para a crescente presença das stablecoins em crimes investigados no Brasil. Segundo ele, cerca de 80% dos ativos digitais associados a atividades criminosas no país estão vinculados a stablecoins. Isso se deve, em parte, à facilidade de movimentação e liquidez desses ativos.

    Leia também: Regulação lenta das stablecoins pode abrir espaço ao crime organizado, aponta Banco Central

    Nesse contexto, a colaboração de emissores como Tether e Circle tem sido fundamental. “Nossas investigações não têm como ser bem-sucedidas sem a relevante colaboração que a gente tem colhido em todas as nossas operações. O interesse majoritário dos atores do mercado é o mesmo do nosso: depurar essa pequena mancha que há nesse ecossistema”, afirmou.

    Os promotores defenderam que a futura lei preveja a obrigatoriedade de representação local de emissores internacionais no Brasil, justamente para facilitar a cooperação em casos de crimes. Hoje, parte da colaboração ocorre em bases voluntárias, o que nem sempre garante agilidade. “O fator tempo, nesse cenário, é crucial. O dinamismo das transações é incompatível com os mecanismos usuais de cooperação internacional, que são lentos e burocráticos”, ressaltou Cossermelli.

    Outro ponto abordado foi a criação do CriptoJud, sistema em fase de testes desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça para centralizar ordens judiciais relacionadas a criptoativos. A ideia é replicar no universo digital o que o SisbaJud fez com o sistema financeiro tradicional, trazendo mais agilidade e segurança para comunicações entre Judiciário e empresas do setor. “Isso vai ser um ganho imenso tanto para nós quanto para vocês, porque o serviço privado vai ter uma centralização para obter ordens e responder ordens com segurança”, disse Cossermelli.

    Leia também: CriptoJud: Novo sistema da Justiça vai facilitar bloqueio de criptomoedas em exchanges

    No debate, também se destacou a importância do compliance das prestadoras de serviços de ativos virtuais (VASPs). Para Erthal, a proatividade dessas equipes pode muitas vezes antecipar investigações. Já Cossermelli reforçou que investir em compliance é também uma questão de sobrevivência de mercado: “Nenhuma empresa quer ter sua imagem vinculada ao favorecimento de atividades como a venda de material de pornografia infantil. O compliance eficaz é um diferencial que protege o negócio e toda a sociedade”.

    Por fim, os promotores fizeram um apelo por equilíbrio. “Não há antagonismo entre mercado e persecução penal. O mercado quer um cenário seguro para atuar e prosperar livre de atividades ilícitas, e a sociedade espera o mesmo. Basta que esses pontos de vista sejam harmonizados em um projeto de lei”, concluiu Cossermelli

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  • CVM projeta novas regras e maior aproximação com participantes do mercado de capitais

    CVM projeta novas regras e maior aproximação com participantes do mercado de capitais

    A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem intensificado esforços para consolidar uma cultura de integridade tanto internamente quanto no mercado de capitais. Em uma live promovida pelo MB, Bruno Luna, Chefe da Assessoria de Análise Econômica, Gestão de Riscos e Integridade da CVM, discutiu ao lado de Vanessa Butalla, Chief Legal, Compliance and Risk Officer do MB, os avanços do Programa Íntegra e os desafios para fortalecer a cultura de integridade no mercado de capitais.

    Criado em 2018, o programa surgiu da necessidade de organizar normas internas e evoluiu ao longo dos anos para se tornar um modelo de referência. Segundo Luna, o programa passou por diversas revisões e hoje é uma das prioridades estratégicas da CVM, sendo que o engajamento da administração é condição indispensável para que qualquer iniciativa tenha êxito. “Não tem absolutamente nenhum programa de integridade que pare de pé se você não tem, de fato, a alta administração abraçando o tema”, afirmou.

    Butalla ressaltou a importância de trazer o tema para além das fronteiras da autarquia. “O programa da CVM é uma referência de mercado. Ele nasceu voltado para os colaboradores, mas tem reflexo direto no relacionamento com o mercado de capitais. É essencial ouvir os servidores, porque muitas vezes o que imaginamos como principal dor não corresponde ao dia a dia”, afirmou.

    Segundo Luna, pesquisas periódicas com servidores foram fundamentais para expor problemas antes invisíveis. Um exemplo foi a constatação de que todas as denúncias de assédio relatadas em 2022 vieram de mulheres, o que levou à criação de iniciativas como a Rede Mulher CVM, uma ouvidoria específica para funcionárias e uma cartilha de combate ao assédio que se tornou referência em outros órgãos públicos.

    Neste cenário, Vanessa Butalla destacou a relevância dessas medidas e a coragem de enfrentar resistências internas. “Quem machuca não se lembra, quem é machucado não esquece. É fundamental capacitar gestores para enxergar além da sua própria experiência e desenvolver empatia com situações que, muitas vezes, não vivenciam diretamente”, disse.

    Ela também chamou atenção para o impacto dos conflitos geracionais dentro das organizações, lembrando que conceitos como microgerenciamento ainda geram interpretações distintas. Luna concordou e explicou que a entrada de novos servidores após anos sem concurso trouxe debates intensos sobre gestão e trabalho remoto, mas que esses embates ajudaram a abrir espaço para práticas mais modernas.

    A experiência acumulada levou a CVM a estender o conceito de integridade ao mercado de capitais. Em 2024, a autarquia realizou uma pesquisa inédita com mais de 1.500 participantes e 700 comentários voluntários, avaliando a conduta de gestores, conselheiros e assessores, além da percepção sobre a própria atuação regulatória. “Nunca tinha visto órgão regulador se expor tão abertamente. Recebemos inclusive relatos de profissionais que deixaram empresas por não concordar com práticas adotadas”, relatou Luna.

    O relatório final será divulgado em setembro e servirá de base para redefinição de prioridades de supervisão.

    Para Butalla, esse tipo de iniciativa aproxima regulador e mercado e ajuda a diferenciar casos de má-fé de situações que exigem mais diálogo. “Temos, sim, participantes mal-intencionados, mas também há muitos que agem de boa-fé e precisam de orientação para se enquadrar. É nesse diálogo que se encontra o ponto de equilíbrio”, observou.

    Com mais de 90 mil participantes regulados e uma estrutura que encolheu 30% na última década, a CVM tem apostado em um modelo de supervisão baseado em riscos, incluindo no radar temas como a tokenização de ativos. Ainda assim, Luna defende que será necessário avançar para normas mais robustas. “Assim como editamos regras específicas para companhias abertas, acredito que vamos ter que estabelecer diretrizes mínimas obrigatórias de integridade para todos os participantes regulados”, afirmou.

    Ao encerrar, Vanessa Butalla destacou a importância da parceria entre órgãos reguladores e empresas privadas para consolidar uma cultura ética sustentável. Já Bruno reforçou a mensagem central: “Integridade não é discurso, é prática. Se a alta administração não estiver comprometida, o projeto não se sustenta. E ouvir toda a organização é essencial”.

    Confira a live na íntegra:

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  • PL que propõe reserva estratégica de Bitcoin é retirado de pauta na Câmara

    PL que propõe reserva estratégica de Bitcoin é retirado de pauta na Câmara

    A Câmara dos Deputados, por meio da Comissão de Desenvolvimento Econômico, colocou em pauta, na quarta-feira (27), o PL 4501/2024, de autoria do deputado Eros Biondini (PL/MG), que trata de uma possível reserva estratégica de Bitcoin pelo governo federal. O texto, porém, foi retirado de pauta a pedido do deputado Zé Neto (PT/BA), que subscreveu o pedido do deputado Mauro Benevides Filho (PDT/CE), que não pôde comparecer à audiência.

    O PL 4501/2024, que tem relatoria do deputado Luiz Gastão (PSD-CE), propõe a formação de uma Reserva Estratégica Soberana de Bitcoins pelo Governo Federal.

    Zé Neto solicitou que o projeto fosse retirado de pauta, argumentando que questões envolvendo Bitcoin ainda carecem de um melhor ajuste legal, por serem situações recentes. Ele mencionou uma audiência pública com representantes da Fazenda e do Tesouro Nacional e disse que está buscando diálogo com o deputado Gastão para avançar em conversas sobre o tema. 

    O deputado Vander Loubet (PT/ MS)  também se manifestou a favor da retirada do PL sobre Bitcoin de pauta, afirmando disse que o tema “requer mais estudo técnico e projeto-piloto sem comprometer o patrimônio público”. Loubet citou a volatilidade das criptomoedas, riscos fiscais  e “ausência de estimativas de impacto”, acreditando, porém, ser “uma matéria interessante”.

    O relator Gastão não refutou o pedido regimental, mas argumentou que a iniciativa sobre reservas de Bitcoin traria mais estabilidade ao invés de instabilidade.

    Ele destacou que já houve uma audiência pública sobre o tema e que o projeto propõe apenas 5% das reservas, percentual considerado seguro para acompanhamento dos impactos.

    Ele afirmou que ajustes serão feitos com base nos pedidos do Tesouro, intermediados por Zé Neto, e defendeu a inclusão de Bitcoin nas reservas como forma de potencializar ganhos e estabilidade econômica. Como relator, busca ouvir todas as partes para apresentar um relatório mais consensual.

    Por sua vez, o deputado Vitor Lippi (PSDB/SP), 3º Vice-Presidente, da Comissão, afirmou que o pedido era compreensível “porque é um tema bastante novo para a sociedade e que vem crescendo muito no mundo”.

    Fazenda e BC contra reservas de Bitcoin

    Na semana passada, o Ministério da Fazenda e o Banco Central foram veementemente contra a inclusão de Bitcoin nas reservas internacionais do Brasil.  Daniel Leal, chefe da subsecretaria da Dívida Pública, defendeu que o PL não seja aprovado, afirmando que a volatilidade do Bitcoin é incompatível com as reservas internacionais, que priorizam segurança e liquidez.

    Luiz Guilherme Siciliano, chefe do departamento de reservas internacionais do BC, também não deixou dúvidas que o agente regulador é absolutamente contrário à ideia

     “Atualmente os criptoativos não atendem os critérios de elegibilidade para inclusão nos portfólios de reserva de bancos centrais sendo incompatíveis com os objetivos tradicionais de segurança, liquidez e retorno”, disse Siciliano.

    Quem saiu em defesa do Bitcoin foi Pedro Guerra, chefe de gabinete de Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Guerra já falou publicamente em favor do Bitcoin mais de uma vez

    “Em 2025, o ouro superou o euro como ativo de reservas dos bancos centrais no mundo. Imaginem as potencialidades de um ouro melhorado: mais escasso e transacionável em poucos minutos, 24 horas por dia  e sete dias por semana”, disse Guerra.

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  • Portugal aprova transposição do MiCA e destrava regulação das criptomoedas

    Portugal aprova transposição do MiCA e destrava regulação das criptomoedas

    O Conselho de Ministros de Portugal aprovou nesta quinta-feira (28) a proposta que transpõe para a legislação nacional o Regulamento dos Mercados de Criptoativos (MiCA), marco regulatório europeu que estabelece as bases para a supervisão e funcionamento da indústria de criptomoedas no bloco. A medida segue agora para apreciação do Parlamento português, com expectativa de aprovação já em setembro.

    O MiCA, aprovado em 2023 pelo Parlamento Europeu, define regras comuns para emissão, negociação e custódia de criptoativos, buscando oferecer maior proteção ao investidor e clareza regulatória às empresas. Cada país da União Europeia, porém, precisa adaptar a norma à sua realidade, estabelecendo, por exemplo, quem será o regulador responsável e quais serão as sanções aplicáveis.

    Até então, Portugal estava entre os poucos países que não haviam concluído o processo, ao lado da Romênia, em razão da queda do governo e eleições que ocorreram entre 2024 e 2025. A demora vinha gerando críticas de players locais e colocando em dúvida a continuidade do país como hub cripto europeu.

    Segundo Pedro Borges, cofundador e CEO do Mercado Bitcoin Portugal, a aprovação é fundamental para destravar o ambiente de negócios. “Portugal até ganhou fama, e com razão, de ser um hub muito positivo às criptomoedas, com uma lei tributária favorável. Mas esse atraso estava atrapalhando, porque mesmo que novos projetos pudessem ser criados, as empresas não sabiam a quem se dirigir. Não havia entidade definida que regulasse ou aprovasse novas licenças”

    Para Borges, o movimento devolve credibilidade ao ecossistema português e alinha o país à tendência europeia de dar mais segurança jurídica ao setor: “O que deveria ter sido um processo simples, quase automático, se arrastou muito e já causava algum embaraço ao país”.

    “Agora, com a transposição da lei finalmente avançando, Portugal volta a ter condições de atrair projetos sérios e inovadores””, conclui ele.

    Com a lei nacionalizada, corretoras, exchanges e emissores de tokens passam a ser enquadrados como sociedades financeiras, sujeitos a requisitos mais rígidos de governança, compliance e transparência. A expectativa do setor é que a entrada em vigor traga previsibilidade regulatória, fator decisivo para a instalação de novos players no país.

    Na prática, a transposição do MiCA pode representar o fim de uma incerteza que travava investimentos e limitava o crescimento da indústria de criptomoedas em Portugal. Agora, o desafio será transformar a regulação em vantagem competitiva e consolidar o país como referência europeia no setor.

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  • EUA abrem caminho para retorno de exchanges estrangeiras de criptomoedas

    EUA abrem caminho para retorno de exchanges estrangeiras de criptomoedas

    A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC) publicou na quinta-feira (28) um parecer esclarecendo o quadro de registro de juntas comerciais – Foreign Board of Trade (FBOT) – para entidades estrangeiras, o que abre uma brecha para que corretoras de criptomoedas possam voltar a oferecer seus serviços no país.

    FBOT é uma bolsa estrangeira registrada na CFTC que permite a empresas localizadas fora dos EUA oferecer acesso direto a suas plataformas para traders americanos. O comunicado estabelece regras claras para que empresas de cripto e outros mercados, que haviam se mudado para o exterior devido a anos de fiscalização rigorosa, possam retornar legalmente aos EUA, garantindo aos traders americanos acesso a mercados globais e diversos produtos. As empresas interessadas, contudo, precisam ser rigorosamente regulamentadas em seu território.

    Segundo a presidente interina da CFT, Caroline D. Pham, a medida faz parte da força-tarefa “Crypto Sprint” lançada pelo órgão no início do mês, composta por autoridades como o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (SEC), Paul Atkins.

    Crypto Sprint – que sugere corrida ou aceleração em prol do setor cripto – aborda temas como serviços bancários, stablecoins, impostos e políticas para a custódia e o estoque de ativos digitais, em um esforço para acelerar a regulação do setor de criptomoedas.

    “As empresas americanas que foram forçadas a se estabelecer em jurisdições estrangeiras para facilitar a negociação de criptoativos agora têm um caminho de volta aos mercados americanos”, comentou Phan. 

    Ela explicou que, desde a década de 1990, os americanos podem negociar em bolsas estrangeiras registradas na CFTC como FBOTs, e que a partir de agora a agência acolhe de volta os traders dos EUA, permitindo negociações eficientes e seguras sob suas regras, além de abrir os mercados norte-americanos para o resto do mundo.

    O reforço sobre o tema veio em um tuíte no X: “A partir de agora, a @CFTC dá as boas-vindas de volta aos americanos que querem negociar de forma eficiente e segura sob suas regras, além de abrir os mercados dos EUA para o resto do mundo”, postou Pham na tarde de ontem no X.

    Em um post anterior, Phan explicou que CFTC emitiu o parecer FBOT advisory, oferecendo clareza regulatória para que atividades de negociação em criptomoedas, que haviam sido deslocadas para o exterior devido à aplicação rigorosa de regras nos últimos anos, possam retornar legalmente aos Estados Unidos.

    Segundo ela, a medida reafirma a abordagem da agência de fornecer aos traders americanos acesso a mercados globais profundos e líquidos, com ampla variedade de produtos e classes de ativos. Com isso, empresas de criptomoedas que haviam se estabelecido em jurisdições estrangeiras agora têm um caminho para voltar a operar nos EUA.

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  • Mudança de consenso da Solana pode tornar finalização de blocos quase instantânea 

    Mudança de consenso da Solana pode tornar finalização de blocos quase instantânea 

    Os validadores da rede Solana iniciaram a votação da proposta SIMD-0326, que cria o novo protocolo de consenso Alpenglow e promete reduzir o tempo de bloco de 12,8 segundos para apenas 150 milissegundos, tornando a conclusão quase instantânea.

    “Alpenglow é uma grande reformulação do protocolo de consenso central de Solana”, afirma a proposta, que vai vai substituir o Proof-of-History (PoH) e o TowerBFT pelos novos protocolos Votor e Rotor, prometendo finalização de transações mais rápida e melhor eficiência de rede originária do token SOL.

    PoH é atualmente usado para registrar a ordem e o tempo das transações, servindo como “relógio interno” da rede, enquanto TowerBFT é o mecanismo de consenso – ou sistema de votação – que trabalha junto com o PoH para validar e finalizar blocos. Votor e Rotor, portanto, é que vão estar por trás da maior eficiência da rede Solana.

    Em resumo, enquanto o Votor acelera a validação de blocos de 12,8 segundos para 150 milissegundos, oferecendo confirmações quase instantâneas, o Rotor otimiza a disseminação de dados na rede, reduzindo saltos e aumentando a eficiência para aplicações de alto desempenho como DeFi e jogos, explicou o The Block.

    Neste início de tarde de quinta-feira (28), a votação, que pode durar até uma semana, ainda não havia atingido o quórum de 33% necessário, mas havia avançado para cerca de 12%, sem nenhum voto contrário ou abstenção, de acordo com dados em tempo real na plataforma Staking Facilities.

    Outro ponto da proposta SIMD-0326 apresenta também um modelo de resiliência “20+20”, que promete manter a rede funcionando mesmo que 20% dos validadores sejam adversários e outros 20% estejam offline.

    A proposta enquadra isso como um passo para atingir velocidades mais rápidas, ao mesmo tempo em que aumenta a segurança e a equidade para os validadores.

    O Bitcoin mostra muita força no 2º trimestre e é destaque entre os ativos de risco. Será que uma próxima máxima história de preço vem aí? Agora é hora de agir estrategicamente. Abra sua conta no MB e prepare sua carteira!

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  • Jogo Football.fun agita fãs de futebol com ganhos em criptomoedas

    Jogo Football.fun agita fãs de futebol com ganhos em criptomoedas

    O crescente debate sobre futebol entre os traders de criptomoedas ativos não se deve apenas ao retorno da Premier League Inglesa (EPL), mas também em grande parte ao Football.fun, ecossistema on-chain em crescimento que proporcionou retornos consideráveis ​​aos primeiros participantes e também aos fãs de futebol.

    O novo protocolo, construído na Base, blockchain de segunda camada da Coinbase baseada no Ethereum, permite que os usuários comprem cotas – frações de tokens – de seus jogadores de futebol favoritos, como Lamine Yamal e Kylian Mbappé, nas principais ligas profissionais do mundo, como EPL, La Liga e Bundesliga, e sejam recompensados ​​com base em seu desempenho real.

    O jogo combina a experiência de abrir cartas colecionáveis ​​com elementos de esportes de fantasia e negociação de criptomoedas, e cresceu mais de 10 vezes em apenas algumas semanas, com o valor total do mercado de cotas dos jogadores saltando de US$ 6 milhões para mais de US$ 65 milhões desde 12 de agosto.

    Já vimos fãs de futebol se aventurarem nas criptomoedas de outras maneiras, como por meio do jogo de fantasia baseado em NFT Sorare e por meio de tokens oficiais de torcida para diversos times de ponta. Mas o Football.fun é a iniciativa mais recente que está causando impacto — veja como funciona.

    Como funciona o Football.fun

    No Football.fun, os usuários podem negociar cotas de jogadores de futebol profissionais das principais ligas do mundo. 

    Essas cotas não apenas atuam como representantes do jogador em competições de fantasia que refletem seu desempenho em campo, mas também operam como tokens de criptomoedas, permitindo que os usuários especulem sobre seu valor futuro comprando e vendendo-as como outros ativos de criptomoedas populares ou memecoins.

    Essa especulação levou a ganhos enormes para os primeiros usuários, já que a plataforma viu um influxo de novos usuários e uma onda de depósitos, agora de até US$ 17 milhões no total, e um pico de volume diário de negociação de mais de US$ 15 milhões em 24 de agosto, de acordo com um painel da Dune.

    As cotas podem ser adquiridas de duas maneiras diferentes: no mercado aberto, onde um usuário pode usar Gold (GOLD), a moeda de mercado do Football.fun que é lastreada 1:1 pela stablecoin USDC; ou por meio de pacotes, que podem ser adquiridos com pontos de torneio (TP), ganhos ao jogar nos concursos de fantasia quinzenais da plataforma. 

    Os pacotes, que oferecem cotas de quatro jogadores de futebol aleatórios, vêm em três níveis e preços diferentes, com o menor oferecendo de 8 a 14 cotas de jogadores e o maior oferecendo de 285 a 535 cotas por 2.000 TP. 

    Como as cotas são distribuídas apenas por meio de pacotes ou no mercado aberto, o preço de cada jogador é totalmente determinado pela oferta e demanda do mercado. Jogadores líderes como Yamal e Mbappé estão cotados a 1,61 GOLD e 1,22 GOLD, respectivamente — ou US$ 1,61 e US$ 1,22 por ação. 

    (Reprodução)

    Cotas de empresas menos estabelecidas ou menos qualificadas podem ser adquiridas por apenas US$ 0,02 por ação. 

    Jogando o Football.fun

    A utilidade das cotas de um jogador vai além da especulação, já que os usuários do Football.fun podem usá-las para criar “esquadrões” jogáveis ​​em torneios quinzenais no site. 

    Esses times ou escalações agem como os de ligas esportivas de fantasia típicas, subindo e descendo nas tabelas de classificação com base no desempenho real dos jogadores em campo. Além de ganhar pontos por marcar gols e defender chutes, os jogadores também podem ter pontos subtraídos por erros como gols contra ou chances perdidas.

    Em cada torneio, os jogadores de futebol que ficam entre os cinco primeiros em suas posições (ou entre os três primeiros para goleiros) são recompensados, recompensando o usuário do Football.fun que os tem em seu time com Pontos de Torneio (TP) e Pontos de Habilidade, que permitem que eles promovam jogadores para seu time ativo.

    Como o TP é necessário para abrir os pacotes, um volante é criado no qual os jogadores são incentivados a criar um esquadrão para ganhar TP e, então, usar o TP para ganhar cotas, que podem ser usadas para jogar ou vender no mercado aberto. 

    Mas há um porém ao jogar cotas no Football.fun: você não pode simplesmente possuir todos os melhores jogadores e usá-los em todos os torneios. 

    Em vez disso, cada cota vem com quatro “contratos”, ou usos em um torneio na plataforma. Em outras palavras, uma cota de Yamine Lamal permitirá que o usuário o coloque em um elenco e acumule pontos por seu desempenho apenas quatro vezes. Depois disso, o usuário deve pagar para “renovar” seu contrato ou comprar mais cotas do jogador para usá-las em torneios. 

    Embora a plataforma ainda esteja em fase inicial, ela já acumulou mais de 12.000 depositantes únicos para seu produto profissional, e mais de 3 milhões de GOLD estão em saldo na plataforma aguardando para comprar cotas de novos jogadores no mercado aberto. No futuro, a empresa pretende adicionar um sistema de olheiros para ajudar a ampliar o leque de jogadores de futebol disponíveis.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Regulação lenta das stablecoins pode abrir espaço ao crime organizado, aponta Banco Central

    Regulação lenta das stablecoins pode abrir espaço ao crime organizado, aponta Banco Central

    Um dos principais temas do mercado de criptomoedas no mundo, as stablecoins foram assunto de um evento na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (28), que focou em tratar da necessidade de regulação desse segmento. Já existe no Brasil o Projeto de Lei 4308, que trata especificamente da emissão de das moedas digitais estáveis no país.

    O encontro reuniu representantes do Banco Central, da indústria de criptoativos e do Legislativo, que discutiram ajustes ao texto e os desafios para a criação de um marco regulatório sólido para esse tipo de ativo digital.

    No primeiro painel do seminário “Regulação de Stablecoins no Brasil”, o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) destacou que o PL 4308 já está há quase um ano na Comissão de Ciência e Tecnologia e que não acredita que o texto seja votado ainda este ano. Por outro lado, ele prevê que o projeto será aprovado no início do primeiro semestre de 2026.

    O deputado ainda ressaltou a necessidade de que o projeto não demore muito para ser aprovado, vista a velocidade com que o setor cripto se desenvolve. “Acredito que a gente vai, com as melhorias apresentadas, aprovar esse projeto de uma forma com a celeridade que também o tema exige. Eu tenho clareza que estamos no caminho certo, deputados dedicados ao tema, contribuição do setor mais unificada”, afirmou.

    Sobre o debate e necessidade de ajustes no projeto de regulação, o Banco Central reforçou que o PL representa um avanço importante, mas ainda precisa de ajustes para garantir segurança jurídica e estabilidade.

    Antonio Marcos Guimarães, do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, defendeu, em um outro painel do evento, a restrição da definição de stablecoins apenas a tokens lastreados em moeda fiduciária, como real, dólar ou euro: “Essa limitação permite uma regulamentação mais sólida, cria uma conexão com a Lei 14.478 e evita sobreposição com normas já existentes em outros mercados, como de derivativos ou duplicatas”.

    Segregação e urgência pela regulação

    Outro ponto debatido foi a extensão do patrimônio de afetação também aos ativos que lastreiam as stablecoins, ou seja, a segregação patrimonial. “Não faz sentido proteger apenas o ativo em si, sem que o investidor tenha acesso ao lastro em caso de quebra da corretora. O patrimônio de afetação deve alcançar os ativos de reserva, garantindo maior segurança”, explicou Guimarães.

    Já o analista legislativo Ricardo Paixão elogiou o substitutivo do PL 4308 por trazer uma solução prática, em especial no ponto em que alterou o texto original que exigia que a emissão da stablecoin fosse feita em território nacional para transferir a responsabilidade para corretores e bancos locais que vendem ou intermediam o acesso às stablecoins. “Isso garante que sempre haverá um CPF ou CNPJ no Brasil para responder perante a lei”, disse.

    Diante da complexidade das stablecoins, Guimarães seguiu o mesmo caminho de Aureo e disse acreditar que a regulação ocorra apenas em 2026. No entanto, Paixão alertou para o risco de que a demora possa fragilizar o Estado diante de crimes financeiros. “Não podemos correr o risco de um apagão do Estado. Se a regulação for lenta demais, stablecoins podem se tornar instrumento de lavagem de dinheiro para o crime organizado, especialmente em áreas onde o poder público já é ausente”, afirmou Paixão.

    Guimarães reconheceu a urgência: “A agenda tem evoluído de forma mais lenta do que gostaríamos. Mas o objetivo é avançar com consultas públicas e acelerar o tratamento das stablecoins como prioridade”.

    Paixão ainda acrescentou que, embora o país deva seguir princípios globais de transparência e auditoria, a regulação brasileira sempre terá peculiaridades próprias. “O que não podemos permitir é que stablecoins se tornem instrumento de facções criminosas ou de fragilização institucional.”

    Perspectivas

    Para a indústria, o PL 4308 é bem-vindo por impor robustez de compliance. Isabel Sica Longhi, Head of Payments Regulatory and Policy da Ripple, destacou: “O projeto estabelece regras de lastro, auditoria e cibersegurança. Isso é fundamental para separar iniciativas sérias das arriscadas e dar credibilidade ao setor”.

    Mas Longhi também apontou riscos vindos da Consulta Pública do BC, que poderia restringir o uso de stablecoins atreladas a moedas estrangeiras. “Isso poderia expor os consumidores a riscos maiores, empurrando-os para tokens referenciados em ativos mais voláteis, como o ouro”, disse.

    Ela trouxe ainda comparativos internacionais. “Na Argentina, o uso de stablecoins é massivo diante da inflação, mas não há regulação específica. No México, a emissão local é proibida, o que leva empresas a operarem a partir de outros países. Já nos EUA, o Genius Act e, na União Europeia, o MiCA, trouxeram clareza regulatória, mas com riscos de limitar a fungibilidade global. O ideal é uma equiparação regulatória e tecnológica que preserve a natureza global das stablecoins”.

    Já Guimarães destacou que “o desafio é lidar com um ativo que rompe fronteiras. Os principais emissores estão fora do Brasil, e o lastro não necessariamente está custodiado em instituições financeiras nacionais. É preciso construir uma resposta junto à sociedade para equilibrar inovação, estabilidade e proteção do consumidor”.

    Diálogo entre os setores

    Todos os participantes reforçaram a importância do diálogo contínuo entre Congresso, Banco Central e indústria. “O setor sério pede regulação porque isso dá credibilidade junto a investidores institucionais. A ideia não é travar a inovação, mas garantir um ambiente seguro”, disse Guimarães.

    Na mesma linha, Longhi destacou que a indústria apoia a responsabilização local: “Se uma stablecoin circula no Brasil, deve haver alguém observando as regras brasileiras e prestando contas ao regulador. Esse é um consenso entre Congresso, Banco Central e mercado”.

    A interlocução constante entre mercado, regulador e legisladores foi destacada como ponto positivo do processo. Guimarães reforçou que a regulação não deve ser vista como barreira à inovação, mas como forma de atrair investimentos e emprego. “O mercado sério pede regulação, porque ela dá credibilidade diante de investidores institucionais. A ideia é garantir que quem atua de forma correta tenha segurança e que os de má fé sejam expulsos pelo próprio mercado”, explicou.

    Apesar dos avanços, há consenso de que o caminho ainda é longo. O PL 4308 representa um passo importante, mas questões como taxonomia das stablecoins, patrimônio de afetação para emissores e até uma eventual revisão do arcabouço cambial do país seguem na pauta. Como sintetizou Isabel Sica Longhi: “Não chegaremos a um consenso imediato, mas é justamente desse debate que nasce a regulação capaz de equilibrar inovação, segurança jurídica e estabilidade econômica.”

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