O fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala Investment Company, empresa que faz investimentos em nome do governo de Abu Dhabi — e que serve como capital dos Emirados Árabes Unidos —, comprou oficialmente as ações do ETF de Bitcoin à vista da BlackRock (IBIT). Após notícia, o Bitcoin subiu cerca de 1%, sendo cotado neste fim de tarde em US$ 98.340, de acordo com dados do Coingecko.
De acordo com um registro na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) na sexta-feira (14), o investimento foi de US$ 436,9 milhões, realizado durante o último trimestre de 2024. A compra ocorreu no dia 31 de dezembro, época em que a BlackRock garantiu uma licença comercial para operar em Abu Dhabi, que é a capital dos Emirados Árabes Unidos.
Este pode ser um dos investimentos mais significativos relacionados a criptomoedas já feitos em nome de Abu Dhabi, comenta uma publicação do The Block, acrescentando que não é a primeira incursão do governo árabe em criptomoedas. O governo de Abu Dhabi, ressalta, também investiu na mineração de Bitcoin em 2023, mesmo ano em que a gigante do setor, Marathon Digital, e a Zero Two, disseram que iriam desenvolver um complexo gigante de mineração de Bitcoin na região.
Por sua vez, a BlackRock, além de ser a maior gestora de ativos do mundo, administra o maior ETF de Bitcoin à vista dos EUA, totalizando quase US$ 56 bilhões em fundos.
Como funciona um ETF de Bitcoin
Um ETF de Bitcoin à vista é um produto financeiro projetado para fornecer aos investidores exposição ao preço real do Bitcoin, permitindo-lhes negociar e investir na criptomoeda sem a necessidade de possuí-la diretamente.
Esse tipo de ETF é distinto dos ETFs baseados em futuros, que derivam seu valor de contratos futuros de Bitcoin. Os ETFs de Bitcoin à vista visam acompanhar o preço de mercado em tempo real do Bitcoin, tornando-os mais atraentes para investidores tradicionais que buscam exposição direta à criptomoeda.
Um colecionador de cartas colecionáveis encontrou um cartão de resgate de Bitcoin avaliado em mais de US$ 100 mil em um pacote de cartas que custa US$ 50 no mês passado.
Comprado online diretamente da marca de cartas colecionáveis Cardsmiths, o cartão de Bitcoin — resgatável por um único BTC, que chegou a valer até US$ 108.786 em janeiro — veio do conjunto 2024 Holiday Currency Set, que apresenta cartas colecionáveis temáticas de feriados e relacionadas a criptomoedas.
Junto com cartas do Homem de Gengibre e de Charles Dickens, também há cartões de resgate de criptomoedas, que podem ser encontrados em aproximadamente 1 a cada 96 pacotes. Este, em particular, valia um Bitcoin inteiro.
“Essa descoberta mais recente da nossa série Currency Holiday 2024 Trading Card apenas mostra que qualquer pacote pode proporcionar uma experiência única na vida”, disse o proprietário da Cardsmiths, Steve Loney, em um comunicado.
Além do cartão de resgate de Bitcoin, o conjunto inclui cartões de resgate para outros ativos cripto populares, como Ethereum (ETH), Litecoin (LTC) e Dogecoin (DOGE).
Essa não é a primeira vez que um cartão de resgate de Bitcoin é encontrado em um pacote da Cardsmiths, mas está entre as maiores premiações da história da empresa.
No ano passado, um colecionador encontrou outro cartão de resgate de um Bitcoin inteiro em um pacote de US$ 33 da Cardsmiths vendido na GameStop. Da mesma forma, uma GameStop no Texas vendeu um pacote para um colecionador que encontrou um cartão de resgate de Bitcoin inteiro em março de 2024.
A empresa-mãe da Cardsmiths, Tonyk, indicou originalmente que cinco cartões de resgate de Bitcoin foram produzidos com a primeira série. Não está claro se esse número inclui futuras edições, mas pelo menos três cartões de Bitcoin inteiro foram encontrados e divulgados publicamente até agora, em suas várias coleções.
Todos os pacotes da Currency Series com cartões de resgate de criptomoedas estão esgotados no site da Cardsmiths no momento, mas o fabricante lançará a Currency Series 5 e a SPACE: Galactic Edition ainda este ano. Cada série terá cartões de resgate de criptomoedas inseridos aleatoriamente.
Duas métricas apontam que o Bitcoin pode ainda ter muito espaço para crescer além da máxima histórica de US$ 108.786, atingida no dia 20 janeiro, data da posse de Donald Trump de seu segundo mandato.
Uma dessas métricas é baseada no comportamento dos detentores de Bitcoin de curto prazo. A firma de análises Glassnode define estes investidores como aqueles que mantêm a criptomoeda por menos de 155 dias. Historicamente, nos ciclos de alta de 2013, 2017 e 2021, quando os detentores de curto prazo pararam de comprar, foi encerrado o chamado “bull market”.
No momento, este grupo controla 4 milhões de BTC no momento, em relatório da Glassnode analisado pelo portal CoinDesk, o que é historicamente baixo. Em 2013 esse número chegou a 5 milhões, em 2017 a 6,2 milhões e em 2021 a 4,6 milhões.
Segundo os analistas, os dados mostram que ainda há espaço para que os detentores de curto prazo acumulem mais Bitcoin. A compra contínua do ativo, pela lógica da oferta e demanda, faz com que a criptomoeda suba de preço.
Média móvel simples
A outra métrica que mostra espaço de crescimento para o Bitcoin é a média móvel simples (SMA) de 200 semanas do preço do ativo. Esse indicador ainda não chegou até o ponto dos ciclos anteriores.
Os últimos ciclos de alta foram finalizados quando a SMA atingiu o valor da máxima do ciclo anterior. Por exemplo: o mercado de alta de 2021 terminou no final daquele ano quando a SMA de 200 semanas chegou a US$ 19.000, que foi o pico do bull market de 2017. Seguindo a mesma lógica, o ciclo de alta daquele ano terminou quando a SMA de 200 semanas atingiu US$ 1.200, que havia sido o topo estabelecido quatro anos antes.
Dados do TradingView compartilhados pelo CoinDesk mostram que a 200-SMA do Bitcoin encontra-se em US$ 44.200, bem abaixo do pico de US$ 69.000 do último ciclo de alta.
Isso significa que o Bitcoin, com sua cotação atual em torno de US$ 97 mil, ainda não atingiu os níveis máximos dos ciclos anteriores, como o pico de US$ 69.000. Ou seja, caso a tendência histórica permaneça valendo, ainda há espaço para uma nova fase de valorização da criptomoeda.
A Tether, empresa por trás da maior stablecoin do mercado cripto, USDT, anunciou nesta sexta-feira (14) que adquiriu uma participação minoritária no clube de futebol Juventus, um dos mais tradicionais do mundo e o maior vencedor da história do Campeonato Italiano.
A ação fez o token oficial do clube, o Juventus Fan Token (JUVE), dobrar de preço: o ativo registra alta de 111% nas últimas 24 horas, sendo vendido a US$ 2,21 no momento da redação deste texto, conforme informações do CoinGecko. Mas ainda está muito distante da máxima histórica, obtida no dia 21 de dezembro de 2020, quando o token bateu US$ 37,83.
Segundo comunicado para a imprensa, a compra de parte da Juventus engloba uma estratégia de integrar o portfólio futurista de investimentos da empresa com o setor esportivo.
O USDT, stablecoin da Tether, tem uma capitalização de mercado de US$ 140 bilhões e 400 milhões de usuários. Além disso, a companhia adquiriu recentemente empresas de ponta nos setores de Inteligência Artificial (IA), mineração de Bitcoin e biotecnologia.
A empresa aponta que a aquisição também representa um passo importante no objetivo de integrar stablecoins, ativos digitais e tecnologia centrada no ser humano ao dia a dia. Isso se baseia nas iniciativas anteriores da Tether com clubes esportivos profissionais.
No ano passado, o Plan ₿ – uma iniciativa fundada pela Tether e pela Cidade de Lugano – anunciou seu patrocínio exclusivo do uniforme do FC Lugano, um clube de futebol profissional que compete na Superliga Suíça.
“Alinhada com nosso investimento estratégico na Juve, a Tether será pioneira na fusão de novas tecnologias, como ativos digitais, IA e biotecnologia, com a consolidada indústria esportiva para impulsionar mudanças globais. Exploraremos caminhos para colaborações inovadoras e o potencial de revolucionar o cenário esportivo mundial”, afirmou Paolo Ardoino, CEO da Tether.
A gestora brasileira Hashdex anunciou nesta sexta-feira (14) o lançamento do primeiro ETF cripto de índice dos EUA, chamado Hashdex Nasdaq Crypto Index US ETF (NCIQ), que estreia em parceria com a Nasdaq.
Segundo a gestora, trata-se do “primeiro produto cripto baseado em índice disponível para investidores nos EUA”.
O ETF está sendo negociado na bolsa americana Nasdaq e atualmente oferece exposição tanto ao Bitcoin (BTC) quanto ao Ethereum (ETH) no mercado à vista. A taxa de administração do NCIQ é contratualmente fixada em 0,25% ao ano sobre o valor líquido do ativo (“NAV”) do produto até o final de 2025, aumentando para 0,50% posteriormente.
De acordo com um comunicado, o NCIQ oferece aos investidores dos EUA acesso direto aos dois maiores ativos digitais, atualmente com uma capitalização de mercado combinada de mais de US$ 2,3 trilhões.
O NCIQ segue o Nasdaq Crypto US Index (NCIUS), desenvolvido pela Nasdaq Global Indexes em parceria com a Hashdex, para medir o desempenho de uma parcela significativa do mercado de criptoativos.
Segundo o comunicado, o fundo investe nos constituintes do índice e adota uma metodologia dinâmica, que reflete oportunidades na classe de ativos com base em critérios como liquidez, capitalização e conformidade regulatória.
Segundo o cofundador e CEO da Hashdex, Marcelo Sampaio, a empresa sempre acreditou que uma cesta de criptoativos oferece múltiplos benefícios. “Até hoje, os investidores dos EUA eram obrigados a comprar moedas diretamente ou investir em veículos de ativo único”, disse Sampaio, acrescentando que o NCIQ proporciona exposição simplificada ao Bitcoin e ao Ethereum.
“A Nasdaq Global Indexes e a Hashdex compartilham a missão de avançar em índices de ativos digitais e veículos financeiros para atender à crescente demanda dos investidores por acesso ao setor cripto em rápida evolução”, disse Cameron Lilja, Vice-Presidente e Chefe Global de Produtos e Operações de Índices da Nasdaq Global Indexes.
Para Lilja, o novo produto representa um passo importante para trazer uma metodologia baseada em regras para os investidores dos EUA, somando-se a produtos comparáveis na Europa e na América Latina.
Para estar em conformidade com as novas legislações que estão surgindo nos Estados Unidos, a Tether terá que mudar suas reservas de ativo que dão lastro ao USDT, a stablecoin líder do mercado. A análise do banco JPMorgan, em relatório analisado pelo The Block, indica que parte dos ativos que a companhia precisará vender pode incluir Bitcoin.
Atualmente, dois projetos de lei sobre stablecoins tramitam nos Estados Unidos: o Stablecoin Transparency and Accountability for a Better Ledger Economy (STABLE) Act tramita na Câmara e o Guiding and Establishing National Innovation for U.S. Stablecoins (GENIUS) Act no Senado. Ambos criam requisitos para os emissores de stablecoins lastreadas ao dólar e parâmetros para que as reservas sejam efetivas.
Segundo a análise do JPMorgan, apenas 66% das reservas da Tether estão em conformidade com o STABLE Act da Câmara, enquanto 83% atendem aos padrões do GENIUS Act do Senado.
Além disso, o estudo afirma que houve uma queda na taxa de conformidade desde meados de 2024, momento em que o mercado de stablecoins se expandiu com força.
Entre os ativos que a Tether talvez tenha que vender para estar em regularidade com as novas leis estão Bitcoin, metais preciosos, papéis corporativos e contratos de garantia de empréstimos. Os analistas apontam que a empresa teria que colocar uma parte maior dos ativos em Títulos do Tesouro Públicos do EUA e outros ativos mais líquidos.
Atualmente, a Tether possui 83.758 bitcoins, avaliados em mais de US$ 8 bilhões. Em 2023, a empresa anunciou plano de alocar 15% dos lucros trimestrais em Bitcoin. No dia 31 de dezembro a companhia divulgou o relatório dos ativos que possui: são US$ 113 bilhões sob posse direta e indireta.
USDT é a terceira maior criptomoeda por capitalização de mercado, atrás apenas do Bitcoin e Ethereum, com um valor de US$ 141 bilhões. A Tether controla sozinha 60% do mercado de stablecoins.
A World Liberty Financial (WLFI), projeto cripto da família Trump, afirmou que a conta no X do cofundador Zach Witkoff, com 15 mil seguidores, foi hackeada na quarta-feira (12) e que, portanto, ele não endossa a memecoin promovida pelos invasores, que levava o nome do filho do presidente Donald Trump, Barron, de 18 anos.
“A conta de @zachwitkoff foi comprometida, e uma memecoin falsa do Barron foi postada. Por favor, não se envolva. Estamos resolvendo o problema o mais rápido possível”, postou a WLFI.
Na noite de quarta, a própria conta de Witkoff afirmou ter resolvido o problema, agradecendo o X e a equipe. O post de promoção da memecoin foi então deletado. Segundo apurou o The Block, a mensagem dizia que “Trump deve confirmar a notícia em breve”.
Mas isso não impediu que um token não oficial relacionado ao nome de Barron ganhasse holofote. Dados da plataforma Coingecko, por exemplo, mostram que o token Mini Donald (BARRON) valorizou mais de 30% nas últimas 24 horas.
Memecoin de Ivanka Trump
O filho mais novo de Trump não é o único membro da família a ser alvo de golpistas, No mês passado, a empresária Ivanka Trump denunciou um projeto de memecoin não autorizado com supostas ligações ao seu nome e marca, insistindo que o token não era legítimo.
“Essa moeda falsa corre o risco de enganar os consumidores e prejudicá-los financeiramente, e o uso não autorizado do meu nome e imagem é uma violação dos meus direitos”, escreveu Ivanka na ocasião.
A World Liberty Financial é um projeto focado em finanças descentralizadas (DeFi), onde vários membros da família de Donald Trump fazem parte da equipe, incluindo Barron Trump.
Lançado em outubro do ano passado antes das eleições presidenciais dos EUA, o projeto lançou seu próprio token WLFI, baseado na rede Ethereum, que na oferta inicial arrecadou apenas 4% da capitalização de mercado pretendida.
O projeto só foi receber um impulso significativo no mês seguinte, graças a Justin Sun, fundador da blockchain Tron, que afirmou ter comprado US$ 30 milhões em tokens WLFI.
A Robinhood Markets reportou um aumento de 700% na receita com negociação de criptomoedas no quarto trimestre de 2024, ajudando a corretora de varejo a alcançar uma lucratividade recorde à medida que os volumes de ativos digitais se recuperaram.
A receita com cripto atingiu US$ 358 milhões, um salto em relação aos US$ 45 milhões registrados no ano anterior, representando mais de um terço da receita total baseada em transações, que cresceu mais de 200%, chegando a US$ 672 milhões.
O boom nas negociações impulsionou a receita total do quarto trimestre em 115% na comparação anual, atingindo US$ 1,01 bilhão, enquanto o lucro líquido disparou mais de dez vezes, chegando a US$ 916 milhões, de acordo com os últimos números da empresa.
Robinhood e as criptomoedas
A Robinhood está ampliando sua presença no setor de cripto, anunciando em junho um acordo para adquirir a Bitstamp por US$ 200 milhões, uma das exchanges de cripto mais antigas do mundo, em um movimento para expandir sua atuação internacional.
A empresa também lançou staking de Ethereum na União Europeia e listou sete novos tokens nos EUA no último trimestre. Esse número deve “acelerar” neste ano, disse o CEO Vladimir Tenev na teleconferência de resultados da empresa na quarta-feira (12).
“O que talvez mais me entusiasme é a tokenização”, afirmou Tenev, referindo-se a um setor da economia cripto que busca colocar ativos do mundo real na blockchain para aumentar a eficiência e agilizar a liquidez.
“Acredito que a Robinhood está posicionada de forma única na interseção entre as finanças tradicionais e o DeFi”, disse Tenev, mencionando os planos da empresa para tokenizar ações, investimentos privados e “outros ativos”.
O setor, que cresceu 52% no ano passado, chegando a US$ 12 bilhões — excluindo as stablecoins —, deve continuar sua expansão, com algumas projeções estimando que atinja US$ 50 bilhões este ano.
A retomada do mercado cripto ocorre em meio a uma recuperação mais ampla do setor, com o Bitcoin mais do que dobrando seu valor em 2024 antes de ultrapassar US$ 100.000 no final de dezembro, enquanto o Ethereum teve uma valorização de 71,5% no ano passado.
Como resultado, o volume nominal de negociação de cripto na Robinhood disparou mais de 400%, alcançando US$ 71 bilhões no trimestre, refletindo a crescente atividade dos investidores em meio a mudanças no cenário macroeconômico, incluindo a chegada de fundos negociados em bolsa de cripto nos EUA e o novo panorama político sob o presidente Donald Trump.
Além do setor cripto, a Robinhood está apostando no crescimento internacional e na expansão de produtos, incluindo planos para estrear na região Ásia-Pacífico em 2025, tendo Singapura como seu centro regional.
A empresa também está ampliando sua oferta de negociação de opções e contratos futuros, visando atrair traders ativos.
Os ativos sob custódia (AUC) saltaram 88%, chegando a US$ 193 bilhões, impulsionados por US$ 16 bilhões em depósitos líquidos no trimestre. A Robinhood também reportou 2,6 milhões de assinantes do serviço Gold, um aumento de 86% em relação ao ano anterior.
As ações da Robinhood subiram mais de 365% no último ano, impulsionadas pelo retorno da empresa à lucratividade e pelo aumento da atividade de negociação, especialmente no setor cripto.
Os papéis da empresa fecharam a quarta-feira em alta de 4,8%, cotados a US$ 55,91, e avançaram mais 17% no pregão pós-fechamento, atingindo US$ 65,45.
A OpenSea Foundation anunciou na quinta-feira (13) o próximo lançamento do token SEA para recompensar usuários ativos e leais ao mercado de NFT da OpenSea e seu protocolo Seaport.
Embora detalhes específicos sobre o lançamento do token e da alocação ainda estejam por vir, um porta-voz da OpenSea Foundation confirmou ao Decrypt que os usuários não precisarão concluir a verificação “Conheça seu cliente” (KYC) e que os usuários dos EUA estarão qualificados para participar do airdrop.
Ambos os detalhes dissipam rumores que circularam no início desta semana após uma linguagem padrão em um site de teste ter sido revelada. O cofundador e CEO da OpenSea, Devin Finzer, criticou a conversa no X.
Em uma declaração, o gerente geral da OpenSea Foundation, James Hu, disse que o token SEA “marcará um grande passo no fortalecimento da nossa comunidade e no fomento do ecossistema OpenSea e do protocolo Seaport no qual ele opera”.
Ele acrescentou que o token foi “projetado para encorajar maior engajamento da comunidade e dar suporte ao próximo capítulo do ecossistema NFT”.
Os usuários do OpenSea especulam sobre o lançamento de um token há anos, inclusive em 2021 e 2022, quando o mercado de NFT estava crescendo e o OpenSea o dominava, mas a empresa nunca se comprometeu com tal coisa.
As especulações começaram a aumentar novamente no início de dezembro, quando foi descoberto que uma OpenSea Foundation foi registrada nas Ilhas Cayman, um movimento que geralmente sinaliza o lançamento de uma criptomoeda.
(Reprodução/X)
Agora, o token está oficialmente chegando junto com o relançamento do “OS2” do marketplace, que inclui suporte para negociação de tokens fungíveis junto com NFTs. Mas por que agora?
“Nós realmente demos um passo para trás com essa reconstrução e dissemos: Queremos construir a longo prazo para nossa comunidade. Queremos ser muito mais cripto-nativos”, disse Finzer ao Decrypt. “Queremos realmente ter uma plataforma que sinta, viva e respire Web3, e ter um token como parte disso pareceu a coisa certa a fazer para nossos usuários e os participantes do ecossistema NFT a longo prazo.”
Os traders já foram recompensados com tokens de mercados NFT rivais, incluindo Blur e Magic Eden. Mas, apesar da empolgação dos destinatários no dia do airdrop, esses tokens caíram e agora são negociados por substancialmente menos do que seus recordes de preços.
A OpenSea enfrentará um desafio semelhante ao combater a atenção de curto prazo dada aos tokens lançados, especialmente quando sempre há algo novo por vir no mundo das criptomoedas.
“Se você não tem um produto que as pessoas amam, e você não tem uma comunidade real, então, por definição, um token será algo de curto prazo”, disse Finzer. “Mas se você continuar investindo no produto e fizer do token um ingrediente-chave no futuro do produto, então eu acho que você pode adotar uma abordagem muito mais de longo prazo.”
OS2: A nova versão do OpenSea
O investimento em produtos da OpenSea se concretiza no OS2, um “OpenSea revitalizado” que — junto com a negociação de tokens fungíveis — introduzirá um sistema de recompensas em XP, uma experiência de usuário aprimorada e um local para utilizar o token SEA.
“É uma espécie de reimaginação de cada superfície do OpenSea”, disse Finzer. “O grande destaque é realmente que estamos expandindo de apenas um mercado de NFT para realmente uma plataforma mais ampla para negociar todos os tipos de coisas.”
A nova plataforma está em beta fechado há alguns meses, oferecendo a usuários selecionados a oportunidade de testar os recursos e fornecer feedback ao longo do caminho. Finzer disse que o OpenSea “viu muita empolgação” dos usuários beta em relação ao suporte a vários tipos de token.
A chegada do OS2 é parte de uma reformulação mais ampla do OpenSea, na qual ele visa “reinventar” a cultura e a empresa.
O OpenSea dominou o boom do mercado de NFT de anos atrás, disparando para uma avaliação de US$ 13,3 bilhões no início de 2022 com base em centenas de milhões de dólares em financiamento de capital de risco. Mas, à medida que a demanda por NFT esfriava e os rivais ganhavam força, o OpenSea enfrentava demissões — e uma crise existencial, ao que parece.
“No mercado em alta, nos tornamos muito Web2”, reconheceu Finzer. “Agora estamos realmente nos inclinando para uma equipe pequena, enxuta e cripto-nativa da Web3, conforme lançamos este novo produto.”
A mudança dá continuidade a uma tendência em que marcas notáveis da Web3, como o criador do Bored Ape Yacht Club, Yuga Labs e Doodles, tentam revigorar as comunidades que construíram em 2021, substituindo o “toque corporativo” que permeou suas marcas à medida que elas cresceram.
Outrora o mercado de negociação dominante para NFTs, particularmente no Ethereum, o OpenSea caiu para cerca de 30% de participação de mercado para negociação de NFTs no Ethereum, em comparação com 62% do Blur nos últimos seis meses, de acordo com a Tiexo.
Mas com a reformulação do mercado e o lançamento iminente do SEA, o OpenSea pretende receber usuários novos e antigos como um único lugar para todos os tipos de negociações de tokens — com recompensas.
“Nós realmente queremos ser essa empresa que entrega produtos incríveis e deliciosos para os usuários”, disse Finzer. “A longa e dolorosa jornada para chegar a um lugar onde sentimos que podemos fazer isso foi meio que demolir tudo e começar do zero.”
“Agora, com este lançamento, vamos mostrar ao mundo quem somos. É o maior momento da nossa história, mas também é apenas o começo”, finalizou.
A criptomoeda CAKE, criada pelo projeto PancakeSwap, é o grande destaque do mercado no momento: o ativo subiu 110% e mais que dobrou de preço nos últimos sete dias e, no momento da redação desta reportagem, registrava alta de 41% apenas nas últimas 24 horas. Na tarde desta quinta (13), o CAKE é vendido a US$ 3,02.
A PancakeSwap é uma exchange descentralizada baseada na BNB Smart Chain, blockchain criada pela Binance. Assim, permite que os usuários façam a compra e venda de criptomoedas sem a necessidade de intermediários e provê a liquidez necessária para que os negócios ocorram. Trata-se do maior protocolo da BNB Chain.
O motivo da alta está muito claro: o fundador da Binance e ex-CEO, Changpeng CZ Zhao, disse em seu perfil no X de que a BNB Chain irá começar a entrar no mundo das memecoins. No momento, esse é um ambiente dominado pela blockchain Solana, sendo que inicialmente era a infraestrutura do Ethereum que predominava.
CZ apontou em uma publicação que as memecoins são parte do roadmap da BNB Chain em 2025 e ele deve lançar um token do gênero em breve. Vale ressaltar que o executivo não ocupa mais nenhum cargo na Binance e que cumpriu pena de prisão nos Estados Unidos por admitir crimes financeiros no comando da corretora.
Essa movimentação fez o BNB, token nativo da blockchain, também ter forte valorização. O ativo subiu 20% nos últimos sete dias e passou a Solana em capitalização de mercado, tornando-se a quinta maior criptomoeda do mercado.
Análise de desempenho da CAKE
Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, afirma que o destaque dos últimos dias do mercado vai para a CAKE e ressalta que entre os dias 10 a 12 de fevereiro, o token teve uma valorização de 110%.
“Cake deixou de ser negociada por US$ 1,62 e atingiu a faixa de preço de US$ 3,41 no período. Ao atingir a máxima de US$ 3,41, o preço do ativo testou uma resistência importante, portanto, poderemos observar correções no preço até os suportes nas regiões de liquidez dos US$ 2,60 e US$ 1,90”, aponta Matos.
No entanto, a especialista ressalta que se houver continuidade da alta com força compradora, as resistências de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 3,40 e US$ 4,00.