As principais criptomoedas aprofundaram suas perdas na sexta-feira (1º), após uma sequência de quedas ao longo da semana, resultando em mais de US$ 900 milhões em liquidações. O movimento foi impulsionado por tensões geopolíticas e por um relatório decepcionante sobre o mercado de trabalho dos EUA, que afetaram os mercados antes do fim de semana.
O Bitcoin, que chegou a se aproximar dos US$ 120 mil no início da semana, caiu para US$ 113.175. no momento da redação deste texto. O Ethereum teve uma queda ainda mais acentuada na segunda metade da semana, recuando de cerca de US$ 4.000 no domingo para US$ 3.483 — um declínio de mais de 10%.
O XRP seguiu um padrão semelhante, atingindo US$ 3,32 no domingo antes de cair para US$ 2,92 nesta sexta-feira. Desde então, o token se estabilizou em US$ 2,90, uma queda de mais de 10% desde o fim de semana passado.
Essas quedas se somaram para eliminar centenas de milhões de dólares em posições de derivativos de criptomoedas nas últimas 24 horas. Cerca de US$ 905 milhões em posições foram liquidadas desde a noite anterior, segundo dados da CoinGlass. A grande maioria dessas liquidações — mais de US$ 823 milhões — foi de posições longas, ou seja, apostas na alta dos preços.
Diversos fatores parecem estar influenciando a recente queda no mercado cripto, todos relacionados a questões macroeconômicas e políticas. Na manhã de sexta-feira, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou um novo relatório de empregos que ficou muito aquém das expectativas — a ponto de o presidente Donald Trump demitir o responsável pela publicação do documento poucas horas após sua divulgação.
Pouco antes disso, a Casa Branca anunciou uma nova rodada de tarifas abrangentes contra países ao redor do mundo, assustando os mercados tanto tradicionais quanto on-chain. E, como se não bastasse o drama geopolítico de uma tarde de sexta-feira, Trump também anunciou que ordenou que vários submarinos nucleares se aproximassem das águas russas, em resposta a ameaças feitas no início da semana por um alto funcionário russo.
Analistas disseram ao Decrypt no início desta semana que os problemas atuais no preço do Bitcoin também podem estar ligados a uma disputa de longo prazo entre baleias que buscam realizar lucros e investidores com visão de longo prazo.
Muitos participantes do mercado esperam que o preço do Bitcoin continue caindo ao longo de agosto e setembro — possivelmente chegando a US$ 80 mil — antes de voltar a subir no quarto trimestre, segundo os analistas.
Na semana passada, analistas da Glassnode previram que, se o preço do Bitcoin cair abaixo de US$ 110 mil após os recentes picos, isso poderia acelerar ainda mais as vendas.
Mesmo em meio à turbulência, usuários da Myriad continuam otimistas de que o preço do Bitcoin tem mais chances de subir para um novo pico de US$ 125 mil do que cair novamente para US$ 105 mil. Segundo as previsões, a probabilidade de alta para US$ 125 mil é superior a 53% no momento da redação. (Divulgação: Myriad é um produto da DASTAN, empresa controladora do Decrypt.)
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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