Tradicionalmente favorável ao mercado cripto, o mês de outubro ganhou o apelido de “Uptober” — uma combinação das palavras up (alta) e October (outubro) — por marcar movimentos expressivos de valorização do Bitcoin em anos anteriores. Para 2025, a expectativa é de que fatores macroeconômicos e catalisadores específicos voltem a influenciar o preço do BTC. No entanto, analistas também apontam uma série de altcoins bem posicionadas para aproveitar o cenário, com destaque para ativos ligados a infraestrutura DeFi, tokenização e ETFs.
Outubro também pode ser decisivo para a consolidação de narrativas que vêm ganhando força no setor de criptoativos, como a tokenização de ativos do mundo real (RWA), a ascensão de soluções DeFi mais sofisticadas e a busca por infraestrutura eficiente para escalabilidade e interoperabilidade. Protocolos como Ondo Finance e Plasma vêm capturando esse momento ao oferecerem produtos que conectam diretamente o sistema financeiro tradicional ao universo blockchain, com propostas voltadas para ativos regulados e stablecoins institucionais.
Além disso, a movimentação em torno de ETFs específicos para altcoins, como Solana e até mesmo tokens menos tradicionais, pode gerar um novo fluxo de capital voltado à diversificação das carteiras institucionais. A expectativa é que essas possíveis aprovações atraiam o interesse de investidores com perfil mais conservador, mas que buscam exposição à inovação tecnológica do mercado cripto sem abrir mão da estrutura regulatória.
Veja abaixo as criptomoedas mais citadas:
Solana (SOL)
Rony Szuster, Head de Research do MB (Mercado Bitcoin), aponta que a Solana pode contar muito em breve com um ETF à vista na bolsa americana, podendo disponibilizar inclusive o recurso de staking, “potencializando em grande medida a entrada do capital institucional no projeto”.
O executivo do MB também lembra que estratégias de acumulação de Solana para tesourarias de empresa também começam a ganhar tração, podendo ser uma alavanca importante de valorização pela ótica da demanda.
A Solana continua se destacando pelo alto desempenho técnico e pela variedade de casos de uso — de games e pagamentos a redes sociais cripto. O ecossistema está mais maduro, com liquidez crescente e usuários ativos em alta. Com a especulação sobre um ETF específico de SOL com staking nos Estados Unidos, o token deve se beneficiar da entrada de novos fluxos institucionais.
Marcelo Person, Crypto Treasury & Market Making Director da Foxbit, lembra que a Solana continua se destacando pelo alto desempenho técnico e pela variedade de casos de uso — de games e pagamentos a redes sociais cripto. “O ecossistema está mais maduro, com liquidez crescente e usuários ativos em alta.”
A corretora Coinext ressalta que nos últimos meses, a Solana também vem se destacando como ponte entre o mercado tradicional e o universo cripto. “A Forward Industries, empresa norte-americana de design e fabricação de produtos eletrônicos e soluções de tecnologia para o varejo e setor médico, anunciou a tokenização de suas ações na rede em parceria com a fintech Superstate, permitindo que investidores operem ações tradicionais em tokens digitais nas negociações 24/7 com liquidação quase instantânea.”
Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, faz uma análise dos dados de mercado do ativo: “A Solana entra em outubro bem posicionada. TVL na casa dos US$ 12 bilhões, milhões de usuários diários ativos na rede e forte impulso na atividade onchain e na base de desenvolvedores. A CME (Bolsa de Chicago) anunciou opções de SOL para 13 de outubro e pedidos de ETFs seguem no radar. Fundos registraram entradas semanais próximas a US$ 291 milhões, sinalizando demanda institucional.”
Hyperliquid (HYPE)
O analista André Franco aponta que a Hyperliquid se mantém como a maior corretora descentralizada de derivativos perpétuos. “O interesse por futuros descentralizados voltou a crescer com a chegada de novos players, mas a eficiência operacional, baixa latência e redistribuição de taxas da Hyperliquid ainda a colocam em um nível acima da concorrência.”
O projeto também é apontado por Rony Szuster, que lembra que o projeto vem ampliando sua atuação em campos estratégicos, como o desenvolvimento de uma stablecoin própria, o que pode reforçar ainda mais sua relevância dentro do ecossistema DeFi e gerar novas fontes de demanda para HYPE.
“Com uma tese clara, incentivos bem estruturados e planos de expansão consistentes, HYPE se posiciona como uma das melhores opções de investimento para o mês de outubro, oferecendo potencial de valorização relevante no segmento de derivativos descentralizados”, afirma Szuster.
Ana Mattos explica que o Hyperliquid chega a outubro como uma potência de derivativos onchain: “Infraestrutura, liquidez e HyperEVM são catalisadores reais para um rali em outubro. Além disso, a HYPE faz parte de um setor inovador do mercado cripto e existe uma possibilidade concreta de que livros de ordens onchain e mercados perp/spot em DeFi se tornem a nova narrativa do ciclo, o que pode atrair ainda mais capital.”
Pendle (PENDLE)
Pendle é um projeto de DeFi que viabiliza a tokenização e negociação de rendimentos futuros, e, segundo Rony Szuster, trata-se de uma área cuja relevância é enorme no mercado tradicional, porém no mercado de finanças descentralizadas ainda está em desenvolvimento.
“O projeto tem dado importantes passos para se consolidar como um dos maiores protocolos de DeFi, aumentando seu TVL em ecossistemas com grandes margens de crescimento, além de estar muito bem posicionado na rede Ethereum que vem vivendo um momento muito positivo de adoção e interesse do capital institucional”, afirma o executivo do MB.
André Franco também colocou o Pendle como um dos ativos de destaque para outubro. “O protocolo permite tokenizar e negociar o rendimento futuro de ativos com yield, o que se alinha perfeitamente ao momento atual: mais foco em proteção, geração de caixa e diversificação do risco.”
Chainlink (LINK)
Ana Mattos ressalta que o token LINK é o padrão da indústria para oráculos (a infraestrutura que liga contratos inteligentes a dados do mundo real) e trouxe padrões para tokenização institucional, o que reforça seu papel na integração entre mercados de capitais e blockchain.
“A posição consolidada no DeFi, somada à expectativa de ETFs de altcoins, cria um ambiente favorável. Não há sinais de grandes desbloqueios nem riscos regulatórios imediatos, e a liquidez já é sólida. Vale mencionar que o valor total protegido pelos oráculos da Chainlink (TVS) já passa de US$103 bilhões, cerca de 68% do mercado de oráculos. Por isso, LINK merece atenção neste mês”, afirma a analista.
Uma notícia que pode mexer com este ativo, segundo Marcelo Person, é que a Worldchain, rede de Layer 2 com mais de 35 milhões de usuários, adotou o CCIP (Cross-Chain Interoperability Protocol) para habilitar transferências seguras de WLD entre blockchains, além de integrar o Chainlink Data Streams, que fornece dados de mercado em tempo real e permite o desenvolvimento de aplicativos DeFi mais seguros e eficientes. “Essas soluções ampliam o alcance da Chainlink e consolidam sua posição como infraestrutura essencial para interoperabilidade e mercados cross-chain.”
Veja abaixo uma lista de outras criptomoedas citadas pelos especialistas:
Criptomoeda | Fonte | Destaque Principal |
---|---|---|
Optimism (OP) | Marcelo Person (Foxbit) | Layer 2 do Ethereum com apoio da Coinbase e arquitetura multichain (OP Stack). |
Avalanche (AVAX) | Marcelo Person (Foxbit) | Crescente interesse institucional e estrutura compatível com EVM. |
Stellar (XLM) | Coinext | Inclusão em ETF institucional e soluções para stablecoins e remessas globais. |
Plasma (XPL) | André Franco | Primeira blockchain voltada exclusivamente para stablecoins reguladas. |
Ethena (ENA) | André Franco | Stablecoin (USDe) com rendimento não-direcional; uso crescente em DeFi. |
Ondo Finance (ONDO) | Rony Szuster (MB) | Tokenização de ativos do mundo real; parceria com Mastercard. |
Ripple (XRP) | Ana de Mattos (Ripio) | Forte movimento institucional: opções na CME, fluxo de fundos e aumento de ativos tokenizados no XRPL. |
Aster (ASTER) | Ana de Mattos (Ripio) | DEX de derivativos com volumes bilionários e alavancagem extrema (até 1001x). |
O Bitcoin mostra muita força no 2º trimestre e é destaque entre os ativos de risco. Será que uma próxima máxima história de preço vem aí? Agora é hora de agir estrategicamente. Abra sua conta no MB e prepare sua carteira!
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