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  • Mercados estão em fase de final de ciclo e não em recessão, diz firma de análises cripto

    Mercados estão em fase de final de ciclo e não em recessão, diz firma de análises cripto

    O comportamento nos mercados financeiros globais é uma característica clássica de final de ciclo e não um sinal de uma recessão iminente, afirmou a empresa de trading de criptomoedas QCP Capital, sediada em Singapura, em uma nota divulgada na quarta-feira (19), referindo-se a uma correção ampla entre ações, ouro e mercados de criptomoedas.

    “As razões por trás desta rodada de correções generalizadas em ativos são altamente consistentes com o aperto de liquidez, a reversão nas expectativas de política monetária, a queda no apetite por risco e os ajustes de valuation após ganhos excessivos”, disse Tim Sun, pesquisador sênior do HashKey Group, à Decrypt.

    Leia também: Bitcoin, Ethereum e XRP despencam à medida que as expectativas de corte de juros diminuem

    A rápida reprecificação do sentimento e das expectativas dos investidores em meio à incerteza macroeconômica é evidente nas probabilidades de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, que caíram de mais de 60% há uma semana para 32,8% hoje, segundo o FedWatch da CME.

    Ativos sensíveis à duração, como o Bitcoin, portanto, foram duramente atingidos, observaram analistas da QCP, destacando o desempenho inferior das criptos mesmo enquanto as ações se beneficiam de fortes lucros corporativos.

    As ações, por outro lado, parecem mais resilientes devido aos fortes lucros de empresas baseadas em IA, ao aumento nos gastos de capital e ao sólido balanço patrimonial das famílias.

    “Acreditamos que os mercados financeiros mais amplos já ficaram bem para trás da fase inicial do ciclo”, afirmou Jyotsna Hirdyani, chefe da Bitget no Sul da Ásia, à Decrypt.

    Ela caracterizou o ambiente atual como um “estágio entre meio-tardio e início-final, onde o momentum está desacelerando, as vulnerabilidades estão aumentando e os mercados estão mais sensíveis a choques macroeconômicos, mas os sinais clássicos de recessão ainda não estão piscando em vermelho”.

    Os spreads de crédito nos EUA se ampliaram apenas levemente, e o estresse sistêmico permanece limitado, sugerindo que a correção atual é um ajuste de posicionamento, e não uma ruptura estrutural, explicou Sun, ecoando a análise da QCP Capital.

    O fundo do Bitcoin já chegou?

    Sobre a trajetória do Bitcoin, analistas veem um processo de formação de fundo em andamento, mas alertam para não esperar uma recuperação rápida em formato de “V”.

    “O processo de formação de fundo do Bitcoin é impulsionado principalmente por liquidez, sentimento de mercado e distribuição de detentores de moedas”, disse o analista da HashKey. “Um repique fraco seguido por uma formação de fundo lateral é o cenário mais provável. Uma reversão real de tendência ainda exige estabilização na liquidez macro.”

    Embora métricas estruturais, como os saldos em exchanges, sugiram resiliência subjacente, “a confiança é limitada porque as condições de liquidez permanecem frágeis e o sentimento macro é fraco”, acrescentou Hirdyani, afirmando que a confirmação de um fundo duradouro exigiria “fundos mais altos, melhora nos fluxos para ETFs e mercado à vista, e sinais de política mais claros”.

    Agora, todas as atenções se voltam para a reunião do FOMC em dezembro, que pode fornecer o catalisador para uma recuperação mais sustentada se apresentar uma linguagem mais dovish em relação ao caminho da política monetária para 2026.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Bitcoin, Ethereum e XRP despencam à medida que as expectativas de corte de juros diminuem

    Bitcoin, Ethereum e XRP despencam à medida que as expectativas de corte de juros diminuem

    O Bitcoin estendeu sua recente queda nesta quinta-feira (20), mergulhando abaixo da marca de US$ 87.000 pela primeira vez desde abril, enquanto traders avaliavam as perspectivas de um terceiro corte de juros este ano após a divulgação atrasada dos dados de empregos de setembro.

    O preço do Bitcoin caiu para US$ 86.520 no dia, com uma queda diária de quase 3%, que ampliou o mergulho semanal da principal criptomoeda para 13,5% até o momento.

    O Bitcoin despencou 31% desde que atingiu uma nova máxima histórica acima de US$ 126.000 no início de outubro.

    Leia também: Investidores que acumularam Bitcoin estão vendendo por “cansaço”, diz Glassnode

    As liquidações no mercado cripto como um todo dispararam na última hora, somando atualmente US$ 933 milhões em todos os ativos cripto nas últimas 24 horas, de acordo com a CoinGlass. O Bitcoin lidera as perdas no dia, com US$ 380 milhões em posições liquidadas, seguido pelo Ethereum, com US$ 239 milhões.

    Ethereum e XRP apresentam perdas diárias um pouco mais acentuadas, ambos caindo cerca de 3% até o momento, para US$ 2.827 e US$ 2,00, respectivamente. O ETH caiu 15% na última semana, enquanto a perda do XRP no mesmo período se aproxima de 18%.

    As ações também caem no dia, com o S&P 500 e o Nasdaq registrando perdas superiores a 1% até o momento.

    O otimismo em relação a um possível corte de juros em dezembro — algo que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, tentou conter no fim de outubro — diminuiu nos últimos dias, com analistas e traders agora apostando contra novos cortes.

    Segundo a ferramenta FedWatch da CME, apenas 37,6% dos traders de juros esperam um corte de 25 pontos-base em dezembro, enquanto mais de 62% esperam nenhuma mudança. As probabilidades estavam praticamente empatadas há apenas uma semana. No mercado de previsões Polymarket, as probabilidades mostram um cenário semelhante, com 63% de chance de nenhuma mudança, revertendo na última terça-feira à medida que o otimismo enfraqueceu.

    O relatório de empregos dos EUA de setembro, atrasado e divulgado nesta quinta-feira após a reabertura do governo na semana passada, mostra que o país adicionou 119.000 empregos no mês. Isso é melhor do que o esperado, mas analistas afirmam que o relatório não oferece clareza para os traders.

    “O relatório de empregos de setembro é um misto de sinais”, escreveu Heather Long, economista-chefe da Navy Federal Credit Union, no X. “É encorajador que mais pessoas estejam procurando trabalho (a força de trabalho cresceu +470.000). Mas mais pessoas também estão desempregadas agora (+219.000).”

    Ela acrescentou: “O Fed provavelmente não fará um corte em dezembro.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • CTO da Samourai Wallet é sentenciado a quatro anos de prisão

    CTO da Samourai Wallet é sentenciado a quatro anos de prisão

    Um juiz de Nova York condenou na quarta-feira (19) William Lonergan Hill, cofundador da Samourai Wallet, a quatro anos de prisão, a segunda condenação em um caso que, segundo defensores do setor cripto, ameaça a liberdade de desenvolvimento de software.

    A juíza Denise L. Cote sentenciou o desenvolvedor de 67 anos a três anos de liberdade supervisionada e impôs uma multa de US$ 250.000, de acordo com um comunicado da Promotoria dos EUA para o Distrito Sul de Nova York.

    A sentença vem duas semanas após o cofundador da Samourai Wallet, Keonne Rodriguez, receber uma pena de cinco anos de prisão e uma multa semelhante.

    Rodriguez e Hill se declararam culpados em julho de conspiração para operar um transmissor de dinheiro não licenciado, depois que os promotores concordaram em retirar acusações mais graves de lavagem de dinheiro.

    “As sentenças que os réus receberam enviam uma mensagem clara de que lavar recursos criminosos conhecidos—independentemente da tecnologia usada ou se os valores estão em moeda fiduciária ou criptomoedas—trará sérias consequências”, disse o promotor federal Nicolas Roos no comunicado.

    As autoridades também disseram que usuários da Samourai Wallet recorreram ao serviço de mixagem “Whirlpool” (2019) e à ferramenta de adição de “saltos” “Ricochet” (2017) para ocultar transações de Bitcoin, movimentando mais de 80.000 BTC, avaliados em mais de US$ 2 bilhões, e gerando cerca de US$ 6 milhões em taxas.

    Os promotores também apresentaram provas de que Hill promoveu a Samourai no fórum darknet Dread como uma forma de “limpar BTC sujo”, enquanto Rodriguez incentivou hackers do Twitter em 2020 a usar o Whirlpool e descreveu a mixagem no WhatsApp como “lavagem de dinheiro para Bitcoin”.

    Defesa com base em autismo

    O advogado de defesa de Hill argumentou que o autismo, diagnosticado recentemente em seu cliente, prejudicou seu julgamento, dando-lhe uma “visão autística de pensamento mágico” de que ferramentas não-custodiais o protegeriam de responsabilidade legal, segundo reportagem do The Rage.

    Embora a juíza Cote tenha reconhecido que o diagnóstico tornará a prisão “mais difícil” para Hill, ela rejeitou alegações que minimizavam o crime, afirmando que “as pessoas devem ser dissuadidas” de tais ações.

    Ela então reduziu a pena dele de 60 meses, conforme solicitado pela promotoria, para 48 meses.

    Hill começará a cumprir a pena em 2 de janeiro do próximo ano, enquanto Rodriguez deve se entregar às autoridades em 19 de dezembro.

    “Duplo padrão”

    Defensores da privacidade disseram anteriormente ao Decrypt que o caso pode trazer implicações amplas para a capacidade de desenvolvedores escreverem software de código aberto sem medo de perseguição.

    Kadan Stadelmann, diretor de tecnologia da Komodo Platform, disse ao Decrypt que a decisão sobre a Samourai aponta para um duplo padrão na aplicação financeira e que atacar ferramentas de privacidade representa “um sistema de justiça de duas camadas”.

    As autoridades americanas deixaram “claro que não querem que usuários de cripto desfrutem de privacidade”, afirmou ele, chamando a decisão de “um momento aterrorizante” que trata as ferramentas de privacidade semelhantes a dinheiro da Samourai como criminosas.

    Stadelmann observou que o governo dos EUA está “fazendo um exemplo” dos fundadores da Samourai e disse que a indústria precisa pressionar por indultos presidenciais enquanto continua desenvolvendo ferramentas descentralizadas para “lutar contra o estado de vigilância”.

    Rodriguez lançou uma petição pedindo ao presidente Donald Trump que perdoe ambos os desenvolvedores.

    “Desenvolvedores não deveriam ser responsabilizados pelas ações de maus atores que usam seu software”, tuitou Rodriguez na quarta-feira.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Fluxos dos ETFs de Bitcoin ficam positivos, mas especialistas alertam para mudança defensiva

    Fluxos dos ETFs de Bitcoin ficam positivos, mas especialistas alertam para mudança defensiva

    Os ETFs de Bitcoin à vista dos EUA quebraram uma sequência de cinco dias de saídas com US$ 75,47 milhões em entradas líquidas em 19 de novembro, um sinal tímido de estabilização após um período de vendas contínuas.

    A recuperação foi liderada pelo IBIT da BlackRock, que contribuiu com US$ 60,61 milhões em entradas, em forte contraste com o recorde de saída de US$ 523,15 milhões registrado na terça-feira, segundo dados da SoSoValue. O IBIT da BlackRock foi seguido por entradas de US$ 53,84 milhões no fundo BTC da Grayscale.

    As entradas sinalizam uma possível mudança no sentimento baixista em meio à incerteza macroeconômica, que manteve os fluxos amplamente negativos desde a segunda semana de outubro. A recente sequência de cinco dias de saídas destacou uma cautela institucional crescente, à medida que os mercados passam de um momento de impulso para uma fase mais cautelosa, levando o sentimento do mercado firmemente para território de medo, disseram especialistas anteriormente ao Decrypt.

    Embora a sequência de saídas tenha sido significativa, ela deve ser vista no contexto da enorme onda de capital que entrou nos ETFs este ano, disse Wali Makokha, diretor de produtos da Mansa, ao Decrypt.

    “Vimos uma grande onda de dinheiro entrar nos ETFs de Bitcoin à vista dos EUA este ano, mais de US$ 60 bilhões em entradas líquidas desde o lançamento, então alguns dias de saídas não significam que a história se quebrou”, disse Makokha. “O que realmente mudou foi o pano de fundo: o Bitcoin teve uma forte alta para novas máximas, depois recuou, e as taxas de juros continuam elevadas.”

    As dúvidas sobre a recuperação do mercado permanecem, como refletido nas saídas do HODL da VanEck e do FBTC da Fidelity, que viram US$ 17,63 milhões e US$ 21,35 milhões deixarem seus fundos, respectivamente.

    “Posicionamento defensivo”

    A escala dos resgates recentes dos ETFs, particularmente de grandes fundos como o IBIT, sugere que investidores institucionais estão reavaliando sua exposição, disse Wenny Cai, COO e cofundadora da Synfutures, ao Decrypt.

    “Várias forças estão impulsionando o movimento”, explicou Cai. “O Bitcoin recuou fortemente do pico de outubro, caindo abaixo de US$ 90.000 e testando a convicção dos novos participantes dos ETFs que compraram perto das máximas.”

    Além da queda nos preços, um sentimento geral de aversão ao risco e dúvidas sobre as taxas de juros nos EUA estão levando a uma rotação para fora de ativos de risco, explicou a analista. Há também sinais de hedge ativo, com o custo das opções de venda (puts) sobre o IBIT subindo para máximas de vários meses, sugerindo que alguns investidores estão se preparando para mais queda.

    “Esse padrão implica que as saídas não são apenas realização de lucros, mas uma mudança para um posicionamento defensivo”, disse Cai.

    Olhando adiante, a pausa atual parece mais um “reset” do que o fim da demanda por ETFs, acrescentou Makokha. “O principal benefício desses ETFs — acesso regulado ao Bitcoin por meio de uma conta de corretora comum — não mudou.”

    Se as expectativas mudarem para cortes nas taxas de juros, “os fluxos podem voltar ao positivo muito rapidamente”, disse o analista.

    Apesar da interrupção na sequência de saídas, as condições de mercado permanecem tensas. Com exceção dos fins de semana, a tendência de baixa sustentada manteve as liquidações elevadas, em torno de US$ 500 milhões.

    Os próximos dias serão decisivos para determinar a sustentabilidade da recuperação. Se as condições macro se estabilizarem, por exemplo, com sinais mais claros do Federal Reserve, as entradas institucionais podem voltar, segundo Cai. No entanto, se o Bitcoin cair abaixo de níveis técnicos importantes, como US$ 90.000, as saídas podem acelerar.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • “A Strategy pode suportar uma queda de até 90% e continuar operando”, diz Michael Saylor 

    “A Strategy pode suportar uma queda de até 90% e continuar operando”, diz Michael Saylor 

    O cofundador e presidente executivo da Strategy, Michael Saylor, afirmou na terça-feira (18), durante entrevista ao programa Making Money, da Fox Business, que a empresa de tesouraria de Bitcoin poderia suportar uma queda de até 90% e ainda continuar operando.

    “A empresa foi projetada para suportar uma queda de 80% a 90% e continuar operando. Então, acho que somos bastante indestrutíveis. Nossa alavancagem está, sabe, no nível de 10 a 15%, indo em direção a zero agora, o que é extremamente robusta”, disse Saylor.

    Além de defender veementemente o balanço patrimonial da Strategy, afirmando que seu  – apesar da recente volatilidade do mercado –, o executivo reiterou que a estratégia é de longo prazo e que está preparado para quedas.

    O preço do Bitcoin bateu um recorde de US$ 126 mil no início de outubro, mas vem desabando desde então, chegando a menos de US$ 90 mil. As quedas custaram a Saylor e à Strategy mais de US$ 20 bilhões, criando pressão sobre a empresa, já que sua tesouraria de BTC chegou a valer em um passado recente mais de US$ 70 bilhões.

    Neste final de tarde, o BTC é cotado em US$ 89 mil, com uma queda perto de 5% nas últimas 24 horas; em reais, a criptomoeda líder é negociada em R$ 474.591, segundo dados do Portal do Bitcoin.

    A Strategy tem continuado a adquirir mais Bitcoins semanalmente, embora com dinheiro oriundo de vendas de ações para investidores institucionais globais. Só na semana passada, a empresa adquiriu 8.178 bitcoins, avaliados em cerca de US$ 835,6 milhões, formando um fundo de 649.870 BTCs, atualmente avaliados em cerca de US$ 59 bilhões.

    Leia também: Arthur Hayes diz que queda do Bitcoin é culpa da “queda da liquidez em dólar”

    Na semana passada, Saylor também negou rumores de que a empresa estaria vendendo Bitcoin, afirmando que a fome da companhia por BTC é “insaciável” — independentemente de quanto o preço caia.

    Nesta manhã de quarta-feira (19), Saylor, que notoriamente está dentre os mais fervorosos defensores do Bitcoin, postou uma mensagem para os investidores do Bitcoin: “Nunca recue”.

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  • Justiça obriga presidente da ABcripto a convocar assembleia para eleger novo comando

    Justiça obriga presidente da ABcripto a convocar assembleia para eleger novo comando

    A tentativa do presidente da ABcripto, Bernardo Srur, de acionar judicialmente os conselheiros que pediam a troca no comando da entidade, acabou tendo o efeito contrário.

    Nesta quarta-feira (19), o juiz César Augusto Vieira Macedo concedeu uma tutela de urgência solicitada pelo advogado Daniel de Paiva Gomes, um dos conselheiros alvo do processo movido pela própria ABcripto. A decisão determina que Bernardo Srur convoque, em até três dias úteis, uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar sobre a eleição de um novo mandato ou a substituição do Diretor-Presidente.

    Se a assembleia não for convocada dentro do prazo, Srur estará sujeito a uma multa diária de R$ 2 mil, limitada a 30 dias.

    “Considerando que o Estatuto prevê a recondução automática do Diretor-Presidente caso não haja Assembleia Geral e que o mandato se encerra no próximo dia 16/12/2025, ante a urgência da medida, defiro a tutela pretendida (…) para determinar ao Diretor-Presidente que convoque Assembleia Geral Extraordinária”, afirma um trecho da decisão obtida pelo Portal do Bitcoin.

    Um ponto importante da decisão do juiz é que ele explicita que ela serve como ofício, devendo o réu, ou seja, o advogado Daniel de Paiva Gomes, apresentá-la hoje à defesa da ABcripto e de Bernardo Srur, para que ela comece a valer.

    Se isso acontecer hoje, o presidente da associação terá o dever de convocar a assembleia até a próxima terça-feira, 25 de novembro.

    Entenda a história: Presidente da ABcripto entra na Justiça para tentar expulsar conselheiros que pedem nova liderança

    A medida vai na contramão do que buscava o atual presidente da ABcripto. No processo ajuizado em 4 de novembro, Srur pedia a anulação de uma reunião do Conselho Administrativo realizada em 23 de outubro, na qual os conselheiros solicitaram a convocação de um assembleia justamente para votar a presidência da entidade.

    A movimentação do Conselho ocorre porque o mandato de Srur termina em 16 de dezembro de 2025. Pelo estatuto, caso nenhuma eleição seja realizada até lá, o Diretor-Presidente é automaticamente reconduzido ao cargo por mais um ano.

    O presidente da ABcripto argumentou que o pedido de assembleia pelos conselheiros era inválida por “graves violações estatutárias e legais”, citando fatores como a ausência de quórum válido e a existência de procurações vencidas. O processo movido por ele foca em quatro membros do Conselho Administrativo da entidade: André Portilho (representante da Mynt, a exchange do BTG Pactual), Maria Isabel Sica (Ripple), Renata Mancini (Ripio) e Daniel de Paiva Gomes (Paiva Gomes Consultoria LTDA).

    Além de tentar anular a assembleia, o processo do presidente da ABcripto foi além: pede que o juiz obrigue as empresas associadas a substituir os quatro conselheiros que lhes representam e, caso não o façam, que sejam excluídas do conselho.

    O embate sobre a liderança da ABcripto

    A defesa de um dos alvos do processo, o advogado Daniel de Paiva Gomes, argumenta que, desde 14 de julho, o Conselho Administrativo da ABcripto propôs uma transição pacífica e tentou negociar a vacância do cargo, “o que foi reiteradamente rejeitado pelo Diretor-Presidente [Bernardo Srur]”.

    Segundo a contestação, na reunião do dia 23 de outubro, o presidente da ABcripto afirmou, mais uma vez, que não seria possível sanar as questões de maneira consensual e pacífica.

    No dia 30 de outubro, Srur teria enviado um comunicado por e-mail alegando ser vítima de uma “campanha difamatória” pelos conselheiros.

    “Na referida comunicação, o Diretor-Presidente utilizou tom intimidador e acusatório, alegando que o Conselho de Administração estaria ‘desrespeitando normas’ e ‘atentando contra a integridade da Instituição e de seus dirigentes sem base factual’, quando, em verdade, é exatamente o oposto que acontece”, afirma a defesa.

    Eles argumentam ainda que o presidente da ABcripto distorceu, no processo, o que realmente aconteceu na reunião do dia 23. Garantem que não deliberaram na reunião sobre a destituição do Diretor-Presidente, cientes de que somente a Assembleia Geral pode fazer isso.

    O que fizeram, na qualidade de órgão superior ao Diretor-Presidente, foi requerer a assembleia para que, com a presença de todos os associados, houvesse a eleição e substituição do Diretor-Presidente com a chegada do fim do mandato.

    “Se o Conselho deliberou requisitar a convocação de Assembleia para que o tema seja decidido no foro competente, cumpre ao Diretor-Presidente acatar e operacionalizar o ato convocatório, e não condicionar ou postergar a deliberação do órgão soberano”, diz a defesa. “A recusa caracteriza inobservância da subordinação estatutária e usurpação funcional.”

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  • Presidente da ABcripto entra na Justiça para tentar expulsar conselheiros que pedem nova liderança

    Presidente da ABcripto entra na Justiça para tentar expulsar conselheiros que pedem nova liderança

    Um impasse sobre a liderança da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) que vinha se intensificando nos bastidores agora chega à esfera judicial.

    O presidente da ABcripto, Bernardo Srur, está processando quatro membros do Conselho Administrativo da entidade, incluindo André Portilho (Mynt, a exchange do BTG Pactual), Maria Isabel Sica (Ripple), Renata Mancini (Ripio) e Daniel de Paiva Gomes (Paiva Gomes Consultoria LTDA), por tentarem convocar uma assembleia com o intuito de deliberar sobre um novo presidente para a associação.

    Mas o processo vai além: pede que o juiz obrigue as empresas associadas a substituir os quatro conselheiros que lhes representam e, caso não o façam, que sejam excluídas do conselho.

    A articulação para a assembleia por parte do Conselho Administrativo se deve ao fato de que o mandato de Bernardo Srur como Diretor-Presidente da ABcripto se encerra no dia 16 de dezembro de 2025 e, caso não haja nova eleição, ele é automaticamente reeleito para exercer o cargo por mais um ano.

    O processo público visto pelo Portal do Bitcoin, aberto por Srur em nome da ABcripto no dia 4 de novembro, tenta invalidar uma reunião dos conselheiros realizada em 23 de outubro de 2025, na qual foi solicitada a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE).

    Bernardo Srur argumenta no processo que foi “abruptamente interrompido” pelo conselheiro André Portilho na reunião, que teria informado sobre a realização de uma reunião paralela, sem a participação da Diretoria Executiva.

    “Após o retorno à reunião, o conselheiro Portilho solicitou a convocação e o agendamento de uma AGE, em nome dele e dos demais conselheiros presentes, com o explícito objetivo de deliberar sobre a destituição da Diretoria Executiva”, diz o processo.

    No argumento da instituição, a reunião era inválida por “graves violações estatutárias e legais”, citando fatores como a ausência de quórum válido e a existência de procurações vencidas.

    Quatro dias depois, um dos alvos do processo, o advogado Daniel de Paiva Gomes, protocolou uma resposta de quase 200 páginas, defendendo os conselheiros do que define como “alegações infundadas, destituídas de provas e totalmente desconectadas da realidade fática e documental”.

    O embate sobre a liderança da ABcripto

    A contestação de Gomes argumenta que, desde 14 de julho, o Conselho Administrativo da ABcripto propôs uma transição pacífica e tentou negociar a vacância do cargo, “o que foi reiteradamente rejeitado pelo Diretor-Presidente [Bernardo Srur]”.

    Segundo a defesa, na reunião do dia 23 de outubro, o presidente da ABcripto afirmou, mais uma vez, que não seria possível sanar as questões de maneira consensual e pacífica.

    No dia 30 de outubro, Srur teria enviado um comunicado por e-mail alegando ser vítima de uma “campanha difamatória” pelos conselheiros.

    “Na referida comunicação, o Diretor-Presidente utilizou tom intimidador e acusatório, alegando que o Conselho de Administração estaria ‘desrespeitando normas’ e ‘atentando contra a integridade da Instituição e de seus dirigentes sem base factual’, quando, em verdade, é exatamente o oposto que acontece”, afirma a defesa.

    O conselheiro argumenta ainda que o presidente da ABcripto distorceu, no processo, o que realmente aconteceu na reunião do dia 23, afirmando que o Conselho não deliberou sobre a destituição do Diretor-Presidente, ciente de que somente a Assembleia Geral pode fazer isso.

    O que fizeram, na qualidade de órgão superior ao Diretor-Presidente, foi requerer a assembleia para que, com a presença de todos os associados, houvesse a eleição e substituição do Diretor-Presidente com a chegada do fim do mandato.

    “Se o Conselho deliberou requisitar a convocação de Assembleia para que o tema seja decidido no foro competente, cumpre ao Diretor-Presidente acatar e operacionalizar o ato convocatório, e não condicionar ou postergar a deliberação do órgão soberano”, diz a defesa. “A recusa caracteriza inobservância da subordinação estatutária e usurpação funcional.”

    Além disso, a contestação critica o uso da própria associação pelo presidente da ABcripto para abrir o processo e o fato de quatro conselheiros terem sido incluídos como pessoas físicas na ação, sem motivação concreta.

    “O Diretor-Presidente quer usar os quatro Conselheiros que fazem parte do polo passivo desta ação como ‘exemplo’ aos demais Conselheiros, ou seja, para constranger os Réus e desestimular que outros associados questionem a proximidade do término do mandato do Diretor-Presidente e a ausência de prestação de contas, informações e documentos. Portanto, à margem do fluxo estatutário, o Diretor-Presidente instrumentalizou o Poder Judiciário para fins pessoais, em flagrante abuso do direito de ação.”

    Como a crise da ABcripto começou

    A contestação contra a ABcripto diz que, desde 14 de julho de 2025, o Conselho vêm solicitando acesso — mas sem retorno — a informações financeiras, bancárias e documentos da associação, e que o presidente “cria obstáculos” para não entregar os documentos solicitados.

    Para deixar clara a gravidade do caso, a defesa cita que a associação está irregular perante a Receita Federal do Brasil desde maio de 2025 e que os associados “sequer sabem o motivo”.

    “Por qual razão o Diretor-Presidente […] recusa-se a fornecer informações, documentos e a pautar a Assembleia Geral para que os Associados deliberem sobre o novo mandato da Diretoria-Executiva? Simplesmente porque o Diretor-Presidente sabe que ocorrerá a renovação automática de seu mandato pelo prazo extra de 1 ano, caso ultrapassado o prazo de 16/12/2025 sem deliberação.”

    Segundo o processo, o início das suspeitas de que havia algo errado na liderança da ABcripto aconteceu em 11 de julho deste ano, quando a vice-presidente e a diretoria jurídica da entidade comunicaram seu desligamento imediato.

    Trechos da carta que anunciava as saídas chamaram atenção do Conselho, pois poderiam sinalizar preocupação institucional com práticas de governança. 

    “O que levaria as pessoas que ocupavam tais posições a, sem qualquer interlocução prévia com o Conselho, simplesmente comunicar o seu desligamento?”, questiona a defesa, acrescentando que a liderança restante da ABcripto, a partir daquele ponto concentrada na figura de Bernardo Srur, repetidas vezes foi pressionada a explicar o que aconteceu, mas nunca esclareceu o motivo da saída da diretoria jurídica aos associados.

    As práticas suspeitas da ABcripto, segundo os conselheiros

    Na resposta do processo, a defesa lista uma série de outros esclarecimentos que o Conselho Administrativo da ABcripto pediu e não obteve resposta, entre eles:

    • Falta de clareza sobre acordo com o Ministério Público: O Conselho afirma que, depois do ataque hacker envolvendo o PIX e a C&M, a ABcripto firmou um acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo, sem validação do Conselho de Administração. Eles pediram explicações sobre “quais os motivos que levaram à criação de grupo de WhatsApp para atendimento de ordem de membros do Ministério Público sem ordem judicial”.
    • Problemas com a Receita Federal: O Conselho constatou que a ABcripto está irregular com a Receita Federal desde maio de 2025. “Ora, sendo uma entidade imune/isenta, não há fundamentos para que a Associação não possua certidão de regularidade fiscal. Em verdade, causou estranheza a Associação ter, por um período, uma certidão ‘positiva com efeitos de negativa’, pois isso indicaria a existência de débitos tributários (embora suspensos ou garantidos), o que, na qualidade de entidade imune/isenta, não faz sentido.”
    • Contas bancárias fechadas: O Conselho pediu que fossem enviados todos os extratos bancários das contas da associação e esclarecimentos sobre o fechamento da conta no Banco Cora, “tendo em vista informações conflitantes recebidas no sentido de que referido fechamento teria ocorrido por iniciativa do próprio banco”.
    • Pagamento de R$ 250 mil para sandbox da CVM: A Diretoria-Executiva da ABcripto disse que realizaria um pagamento de R$ 250 mil para o projeto de sandbox da CVM, mesmo sem aprovação do Conselho e sem informações técnicas adequadas. O Conselho havia determinado que o custo não fosse assumido sem essas informações e sem a adesão confirmada dos participantes, mas o Diretor-Executivo disse que o faria sob o argumento de que “teria dado sua palavra”.
    • Esclarecimentos sobre CriptoJud: O Conselho requereu que fossem prestados esclarecimentos sobre a ferramenta denominada “CriptoJud”, em desenvolvimento para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Também pediu justificativas para o fato de a contratação do fornecedor não ter sido submetida à aprovação e para a ausência de convite às empresas associadas para participarem dos testes do sistema.

    De acordo com a defesa, quando o presidente da ABcripto disponibilizou documentos requeridos pelo Conselho, o fez em ferramenta cujo acesso era condicionado à aceitação de um termo de confidencialidade, visto como incompatível com a LGPD.

    “Vale relembrar: nos termos do artigo 30 do Estatuto, a Diretoria Executiva, o que inclui o Diretor-Presidente, é subordinada ao Conselho. Ora, se o Diretor-Presidente é subordinado ao Conselho de Administração, por qual razão referido Diretor-Presidente tem acesso às informações e documentos, mas o Conselho, órgão que lhe é superior, não tem acesso à referida base de dados?”, provoca a contestação.

    O que cada parte pede agora

    A ABcripto, por meio do presidente Bernardo Srur, pede a anulação da Reunião Ordinária do Conselho do dia 23 de outubro de 2025 e das deliberações tomadas nela, bem como a anulação da convocação da Assembleia Geral Extraordinária.

    O processo também pede a exclusão dos associados envolvidos “que promoveram o desvio da reunião do Conselho da ABcripto por violação das obrigações estatutárias”, citando André Portilho (Mynt), Maria Isabel Sica (Ripple), Renata Mancini (Ripio) e o advogado Daniel de Paiva Gomes.

    Ele exige que as empresas associadas nomeiem novos representantes e, na ausência de nomeação, que sejam excluídas do Conselho.

    Já a defesa do conselheiro Daniel de Paiva Gomes exige que a presidência da ABcripto faça prestação de contas, apresentando uma série de documentos e esclarecimentos relacionados à gestão nos últimos anos.

    Também pede que o juiz determine que o presidente da ABcripto, Bernardo Srur, publique, em seu próprio nome e na qualidade de pessoa física, retratação pública em favor dos réus nas redes sociais LinkedIn, Instagram, TikTok, bem como em qualquer outra rede social que possua.

    O principal pedido, porém, é a imediata convocação da Assembleia Geral para decidir o futuro comando da associação. Nesta quarta-feira (19), o pedido foi atendido pelo juiz César Augusto Vieira Macedo, que determina que Bernardo Srur convoque, em até três dias úteis, uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar sobre a eleição de um novo mandato ou a substituição do Diretor-Presidente.

    Se a assembleia não for convocada dentro do prazo, Srur estará sujeito a uma multa diária de R$ 2 mil, limitada a 30 dias.

    Leia também: Justiça obriga presidente da ABcripto a convocar assembleia para eleger novo comando

    Contraponto

    O Portal do Bitcoin procurou Bernardo Srur para questioná-lo sobre o motivo de não ter acatado o pedido de convocação de uma reunião extraordinária e se ele considera propor uma nova eleição para a presidência da ABcripto, mas não obteve resposta. Srur encaminhou a solicitação à assessoria de imprensa da entidade, que enviou a seguinte nota:

    “A Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto) informa que tomou conhecimento das manifestações apresentadas no processo judicial em curso e reafirma que toda a atuação de sua Diretoria Executiva segue estritamente os procedimentos previstos no Estatuto da Associação, observando rigorosamente a regularidade institucional e a segurança jurídica. O tema em discussão refere-se a interpretações distintas sobre ritos estatutários e sobre a condução de processos internos, incluindo convocação de instâncias deliberativas e acesso a informações administrativas. A ABcripto vem atendendo às solicitações formais do Conselho dentro dos meios estruturados e adequados, mantendo a integridade dos procedimentos. A Associação mantém plena confiança nas instâncias competentes e reforça seu compromisso permanente com o diálogo, a governança e o fortalecimento do ecossistema de criptoeconomia no Brasil.”

    A reportagem também procurou membros do Conselho Administrativo da ABcripto. Um deles, que pediu para não ter o nome divulgado, disse que, como conselheiro, sua “única preocupação é cumprir a função do colegiado nos moldes legais e conforme estipulado em estatuto”. 

    “Lamento a extrapolação de um assunto administrativo para vias judiciais, mas tenho plena convicção de que as informações serão prestadas nos autos. Sob a perspectiva jurídica, a ação movida carece de substância, o que se vê pelo indeferimento da liminar pleiteada pelo Diretor-Presidente e reforça a atuação apropriada do conselho como um todo e não de conselheiros especificamente considerados. O Conselho busca tão somente a convocação da assembleia geral e a prestação de contas, conforme previsto no estatuto. Estou confiante de que o processo correrá bem e que o espaço de diálogo e construção que sempre permearam a atuação do Conselho, que obteve diversas conquistas para o setor até então, poderá ser recuperado, pois o valor da Associação está nos seus associados”, finaliza.

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  • Os maiores desafios para os mineradores de Bitcoin em 2026

    Os maiores desafios para os mineradores de Bitcoin em 2026

    Os mineradores de Bitcoin estão entrando em um período de novos riscos estruturais ligados a contratos de energia, sistemas de firmware e acordos de hospedagem, à medida que o setor se aproxima do novo ano, de acordo com Matthew Case, analista independente que acompanha a economia da mineração.

    Em uma publicação recente no X, Case descreveu essas pressões como forças que operam nos bastidores, enquanto os mineradores permanecem focados no próximo halving (em 2028) e no ciclo de hardware.

    O analista argumentou que essas vulnerabilidades podem moldar quem controla o poder de hash do Bitcoin e quais empresas sobreviverão à crescente competição por energia, enquanto os gargalos operacionais estão migrando do hardware para contratos, software e acesso à energia.

    “À medida que o setor de mineração de Bitcoin olha para 2026, as preocupações mais evidentes — halvings, eficiência das máquinas, oscilações de preços — são apenas a superfície”, escreveu Case. “O que ameaça remodelar o setor está oculto sob contratos de diretoria, firmwares e a política da rede elétrica.”

    Uma questão que ele destacou foi a concentração de pools de mineração. Case citou uma análise de 2025 feita pelo desenvolvedor de Bitcoin “b10c”, que constatou que apenas seis pools, coletivamente, produziam mais de 95% dos blocos.

    “Essas pools controlam quais transações incluem ou excluem de seus blocos”, dizia a publicação. “Isso não prejudica a resistência do Bitcoin à censura, desde que essas pools de mineração não conspirem e decidam censurar transações.”

    Ele também explicou que financiadores, fornecedores de firmware e provedores de hospedagem podem influenciar a mineração por meio de contratos ou softwares de gerenciamento. Se certas condições forem atendidas, o poder de hash pode mudar sem que os mineradores façam nada diretamente.

    Case também mencionou mudanças no mercado de energia. Desde 2009, com o lançamento da rede Bitcoin, os mineradores dependem de energia que custa menos de US$ 0,03 por quilowatt-hora, mas agora esses locais baratos estão atraindo operadores de data centers que estão construindo infraestrutura de IA, o que aumenta a competição por eletricidade.

    Na semana passada, uma previsão de curto prazo da Administração de Informação Energética dos EUA projetou que os preços da eletricidade no atacado subirão para cerca de US$ 51 por megawatt-hora em 2026, aproximadamente 8,5% acima dos níveis atuais.

    Case também afirmou que o controle sobre o firmware de mineração e o software de pool é outro ponto fraco, pois oferece a terceiros novas maneiras de exercer pressão. Ele explicou que reguladores ou parceiros comerciais podem influenciar a mineração por meio de sistemas de pagamento ou modelos de bloco, em vez de alterar o protocolo principal do Bitcoin.

    “Isso significa que a pressão regulatória ou corporativa pode visar as pilhas de software em vez do próprio protocolo — forçando KYC (Conheça Seu Cliente), congelamento de pagamentos e censura de modelos, tudo isso sem revogar uma proibição regulatória”, escreveu ele.

    Case acrescentou que está cada vez mais difícil encontrar locais físicos. Mesmo que uma instalação tenha um contrato de 50 megawatts, ela pode ser perdida para alguém que ofereça mais dinheiro ou se os termos de hospedagem mudarem.

    “Mineradores que presumem que o acesso ao local é gratuito ou indefinidamente barato podem acordar em 2026 com contratos de hospedagem obsoletos ou termos de extensão ilegíveis”, disse ele.

    Outros analistas concordaram que, embora essas pressões existam, apontaram que os mineradores já se adaptaram a momentos difíceis antes. Jesse Colzani, sócio da BlocksBridge, uma empresa de pesquisa e consultoria em mineração, concordou que os riscos são reais, mas afirmou que o setor é mais forte e focado em energia do que a narrativa atual sugere.

    Colzani explicou que os pools de mineração não são gargalos permanentes, pois os operadores frequentemente trocam de pool quando os termos de pagamento mudam ou quando surgem problemas. Ele disse que eventos passados ​​mostram que a taxa de hash pode mudar rapidamente.

    Sobre os preços da eletricidade, Colzani destacou que os mineradores não estão limitados a um único país ou região. Eles podem operar em áreas com energia ociosa ou infraestrutura limitada, onde grandes empresas de tecnologia têm menos probabilidade de competir.

    “Há uma infinidade de locais com geração de energia ociosa, conexões de fibra óptica fracas e problemas regulatórios que os hiperescaladores podem não achar atraentes”, disse ele ao Decrypt. “Os mineradores também são os únicos dispostos a ‘absorver preços negativos’, reduzir a produção sob demanda e estabilizar as energias renováveis. A IA não consegue fazer isso. Portanto, os mineradores continuarão a fechar negócios que a IA não consegue absorver.”

    Apesar dessas preocupações, Colzani afirmou que a segurança a longo prazo do Bitcoin depende do preço do hash, dos custos de energia, dos ciclos de investimento de capital e da participação global, e não apenas das recompensas por bloco. Observei que a taxa de hash atingiu recordes mesmo com taxas baixas, o que demonstra que o mercado já se ajustou a subsídios menores. Ele também disse que riscos como desastres e problemas com seguros são normais em qualquer setor, não apenas no Bitcoin.

    “Se a IA oferecer um lance maior que o de alguém por energia, esse minerador já estava em situação precária”, disse ele. “Em geral, desde que os mineradores tenham boas parcerias com empresas de energia, acesso direto à rede e modelos flexíveis de compra de energia, eles não estão realmente competindo com a IA.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Empresa lança carteira de Bitcoin que escaneia vasos sanguíneos e não precisa de senhas

    Empresa lança carteira de Bitcoin que escaneia vasos sanguíneos e não precisa de senhas

    Se você é um detentor de Bitcoin que gosta de designs elegantes e está preocupado com a possibilidade de um sequestro violento em um futuro próximo, não se preocupe — você pode ter acabado de encontrar o item perfeito para sua lista de desejos de fim de ano.

    Uma nova empresa pretende revolucionar o mercado relativamente dominado de carteiras de hardware para Bitcoin e outras criptomoedas com um produto que, segundo ela, é muito mais seguro, fácil de usar e visualmente atraente do que seus concorrentes já estabelecidos. Apresentamos: G-Knot.

    Produzido por uma equipe com ligações a uma conceituada empresa coreana de segurança biométrica, a G-Knot — uma carteira brilhante em formato de disco com tela sensível ao toque, que já entrou em pré-venda — tem como principal diferencial seu leitor digital de veias.

    Um compartimento com fecho no G-Knot revela o scanner de veias digitais, marca registrada do alpinista (Reprodução/Decrypt)

    Uma leve marca no dispositivo escaneia o ritmo do seu fluxo sanguíneo e a arquitetura vascular do seu dedo para estabelecer uma assinatura única e desbloquear a carteira em um processo local baseado em Provas de Conhecimento Zero.

    O usuário precisa apenas inserir um código de autenticação de dois fatores para desbloquear um aplicativo G-Knot para smartphone que contém suas diversas carteiras de criptomoedas.

    Leia também: O que é e como funciona uma hard wallet de criptomoedas

    O G-Knot é compatível com a maioria das principais criptomoedas, incluindo Bitcoin, Ethereum, Solana, BNB e XRP.

    A tecnologia de leitura de veias dos dedos da G-Knot dispensa o uso de códigos PIN, frases-chave ou chaves privadas para login, ao contrário de outras carteiras líderes de mercado. Segundo seus criadores, a tecnologia também é muito mais sofisticada do que outras opções de segurança biométrica disponíveis, como impressões digitais e escaneamento de íris.

    “O que estamos fazendo é eliminar esse ponto único de falha da frase mnemônica”, disse Wes Kaplan, CEO da G-Knot, ao Decrypt durante uma entrevista recente em Manhattan, Nova York, EUA. “O que oferecemos é uma experiência de usuário moderna e amigável que faz do seu dedo a chave para desbloquear seus ativos digitais.”

    Um repórter examina a veia única do dedo no nó em G. Foto: Sander Lutz/Decrypt

    Antes que perguntem: o G-Knot requer fluxo sanguíneo para ser liberado, então o lançamento do produto não deve desencadear uma onda de amputações de dedos. Além disso, cada dedo no mundo tem sua própria assinatura venosa distinta — que permanece a mesma por toda a vida — então não há ameaças de gêmeos idênticos.

    Além disso, a empresa está atualmente desenvolvendo a funcionalidade multi-assinatura para o G-Knot, o que significa que a carteira em breve poderá oferecer uma camada adicional de segurança: uma que só desbloqueia se vários usuários, de diferentes pontos do mundo, fizerem login em seus próprios G-Knots simultaneamente.

    O leitor de veias digitais patenteado que alimenta o G-Knot já está no mercado. Atualmente, está sendo usado para segurança, entre outros locais, na sede em Genebra da União Internacional de Telecomunicações, a agência especializada da ONU para tecnologia digital.

    Mas essa tecnologia nunca foi aplicada às criptomoedas. Kaplan acredita que a conexão é natural — e que a demanda pelo G-Knot será alta — dada a recente onda de sequestros de alto perfil que tem afetado usuários de criptomoedas em todo o mundo.

    O produto é alimentado por Bluetooth e recarregável via USB-C. Foto: Sander Lutz/Decrypt

    Ainda assim, o CEO afirmou que espera que o produto redefina a forma como os usuários interagem com carteiras de hardware, eliminando os receios quanto à segurança e tornando o armazenamento offline de criptomoedas tão simples quanto qualquer outro aplicativo para smartphone.

    “A segurança deve ser uma preocupação secundária”, disse Kaplan. “Você deve poder aproveitar a experiência do usuário em vez de se preocupar se vai perder esse código.”

    A G-Knot já iniciou a pré-venda de sua carteira “Founder’s Edition” com revestimento de alumínio, que será vendida por US$ 299 (cerca de R$ 1.600). A empresa começará com um lote de 10.000 unidades, com previsão de envio para o início de janeiro. 

    Esse preço coloca o G-Knot um pouco acima da nova carteira de hardware Nano Gen5 da Ledger, de US$ 179, focada em estilo, e até mesmo acima do modelo Safe 7 da Trezor, de US$ 249, “pronto para computação quântica”.

    Mas a empresa aposta que a promessa de menos estresse — tanto em termos de segurança quanto de complicações com hardware — terá um impacto particularmente forte entre os usuários de criptomoedas este ano.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Analistas avaliam se Bitcoin, Ethereum e XRP estão prontos para recuperação

    Analistas avaliam se Bitcoin, Ethereum e XRP estão prontos para recuperação

    A recente queda do Bitcoin e outras criptomoedas desencadeou uma onda de capitulação por parte dos investidores de varejo, o que, historicamente, sinaliza um possível fundo de mercado e uma recuperação, segundo analistas.

    O Bitcoin caiu 4,2% nas últimas 24 horas e está sendo negociado a US$ 89.487, de acordo com dados do Coingecko.

    Carteiras de investidores de varejo com menos de 0,01 BTC perderam aproximadamente 0,36% de suas reservas nos últimos cinco dias, de acordo com um tuíte da plataforma de análise on-chain Santiment na quarta-feira. Da mesma forma, investidores com menos de 0,1 Ethereum (ETH) se desfizeram de 0,90% de suas reservas no último mês, e carteiras com menos de 100 XRP venderam 1,38% desde novembro.

    “Os preços se movem na direção oposta ao comportamento das carteiras com menos ativos”, acrescentou a Santiment, sugerindo que essa venda em pânico pode ser um “sinal positivo para a recuperação das criptomoedas”.

    “O Bitcoin está mostrando sinais iniciais de estabilização”, disse Illia Otychenko, analista principal da CEX.IO. Aliado à diminuição da pressão vendedora e às divergências de alta nos indicadores de momentum em prazos menores, uma recuperação de curto prazo pode estar a caminho, afirmou.

    Apesar da postura cautelosamente otimista de Otychenko, ele rejeitou firmemente a possibilidade de uma recuperação das altcoins.

    “Uma temporada de alta generalizada das altcoins ainda parece improvável no curto prazo, pois pode exigir mais consolidação e uma melhora significativa no sentimento do mercado”, disse ele, explicando que “sem um novo catalisador, qualquer recuperação que ocorra independentemente do suporte macroeconômico provavelmente será mais modesta”.

    Georgii Verbitkii, fundador do protocolo de rendimento cripto TYMIO, disse que o Bitcoin está mostrando mais fraqueza estrutural do que muitas altcoins.

    “Ele está caindo de forma mais constante”, disse ele, “enquanto algumas altcoins estão se mantendo relativamente bem”.

    O Starknet subiu 31%, enquanto o Zcash ganhou 11% nas últimas 24 horas, reforçando ainda mais a força relativa de algumas poucas altcoins em comparação com a fraqueza do Bitcoin.

    Ao contrário de Otychenko, Verbitskii acredita que o Bitcoin pode cair ainda mais, potencialmente revisitando a faixa de US$ 80.000 a US$ 77.000 devido a “um declínio lento e constante, sem recuperações significativas”, o que sinaliza uma estrutura de mercado frágil.

    “Esta também não é uma recuperação generalizada”, ponderou Verbitskii, sugerindo que a recuperação atual do Bitcoin e de algumas altcoins representa “áreas seletivas de resiliência” e não uma reversão completa.

    “Até que o Bitcoin se estabilize, uma força sustentada em todo o mercado de altcoins permanece improvável”, explicou o analista.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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