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  • Japão avança plano para reduzir imposto sobre criptomoedas

    Japão avança plano para reduzir imposto sobre criptomoedas

    A Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) finalizou seus planos para reclassificar certas criptomoedas como produtos financeiros sob a Lei de Instrumentos Financeiros e Câmbio, o que acarretará em uma redução de impostos sobre a renda proveniente de criptomoedas.

    De acordo com uma reportagem do jornal local Asahi Shimbun, a reclassificação incluirá 105 criptomoedas, incluindo Bitcoin e Ethereum, em novos requisitos de divulgação. As corretoras que listam esses ativos serão obrigadas a divulgar suas principais características, como se o token possui um emissor, a tecnologia blockchain subjacente e a volatilidade de preço.

    A FSA também planeja introduzir medidas preventivas contra o uso de informações privilegiadas, proibindo emissores ou executivos de corretoras de negociarem criptoativos com base em informações não públicas, incluindo cronogramas de listagem em corretoras.

    Com essas novidades, conforme essas 105 criptomoedas passam a ser tratadas como produtos financeiros tradicionais, as autoridades japonesas buscam reduzir a alíquota de imposto sobre a renda proveniente de ativos digitais e igualar o valor ao dos investimentos em ações. Com isso, o imposto deve cair de 55% para 20%, informou o jornal Asahi.

    O Japão, que adotou uma postura bastante cautelosa em relação aos ativos digitais após o colapso da Mt. Gox, em 2014, começou a reformar ativamente seu sistema financeiro para se reinventar como um centro da Web3.

    No mês passado, a fintech japonesa JPYC lançou a primeira stablecoin lastreada em ienes legalmente reconhecida no Japão, com uma meta de ter 10 trilhões de ienes (cerca de US$ 65 bilhões) em circulação em três anos.

    O Asahi afirma que essas mudanças devem ser submetidas como emendas às leis financeiras do Japão no início do ano legislativo local em 2026.

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  • EUA revisam proposta para tributar contas estrangeiras de criptomoedas

    EUA revisam proposta para tributar contas estrangeiras de criptomoedas

    A administração Trump está um passo mais perto de aprovar regras que permitiriam ao IRS (Receita Federal dos Estados Unidos) obter informações essenciais sobre contas estrangeiras de criptomoedas de americanos, e usá-las para tributar esses ativos.

    Propostas de regras do Departamento do Tesouro relativas à cooperação dos Estados Unidos com um sistema internacional de relatórios fiscais sobre criptomoedas chegaram à Casa Branca na sexta-feira (14), de acordo com um site do governo. Os conselheiros do presidente agora revisarão a recomendação.

    No início deste ano, a Casa Branca incentivou o Departamento do Tesouro e o IRS a impor tais regras, que fariam com que os Estados Unidos aderissem ao Crypto-Asset Reporting Framework, ou CARF.

    O CARF, criado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico em 2022, é um acordo global no qual as nações membros compartilham automaticamente informações sobre as holdings de criptomoedas de seus cidadãos, para reprimir a evasão fiscal internacional.

    Dezenas de nações já aderiram ao CARF, incluindo membros do G7 como Japão, Alemanha, França, Canadá, Itália e Reino Unido — além de paraísos cripto como os Emirados Árabes Unidos, Singapura e Bahamas.

    O Brasil também faz parte desta aliança. Aliás, a Receita Federal divulgou nesta segunda-feira as novas regras de reporte de transações com criptomoedas, em conformidade com o CARF.

    Adoção do CARF pelos EUA

    Em um extenso relatório sobre políticas de criptomoedas publicado neste verão, os assessores de criptomoedas do presidente Donald Trump recomendaram que os Estados Unidos também aderissem ao acordo.

    “Implementar o CARF desencorajaria os contribuintes americanos de mover seus ativos digitais para corretoras de ativos digitais offshore”, disse a Casa Branca na época. “Implementar o CARF promoveria o crescimento e o uso de ativos digitais nos Estados Unidos e aliviaria preocupações de que a falta de um programa de relatórios pudesse prejudicar os Estados Unidos ou as corretoras de ativos digitais americanas.”

    O relatório instruiu o Departamento do Tesouro e o IRS a considerar a proposição de regras para implementar o CARF nos Estados Unidos. A Casa Branca observou no relatório, no entanto, que tais regulamentações “não devem impor novas exigências de relatório sobre transações DeFi”.

    A implementação global do CARF está prevista para começar em 2027.

     * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Regras do Banco Central para stablecoins dividem opinião do mercado sobre pagamento de IOF

    Regras do Banco Central para stablecoins dividem opinião do mercado sobre pagamento de IOF

    O principal debate na indústria cripto nacional após a publicação da regulamentação do setor divulgada pelo Banco Central na segunda-feira (10) é sobre as intersecções que o mercado de criptoativos terá com o mercado de câmbio. 

    Na prática, a Resolução nº 521 do Banco Central determina que diversas operações realizadas com criptoativos passem a integrar o mercado de câmbio brasileiro. Entre elas estão a compra, venda ou troca de criptoativos referenciados em moeda fiduciária, que são as stablecoins

    Leia também: 8 pontos para entender o que muda no mercado de criptomoedas com a nova regulação

    Diante desse cenário, surgiu o debate se as operações com stablecoins irão gerar obrigação de pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que é o tributo pago para comprar moeda internacional ou quando se faz compras no internacionais ou no exterior com cartão de crédito. O BC se pronunciou dizendo que cabe à Receita Federal definir quais impostos serão cobrados dessas operações financeiras. 

    Vanessa Butalla, diretora executiva de Jurídico, Compliance e Regulação do MB | Mercado Bitcoin, lembra que atualmente os ativos virtuais, incluindo as stablecoins, são tratados pela Receita como bens, o que implica um regime de tributação próprio. “Se no futuro for entendido que o uso das stablecoins configura uma operação financeira, poderá haver incidência de IOF”, afirma. 

    Porém, a executiva ressalta que a expectativa é que não ocorra a cobrança de IOF nestes cenários, “já que a natureza dessas transações é diferente das operações de câmbio tradicionais”. 

    Um ponto que Butalla destaca é que não houve equiparação de operações com stablecoin a operações de câmbio, mas sim a inclusão de determinadas transações com ativos virtuais no mercado de câmbio, sem que isso altere a natureza dos ativos.

    “A Resolução 521 do Banco Central incluiu a compra, venda, pagamento ou transferência internacional com ativos virtuais no escopo do mercado de câmbio, mas essa equiparação tem caráter principalmente cadastral e de monitoramento, e não transforma automaticamente essas operações em câmbio de fato”, explica Butalla.

    A possibilidade de a Receita Federal cobrar IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em transações com ativos virtuais ainda é incerta e depende de um normativo específico do órgão. 

    IOF deve ser sobrado, diz advogada

    A advogada Ana Cláudia Akie Utumi, especialista em Direito Tributário, entende que todas as operações nas quais houver o uso de criptoativos para pagamentos internacionais — quaisquer eles que sejam, do Brasil para o exterior, ou de fora para cá — são equiparadas a operações de câmbio de moeda. 

    “Assim, estarão sujeitas ao IOF, incluindo o uso de cartões [de corretoras], a troca de criptoativos emitidos no exterior, uso para compra de um bem no exterior e etc”, afirma. 

    Para a especialista, os textos legais permitem presumir que a ocorrerá a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras.

    “A legislação do IOF/Câmbio estabelece como fato gerador do tributo não apenas a troca de moeda, mas sim ‘a entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este’. Quando a legislação fala de ‘documento que a represente’, essa expressão é ampla o suficiente, a meu ver, para incluir as criptomoedas, como representação de valor.”

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  • O que é o Q-Day? A ameaça quântica ao Bitcoin explicada

    O que é o Q-Day? A ameaça quântica ao Bitcoin explicada

    Atualmente, os computadores quânticos não conseguem quebrar a criptografia do Bitcoin, mas novos avanços do Google e da IBM indicam que a diferença está diminuindo mais rápido do que o esperado.

    O progresso em direção a sistemas quânticos tolerantes a falhas eleva as apostas para o chamado “Q-Day” — o momento em que uma máquina suficientemente poderosa poderia quebrar endereços antigos de Bitcoin e expor mais de US$ 711 bilhões em carteiras vulneráveis.

    Atualizar o Bitcoin para um estado pós-quântico levará anos, o que significa que o trabalho precisa começar muito antes da chegada da ameaça. O desafio, dizem os especialistas, é que ninguém sabe quando isso ocorrerá — e a comunidade tem dificuldade em concordar sobre como avançar com um plano.

    Essa incerteza gera o temor persistente de que um computador quântico capaz de atacar o Bitcoin possa surgir antes que a rede esteja pronta.

    Leia também: O que é computação quântica? Um guia para iniciantes sobre o computador do futuro

    Neste artigo, veremos a ameaça quântica ao Bitcoin e o que precisa mudar para preparar a principal blockchain do mundo.

    Como funcionaria um ataque quântico

    Um ataque bem-sucedido não pareceria algo espetacular. Um ladrão com um computador quântico começaria escaneando a blockchain em busca de qualquer endereço que já tenha revelado uma chave pública. Carteiras antigas, endereços reutilizados, saídas de mineradores do início da rede e contas dormentes se enquadram nessa categoria.

    O invasor copiaria uma chave pública e a executaria em um computador quântico usando o algoritmo de Shor. Desenvolvido em 1994 pelo matemático Peter Shor, o algoritmo permite que uma máquina quântica fatorize grandes números e resolva o problema do logaritmo discreto com muito mais eficiência do que qualquer computador clássico.

    As assinaturas de curva elíptica do Bitcoin dependem da dificuldade desses problemas. Com qubits suficientes e correção de erros, um computador quântico poderia usar o método de Shor para calcular a chave privada vinculada à chave pública exposta.

    Como explicou Justin Thaler, pesquisador associado da Andreessen Horowitz e professor na Universidade de Georgetown, uma vez recuperada a chave privada, o invasor poderia mover as moedas.

    “O que um computador quântico poderia fazer — e isso é o que importa para o Bitcoin — é forjar as assinaturas digitais que o Bitcoin usa hoje”, disse Thaler. “Alguém com um computador quântico poderia autorizar uma transação retirando todos os Bitcoins da sua conta, mesmo sem sua permissão. Essa é a preocupação.”

    A assinatura falsificada pareceria legítima para a rede do Bitcoin. Os nós a aceitariam, os mineradores a incluiriam em um bloco e nada na blockchain indicaria que a transação é suspeita. Se um invasor atacasse um grande grupo de endereços expostos de uma vez, bilhões de dólares poderiam ser movidos em minutos. O mercado reagiria antes mesmo de haver confirmação de que um ataque quântico estava ocorrendo.

    O estado da computação quântica em 2025

    Em 2025, a computação quântica finalmente começou a parecer menos teórica e mais prática.

    • Janeiro de 2025: o chip Willow de 105 qubits do Google mostrou grande redução de erros e desempenho superior a supercomputadores clássicos.
    • Fevereiro de 2025: a Microsoft lançou sua plataforma Majorana 1 e relatou recorde de emaranhamento lógico de qubits com a Atom Computing.
    • Abril de 2025: o NIST ampliou a coerência de qubits supercondutores para 0,6 milissegundos.
    • Junho de 2025: a IBM estabeleceu metas de 200 qubits lógicos até 2029 e mais de 1.000 no início da década de 2030.
    • Outubro de 2025: a IBM emaranhou 120 qubits; o Google confirmou aceleração quântica verificada.
    • Novembro de 2025: a IBM anunciou novos chips e softwares com foco em vantagem quântica em 2026 e sistemas tolerantes a falhas até 2029.

    Por que o Bitcoin se tornou vulnerável?

    As assinaturas do Bitcoin usam criptografia de curva elíptica. Gastar a partir de um endereço revela a chave pública por trás dele, e essa exposição é permanente. No formato inicial pay-to-public-key, muitos endereços publicavam suas chaves públicas na blockchain antes mesmo da primeira transação. Formatos posteriores, pay-to-public-key-hash, mantinham a chave oculta até o primeiro uso.

    Como suas chaves públicas nunca foram ocultadas, essas moedas mais antigas — incluindo cerca de 1 milhão de Bitcoins da era Satoshi — estão expostas a futuros ataques quânticos. Migrar para assinaturas digitais pós-quânticas, explicou Thaler, exige ação ativa.

    Leia também: Famoso analista Willy Woo diz qual é a maneira mais rápida do Bitcoin se preparar para a ameaça quântica

    “Para que Satoshi proteja suas moedas, seria preciso movê-las para novas carteiras seguras contra ataques quânticos”, disse. “A maior preocupação são as moedas abandonadas, cerca de US$ 180 bilhões, incluindo aproximadamente US$ 100 bilhões que se acredita pertencerem a Satoshi. São valores imensos, mas estão abandonados — e esse é o verdadeiro risco.”

    Aumentando o risco estão as moedas associadas a chaves privadas perdidas. Muitas estão intocadas há mais de uma década e, sem essas chaves, nunca poderão ser transferidas para carteiras resistentes a quânticos, tornando-se alvos viáveis para futuros ataques.

    Ninguém pode congelar Bitcoins diretamente na blockchain. As defesas práticas contra ameaças quânticas futuras concentram-se em migrar fundos vulneráveis, adotar endereços pós-quânticos ou gerenciar riscos existentes.

    No entanto, Thaler observou que criptografia e esquemas de assinatura digital pós-quânticos trazem custos de desempenho altos, pois são muito maiores e mais pesados do que as assinaturas atuais de 64 bytes.

    “As assinaturas digitais atuais têm cerca de 64 bytes. As versões pós-quânticas podem ser de 10 a 100 vezes maiores”, disse. “Em uma blockchain, esse aumento de tamanho é um problema muito maior porque cada nó precisa armazenar essas assinaturas para sempre. Gerenciar esse custo, o tamanho literal dos dados, é muito mais difícil aqui do que em outros sistemas.”

    Caminhos para a proteção

    Desenvolvedores já propuseram várias Bitcoin Improvement Proposals (BIPs) para preparar a rede contra ataques quânticos. Elas seguem caminhos diferentes — desde proteções opcionais até migrações completas da rede.

    • BIP-360 (P2QRH): cria novos endereços “bc1r…” que combinam assinaturas de curva elíptica com esquemas pós-quânticos como ML-DSA ou SLH-DSA. Oferece segurança híbrida sem hard fork, mas as assinaturas maiores implicam taxas mais altas.
    • Quantum-Safe Taproot: adiciona um ramo oculto pós-quântico ao Taproot. Se ataques quânticos se tornarem realistas, mineradores poderiam adotar um soft fork para exigir o uso desse ramo, enquanto os usuários operam normalmente até lá.
    • Quantum-Resistant Address Migration Protocol (QRAMP): plano de migração obrigatória que move UTXOs vulneráveis para endereços seguros contra quânticos, provavelmente via hard fork.
    • Pay to Taproot Hash (P2TRH): substitui chaves visíveis do Taproot por versões duplamente hasheadas, limitando a exposição sem quebrar compatibilidade ou usar nova criptografia.
    • Non-Interactive Transaction Compression (NTC) via STARKs: usa provas de conhecimento zero para comprimir grandes assinaturas pós-quânticas em uma única prova por bloco, reduzindo custos de armazenamento e taxas.
    • Esquemas Commit-Reveal: baseados em compromissos hasheados publicados antes de qualquer ameaça quântica.
      • Helper UTXOs anexam pequenas saídas pós-quânticas para proteger gastos.
      • Transações “pílula venenosa” permitem pré-publicar caminhos de recuperação.
      • Variantes no estilo Fawkescoin permanecem dormentes até que um computador quântico real seja demonstrado.

    Em conjunto, essas propostas delineiam um caminho gradual para a segurança quântica: correções rápidas e de baixo impacto, como P2TRH, agora — e atualizações mais pesadas, como o BIP-360 ou compressão via STARKs, conforme o risco aumenta. Todas exigiriam ampla coordenação, e muitos formatos de endereços e esquemas de assinatura pós-quânticos ainda estão em discussão inicial.

    Thaler destacou que a descentralização do Bitcoin — sua maior força — também o torna lento e difícil de atualizar, já que qualquer novo esquema de assinatura exigiria amplo consenso entre mineradores, desenvolvedores e usuários.

    “Dois grandes problemas se destacam para o Bitcoin. Primeiro, as atualizações demoram muito, se é que acontecem. Segundo, há as moedas abandonadas. Qualquer migração para assinaturas pós-quânticas precisa ser ativa, e os donos dessas carteiras antigas desapareceram”, disse Thaler.

    “A comunidade precisa decidir o que fazer com elas: ou concorda em removê-las de circulação, ou não faz nada e deixa que invasores com computadores quânticos as tomem. Esse segundo caminho seria juridicamente ambíguo — e quem as tomasse provavelmente não se importaria.”

    A maioria dos detentores de Bitcoin não precisa agir imediatamente. Alguns hábitos já ajudam a reduzir o risco de longo prazo — como evitar reutilizar endereços, mantendo a chave pública oculta até gastar, e usar carteiras modernas.

    Os computadores quânticos de hoje ainda estão longe de quebrar o Bitcoin, e as previsões sobre quando isso acontecerá variam amplamente. Alguns pesquisadores veem uma ameaça dentro de cinco anos; outros, apenas na década de 2030 — mas investimentos contínuos podem acelerar essa linha do tempo.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Ações de tesourarias de Bitcoin despencam até 50% no ano — correção ou reação exagerada?

    Ações de tesourarias de Bitcoin despencam até 50% no ano — correção ou reação exagerada?

    As ações das empresas de Tesouraria de Ativos Digitais (DAT) enfrentam um teste severo, com algumas caindo mais de 50% em relação aos picos de 2025 e agora sendo negociadas próximas ao valor de suas reservas de criptomoedas.

    A forte liquidação levanta uma questão crítica para os investidores: trata-se de um colapso justificado ou de uma reação exagerada que cria uma possível oportunidade?

    Os dados mostram um cenário nítido. Embora o Bitcoin tenha caído cerca de 20% em relação à sua máxima histórica de 2025, segundo dados da CoinGecko, as ações das DATs despencaram mais rapidamente.

    A ação da Strategy caiu 50% desde o pico de julho, enquanto as da Metaplanet e SharpLink desabaram quase 80% e 90%, respectivamente. Como resultado, suas avaliações de mercado se comprimiram, levando o valor de mercado sobre o valor líquido dos ativos (mNAV) para perto ou abaixo de 1, segundo o StrategyTracker.

    O que significa a queda do mNAV abaixo de 1?

    Normalmente, quando o mNAV cai abaixo ou se aproxima de um, torna-se mais difícil para as empresas levantarem capital emitindo ações.

    “Quando as ações das DAT são negociadas abaixo do valor de suas reservas em cripto, isso significa que o mercado não as recompensa mais da mesma forma pela acumulação de grandes quantidades de criptoativos”, disse Yaroslav Patsira, diretor fracionário da CEX.IO, ao Decrypt. “Isso não as torna inviáveis, mas as coloca sob forte pressão, já que negociar abaixo de suas reservas pode forçá-las a vender parte dos ativos para cobrir custos.”

    Esse novo contexto ajuda a diferenciar os vários tipos de DATs.

    Leia também: O que é um tesouro corporativo de Bitcoin? A estratégia do momento entre as empresas

    “Para as empresas mais expostas ao Bitcoin, isso parece mais uma condição de sobrevenda do que de encerramento”, afirmou Fakhul Miah, diretor administrativo da Gomining Institutional. Ele explicou que “as tesourarias focadas em Bitcoin, com balanços mais limpos, estão se mantendo melhor do que as DATs multiativos, muitas das quais buscam tokens de maior risco”.

    As DATs estão mortas?

    Uma visão de longo prazo, no entanto, mostra um cenário mais sutil.

    Apesar da recente queda, o desempenho acumulado da Galaxy Digital no ano ainda é positivo em impressionantes 73,4%, e o da SharpLink, em 43,2%, superando amplamente o ganho de 8,6% do Bitcoin — o que sugere que a recente baixa pode ser uma correção acentuada dentro de uma tendência de alta de longo prazo, e não o fim dela.

    A divergência evidencia o caráter de alto risco e alta recompensa dessas ações, especialmente considerando que as DATs são proxies de alta volatilidade para exposição a criptoativos.

    “Este ciclo provavelmente será mais seletivo, com investidores recompensando tesourarias de Bitcoin disciplinadas e com emissões transparentes, enquanto tesourarias multiativos com exposições fragmentadas podem ficar para trás, mesmo que o mercado volte a se inclinar ao risco”, acrescentou Miah.

    “Quando os ativos digitais têm desempenho fraco, as DATs caem mais. Isso é esperado”, observou Patsira.

    O principal fator de diferenciação pode ser a escala e a estratégia.

    A Strategy, com seu acúmulo de 641.692 BTC e histórico comprovado de não vender, representa um proxy puro e de longo prazo para o Bitcoin.

    Leia também: Michael Saylor nega venda de Bitcoin e diz que compras da Strategy estão “acelerando”

    Seu desempenho negativo de 25% no acumulado do ano é menos severo que o de seus pares, especialmente considerando que a empresa possui mais de US$ 18 bilhões em ganhos não realizados.

    Empresas dependem do Bitcoin

    Apesar das críticas, o fator crucial para a recuperação das ações das DATs depende do retorno do Bitcoin.

    Miah destacou que “o retorno dos dados econômicos dos EUA após o encerramento do governo é fundamental”, observando que “se a inflação vier mais branda e o Federal Reserve sinalizar com mais clareza cortes de juros em dezembro, isso reduziria a pressão sobre o mercado cripto”.

    “Se o Bitcoin retomar seu impulso de alta, as DATs provavelmente seguirão o mesmo caminho”, disse Patsira, concordando com Miah e observando que possíveis sinais de cortes de juros em dezembro pelo Fed, juntamente com dados atualizados do mercado de trabalho e da inflação nos EUA, podem ser catalisadores para uma recuperação do Bitcoin.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Investidores de Ethereum vendem mais do que os de Bitcoin, aponta Glassnode

    Investidores de Ethereum vendem mais do que os de Bitcoin, aponta Glassnode

    Os investidores de Bitcoin continuam sendo os verdadeiros detentores de “mãos de diamante”, em comparação com os compradores de Ethereum — já que as moedas da segunda são movimentadas e gastas com muito mais frequência do que o chamado ouro digital original.

    A empresa de dados de blockchain Glassnode afirmou — com base em dados coletados antes da recente queda no mercado cripto — que o BTC se move com menos frequência do que o ETH, comportando-se mais como um “ativo de poupança digital”.

    O ETH, por outro lado, se move com muito mais frequência, pois funciona como um “gasolina digital”, sendo tanto estocado quanto usado ativamente como combustível da rede e colateral.

    “O Bitcoin se comporta como o ativo de poupança digital para o qual foi projetado, no sentido de que as moedas são amplamente acumuladas, a rotatividade é baixa e o comportamento recente mostra que mais oferta está migrando para carteiras de longo prazo em vez de permanecer nas corretoras”, diz o relatório.

    “O comportamento do Ethereum também reflete as propriedades inerentes de uma plataforma de contratos inteligentes com alto volume de transações”, acrescenta o texto, “com uma base sólida ancorada em staking nativo, somada às forças recentes do mercado que adicionaram um componente de investimento por meio dos ETFs.”

    Leia também: Pai Rico diz quanto acha que Bitcoin e Ethereum vão valer em 2026

    O relatório também explica o motivo: o uso do Ethereum em contratos inteligentes, que contêm o código que alimenta uma ampla gama de aplicativos descentralizados, plataformas DeFi e ativos tokenizados.

    Investidores de ETH movem moedas 3x mais

    Como observa a Glassnode, “os detentores de longo prazo de ETH estão movimentando suas moedas antigas a uma taxa três vezes maior do que os detentores de longo prazo de BTC, indicando que os primeiros estão mais dispostos a se desfazer de suas moedas, o que aponta para um comportamento movido pela utilidade”.

    O Ethereum alimenta aplicações cripto que vão de stablecoins a exchanges de finanças descentralizadas. Para realizar transações — como enviar dólares digitais ou trocar tokens em uma corretora descentralizada — os usuários precisam pagar taxas de gás em ETH.

    É por causa dos casos de uso da rede Ethereum que, apesar da aprovação de fundos negociados em bolsa (ETFs) agora disponíveis em bolsas tradicionais, o ETH ainda funciona menos como um ativo de reserva de valor em comparação com o BTC — e suas moedas ficam menos paradas.

    Ainda assim, o ETH pode ter aplicações como reserva de valor, observou a Glassnode, explicando que “uma em cada quatro moedas de ETH está bloqueada em staking nativo e ETFs.”

    Neste domingo (16), o preço do Ethereum está em cerca de US$ 3.153, com uma queda acumulada de 8,9% na última semana. A moeda demorou a atingir uma nova máxima histórica, mas finalmente o fez em agosto, quebrando um recorde de quase quatro anos. Nas últimas semanas, tem sido negociada bem abaixo desse nível — de US$ 4.946.

    O Bitcoin, por sua vez, é negociado a US$ 95.390, com uma queda de 6,5% nos últimos sete dias. Sua máxima histórica é de US$ 126.088, alcançada em outubro.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Harvard triplica investimento em Bitcoin e agora possui R$ 2,3 bilhões

    Harvard triplica investimento em Bitcoin e agora possui R$ 2,3 bilhões

    A Universidade de Harvard aumentou significativamente sua exposição ao Bitcoin no terceiro trimestre, elevando substancialmente sua posição no ETF de criptomoedas da BlackRock, líder de mercado.

    De acordo com um formulário 13F apresentado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), a Harvard Management Company detinha 6,8 milhões de ações do iShares Bitcoin Trust, da BlackRock, em 30 de setembro. A posição estava avaliada em cerca de US$ 442,8 milhões (R$ 2,3 bilhões), um salto em relação aos 1,906 milhão de ações relatadas em 30 de junho.

    Embora a alocação seja pequena em relação ao fundo patrimonial de US$ 56,9 bilhões de Harvard, ela destaca uma mudança na estratégia de investimento da universidade e em sua visão sobre o Bitcoin.

    Leia também: Economista de Harvard admite que estava errado por dizer que Bitcoin cairia para US$ 100

    Enquanto empresas e governos têm demonstrado maior disposição para formar tesourarias em Bitcoin, as posições diretamente ligadas à criptomoeda começaram a aparecer nos registros após a aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista, que oferecem uma estrutura regulada que os fundos patrimoniais podem manter como qualquer outra ação.

    Investimento de universidades no Bitcoin

    Harvard é uma das várias universidades que começaram a alocar recursos em ETFs de Bitcoin. Outras incluem a Brown University, que possui US$ 13,8 milhões em ações do IBIT, enquanto a Emory University relatou recentemente um movimento semelhante ao de Harvard.

    O registro trimestral da Emory listou 1 milhão de ações do Grayscale Bitcoin Mini Trust, avaliadas em US$ 52 milhões — quase o dobro do volume do trimestre anterior. A universidade também revelou uma pequena posição de 4.450 ações do iShares Bitcoin Trust, no valor de cerca de US$ 289 mil.

    Os ETFs de Bitcoin à vista registraram fortes saídas nesta semana. Os 11 ETFs à vista de Bitcoin perderam quase US$ 867 milhões na quinta-feira — o segundo maior total diário desde que a SEC os aprovou em janeiro de 2024. Outros US$ 462 milhões deixaram os fundos na sexta-feira, segundo dados da Farside Investors.

    Apesar da semana turbulenta para o Bitcoin — que começou sendo negociado a US$ 107 mil antes de cair abaixo de US$ 95 mil na sexta-feira e manter essa cotação neste domingo (16) —, as divulgações dos fundos patrimoniais universitários refletem uma aposta de investimento de longo prazo, apoiada pelo popular ETF da BlackRock.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Chefe de gabinete de Alckmin afirma ser “bitcoinheiro” e diz que debate sobre Bitcoin no governo está evoluindo

    Chefe de gabinete de Alckmin afirma ser “bitcoinheiro” e diz que debate sobre Bitcoin no governo está evoluindo

    Pedro Guerra, o chefe de gabinete do vice-presidente Geraldo Alckmin, estava presente na Satsconf 2025, maior conferência sobre Bitcoin do Brasil, e admitiu ser um “bitcoinheiro” convicto em conversa com o Portal do Bitcoin

    Ele reconheceu que o debate sobre Bitcoin dentro do governo brasileiro ainda enfrenta resistência, mas está evoluindo. Guerra defendeu que o Estado precisa reconhecer a transformação em curso e agir com humildade para entender seu papel nesse novo contexto, atuando como um apoiador em vez de um opressor da inovação.

    Eu sou bitcoinheiro. Eu estudo, eu converso e acho que entendo minimamente sobre Bitcoin”, disse. “Mas eu não sou contra as outras alternativas criptográficas ou analógicas. A moeda é uma coisa muito importante para ficar nas mãos de uma instituição só. Ela é uma criação que surge organicamente na sociedade, e o Estado vem na sequência, buscando dar segurança e institucionalidade ao uso da moeda.”

    Segundo ele, há uma incompreensão muito grande sobre o que é a moeda e uma “miopia” em compreender as crises recentes que expuseram os problemas da moeda fiduciária.

    Guerra lembrou que o Bitcoin nasceu em 2008, em resposta à crise financeira, e que o avanço da sua adoção é inevitável. “O Brasil não é uma ilha. Nós estamos numa economia globalizada. As coisas vão acontecendo, e você não pode ficar indiferente a isso. A diferença é: nós vamos ser protagonistas ou vamos ficar a reboque?”, questionou.

    Alckmin é aberto a inovação, diz assessor

    Guerra confirmou que foi o responsável por introduzir o Bitcoin a Geraldo Alckmin. Ele traduziu o livro Thank God for Bitcoin durante a pandemia e compartilhou os capítulos com o então ex-governador de São Paulo. “À medida que eu ia traduzindo, eu levava pro doutor Geraldo. Ele dava uma passada de olhos. Naquele momento, ainda era um pouco mais cético, porque era tudo mais novidade.”

    Mesmo assim, Alckmin demonstrou curiosidade e abertura. “Ele é uma pessoa com muita intuição para as coisas e muito aberto. São duas qualidades que se somam: ele é muito rigoroso com gasto público e, ao mesmo tempo, tem abertura à inovação.”

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    Embora seja difícil para as gerações mais antigas abraçar as mudanças tecnológicas, Guerra garante que o vice-presidente do Brasil tem essa sensibilidade.

    “A grande quantidade de pessoas expostas a criptoativos está entre os 20 e 30 e poucos anos. Depois disso, o percentual cai. Por isso, a gente tem que ter paciência e amor para disseminar as ideias. Como diz o Michael Saylor, ‘paciência, modéstia e amor’. É o que a gente faz.” 

    Reserva de Bitcoin no governo brasileiro

    Sobre o projeto de lei que prevê incluir Bitcoin como reserva estratégica do Estado, Guerra reconheceu a ousadia, mas acredita que o Brasil tem histórico de autonomia e inovação que pode sustentar a possibilidade de isso um dia virar realidade.

    Ele minimiza as críticas de organismos internacionais, como o FMI, que se opôs à adoção do Bitcoin por governos como o de El Salvador. “O FMI foi contra o Plano Real. Disse que não ia dar certo. Então, a gente não pode ficar querendo ouvir muito o que os outros têm a dizer da nossa realidade.”

    Para ele, o importante é adaptar as ideias à realidade brasileira. “Nós temos características sociais e econômicas que nos impõem uma certa independência. É um projeto audacioso, mas, como tudo que é inovador, requer conversa e esclarecimento. Tenho visto um número crescente de adeptos, de gente ganhando confiança na ideia.”

    Guerra disse não ser nem otimista nem pessimista quanto à chance de aprovação do projeto de lei sobre reserva de Bitcoin do Brasil, reforçando a necessidade de continuidade do diálogo. 

    “Temos desafios importantes, mas também uma boa base para trabalhar: uma base populacional, mercadológica e de players — desde quem cobre o tema na imprensa até quem atua no mercado diariamente.”

    Leia também: Banco Central e Ministério da Fazenda se posicionam contra Bitcoin nas reservas internacionais do Brasil

    “Regular, sim. Mas com base em problemas concretos”

    Ao comentar a regulação dos criptoativos, Guerra defendeu que o Estado tem papel relevante, mas deve agir com prudência. “Regulação é importante, mas eu sou da linha de que ela tem que vir depois dos fatos. Você não pode querer prever tudo, porque o mundo é complexo.”

    “Tudo que é ex-ante tende a engessar, tende a ser anti-inovação. No fim, você não protege e também não inova. Tem que regular com base em problemas concretos que já se manifestaram”, explicou.

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    O assessor também vê confusão conceitual nos debates sobre o tema no Brasil. “A gente começa a falar de tokenização, blockchain, IA, reserva estratégica, e vai tudo atirando para um lado diferente. As pessoas nem sabem muito bem do que estão falando. O recorte da reserva foi interessante porque ele é cirúrgico: coloca o Estado como ator e faz isso de forma cuidadosa.”

    * Entrevista realizada em conjunto com o repórter Rodrigo Tolotti.

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  • Quem é Tom Lee? O executivo de Wall Street que apostou tudo no Ethereum

    Quem é Tom Lee? O executivo de Wall Street que apostou tudo no Ethereum

    O americano Tom Lee é um dos analistas financeiros mais conhecidos de Wall Street, onde desenvolveu e moldou sua trajetória profissional. No entanto, ele vem nos últimos anos se dedicando também à indústria cripto a ponto de, atualmente, ser visto como protagonista da institucionalização do Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda do mercado.

    No mercado financeiro tradicional, Tom Lee é conhecido como estrategista, dada a sua participação na Fundstrat Global Advisors, empresa de análise de ações com sede em Nova York, EUA, onde ele lidera o setor de pesquisa de mercado. Já no mercado cripto, Lee é o atual presidente da BitMine Immersion Technologies, empresa de tecnologia focada em mineração de Bitcoin (BTC) que recentemente também se tornou uma tesouraria de ETH.

    Portanto, por liderar uma estratégia bilionária baseada no Ethereum e também por adotar uma postura otimista em relação ao Bitcoin, Tom Lee acabou entrando para um grupo de notórios players da comunidade cripto, como Michael Saylor e Elon Musk, por exemplo, entusiastas do Bitcoin e Dogecoin, respectivamente.

    Falando em otimismo, outro grande defensor do Bitcoin, Anthony Pompliano, não perdeu uma foto recente com Lee. “Dois touros cheios de otimismo”, postou Pomp.

    Quem é Tom Lee?

    Thomas Jong Lee é formado em Administração de Empresas pela Wharton School da Universidade da Pensilvânia, com especialização em Finanças e Contabilidade, e possui mais de 25 anos de experiência em pesquisa de ações.

    De acordo com sua biografia na Fundstrat, ele é membro do New York Economic Club, detentor do certificado de analista financeiro (CFA) e, desde 1998, vem sendo reconhecido dentre os melhores do setor pelo Institutional Investor, entidade que conecta participantes importantes e influentes do mercado financeiro.

    Antes de fundar a Fundstrat, Tom Lee trabalhou por 15 anos como Estrategista-Chefe de Ações do JP Morgan. No comunicado de lançamento da Fundstrat, Lee descreveu o projeto como uma iniciativa voltada a fornecer “pesquisas práticas, acionáveis e diferenciadas” para investidores institucionais com foco em fundamentos e visão de longo prazo.

    Leia também: Defensor do Bitcoin, Michael Saylor diz que Tom Lee traz credibilidade ao Ethereum

    Colin Wu, jornalista conhecido por Wu Blockchain, e que cobre o mercado cripto, observa que Lee é conhecido por seu estilo analítico e discreto. “Lee raramente rebate críticas diretamente, preferindo responder com dados”, comentou Wu em um de seus artigos.

    Nascido em Michigan em uma família de imigrantes coreanos, Lee, o terceiro de quatro irmãos, iniciou a carreira nos anos 1990, passando por Kidder Peabody e Salomon Smith Barney antes de chegar ao JP Morgan. Ao longo da carreira, construiu uma reputação de pesquisador independente e rigoroso, respeitado por evitar previsões infundadas e sempre sustentar suas teses com dados.

    Em 2014, Lee cofundou a Fundstrat e passou a atuar como analista independente, sendo um dos primeiros estrategistas de Wall Street a incluir o Bitcoin em modelos de avaliação tradicionais. Sua análise sugeria que o ativo poderia desempenhar papel semelhante ao do ouro como reserva de valor. Nos últimos anos, porém, ele passou a concentrar maior atenção no Ethereum, considerando-o uma peça central na economia digital emergente.

    “Michael Saylor do Ethereum”

    A atuação de Lee à frente da BitMine reforçou essa visão quando a empresa passou a comprar e manter mais de 1 milhão de ETH, se tornando um dos maiores detentores institucionais do ativo. A estratégia da companhia combina mineração, staking e operações financeiras descentralizadas, consolidando sua posição no ecossistema Ethereum.

    O movimento levou analistas como Scott Melker a apelidarem Tom Lee de “Michael Saylor do Ethereum”, em referência ao fundador da Strategy e seu papel no Bitcoin. O próprio Saylor chegou a afirmar que Lee se tornou “provavelmente o porta-voz mais visível e influente do ecossistema Ethereum”, destacando sua importância para a adoção institucional de criptomoedas.

    Atualmente, Tom Lee é visto como um elo entre o mercado tradicional e o setor cripto – raro não comentar criptoeconomia no rádio e na TV. Lee também é colaborador da rede de notícias CNBC.

    Sua trajetória — de estrategista-chefe de um dos maiores bancos dos EUA a líder de uma empresa com bilhões em ativos digitais — sinaliza que ele tenha formado um patrimônio pessoal na casa de milhões, mas a reportagem não encontrou informações confiáveis sobre esse assunto.

    “Eles [Bitmine] têm cerca de US$ 10 bilhões em capital, e o Tom Lee é parte do establishment de Wall Street, nunca foi do establishment cripto. O que vimos foi a fusão de Wall Street com a economia cripto”, disse Saylor durante o evento em setembro.

    E, claro, não poderia faltar uma foto com o cofundador do Ethereum Vitalik Buterin.

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  • Epstein fez reunião sobre Bitcoin com cofundador da Tether e ex-secretário do Tesouro dos EUA

    Epstein fez reunião sobre Bitcoin com cofundador da Tether e ex-secretário do Tesouro dos EUA

    O empreendedor de criptomoedas Brock Pierce, cofundador da emissora de stablecoins Tether, conversou sobre Bitcoin com o ex-secretário do Tesouro dos EUA Larry Summers na casa de Epstein em Manhattan, de acordo com uma série de e-mails do espólio do financista condenado por crimes sexuais.

    A troca de mensagens, ocorrida após a condenação de Epstein em 2008, seria mencionada em uma reportagem da New York Magazine em 2015, mas a revista aparentemente nunca publicou a matéria, que destacava vários convidados ilustres do financista.

    Durante a reunião, Pierce se descreveu a Summers como “o investidor mais ativo em Bitcoin”, segundo uma versão do artigo incluída nos e-mails divulgados por parlamentares dos EUA na quarta-feira.

    Summers, ex-presidente da Universidade Harvard, via “oportunidades” com o Bitcoin, mas estava preocupado com danos à sua reputação caso perdesse dinheiro, afirma o texto.

    “Eu poderia passar de alguém visto como uma figura de certa probidade e inteligência para alguém de muito menos inteligência e probidade”, disse Summers, segundo o artigo, em resposta a uma atualização de Pierce sobre as “rápidas oscilações de preço do Bitcoin”.

    A interação no texto, que se estende por alguns parágrafos, termina com Pierce dizendo que “alguns personagens de baixa qualidade vão atuar nos estágios iniciais do setor”.

    A ligação de Pierce com Epstein já havia sido documentada antes, incluindo uma visita em 2011 às Ilhas Virgens, onde ele participou de uma conferência científica organizada por Epstein chamada Mindshift.

    Um porta-voz de Pierce disse à The Hollywood Reporter em 2019 que “as poucas comunicações que o Sr. Pierce teve com Epstein se relacionavam a criptomoedas” e que eles se encontraram “em eventos do setor, nos quais havia muitas outras pessoas proeminentes presentes”.

    Os materiais divulgados esta semana mostram como Epstein pode ter tido um papel maior nas iniciativas de negócios de Pierce do que se sabia anteriormente, atuando como alguém capaz de conectá-lo a figuras poderosas do mundo das finanças tradicionais e da academia, quando o Bitcoin ainda era um ativo relativamente novo.

    Quem escreveu a história?

    O ex-ator mirim, que estrelou o filme da Disney The Mighty Ducks, não foi o único com ligações ao setor de criptomoedas mencionado no artigo.

    Na agenda de Epstein, por volta da época da conversa de Pierce com Summers, estava o cofundador do PayPal, Peter Thiel, segundo o texto. O Founders Fund de Thiel foi um dos primeiros investidores institucionais em Bitcoin, comprando a criptomoeda em 2014, conforme a Reuters.

    O artigo apenas especifica que as interações de Epstein com Summers, Pierce e possivelmente Thiel ocorreram após a condenação do financista em 2008. Mas e-mails mostram que o texto estava sendo checado pelo jornalista Alex Yablon em março de 2015.

    Entre dezenas de perguntas sobre o estilo de vida de Epstein, Yablon questionou: “Você se encontrou com Brock Pierce para discutir Bitcoin? Larry Summers participou dessa reunião?”

    Um e-mail separado mostra que Epstein encaminhou imediatamente as perguntas de Yablon ao autor Michael Wolff, com a mensagem “nfw”, abreviação de “no fucking way” (nem ferrando).

    Quatro minutos depois, Epstein encaminhou os esforços de checagem de Yablon a Darren Indyke, seu advogado pessoal, que se tornou coexecutor do espólio de Epstein por volta de sua morte em 2019, segundo outro e-mail. Nenhuma mensagem foi incluída.

    Quando Donald Trump era candidato à presidência dos EUA em 2015, outros e-mails mostram que Wolff deu conselhos a Epstein sobre como ele poderia se beneficiar de sua relação com o político, potencialmente “gerando uma dívida”.

    Wolff, que escreveu vários livros sobre Trump, rejeitou a ideia de que estivesse ajudando um pedófilo condenado, em entrevista publicada pelo The Daily Beast na quarta-feira, descrevendo a relação como uma forma de obter maior acesso.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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