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  • O que dá valor ao Bitcoin?

    O que dá valor ao Bitcoin?

    O que dá valor ao Bitcoin? Muitas pessoas responderiam de imediato com explicações diretas, como sua escassez ou o fato de ter sido o pioneiro das criptomoedas. No entanto, o que sustenta seu valor vai além disso e envolve também fatores como sentimento e confiança. 

    Isso não significa tratá-lo como uma religião, mas a forma como a comunidade se divide entre bitcoiners — engajados que investem e acreditam no Bitcoin — e maximalistas — que defendem que apenas o Bitcoin importa — chega a lembrar a intensidade de crenças quase dogmáticas.

    Não diferente de moedas como Real, Dólar, Euro e de tantas outras, seu lastro do Bitcoin também é a confiança. Mas com uma diferença: essa confiança não está depositada em um governo, banco central ou autoridade emissora, mas sim no próprio código, na matemática e na rede descentralizada que o fundamenta, lhe dá base e o sustenta.

    É provável que Satoshi Nakamoto, o criador da tecnologia, nem tenha idealizado isso, e sim apenas a adoção em massa em prol da descentralização.

    Nos últimos anos – pelo menos desde 2017 –, o Bitcoin deixou de ser apenas uma curiosidade tecnológica para se tornar um ativo global, com capitalização de mercado na casa de trilhões (sim, US$ 2,2 trilhões em agosto 2025). Mas afinal, o que sustenta esse ativo trilionário?

    O professor Andrew Urquhart, especialista em Finanças e Tecnologia Financeira e chefe do Departamento de Finanças da Birmingham Business School (BBS), se baseou em pesquisas acadêmicas que ajudaram a responder essa questão. Veja a seguir seus comentários, publicados pelo portal Decrypt.

    Escassez programada: o código como ouro digital

    Um dos pilares do valor do Bitcoin está em sua escassez programada. O protocolo define que apenas 21 milhões de moedas existirão, o que o torna comparável ao ouro como proteção contra a inflação. Estudos acadêmicos apreciados por Urquhart mostram que essa limitação é um fator central na sustentação de seu preço a longo prazo.

    Efeitos de rede: quanto mais gente, mais valor

    A escassez, porém, não basta sem demanda. O Bitcoin ganha força por meio dos efeitos de rede: quanto mais pessoas adotam e confiam nele, mais valiosa se torna a própria rede. Pesquisadores apontam que a expectativa de aceitação futura cria uma dinâmica de confiança que ajuda a explicar por que a moeda digital resiste a sucessivos ciclos de alta e baixa.

    Mineração de Bitcoin: custo real que sustenta a rede

    Outro elemento essencial é o custo de produção. O sistema de prova de trabalho (Proof of Work, ou  PoW), no qual mineradores utilizam energia e hardware para validar transações, não apenas garante a segurança da rede, como também impõe um custo real ao Bitcoin. Pesquisas indicam que, na prática, o preço raramente cai abaixo do custo de mineração, criando uma espécie de “piso” para sua cotação.

    Especulação e sentimento: a influência da atenção

    O valor do Bitcoin também é fortemente moldado pela especulação e pelo sentimento do mercado. Estudos, inclusive do próprio professor Urquhart, mostram que o preço responde à cobertura da mídia, às tendências de busca online e ao burburinho nas redes sociais. Nesse sentido, crença e narrativa exercem influência tão grande quanto fatores técnicos.

    Papel macroeconômico: reserva de valor e diversificação

    Em períodos de juros baixos ou de desconfiança nas moedas fiduciárias, investidores recorrem ao Bitcoin como uma reserva de valor alternativa. Embora estudos mostrem que ele se comporta mais como um ativo especulativo do que como um porto seguro, também pode desempenhar um papel de diversificação em carteiras, especialmente em certos contextos de mercado.

    Valor no código, na comunidade e na crença

    Segundo o professor Urquhart, o valor do Bitcoin nasce da combinação entre código, comunidade e crença. O código garante a escassez, a comunidade fortalece a utilidade e a segurança, enquanto a crença coletiva sustenta sua relevância e potencial futuro.

    O Bitcoin é, ao mesmo tempo, commodity, ativo tecnológico e instrumento especulativo — e é justamente essa complexidade que torna tão difícil defini-lo, mas também tão fascinante entender o que dá valor a ele.

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  • Mais de 90 ETFs de criptomoedas aguardam aprovação da SEC, incluindo XRP e Solana

    Mais de 90 ETFs de criptomoedas aguardam aprovação da SEC, incluindo XRP e Solana

    Há um número crescente de pedidos de fundos negociados em bolsa (ETFs) que oferecem aos investidores exposição a criptomoedas na mesa da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), totalizando 92 registros, de acordo com James Seyffart, analista de ETFs da Bloomberg.

    “Você quase certamente terá que apertar os olhos e dar zoom para ver”, disse ele no X, enquanto publicava uma captura de tela de uma planilha que incluía vários emissores, ativos e prazos na sexta-feira (29).

    Este ano, gestores de ativos têm se esforçado para oferecer ETFs nos EUA para criptomoedas além dos aprovados para Bitcoin e Ethereum no ano passado. Eles variam de grandes altcoins como XRP e Solana — os novos alvos mais populares, com base na lista — a memecoins relativamente obscuras como Bonk e o token oficial de Donald Trump.

    Embora a SEC tenha adiado as decisões sobre os pedidos de vários produtos este ano, o regulador enfrenta um prazo final para pelo menos uma dúzia de pedidos em outubro. Especialistas, incluindo Seyffart, esperam que a SEC aprove vários pedidos nessa época.

    Em junho, Seyffart disse que é uma questão de “quando, e não se” para moedas como Solana, XRP e Litecoin. Ele as descreveu como quase garantidas, com 95% de probabilidade de aprovação este ano.

    ETFs para outras moedas, como Dogecoin, Cardano, Polkadot, Hedera e Avalanche, também apresentam uma grande chance, acrescentou Seyffart, prevendo 90% de probabilidade de aprovação para o mesmo período.

    Alguns investidores de criptomoedas podem estar esperançosos de que a aprovação de um ETF para sua moeda preferida leve a preços mais altos e uma adoção mais ampla, potencialmente entre instituições financeiras. Luca Prosperi, cofundador e CEO da plataforma de stablecoin M0, está um tanto cético. Ele disse ao Decrypt que é provável que muitos ETFs de criptomoedas fechem devido à fraca entrada de investidores.

    “Não acredito que muitos deles tenham vida longa”, disse ele. “Acho que existem muito poucos, se é que existem, ativos [digitais] grandes e maduros o suficiente para sustentar um ETF além de Bitcoin, Ethereum e Solana.”

    Ainda assim, a grande quantidade de aplicações em ETFs demonstra como as criptomoedas estão se tornando parte da infraestrutura financeira tradicional ao longo do tempo, acrescentou.

    “Agora que este setor está amadurecendo, Wall Street está obviamente tentando encontrar maneiras de atrair a atenção das pessoas comuns”, disse ele. “ETFs são ótimos condutores.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Taxas da rede Tron caem 60% após votação — o que esperar agora?

    Taxas da rede Tron caem 60% após votação — o que esperar agora?

    O uso da Tron ficou mais barato depois que a comunidade de detentores de tokens da rede cripto votou pela redução das taxas em 60%, de acordo com o fundador da blockchain, Justin Sun.

    Em uma publicação no X durante a noite, o bilionário empreendedor de criptomoedas Sun — que possui diversos empreendimentos em ativos digitais — afirmou que a proposta, em última análise, beneficiaria os usuários. A mudança entrou em vigor na sexta-feira (29), conforme o horário informado na publicação de Sun.

    A Tron é a blockchain por trás do TRX, a 10ª maior moeda digital em valor total, que tem um valor de mercado atual de US$ 31,9 bilhões. A rede Tron é popular, principalmente entre os usuários de stablecoins.

    “Para os usuários, essa redução nas taxas é um benefício real”, disse Sun. “Cortar as taxas em 60% é ousado e raro para qualquer rede. No curto prazo, a lucratividade da Tron será afetada, já que as taxas da rede serão reduzidas diretamente em 60%.”

    Sun acrescentou: “No entanto, a longo prazo, a lucratividade aumentará à medida que mais usuários e transações ocorrerem na rede Tron.”

    A Tron já tinha a reputação de ser uma blockchain barata. Mas os custos de transação dispararam recentemente: o preço médio para realizar uma transação na rede era de US$ 1,70, mas em dezembro chegou a US$ 2,50, de acordo com a Token Terminal.

    A blockchain Tron é popular como rede de pagamento para stablecoins porque permite que os usuários enviem tokens digitais de forma rápida e barata no espaço de finanças descentralizadas ou DeFi, onde os usuários realizam transações sem permissão e sem revelar suas identidades.

    As principais stablecoins USDC e USDT estão disponíveis na rede Tron, bem como em outras blockchains, como Ethereum e Solana.

    Stablecoins são tokens digitais populares lastreados em moedas fiduciárias não voláteis, como dólares, euros ou ienes. A ideia é que os traders de criptomoedas possam fazer transações rápidas — como comprar Bitcoin e outros ativos digitais — sem precisar usar os serviços bancários tradicionais.

    Dados do DeFiLlama mostram que o valor de mercado total de stablecoins na Tron atualmente ultrapassa US$ 82 bilhões, tornando-a a segunda maior rede de criptomoedas para tokens, depois da Ethereum, que possui um valor de mercado de stablecoins de US$ 148,5 bilhões.

    A capitalização de mercado total de todas as stablecoins em todas as redes de criptomoedas é de US$ 283,3 bilhões, o que significa que a participação da Tron é próxima a 30% do total.

    A TRX estava sendo negociada recentemente por cerca de US$ 0,34 por moeda, de acordo com a CoinGecko, após cair quase 2% em um período de 24 horas.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Investidores da Strategy desistem de ação judicial sobre promessas de lucratividade do Bitcoin

    Investidores da Strategy desistem de ação judicial sobre promessas de lucratividade do Bitcoin

    Investidores da gigante do Bitcoin, Strategy, rejeitaram uma ação coletiva contra a empresa por supostamente fazer declarações falsas e enganosas sobre sua lucratividade.

    A ação foi movida inicialmente em maio, acusando a empresa — famosa por migrar do desenvolvimento de software para uma estratégia de acumulação de Bitcoin em tempo integral — de enganar investidores sobre o impacto que as novas práticas contábeis de criptomoedas teriam em sua lucratividade.

    Este ano, a Strategy, que atualmente detém mais de US$ 68 bilhões em BTC, adotou um padrão contábil de valor justo que lhe permitiu registrar oscilações trimestrais no preço do Bitcoin em seus balanços.

    Anteriormente, a empresa registrava seu Bitcoin pelo custo original de compra; embora pudesse contabilizar quedas no valor do token como “encargos de impairment”, não podia aumentar os aumentos de preço, a menos que os tokens fossem vendidos.

    Investidores que entraram com ações judiciais contra a Strategy e sua liderança no início deste ano argumentaram que a empresa os enganou ao exagerar o impacto positivo que essa nova estratégia contábil teria na lucratividade da empresa.

    Quando a Strategy anunciou um prejuízo líquido de US$ 4,22 bilhões no primeiro trimestre de 2025 — apesar da alta histórica do Bitcoin nos seis meses anteriores — os acionistas começaram a se revoltar.

    Mas, na quinta-feira, os autores de um dos processos mais importantes contra a empresa optaram por rejeitar voluntariamente suas alegações. A rejeição estipulada em conjunto, apresentada em um tribunal federal no leste da Virgínia, onde a Strategy está sediada, foi feita com prejuízo — o que significa que as alegações não podem ser apresentadas novamente em tribunal.

    O Decrypt entrou em contato com os advogados dos autores perguntando por que eles haviam desistido de suas alegações ou se algum acordo havia sido alcançado com a Strategy, mas não recebeu uma resposta imediata.

    Nas últimas semanas, a Strategy enfrentou outras críticas sobre como apresenta seu modelo de negócios pouco ortodoxo aos acionistas. No início deste mês, um importante consultor de Wall Street criticou a empresa por comparar sua relação preço/lucro com empresas como Apple e Nvidia — uma atitude que foi “100% fraudulenta”, disse o consultor, porque o desempenho recente da empresa foi impulsionado por um aumento “único” no preço do Bitcoin, e não por fundamentos de negócios que provavelmente se repetirão.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Baleia com US$ 5 bilhões vende Bitcoin para comprar Ethereum

    Baleia com US$ 5 bilhões vende Bitcoin para comprar Ethereum

    Um grande detentor de Bitcoin depositou 2.000 Bitcoins — no valor de mais de US$ 216 milhões — na corretora Hyperliquid e os vendeu metodicamente em Ethereum, de acordo com dados do explorador de blocos de rede Hypurrscan.

    O endereço terminado em “eCb43” recebeu inicialmente 1.000 BTC, no valor de cerca de US$ 108 milhões, em duas transações por volta das 10h57 (horário do leste dos EUA) de sexta-feira (29). Logo depois, a conta começou a vender pequenos lotes de Bitcoin por Ethereum, frequentemente vendendo de 1 a 1,5 BTC por vez e comprando a quantia correspondente em ETH até que seus Bitcoins se esgotassem.

    Posteriormente, ele reabasteceu com outro depósito de 1.000, seguindo o mesmo manual, antes de finalmente transferir todo o Ethereum — mais de 42.750 ETH — de sua carteira.

    A empresa de análise on-chain Arkham Intelligence conectou o endereço a outros que coletivamente detêm US$ 5 bilhões em Bitcoin, e a um que depositou pelo menos US$ 800 milhões em Bitcoin na Hyperunit em 24 de agosto. A Hyperunit é uma plataforma que permite que tokens nativos como Bitcoin e Ethereum sejam depositados e, por fim, negociados na Hyperliquid.

    “Uma baleia com mais de US$ 5 bilhões em BTC está comprando ETH. Ela acabou de transferir US$ 1,1 bilhão em BTC para uma nova carteira e começou a comprar ETH pela Hyperunit/HL”, publicou Arkham no X. “Essa baleia comprou US$ 2,5 bilhões em ETH na semana passada e continua comprando.”

    Na semana passada, uma baleia de Bitcoin fez a mesma operação, optando por trocar parte de seu BTC por US$ 75 milhões alavancados em posições compradas em ETH.

    As baleias de Bitcoin têm ganhado vida ultimamente. Um bilionário do Bitcoin realizou recentemente a maior transferência de “BTCs antigos”, ou moedas que não se movimentam há 10 anos, da história, ao transferir mais de US$ 8 bilhões.

    Posteriormente, esse mesmo Bitcoin OG sacou mais de US$ 9 bilhões do maior criptoativo, vendendo mais de 80.000 Bitcoins adquiridos na era Satoshi por meio da empresa de criptoativos Galaxy Digital.

    Tanto o Bitcoin quanto o Ethereum estavam sendo negociados com queda de cerca de 4% na sexta-feira, sendo negociados por US$ 108.196 e US$ 4.318, respectivamente.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Stablecoins: promotores veem lacunas em regulação e pedem ação rápida do Congresso

    Stablecoins: promotores veem lacunas em regulação e pedem ação rápida do Congresso

    Durante evento realizado na Câmara dos Deputados, promotores de justiça especializados em crimes financeiros alertaram para os riscos de lacunas regulatórias envolvendo stablecoins no Brasil. O tom dos participantes foi de preocupação, mas também de otimismo em relação ao papel que a legislação pode cumprir para equilibrar inovação e proteção da sociedade.

    O promotor de Justiça Fabiano Cossermelli, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), destacou que o Projeto de Lei das Stablecoins pode ser decisivo para dar segurança jurídica a um mercado que já movimenta bilhões no país. “O grande desafio do Congresso Nacional é encontrar soluções que permitam equacionar tanto o desenvolvimento do mercado, a evolução das atividades econômicas, com a proteção da sociedade. E acredito sinceramente que isso é possível”, afirmou durante o seminário “Regulação de Stablecoins no Brasil”.

    Para ele, a regulamentação não deve sufocar a inovação, mas precisa garantir mecanismos eficazes de combate a ilícitos.

    Já Diogo Erthal, também promotor do MPRJ, chamou atenção para a crescente presença das stablecoins em crimes investigados no Brasil. Segundo ele, cerca de 80% dos ativos digitais associados a atividades criminosas no país estão vinculados a stablecoins. Isso se deve, em parte, à facilidade de movimentação e liquidez desses ativos.

    Leia também: Regulação lenta das stablecoins pode abrir espaço ao crime organizado, aponta Banco Central

    Nesse contexto, a colaboração de emissores como Tether e Circle tem sido fundamental. “Nossas investigações não têm como ser bem-sucedidas sem a relevante colaboração que a gente tem colhido em todas as nossas operações. O interesse majoritário dos atores do mercado é o mesmo do nosso: depurar essa pequena mancha que há nesse ecossistema”, afirmou.

    Os promotores defenderam que a futura lei preveja a obrigatoriedade de representação local de emissores internacionais no Brasil, justamente para facilitar a cooperação em casos de crimes. Hoje, parte da colaboração ocorre em bases voluntárias, o que nem sempre garante agilidade. “O fator tempo, nesse cenário, é crucial. O dinamismo das transações é incompatível com os mecanismos usuais de cooperação internacional, que são lentos e burocráticos”, ressaltou Cossermelli.

    Outro ponto abordado foi a criação do CriptoJud, sistema em fase de testes desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça para centralizar ordens judiciais relacionadas a criptoativos. A ideia é replicar no universo digital o que o SisbaJud fez com o sistema financeiro tradicional, trazendo mais agilidade e segurança para comunicações entre Judiciário e empresas do setor. “Isso vai ser um ganho imenso tanto para nós quanto para vocês, porque o serviço privado vai ter uma centralização para obter ordens e responder ordens com segurança”, disse Cossermelli.

    Leia também: CriptoJud: Novo sistema da Justiça vai facilitar bloqueio de criptomoedas em exchanges

    No debate, também se destacou a importância do compliance das prestadoras de serviços de ativos virtuais (VASPs). Para Erthal, a proatividade dessas equipes pode muitas vezes antecipar investigações. Já Cossermelli reforçou que investir em compliance é também uma questão de sobrevivência de mercado: “Nenhuma empresa quer ter sua imagem vinculada ao favorecimento de atividades como a venda de material de pornografia infantil. O compliance eficaz é um diferencial que protege o negócio e toda a sociedade”.

    Por fim, os promotores fizeram um apelo por equilíbrio. “Não há antagonismo entre mercado e persecução penal. O mercado quer um cenário seguro para atuar e prosperar livre de atividades ilícitas, e a sociedade espera o mesmo. Basta que esses pontos de vista sejam harmonizados em um projeto de lei”, concluiu Cossermelli

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  • CVM projeta novas regras e maior aproximação com participantes do mercado de capitais

    CVM projeta novas regras e maior aproximação com participantes do mercado de capitais

    A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem intensificado esforços para consolidar uma cultura de integridade tanto internamente quanto no mercado de capitais. Em uma live promovida pelo MB, Bruno Luna, Chefe da Assessoria de Análise Econômica, Gestão de Riscos e Integridade da CVM, discutiu ao lado de Vanessa Butalla, Chief Legal, Compliance and Risk Officer do MB, os avanços do Programa Íntegra e os desafios para fortalecer a cultura de integridade no mercado de capitais.

    Criado em 2018, o programa surgiu da necessidade de organizar normas internas e evoluiu ao longo dos anos para se tornar um modelo de referência. Segundo Luna, o programa passou por diversas revisões e hoje é uma das prioridades estratégicas da CVM, sendo que o engajamento da administração é condição indispensável para que qualquer iniciativa tenha êxito. “Não tem absolutamente nenhum programa de integridade que pare de pé se você não tem, de fato, a alta administração abraçando o tema”, afirmou.

    Butalla ressaltou a importância de trazer o tema para além das fronteiras da autarquia. “O programa da CVM é uma referência de mercado. Ele nasceu voltado para os colaboradores, mas tem reflexo direto no relacionamento com o mercado de capitais. É essencial ouvir os servidores, porque muitas vezes o que imaginamos como principal dor não corresponde ao dia a dia”, afirmou.

    Segundo Luna, pesquisas periódicas com servidores foram fundamentais para expor problemas antes invisíveis. Um exemplo foi a constatação de que todas as denúncias de assédio relatadas em 2022 vieram de mulheres, o que levou à criação de iniciativas como a Rede Mulher CVM, uma ouvidoria específica para funcionárias e uma cartilha de combate ao assédio que se tornou referência em outros órgãos públicos.

    Neste cenário, Vanessa Butalla destacou a relevância dessas medidas e a coragem de enfrentar resistências internas. “Quem machuca não se lembra, quem é machucado não esquece. É fundamental capacitar gestores para enxergar além da sua própria experiência e desenvolver empatia com situações que, muitas vezes, não vivenciam diretamente”, disse.

    Ela também chamou atenção para o impacto dos conflitos geracionais dentro das organizações, lembrando que conceitos como microgerenciamento ainda geram interpretações distintas. Luna concordou e explicou que a entrada de novos servidores após anos sem concurso trouxe debates intensos sobre gestão e trabalho remoto, mas que esses embates ajudaram a abrir espaço para práticas mais modernas.

    A experiência acumulada levou a CVM a estender o conceito de integridade ao mercado de capitais. Em 2024, a autarquia realizou uma pesquisa inédita com mais de 1.500 participantes e 700 comentários voluntários, avaliando a conduta de gestores, conselheiros e assessores, além da percepção sobre a própria atuação regulatória. “Nunca tinha visto órgão regulador se expor tão abertamente. Recebemos inclusive relatos de profissionais que deixaram empresas por não concordar com práticas adotadas”, relatou Luna.

    O relatório final será divulgado em setembro e servirá de base para redefinição de prioridades de supervisão.

    Para Butalla, esse tipo de iniciativa aproxima regulador e mercado e ajuda a diferenciar casos de má-fé de situações que exigem mais diálogo. “Temos, sim, participantes mal-intencionados, mas também há muitos que agem de boa-fé e precisam de orientação para se enquadrar. É nesse diálogo que se encontra o ponto de equilíbrio”, observou.

    Com mais de 90 mil participantes regulados e uma estrutura que encolheu 30% na última década, a CVM tem apostado em um modelo de supervisão baseado em riscos, incluindo no radar temas como a tokenização de ativos. Ainda assim, Luna defende que será necessário avançar para normas mais robustas. “Assim como editamos regras específicas para companhias abertas, acredito que vamos ter que estabelecer diretrizes mínimas obrigatórias de integridade para todos os participantes regulados”, afirmou.

    Ao encerrar, Vanessa Butalla destacou a importância da parceria entre órgãos reguladores e empresas privadas para consolidar uma cultura ética sustentável. Já Bruno reforçou a mensagem central: “Integridade não é discurso, é prática. Se a alta administração não estiver comprometida, o projeto não se sustenta. E ouvir toda a organização é essencial”.

    Confira a live na íntegra:

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  • PL que propõe reserva estratégica de Bitcoin é retirado de pauta na Câmara

    PL que propõe reserva estratégica de Bitcoin é retirado de pauta na Câmara

    A Câmara dos Deputados, por meio da Comissão de Desenvolvimento Econômico, colocou em pauta, na quarta-feira (27), o PL 4501/2024, de autoria do deputado Eros Biondini (PL/MG), que trata de uma possível reserva estratégica de Bitcoin pelo governo federal. O texto, porém, foi retirado de pauta a pedido do deputado Zé Neto (PT/BA), que subscreveu o pedido do deputado Mauro Benevides Filho (PDT/CE), que não pôde comparecer à audiência.

    O PL 4501/2024, que tem relatoria do deputado Luiz Gastão (PSD-CE), propõe a formação de uma Reserva Estratégica Soberana de Bitcoins pelo Governo Federal.

    Zé Neto solicitou que o projeto fosse retirado de pauta, argumentando que questões envolvendo Bitcoin ainda carecem de um melhor ajuste legal, por serem situações recentes. Ele mencionou uma audiência pública com representantes da Fazenda e do Tesouro Nacional e disse que está buscando diálogo com o deputado Gastão para avançar em conversas sobre o tema. 

    O deputado Vander Loubet (PT/ MS)  também se manifestou a favor da retirada do PL sobre Bitcoin de pauta, afirmando disse que o tema “requer mais estudo técnico e projeto-piloto sem comprometer o patrimônio público”. Loubet citou a volatilidade das criptomoedas, riscos fiscais  e “ausência de estimativas de impacto”, acreditando, porém, ser “uma matéria interessante”.

    O relator Gastão não refutou o pedido regimental, mas argumentou que a iniciativa sobre reservas de Bitcoin traria mais estabilidade ao invés de instabilidade.

    Ele destacou que já houve uma audiência pública sobre o tema e que o projeto propõe apenas 5% das reservas, percentual considerado seguro para acompanhamento dos impactos.

    Ele afirmou que ajustes serão feitos com base nos pedidos do Tesouro, intermediados por Zé Neto, e defendeu a inclusão de Bitcoin nas reservas como forma de potencializar ganhos e estabilidade econômica. Como relator, busca ouvir todas as partes para apresentar um relatório mais consensual.

    Por sua vez, o deputado Vitor Lippi (PSDB/SP), 3º Vice-Presidente, da Comissão, afirmou que o pedido era compreensível “porque é um tema bastante novo para a sociedade e que vem crescendo muito no mundo”.

    Fazenda e BC contra reservas de Bitcoin

    Na semana passada, o Ministério da Fazenda e o Banco Central foram veementemente contra a inclusão de Bitcoin nas reservas internacionais do Brasil.  Daniel Leal, chefe da subsecretaria da Dívida Pública, defendeu que o PL não seja aprovado, afirmando que a volatilidade do Bitcoin é incompatível com as reservas internacionais, que priorizam segurança e liquidez.

    Luiz Guilherme Siciliano, chefe do departamento de reservas internacionais do BC, também não deixou dúvidas que o agente regulador é absolutamente contrário à ideia

     “Atualmente os criptoativos não atendem os critérios de elegibilidade para inclusão nos portfólios de reserva de bancos centrais sendo incompatíveis com os objetivos tradicionais de segurança, liquidez e retorno”, disse Siciliano.

    Quem saiu em defesa do Bitcoin foi Pedro Guerra, chefe de gabinete de Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Guerra já falou publicamente em favor do Bitcoin mais de uma vez

    “Em 2025, o ouro superou o euro como ativo de reservas dos bancos centrais no mundo. Imaginem as potencialidades de um ouro melhorado: mais escasso e transacionável em poucos minutos, 24 horas por dia  e sete dias por semana”, disse Guerra.

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  • Portugal aprova transposição do MiCA e destrava regulação das criptomoedas

    Portugal aprova transposição do MiCA e destrava regulação das criptomoedas

    O Conselho de Ministros de Portugal aprovou nesta quinta-feira (28) a proposta que transpõe para a legislação nacional o Regulamento dos Mercados de Criptoativos (MiCA), marco regulatório europeu que estabelece as bases para a supervisão e funcionamento da indústria de criptomoedas no bloco. A medida segue agora para apreciação do Parlamento português, com expectativa de aprovação já em setembro.

    O MiCA, aprovado em 2023 pelo Parlamento Europeu, define regras comuns para emissão, negociação e custódia de criptoativos, buscando oferecer maior proteção ao investidor e clareza regulatória às empresas. Cada país da União Europeia, porém, precisa adaptar a norma à sua realidade, estabelecendo, por exemplo, quem será o regulador responsável e quais serão as sanções aplicáveis.

    Até então, Portugal estava entre os poucos países que não haviam concluído o processo, ao lado da Romênia, em razão da queda do governo e eleições que ocorreram entre 2024 e 2025. A demora vinha gerando críticas de players locais e colocando em dúvida a continuidade do país como hub cripto europeu.

    Segundo Pedro Borges, cofundador e CEO do Mercado Bitcoin Portugal, a aprovação é fundamental para destravar o ambiente de negócios. “Portugal até ganhou fama, e com razão, de ser um hub muito positivo às criptomoedas, com uma lei tributária favorável. Mas esse atraso estava atrapalhando, porque mesmo que novos projetos pudessem ser criados, as empresas não sabiam a quem se dirigir. Não havia entidade definida que regulasse ou aprovasse novas licenças”

    Para Borges, o movimento devolve credibilidade ao ecossistema português e alinha o país à tendência europeia de dar mais segurança jurídica ao setor: “O que deveria ter sido um processo simples, quase automático, se arrastou muito e já causava algum embaraço ao país”.

    “Agora, com a transposição da lei finalmente avançando, Portugal volta a ter condições de atrair projetos sérios e inovadores””, conclui ele.

    Com a lei nacionalizada, corretoras, exchanges e emissores de tokens passam a ser enquadrados como sociedades financeiras, sujeitos a requisitos mais rígidos de governança, compliance e transparência. A expectativa do setor é que a entrada em vigor traga previsibilidade regulatória, fator decisivo para a instalação de novos players no país.

    Na prática, a transposição do MiCA pode representar o fim de uma incerteza que travava investimentos e limitava o crescimento da indústria de criptomoedas em Portugal. Agora, o desafio será transformar a regulação em vantagem competitiva e consolidar o país como referência europeia no setor.

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  • EUA abrem caminho para retorno de exchanges estrangeiras de criptomoedas

    EUA abrem caminho para retorno de exchanges estrangeiras de criptomoedas

    A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC) publicou na quinta-feira (28) um parecer esclarecendo o quadro de registro de juntas comerciais – Foreign Board of Trade (FBOT) – para entidades estrangeiras, o que abre uma brecha para que corretoras de criptomoedas possam voltar a oferecer seus serviços no país.

    FBOT é uma bolsa estrangeira registrada na CFTC que permite a empresas localizadas fora dos EUA oferecer acesso direto a suas plataformas para traders americanos. O comunicado estabelece regras claras para que empresas de cripto e outros mercados, que haviam se mudado para o exterior devido a anos de fiscalização rigorosa, possam retornar legalmente aos EUA, garantindo aos traders americanos acesso a mercados globais e diversos produtos. As empresas interessadas, contudo, precisam ser rigorosamente regulamentadas em seu território.

    Segundo a presidente interina da CFT, Caroline D. Pham, a medida faz parte da força-tarefa “Crypto Sprint” lançada pelo órgão no início do mês, composta por autoridades como o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (SEC), Paul Atkins.

    Crypto Sprint – que sugere corrida ou aceleração em prol do setor cripto – aborda temas como serviços bancários, stablecoins, impostos e políticas para a custódia e o estoque de ativos digitais, em um esforço para acelerar a regulação do setor de criptomoedas.

    “As empresas americanas que foram forçadas a se estabelecer em jurisdições estrangeiras para facilitar a negociação de criptoativos agora têm um caminho de volta aos mercados americanos”, comentou Phan. 

    Ela explicou que, desde a década de 1990, os americanos podem negociar em bolsas estrangeiras registradas na CFTC como FBOTs, e que a partir de agora a agência acolhe de volta os traders dos EUA, permitindo negociações eficientes e seguras sob suas regras, além de abrir os mercados norte-americanos para o resto do mundo.

    O reforço sobre o tema veio em um tuíte no X: “A partir de agora, a @CFTC dá as boas-vindas de volta aos americanos que querem negociar de forma eficiente e segura sob suas regras, além de abrir os mercados dos EUA para o resto do mundo”, postou Pham na tarde de ontem no X.

    Em um post anterior, Phan explicou que CFTC emitiu o parecer FBOT advisory, oferecendo clareza regulatória para que atividades de negociação em criptomoedas, que haviam sido deslocadas para o exterior devido à aplicação rigorosa de regras nos últimos anos, possam retornar legalmente aos Estados Unidos.

    Segundo ela, a medida reafirma a abordagem da agência de fornecer aos traders americanos acesso a mercados globais profundos e líquidos, com ampla variedade de produtos e classes de ativos. Com isso, empresas de criptomoedas que haviam se estabelecido em jurisdições estrangeiras agora têm um caminho para voltar a operar nos EUA.

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