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  • Quem paga os desenvolvedores do Bitcoin?

    Quem paga os desenvolvedores do Bitcoin?

    Se um acionista da Google ou da Meta soubesse que a empresa demitiu todos os seus desenvolvedores, ele ficaria confiante no futuro da companhia? Provavelmente não. O Bitcoin, embora não seja uma ação nem uma empresa de tecnologia, também depende de desenvolvimento contínuo para sobreviver.

    A rede pode parecer sólida: blocos seguem sendo minerados, transações seguem sendo confirmadas. Mas por trás dessa aparência de estabilidade existe um ponto frágil e pouco discutido: quem mantém o software funcionando?

    Antes de ser moeda, ativo financeiro ou reserva de valor, o Bitcoin é um protocolo, um conjunto de regras que permite que milhares de computadores, os nós, se comuniquem de forma segura. Esse código precisa ser escrito, revisado e mantido. Sem isso, ele se torna obsoleto, e toda a promessa de descentralização, resistência à censura e soberania financeira desaparece.

    Muita gente imagina que o Bitcoin “se mantém sozinho”, mas até as partes invisíveis da rede passam por reformas profundas para que ela continue rápida, segura e preparada para o futuro.

    Depois de Satoshi Nakamoto, o banco de dados usado para armazenar o estado da rede foi substituído por um sistema mais rápido e confiável, o código de rede foi reescrito para acelerar a propagação de blocos e reduzir o consumo de banda, a sincronização de novos nós ficou muito mais rápida e segura, e dependências vulneráveis foram removidas e substituídas por bibliotecas de criptografia otimizadas.

    Tudo isso aconteceu longe dos holofotes, mas sem esse trabalho de bastidores o Bitcoin já teria travado ou quebrado há anos.

    Quem protege o código do Bitcoin?

    As vulnerabilidades reveladas recentemente no Bitcoin Core, de ataques simples que travam nós a problemas mais sutis de propagação de blocos, mostram que o Bitcoin só continua funcionando porque há gente olhando, testando e corrigindo.

    Fuzz testing, testes unitários e funcionais, monitoramento distribuído e ferramentas como o peer-observer são a linha de frente dessa defesa. Sem isso, ataques como addr flooding, netsplits ou mensagens adulteradas poderiam passar despercebidos até que a rede fosse afetada em larga escala.

    Cada CVE corrigido é uma prova de que o Bitcoin continua vivo não por inércia, mas pelo trabalho contínuo de desenvolvedores que testam, vigiam e reforçam o protocolo.

    Isso sem falar nos desenvolvedores que atuam na fronteira da pesquisa, experimentando e prototipando soluções para desafios que ainda nem chegaram. Há quem esteja explorando como escalar o modelo de UTXO para bilhões de usuários sem comprometer a descentralização, como permitir que um nó completo rode em dispositivos cada vez menores, mais baratos e acessíveis, e como projetar algoritmos de assinatura que resistam a computadores quânticos.

    Outros pesquisam formas de melhorar a privacidade sem sacrificar a auditabilidade, de tornar a propagação de blocos e transações mais eficiente em redes instáveis, e de criar novas linguagens ou estruturas de script que ampliem o que é possível construir sobre o Bitcoin sem abrir brechas de segurança.

    É um trabalho que exige tanto visão de longo prazo quanto domínio técnico profundo, e que garante que o Bitcoin não apenas sobreviva ao presente, mas esteja pronto para as ameaças e oportunidades das próximas décadas.

    Muitos repetem, em suas teses de investimento ou defesas apaixonadas do Bitcoin, que ele é open-source, auditável, e que qualquer pessoa pode ler o código e entender exatamente o que está acontecendo.

    Mas quantos de vocês já fizeram isso? Quantos conhecem alguém que tenha feito? A verdade é que estamos diante de uma tragédia dos comuns: todos assumem que “muita gente” está monitorando a rede, quando, na prática, boa parte desse trabalho é feita no Raspberry Pi que fica em cima da mesa de um jovem autodidata de vinte e poucos anos.

    É como naquele meme do xkdc que diz que toda a infraestrutura moderna da internet depende de uma biblioteca open-source mantida por um cara aleatório no Nebraska desde 2003. Vamos mesmo deixar isso acontecer com o Bitcoin?

    Dependency (xkcd)

    Um chamado para ação

    Meta tem valor de mercado parecido com o do Bitcoin e emprega cerca de 20 mil desenvolvedores. O Bitcoin, com capitalização semelhante, conta com algo em torno de 40 desenvolvedores ativos.

    Muitos deles vivem de bolsas temporárias ou trabalham de forma voluntária, sem a segurança de empregos estáveis. Alguns poderiam ganhar múltiplas vezes mais em empresas de tecnologia, mas escolhem permanecer no Bitcoin por convicção.

    Diferente de outros projetos de software open source bem-sucedidos, o Bitcoin não tem uma empresa criadora, uma fundação com orçamento bilionário ou uma tesouraria recheada.

    Outras blockchains levantaram centenas de milhões de dólares em ICOs, receberam grandes rodadas de venture capital e criaram fundações que empregam dezenas de desenvolvedores com salários competitivos. No Bitcoin, não existe essa estrutura. Se a comunidade não financiar, ninguém mais vai financiar.

    Apesar de existirem organizações sérias dedicadas a captar recursos e financiar o trabalho de desenvolvedores, como o MIT Digital Currency Initiative, Chaincode Labs, Brink, LocalHost, OpenSats e Spiral, a origem dessas doações ainda é concentrada em um grupo muito pequeno de pessoas e empresas.

    A Vinteum é uma dessas organizações, com foco em apoiar desenvolvedores no Brasil e na América Latina, financiada por apoiadores como Wences Casares, John Pfeffer, Sebastian Serrano, e por instituições como OKX, Human Rights Foundation, Btrust e OpenSats.

    Até hoje, não contamos com doadores relevantes brasileiros. Grandes exchanges, empresas do ecossistema e early adopters que prosperaram com o Bitcoin precisam entender que o valor que acumularam só se sustenta se houver investimento constante na segurança e na evolução da rede. Sem essa base técnica sólida, não há segurança, não há confiança e, no longo prazo, não há valorização sustentável.

    Sobre o autor

    Lucas Ferreira é o fundador da Vinteum, uma organização sem fins lucrativos dedicada à formação e financiamento de desenvolvedores open-source de Bitcoin no Brasil e em outros países. Ele também organiza a Satsconf, a maior conferência de Bitcoin da América Latina. Ex-integrante da Lightning Labs, Lucas atua na interseção entre desenvolvimento do protocolo do Bitcoin, educação e fortalecimento da comunidade.

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  • Agosto costuma ser mês de queda para o Bitcoin — isso se repetirá em 2025?

    Agosto costuma ser mês de queda para o Bitcoin — isso se repetirá em 2025?

    Depois de uma alta de 8% em julho, o Bitcoin (BTC) iniciou agosto sem muita força, já com queda de pouco mais de 1% nesta primeira semana do mês. E se isso pode parecer um sinal de desânimo depois de quatro meses seguidos de valorização, na verdade caminha apenas para reforçar um histórico negativo do oitavo mês do ano.

    Entre 2013 e 2024, agosto foi um mês negativo em oito anos, liderando o ranking de piores meses para o Bitcoin junto com setembro. Porém, quando olhamos para a mediana do desempenho da criptomoeda, agosto lidera com folga com o pior resultado, queda de 7,5%. O segundo pior mês é exatamente setembro, com uma mediana de perdas de 4,3% para o BTC.

    Já são três anos seguidos de queda do Bitcoin em agosto, e com perdas consideráveis: 8,6% em 2024, 11,3% em 2023 e 13,9% em 2022, conforme dados da Coinglass.

    Retornos mensais do Bitcoin (Fonte: CoinGlass)

    Uma explicação para essa situação é o cenário de férias no hemisfério norte, onde está concentrada a renda global. Segundo Caio Leta, head de pesquisa e conteúdo da Bipa, a queda em agosto é um fenômeno que acontece no mercado tradicional também. “Nesse período muitas pessoas não querem ficar expostas ao risco de volatilidade do mercado e vendem tudo, recomprando apenas em setembro e outubro”, afirma o analista ao Portal do Bitcoin.

    Outro ponto é que, em cenários como o de 2025, com o Bitcoin subindo forte por quatro meses seguidos, agosto também se torna uma boa oportunidade para investidores realizarem os lucros, o que pressiona os preços para baixo.

    Perdas iniciais no mês frequentemente incentivam mais vendas, gerando efeito manada e aumentos de liquidação em posições alavancadas. E isso tem sido reforçado por dados on-chain, que apontam para uma pausa na tendência positiva da criptomoeda.

    Dados de opções mostram uma mudança no sentimento, com a inclinação de 30 dias caindo de +2% para -2%, sugerindo que os investidores estão pagando mais para se proteger contra quedas.

    Junto disso tudo se vê também uma grande cautela institucional, com um volume de US$ 1,2 bilhão retirados de ETFs de Bitcoin à vista nos dias 4 e 5 de agosto, aumentando a pressão do lado das vendas.

    “Preços lateralizados em agosto é o cenário mais provável antes da retomada de momentum”, disse Georgii Verbitski, fundador da plataforma DeFi TYMIO, ao Decrypt.

    Incertezas reforçam cautela

    Além disso tudo, há ainda os efeitos da incerteza em torno das tarifas do governo de Donald Trump e das condições macroeconômicas nos Estados Unidos.

    Sinais recentes apontam que o Federal Reserve pode manter as taxas de juros por mais tempo, enquanto a economia americana começa a dar sinais mais fortes de recessão.

    E o mercado já sente e antecipa tudo isso. Dados da plataforma de derivativos Derive apontam que contratos de venda (put) de BTC com vencimento em 29 de agosto já são cinco vezes maiores que os de compra (call). Ou seja, há uma expectativa muito maior de queda do que de alta do Bitcoin este mês.

    Quase metade dos contratos de venda está concentrada no preço de exercício de US$ 95 mil, com outros 25% divididos entre os preços de exercício de US$ 80 mil e US$ 100 mil.

    “O posicionamento sinaliza que os traders estão apostando fortemente em um movimento doloroso de volta abaixo de US$ 100 mil”, diz a Derive.

    Para Jurrien Timmer, diretor de macroeconomia global da Fidelity, as incertezas macroeconômicas reforçam a recomendação de cautela. Mesmo assim, ele afirma que a tendência geral para o mercado de criptomoedas permanece “positiva”. Ainda assim, os investidores devem esperar alguma “quebra” no curto prazo, segundo ele.

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  • Criador da Binance tenta se livrar de processo de R$ 9 bilhões movido pela FTX

    Criador da Binance tenta se livrar de processo de R$ 9 bilhões movido pela FTX

    O fundador e ex-CEO da Binance, Changpeng ‘CZ’ Zhao, entrou com uma petição para rejeitar um processo de US$ 1,76 bilhão movido contra ele, Binance e outros executivos da corretora de criptomoedas pela massa falida da FTX. Os advogados de CZ argumentam que os tribunais dos EUA não têm jurisdição sobre ele no caso e que ele foi indevidamente citado.

    A petição, apresentada na segunda-feira ao Tribunal de Falências de Delaware, alega que a ação judicial falha em vários aspectos técnicos. CZ, que declara sua residência nos Emirados Árabes Unidos, alega que o processo violou as normas processuais ao notificá-lo como cidadão não americano.

    O processo também afirma que os tribunais de Delaware não têm jurisdição pessoal sobre ele, pois não possui vínculos significativos com o estado.

    “O Sr. Zhao não é passível de ação judicial neste fórum, e os estatutos que os demandantes buscam fazer cumprir não alcançam as transações extraterritoriais descritas na Reclamação”, afirma o documento.

    “As alegações são, de qualquer forma, legalmente infundadas, e muitas são completamente incoerentes. O Sr. Zhao junta-se aos pedidos de arquivamento apresentados pelos outros réus”, acrescentou, referindo-se a duas tentativas semelhantes de arquivamento apresentadas por outros executivos da Binance em julho.

    Processo da FTX contra CZ

    Changpeng ‘CZ’ Zhao está tentando se defender de uma ação judicial movida originalmente em novembro de 2024 pela FTX Digital Markets Ltd. e pelo espólio da FTX Trading. A ação busca recuperar US$ 1,76 bilhão em criptomoedas que foram transferidos para a Binance em julho de 2021 como parte de um acordo de recompra de ações.

    O acordo envolveu a recompra de 20% da participação da Binance na corretora pela FTX. O relacionamento entre as duas começou em 2019, quando a empresa de CZ foi uma das primeiras apoiadoras da FTX, mas depois azedou.

    De acordo com o processo, Sam Bankman-Fried orquestrou a recompra usando uma mistura de tokens FTT emitidos pela FTX e ativos da marca Binance, como BUSD, posteriormente identificados como fundos que teriam sido desviados indevidamente de depósitos de clientes.

    O espólio da FTX, agora administrado por uma equipe de reestruturação, argumentou que a transferência foi fraudulenta e está tentando recuperar os ativos para ajudar a pagar os credores prejudicados pela implosão da FTX em 2022.

    No processo, a equipe jurídica de Zhao também argumenta que ele nunca recebeu diretamente os fundos em questão.

    “Os autores demonstram, de fato, que o Sr. Zhao não era um cessionário”, afirmava a petição. “Eles alegam que ele foi apenas uma contraparte nominal na transferência de BUSD da Alameda LTD para a Binance.”

    O documento insistia que Zhao era apenas um “signatário nominal” e não o destinatário real dos ativos.

    FTX e Binance

    O processo vai além da recompra em si, acusando Zhao de desempenhar um papel mais amplo na desestabilização da FTX. Em particular, aponta para um tweet de CZ em novembro de 2022 que desencadeou uma série de retiradas de clientes da FTX e uma corrida que contribuiu para o colapso da corretora.

    Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda Research, afiliada à FTX, testemunhou durante o julgamento Bankman-Fried que a Alameda teve que tomar emprestado mais de US$ 1 bilhão em fundos de clientes para pagar a recompra da Binance. Os promotores argumentaram que a FTX e a Alameda provavelmente estavam insolventes antes mesmo da recompra.

    Bankman-Fried foi condenado a 25 anos de prisão em março de 2024 por fraude, conspiração e lavagem de dinheiro.

    O próprio CZ também cumpriu uma pena de quatro meses nos EUA no ano passado, após se declarar culpado de violar as regras de combate à lavagem de dinheiro, como parte de um acordo mais amplo de US$ 4,3 bilhões entre a Binance e os reguladores americanos. Ele renunciou ao cargo de CEO da Binance como parte desse acordo.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt

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  • Trader deixa de lucrar R$ 200 milhões ao vender memecoin que disparou 174.948%

    Trader deixa de lucrar R$ 200 milhões ao vender memecoin que disparou 174.948%

    Um trader desperdiçou uma negociação que poderia valer US$ 36 milhões (cerca de R$ 200 milhões) ao vender sua parte da memecoin TROLL, baseada na Solana, no verão passado dos Estados Unidos. Na época da venda, o token tinha uma capitalização de mercado de US$ 9.360. Agora, quase um ano depois, disparou repentinamente para US$ 158 milhões.

    O desenvolvedor da memecoin, Leland King Fawcette, mais conhecido por viajar por todos os 50 estados dos EUA em tempo recorde por um token, disse ao Decrypt que foi ele quem perdeu a negociação multimilionária. De acordo com dados on-chain, Fawcette gastou aproximadamente US$ 1.300 (cerca de R$ 7 mil na época) em agosto de 2024 e vendeu a moeda pelo mesmo preço algumas horas depois.

    Fawcette provou sua conexão com a carteira vendedora ao Decrypt por meio de uma transferência de handshake (protocolo de alocação de propriedade) da carteira para a qual a carteira vendedora moveu os fundos.

    “Eu juntei TROLL pela primeira vez em 11 de agosto de 2024. Eu queria simplesmente vender uma memecoin para um KOL [Key Opinion Leader, remete ao termo “influencer” em português] que eu tinha um estoque enorme em várias carteiras, só para ver se algum KOL seria burro o suficiente para fazer isso. Nenhum KOL, exceto um, comprou”, disse Fawcette ao Decrypt. “Então, eu joguei fora os copy traders dele, feitos pela 9 SOL, e esqueci da moeda.”

    Alta da TROLL

    Em 11 de agosto do ano passado, a TROLL atingiu uma capitalização de mercado de US$ 9.360 antes de cair 52% para US$ 4.480, provavelmente quando o esquema de Fawcette ocorreu.

    Por oito meses, a memecoin permaneceu inativa, atingindo um pico de valor de mercado de US$ 24 mil. Até que explodiu em mais de 174.948% em abril de 2025, atingindo um pico de US$ 42 milhões.

    Nessa época, a conta X do artista por trás do meme original do Trollface, Carlos Ramirez, conhecido online como Saint Whynne, promoveu uma moeda rival do meme Troll, que atingiu o pico de US$ 14 milhões em valor de mercado.

    Isso não durou muito, pois o valor do token havia despencado 99% em maio, e Whynne apagou suas postagens. Atualmente, o valor de mercado é de apenas US$ 142.630.

    Enquanto isso, a outra moeda TROLL passou maio, junho e a maior parte de julho consolidando entre US$ 10 milhões e US$ 27,6 milhões, à medida que uma comunidade cult se formava.

    Em seguida, o token disparou 924,65% em 10 dias, a partir de 26 de julho, atingindo uma capitalização de mercado recorde de US$ 166 milhões. Desde então, recuou ligeiramente para US$ 158 milhões.

    Se Fawcette tivesse mantido seus tokens durante toda essa jornada, o que é reconhecidamente difícil, ele teria lucrado mais de US$ 36 milhões com uma compra de US$ 1.300 — ou um retorno de 2.769.131%. Mas, felizmente, ele não parece estar tão abalado.

    “Vou ser sincero, não faz mal nenhum eu ter vendido a TROLL, porque eu a vendi em agosto, e a moeda começou a ser vendida em abril”, disse Fawcette ao Decrypt. Ele acrescentou:

    “Então, o sentimento de destruição, o sentimento de ódio, o sentimento de por que eu vendi, isso realmente não existe para mim. Porque era uma única memecoin em uma plataforma com milhões de moedas meme. Em segundo lugar, não havia nenhuma indicação de que a moeda iria vingar”.

    A Troll foi criada na popular plataforma de lançamento de memecoins Pump.fun, que, segundo dados da Dune, foi responsável por mais de 12 milhões de moedas desde janeiro de 2024.

    Na época em que Fawcette vendia seus tokens, Troll era apenas uma gota no oceano. Agora, é o 9º maior token da plataforma e a 39ª maior memecoin do mundo.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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  • Meta bloqueia 6,8 milhões de contas do WhatsApp ligadas a golpes com criptomoedas e pirâmides

    Meta bloqueia 6,8 milhões de contas do WhatsApp ligadas a golpes com criptomoedas e pirâmides

    A Meta informou que baniu 6,8 milhões de contas no WhatsApp no primeiro semestre de 2025 que tinham ligação com golpes financeiros, incluindo investimento fraudulento em criptomoedas e esquemas de pirâmide.

    De acordo com a empresa americana, as contas estavam, em grande parte, ligadas a organizações criminosas na Ásia Oriental, onde operam diversos grupos. Esses criminosos tem ficado cada vez mais sofisticados, usando deepfakes e inteligência artificial para enganar as pessoas.

    A Meta alertou que o golpe mais comum é aquele em que os bandidos pedem um pagamento adiantado dos clientes, com a promessa de retornos elevados e garantidos. Em seguida, eles mostram o que seriam resultados de lucros e pedem novos depósitos dos usuários para que eles possam ganhar mais. Por fim, desaparecem com o dinheiro.

    “Nossa equipe identificou e desativou as contas antes que essas organizações criminosas pudessem usá-las em larga escala”, disse Clair Deevy, diretora de assuntos externos do WhatsApp, em comunicado. Ela afirmou ainda que o bloqueio das contas é parte de uma estratégia para impedir a proliferação dos golpes.

    Diante do alto número de casos de golpes, a Meta informou também que irá introduzir um novo recurso de segurança que alerta os usuários quando alguém que não está em sua lista de contatos os adiciona a um grupo do WhatsApp.

    Em um vídeo no comunicado da Meta, Rachel Tobac, hacker e CEO da SocialProof Security, disse que os usuários devem fazer uma pausa antes de responder a mensagens em plataformas de internet. Isso porque é comum que golpistas criem um senso de urgência para fazer com que as pessoas respondam e enviem dinheiro rapidamente, sem pensarem direito.

    “Esses golpistas se aproveitam da bondade, desespero ou medo das pessoas de que possam estar em apuros se não enviarem o dinheiro rapidamente”, disse ela.

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  • Solana começa a enviar novo celular cripto para mais de 50 países

    Solana começa a enviar novo celular cripto para mais de 50 países

    A Solana Mobile começou a enviar seu novo modelo cripto Seeker para mais de 50 países na última segunda-feira (4). De acordo com a companhia, são “dezenas de milhares” de aparelhos saindo das fábricas para distribuição.

    O Seeker é a segunda geração de smartphones da Solana, sucessor do Saga, lançado em 2023. O aparelho com sistema Android já vem com recursos de blockchain, como uma solução de segurança de hardware chamada Seed Vault, uma dApp Store integrada da Solana e um Genesis Token onchain que concede aos detentores acesso antecipado a novos aplicativos e recompensas em tokens SKR.

    A loja de aplicativos descentralizados já conta com mais de 100 apps, incluindo exchanges descentralizadas (DEX), programas DeFi e jogos. Além disso, o aparelho também deve ter uma integração maior com inteligência artificial e DePIN.

    Cada Seeker gera um Token Genesis vinculado ao aparelho e futuras recompensas em SKR, o que lembra algo como foi feito com o airdrop “Capítulo 2” do Saga, que ajudou a impulsionar a demanda pelo primeiro aparelho.

    O aparelho chega junto com o novo token SKR, que servirá como ativo nativo do ecossistema móvel da Solana. O SKR será responsável por impulsionar a economia interna, alinhar incentivos e promover a participação ativa de usuários, desenvolvedores e fabricantes no crescimento da plataforma.

    A Solana Labs anunciou a data de lançamento do smartphone em maio e segue uma estratégia da empresa de focar em mobile, contando agora com a consultoria de Nikita Bier, empreendedora de mídias sociais e chefe de produto da X.

    Em 2023, o Saga entrou no mercado de celulares com um preço exorbitante de US$ 1.000. As vendas lentas acabaram reduzindo o preço para US$ 599 meses depois, e a Solana lançou um airdrop da memecoin BONK. A distribuição gerou demanda, pois os tokens gratuitos passaram a valer mais do que o custo do celular.

    Outros produtos, como o HTC Exodus 1 em 2018, o Finney da Sirin Labs e o BOB da Pundi X, exploraram o mercado de smartphones com criptomoedas. No entanto, esses produtos estão bem abaixo do que a Solana fez até agora.

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  • As lições da regulação das stablecoins nos EUA | Opinião

    As lições da regulação das stablecoins nos EUA | Opinião

    A recente aprovação do Genius Act pelo Senado dos EUA marca um divisor de águas para o mercado global de criptoativos — em especial, as stablecoins, ativos digitais atrelados a moedas fiduciárias. Esse movimento é uma resposta à rápida evolução das finanças descentralizadas, mas também representa um avanço relevante nos níveis de segurança jurídica e institucionalização do setor.

    Ao estabelecer padrões federais para a emissão de stablecoins, o Genius Act cria um ambiente mais previsível para emissores, investidores e instituições financeiras.

    Entre as exigências estão a manutenção de reservas 1:1 com a moeda-lastro, auditorias periódicas, regras de transparência e conformidade com normas de prevenção à lavagem de dinheiro. Emissores com mais de US$ 10 bilhões em circulação passam a ser supervisionados federalmente, enquanto os de menor porte podem seguir regimes estaduais equivalentes.

    O impacto desse movimento vai além das fronteiras americanas. A criação de um arcabouço regulatório robusto dá segurança para que bancos, fintechs, operadoras de cartão, arranjos de pagamento, fundos de investimentos e demais players tradicionais passem a integrar stablecoins às suas operações.

    Um exemplo dessa institucionalização crescente é a entrada da Circle, emissora da USDC, no mercado de capitais americano, através de um recente processo de IPO histórico na NASDAQ.

    Mas talvez o impacto mais significativo esteja no chamado “efeito dominó regulatório”. A postura dos EUA tende a influenciar o posicionamento de outros países, seja por inspiração, seja por pressão. União Europeia (MiCA), Reino Unido, Japão e Hong Kong já deram sinais claros de que estão atentos. E o Brasil, felizmente, não etá parado.

    Brasil: caminho próprio, mas com desafios importantes

    O Banco Central brasileiro prepara para os próximos meses a publicação do conjunto final de regras para Prestadores de Serviços de Ativos Virtuais (VASPs), para o uso das stablecoins para pagamentos internacionais, além da implementação da chamada Travel Rule, alinhada aos padrões do GAFI, no bojo das regras de VASPs.

    Há também, em paralelo, um debate em curso no Congresso por meio do PL 4308/2024, que visa estabelecer diretrizes legais específicas para stablecoins.

    Mas o ponto mais interessante é a diferença de abordagem proposta pelo Banco Central. Enquanto EUA (via Genius Act) e UE (via MiCA) regulam principalmente os emissores de stablecoins, o Banco Central brasileiro adota um modelo em duas fases.

    A primeira, já em desenvolvimento com consulta pública, foca exclusivamente no uso de stablecoins em operações de câmbio — ou seja, regula as condições obrigatórias do intermediário e não do emissor.

    A segunda fase, ainda pendente de consulta pública futura, deverá abranger emissão, tokenização em geral e papéis de demais participantes dentro deste ecossistema.

    Esse approach mais gradual busca responder aos desafios práticos e urgentes do crescente uso internacional das stablecoins, sem, de imediato, travar a inovação doméstica.

    Ao mesmo tempo, traz riscos de assimetria regulatória caso o país demore a avançar para a segunda fase, ou imponha requisitos muito duros aos intermediários. A exemplo disso, já foi notado e criticado pelo mercado a proposta do BCB quanto a restrições mais duras no uso de auto-custódia em comparação com regras internacionais. 

    Um mercado promissor que exige regulação eficiente

    De acordo com pesquisa da Datafolha do começo de 2025, o Brasil conta com mais de 25 milhões de usuários de criptoativos — cerca de 16% da população maior de 16 anos de idade —, com isso ocupa a sexta posição global em adoção.

    Esse enorme mercado de varejo começa agora a atrair o interesse institucional, à medida que o cenário regulatório se torna mais claro. Mas para que esse interesse se converta em investimentos concretos, será necessário garantir uma infraestrutura segura, escalável e compatível com padrões internacionais.

    O desafio passa também pela definição dos requisitos de capital mínimo para VASPs (entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões, dependendo do serviço), bem como pela capacidade técnica de novos entrantes de se adaptarem à regulação. O prazo estimado de 360 dias para autorização de novos players torna ainda mais evidente a vantagem competitiva de quem já está estruturado no mercado.

    Por fim, a regulamentação dos corredores de pagamento internacionais com stablecoins — especialmente em função do limite de US$ 100 mil por transação — também será determinante para que o país avance na digitalização dos fluxos financeiros internacionais.

    A hora de regular é agora

    Enquanto os EUA discutem novas reformas com o projeto CLARITY e países da Ásia e Europa consolidam suas diretrizes, o Brasil precisa agir com agilidade e clareza. Não se trata de copiar modelos estrangeiros, mas de entender como posicionar o país de forma estratégica em um sistema financeiro global cada vez mais descentralizado, tokenizado e digital.

    A era da regulação dos ativos digitais não é mais uma tendência futura. É o presente — e o Brasil precisa estar pronto para liderar, não apenas acompanhar.

    Sobre a autora

    Nicole Dyskant é advogada especializada em regulação de criptoativos e fundadora da RegDoor.

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  • Polícia desmonta operação que usava “gato” para minerar Bitcoin no Rio; veja fotos

    Polícia desmonta operação que usava “gato” para minerar Bitcoin no Rio; veja fotos

    A Polícia Militar do Rio de Janeiro prendeu no último domingo (3) um guarda civil municipal de Campos dos Goytacazes, suspeito de furtar energia elétrica para minerar criptomoedas , como Bitcoin, em uma residência no bairro Santa Rosa. O imóvel havia sido alugado pelo agente, que atua como guarda civil no próprio município.

    (Reprodução)

    De acordo com o jornal RJ1, a prisão ocorreu após denúncia de que havia um homem armado na região. No local, os policiais encontraram o portão entreaberto e perceberam barulhos de um motor de exaustão e outros equipamentos, além de uma ligação elétrica irregular. Foram apreendidos oito CPUs, um notebook, dois switches e um climatizador. 

    (Reprodução)

    De acordo com o locatário, o imóvel foi alugado por um guarda municipal identificado pelas iniciais L.B.S. Ele foi conduzido à delegacia, onde foi autuado e preso. A polícia fixou uma fiança, que ainda não havia sido paga até o encerramento da ocorrência, segundo informou o site wmaisnoticias.

    (Reprodução)

    A prefeitura de Campos dos Goytacazes informou que a Corregedoria foi acionada assim que o caso veio à tona e que a Guarda Municipal está colaborando com a investigação. Caso a participação do servidor seja confirmada, serão tomadas as medidas administrativas previstas em lei.

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  • Base volta à normalidade após parar de produzir blocos por problemas técnicos

    Base volta à normalidade após parar de produzir blocos por problemas técnicos

    A Base, rede de segunda camada do Ethereum desenvolvida pela Coinbase, passou por problemas técnicos na madrugada desta terça-feira (5) que fizeram com que a produção de novos blocos fosse interrompida. Às 6h17 (horário de Brasília) a plataforma atualizou seu status para informar que a situação estava normalizada.

    Além da produção de blocos, também foram afetadas as funcionalidades de saque, depósito e flashblocks. A Base não informou qual foi o problema que gerou a paralisação da rede, mas afirma que continua investigando o episódio. 

    A rede de segunda camada teve um aumento de atividade recentemente por conta do relançamento do aplicativo Base. O novo app passou a incorporar a Zora (plataforma social que transforma automaticamente cada postagem em um token) e a Farscaster (rede social descentralizada construída sobre uma infraestrutura blockchain). 

    O relançamento do app com as funcionalidades de rede social fez a atividade na Base disparar: conforme aponta o portal The Block, o número de novos lançamentos de tokens na rede saiu de 6.649 no dia 1º de julho para quase 50 mil no final do mês.

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  • O que é tokenização de ativos do mundo real?

    O que é tokenização de ativos do mundo real?

    Criptomoedas e blockchains há muito prometem reinventar as finanças, mas os ativos digitais têm, até o momento, sido caracterizados por extrema volatilidade.

    Para aliviar esse risco, os desenvolvedores estão se voltando para o mundo físico, tokenizando ativos como ouro, petróleo e imóveis para dar às moedas digitais um lastro real e um valor duradouro.

    Neste artigo, exploraremos a tokenização de ativos do mundo real (RWA, na sigla em inglês) e o que isso significa para a indústria de blockchain.

    O que é tokenização?

    Antes que um ativo do mundo real possa ser usado para lastrear um ativo digital, ele precisa ser tokenizado.

    Tokenização é o processo de criação de uma representação digital, ou token, de um ativo na blockchain, o que permite que a propriedade e as transações sejam gerenciadas eletronicamente e de forma transparente.

    Como tokenizar um RWA?

    O processo de tokenização de um ativo do mundo real varia de acordo com o protocolo utilizado, mas, em geral, o processo seguirá um padrão semelhante. Vamos explorar como tokenizar uma pintura:

    1. Estruturação Legal: Para permitir uma representação digital compatível, a propriedade da pintura é transferida para uma entidade legal ou fundo fiduciário.
    2. Digitalização de Ativos: Um contrato inteligente é implantado em uma blockchain como Ethereum ou Solana para cunhar tokens, cada um representando uma fração de participação na pintura.
    3. Vínculo Token-Ativo: Os tokens são legalmente vinculados à entidade detentora da pintura, concedendo aos detentores direitos executáveis sobre a propriedade ou o valor.
    4. Negociação On-Chain: Os tokens podem ser negociados em mercados secundários de blockchain que suportam tokens lastreados em ativos, oferecendo liquidez e acessibilidade global.
    5. Governança e Liquidação: Se a pintura for vendida, os lucros são distribuídos automaticamente aos detentores dos tokens com base na lógica do contrato inteligente.

    Casos de uso para Ativos do Mundo Real (RWAs) em blockchain

    Para Morgan Krupetsky, Chefe de Instituições e Mercados de Capitais da Ava Labs, a tokenização é crucial para desbloquear o acesso global a produtos financeiros tradicionalmente restritos e colocar ativos antes ilíquidos em operação, permitindo que sejam usados como garantia por meio das finanças descentralizadas (DeFi).

    “A tokenização permite que quase qualquer pessoa com conexão à internet acesse dólares, contas poupança em dólares, ações americanas e ativos alternativos”, disse Krupetsky. “Também permite a possibilidade de usar ativos como garantia com mais facilidade e alavancar o DeFi — colocando capital historicamente preso ou posições ilíquidas em operação.”

    Aqui estão alguns casos de uso para a tokenização de ativos do mundo real:

    Imóveis Tokenizados: Imóveis são convertidos em tokens de blockchain, e plataformas como Propy e RealT permitem que os usuários comprem frações de propriedade de casas e edifícios.

    Commodities Tokenizadas: Commodities como ouro e petróleo são representadas como tokens lastreados em blockchain, como visto com a Paxos Gold (PAXG), que oferece tokens lastreados 1:1 em ouro físico.

    Empréstimos On-Chain com Garantia RWA: Ativos como imóveis ou contratos são usados como garantia para empréstimos baseados em blockchain, com MakerDAO, Centrifuge e Goldfinch oferecendo serviços de empréstimo lastreados em ativos do mundo real.

    Tokenização de Arte e Colecionáveis: Ativos físicos, como artes, colecionáveis raros e até mesmo vinhos finos, estão sendo tokenizados como propriedade digital fracionada, com empresas como Savea, Masterworks e Mattereum liderando o caminho.

    Para Sam Mudie, CEO e cofundador da empresa de tokenização Savea, sediada no Reino Unido, os RWAs também oferecem uma ponte entre os mundos das finanças tradicionais e descentralizadas.

    “A tokenização de RWAs é revolucionária por sua capacidade de melhorar a acessibilidade e a escalabilidade, a eficiência operacional e de custos, a segurança, a transparência e a liquidez”, disse Mudie ao Decrypt. “Portanto, as oportunidades são maiores onde as ineficiências atuais são maiores.”

    De acordo com Mudie, a tokenização poderia revitalizar indústrias centenárias, incluindo vinho, uísque, relógios e arte. Essas indústrias, disse ele, operam em infraestrutura extremamente obsoleta em mercados muito limitados, ainda dependentes de relacionamentos presenciais.

    “A tokenização dessas classes de ativos é um multiplicador de força significativo”, disse ele.

    Quem está tokenizando RWAs?

    Vários projetos já estão envolvidos na tokenização de ativos do mundo real, com mais de US$ 10 bilhões em RWAs bloqueados em plataformas descentralizadas em março de 2025.

    Criptomoedas que afirmam ser lastreadas por ativos do mundo real incluem PAX Gold, atrelado a uma onça de ouro armazenada em um cofre em Londres; Tether Gold, atrelado a uma onça troy de ouro em um cofre na Suíça; e a RealT, que oferece ações tokenizadas de imóveis nos EUA.

    Empresas focadas na tokenização de ativos do mundo real incluem Avalanche, Centrifuge, RealT e Securitize.

    De acordo com o CoinGecko, o mercado combinado de ativos do mundo real tinha uma capitalização de aproximadamente US$ 37 bilhões em abril de 2025. Em março de 2025, os ativos do mundo real representavam US$ 10,2 bilhões em valor total bloqueado em 79 plataformas DeFi.

    Desafios e obstáculos regulatórios

    Para que a tokenização se torne popular, Krupetsky afirmou que é necessário haver uma orientação regulatória clara sobre stablecoins, especialmente nos EUA, e clareza sobre permitir que o blockchain sirva como registro legal para ativos tokenizados.

    Leia também: Primeiro grande projeto de lei sobre criptomoedas é aprovado nos EUA

    “Antes disso, muitos títulos permanecem com dupla administração, on-chain e off-chain, aumentando o custo e a complexidade”, disse ela. “Também precisamos ver os ativos tokenizados integrados aos canais de distribuição tradicionais, o que está começando a acontecer.”

    Propriedade Legal: Possuir um token nem sempre significa possuir a titularidade legal; imóveis e outros ativos físicos geralmente exigem processos tradicionais, como escrituras autenticadas ou processos judiciais.

    Requisitos de Licenciamento: Plataformas que oferecem ativos tokenizados podem precisar de licenças de corretora ou de serviços financeiros, dependendo de como os tokens são emitidos e negociados.

    Conformidade com AML e KYC: Plataformas de tokens devem aderir às leis de combate à lavagem de dinheiro e de “conheça seu cliente” (KYC), o que pode complicar a integração.

    Conflitos Jurisdicionais: Ativos físicos estão vinculados a leis locais, mas os tokens podem ser negociados globalmente, criando incompatibilidades legais complexas e difíceis de navegar.

    De acordo com o CEO da Centrifuge, Bhaji Illuminati, a tokenização tende a se enquadrar em duas categorias: ativos de alta liquidez e rendimento estável, como produtos de renda fixa, e ativos de mais difícil acesso com apelo de nicho, como direitos de espaço aéreo ou itens colecionáveis esportivos, que detêm valor principalmente para fãs apaixonados que, de outra forma, não teriam como compartilhar sua propriedade.

    “É reconhecer que não há comprador para tudo — e não faz sentido tokenizar ativos sem demanda”, disse ela. “Mas existem diferentes nichos de demanda por diferentes razões.”

    O desafio, disse Illuminati, está em “combinar oferta e demanda e tokenizar produtos com os quais as pessoas realmente se importam”, ao mesmo tempo em que se repensa como a infraestrutura financeira é projetada e operada.

    “Não se trata de tokenizar uma estrutura TradFi para distribuição, mas sim de reconstruir o modelo operacional do zero”, disse Illuminati. “Isso representa a maior oportunidade para a infraestrutura de criptomoedas melhorar fundamentalmente o funcionamento dos mercados financeiros.”

    O futuro dos RWAs tokenizados

    À medida que a tecnologia continua a preencher a lacuna entre os mundos físico e digital, os RWAs tokenizados estão prestes a redefinir a forma como investimos e interagimos com os ativos do mundo real do futuro — com alguns prevendo que o setor poderá atingir até US$ 50 bilhões em valor até o final de 2025.

    “A tokenização de RWAs é um dos primeiros grandes casos de uso da tecnologia blockchain”, disse Mudie, da Savea. “Em vez de se submeter à ideia de que as criptomoedas substituem o ecossistema financeiro tradicional — o sonho de muitos degenerados —, elas o ampliam. Investimos em ativos do mundo real há décadas ou até milênios. Tokenizá-los é apenas o próximo passo em sua evolução.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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