Categoria: Uncategorized

  • Mais Bitcoin? Consultor recomenda até 40% da carteira em criptomoedas

    Mais Bitcoin? Consultor recomenda até 40% da carteira em criptomoedas

    Resumo

    • Ric Edelman acredita que investidores agressivos devem considerar uma alocação de 40% nos portfólios.
    • Edelman disse que o mercado de ativos digitais crescerá para uma capitalização de mercado de US$ 19 trilhões.
    • O analista da Bloomberg, Eric Balchunas, descreveu a posição de Edelman como “o mais importante apoio incondicional às criptomoedas do mundo TradFi desde Larry Fink”.

    Ric Edelman, um influente consultor financeiro, está dizendo aos profissionais para alocarem até 40% dos portfólios dos clientes em ativos digitais, elogiando as criptomoedas como algo essencial para os investidores na era moderna.

    Os ativos digitais devem estar entre os ativos mais procurados no portfólio de um investidor, juntamente com ações e títulos, disse ele no quadro Crypto World da CNBC, reiterando seus comentários do início deste mês em uma conferência no Texas para profissionais de gestão de patrimônio. 

    Em determinado momento, Edelman, cofundador da Edelman Financial Engines, uma gestora de ativos de US$ 293 bilhões, defendeu alocações de “um dígito baixo” para criptomoedas, mas ele foi influenciado recentemente por “clareza regulatória radicalmente melhorada e engajamento institucional em criptomoedas”.

    Para portfólios conservadores, Edelman recomendou que pelo menos 10% dos ativos fossem alocados em criptomoedas, com uma alocação de 25% para portfólios moderados e 40% para investidores agressivos.

    Edelman, que também é fundador do grupo de traders Digital Assets Council of Financial Professionals (Conselho de Profissionais Financeiros de Ativos Digitais), citou os avanços na tecnologia que levam a vidas humanas mais longas como parte da base de sua recomendação, dizendo que o investidor médio que está vivo hoje viverá até os 100 anos ou mais, exigindo que “os portfólios durem muito mais do que a maioria dos investidores prevê”.

    Além disso, Edelman disse que “o crescimento contínuo da tecnologia blockchain impulsionará seus níveis em cinco ou dez vezes seu tamanho atual até 2030”.

    Se um investidor deve investir apenas em Bitcoin, em vez de investir em outros ativos digitais, é uma questão que deve ser decidida entre ele e seu consultor, disse Edelman ao Decrypt na segunda-feira (30). Pode haver outras maneiras de obter exposição ao setor de ativos digitais, acrescentou, citando emissores de stablecoins, custodiantes, fabricantes de chips e corretoras.

    “Agora existe uma infraestrutura muito saudável e diversificada que representa blockchain e ativos digitais, e alguns argumentam que possuir apenas Bitcoin priva você do engajamento nessa comunidade mais ampla”, disse ele.

    À medida que as criptomoedas continuam sendo adotadas em Wall Street por meio de produtos como fundos negociados em bolsa (ETFs), Edelman acredita que o mercado do Bitcoin valerá US$ 19 trilhões até 2030. Hoje, a principal criptomoeda vale US$ 2,1 trilhões, de acordo com o provedor de dados de criptomoedas CoinGecko.

    Com o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, revertendo as restrições da era Biden à capacidade dos bancos de oferecer serviços relacionados a ativos digitais, o cenário foi preparado “para um engajamento massivo da comunidade bancária”, acrescentou Edelman.

    Embora a maioria dos consultores financeiros aumente a alocação dos investidores em títulos à medida que envelhecem, Edelman afirmou que os profissionais não devem alocar mais de 30% dos fundos em dívida americana. Em alguns casos, faz sentido alocar 100% de uma carteira em ações e criptomoedas, afirmou.

    Criptomoedas para gerações futuras

    Mesmo um investidor de 90 anos deveria ter alguma exposição a ativos digitais, disse Edelman ao Decrypt, afirmando que a decisão se resume à tolerância ao risco, e não à idade. A justificativa, disse ele, pode ser que eles estejam investindo pensando nas gerações futuras.

    “Se você está na casa dos 90, sabe que não vai gastar todo o seu dinheiro. Vai deixá-lo para seus filhos e netos”, disse ele. “Isso significa que o dinheiro não é realmente seu. Você é apenas o administrador desse dinheiro para o benefício dos seus herdeiros.”

    Era razoável questionar se as criptomoedas sobreviveriam aos obstáculos regulatórios que enfrentaram há pouco tempo, ou se a tecnologia seria adotada pelos bancos, observou Edelman. No entanto, essas questões foram resolvidas, preparando-as para um futuro de longo prazo, disse ele.

    Na segunda-feira, a recomendação de Edelman chamou a atenção na comunidade cripto. O analista de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas, disse no X que as observações de Edelman poderiam ser “o mais importante endosso incondicional às criptomoedas por parte do mundo das TradFi desde Larry Fink”.

    O CEO da BlackRock surgiu como um apoiador do Bitcoin no ano passado, após a aprovação de ETFs de Bitcoin à vista nos EUA, mas elogiou as perspectivas da tokenização em 2022. Mais recentemente, Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, deixou de lado seu ceticismo de longo prazo. Em maio, ele afirmou que os clientes do banco em breve seriam permitidos a comprar Bitcoin.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt

    O post Mais Bitcoin? Consultor recomenda até 40% da carteira em criptomoedas apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • Dificuldade de mineração do Bitcoin sofre a maior queda em 4 anos

    Dificuldade de mineração do Bitcoin sofre a maior queda em 4 anos

    A dificuldade de mineração do Bitcoin, que determina o poder computacional exigido para minerar blocos, caiu cerca de 7,5% após um declínio no hashrate da rede nas últimas semanas, o que representa a maior queda desde julho de 2021, após a proibição da mineração na China. O declínio já era previsto por conta da pressão sazonal, efeito pós-halving e desligamento de máquinas.

    O ajuste de dificuldade ocorreu na altura do bloco 903.168, caindo de 126,41 para 116,96 trilhões, de acordo com dados do explorador de Mempool, conforme explica o The Block. A dificuldade de mineração de Bitcoin não é expressa em unidades específicas, mas medida relativa de quão difícil é minerar um novo bloco em comparação com o nível de dificuldade que poderia ser.

    A dificuldade se ajusta automaticamente a cada 2016 blocos — aproximadamente duas semanas — para garantir que, em média, um novo bloco seja encontrado a cada 10 minutos, independentemente de quantos mineradores estejam minerando ativamente. Quanto maior a dificuldade, mais poder computacional e energia um minerador precisa para encontrar o próximo bloco.

    Em 2021, a China impôs uma proibição abrangente à mineração de criptomoedas, alegando preocupações com o consumo de energia, risco financeiro e impacto ambiental. Na época, o Bitcoin era cotado na faixa de US$ 30 mil, e o hashrate despencou de 50%, para 58 exahashes por segundo (EH/s), enquanto o país asiático era responsável por mais de 60% do hashrate global do Bitcoin.

    A repressão da China provocou então uma queda acentuada na atividade da rede e forçou os mineradores a se mudarem para países como Estados Unidos, Cazaquistão e Rússia. O estado americano do Texas emergiu como um importante centro de mineração dada à flexibilidade do uso de eletricidade na região.

    Contudo, houve redução nos locais de mineração dos EUA em meio às ondas de calor do início do verão, principalmente no Texas, com operadores de rede incentivando mineradores a reduzir a atividade em troca de créditos de energia lucrativos. Logo, a queda provavelmente foi motivada por essas medidas.

    Em resumo,  a queda no hashrate da rede Bitcoin foi de 902 para 838 EH/s, um ajuste de dificuldade para baixo. Com isso, o ganho por TH/s (terahashes por segundo) subiu para US$ 0,05 por dia, oferecendo um breve alívio financeiro aos mineradores ativos. No entanto, esse valor tende a cair novamente com a retomada da atividade.

    Preço do Bitcoin

    Nesta tarde de segunda-feira, o Bitcoin está sendo negociado em US$ 107.621, com alta de pouco menos de 0,5% nas últimas 24 horas; nos últimos sete dias, o BTC subiu em torno de 7%, enquanto nos últimos 30 dias os ganhos chegaram a pouco menos de 3%.

    Durante o final de semana, o Bitcoin se manteve próximo de US$ 108.000 enquanto os traders se preparavam para uma semana decisiva de eventos macroeconômicos globais, com destaque para o fórum anual de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) em Sintra e a participação do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na terça-feira.

    O post Dificuldade de mineração do Bitcoin sofre a maior queda em 4 anos apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • Ações da Robinhood batem recorde após anúncio de nova blockchain e ações tokenizadas

    Ações da Robinhood batem recorde após anúncio de nova blockchain e ações tokenizadas

    As ações da Robinhood atingiram uma máxima histórica nesta segunda-feira (30), após a plataforma de negociação anunciar a oferta de ações tokenizadas para clientes na Europa, juntamente com o lançamento de sua própria rede blockchain.

    As ações da Robinhood subiram 11,25%, fechando a US$ 92,37 nesta segunda-feira, segundo o Yahoo Finance. No acumulado do ano, os papéis da empresa já valorizaram 148%, partindo de US$ 39 em janeiro.

    A empresa informou que os usuários na Europa agora podem negociar ações listadas nos EUA e fundos negociados em bolsa (ETFs) na Arbitrum, rede de segunda camada Ethereum, na forma de tokens. A Robinhood também planeja lançar o serviço em sua própria blockchain compatível com o Ethereum.

    Enquanto isso, a empresa afirmou que os usuários europeus poderão fazer staking de Ethereum e Solana. Embora essa prática tenha enfrentado maior escrutínio sob a liderança do ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Gary Gensler, o órgão regulador afirmou recentemente que o staking não envolve leis de valores mobiliários.

    Na sexta-feira, Ed Engel, analista do banco de investimentos Compass Point, escreveu que a negociação de ações tokenizadas pode levar a “taxas de negociação com margens mais altas” para a carteira digital da Robinhood. Ele elevou sua projeção de preço-alvo para as ações da empresa de US$ 64 para US$ 96, mantendo a recomendação de “compra”.

    Nesta segunda-feira, a Robinhood informou que seu aplicativo europeu agora é totalmente alimentado por tecnologia blockchain, incluindo ações tokenizadas, negociação de criptomoedas e contratos perpétuos futuros. Com a licença MiCA (Markets in Crypto Assets), a Robinhood afirmou que pode atender usuários em mais de 27 regiões.

    O setor de criptoativos se tornou uma parte cada vez mais relevante do negócio da Robinhood desde que a empresa passou a oferecer suporte a ativos digitais em 2018. No segundo trimestre, por exemplo, a empresa reportou US$ 252 milhões em receita com cripto, um aumento de 100% em relação ao mesmo período do ano anterior.

    Mania das blockchains

    Os recursos anunciados pela Robinhood nesta segunda-feira refletem iniciativas semelhantes de outras grandes exchanges dos EUA, como a Coinbase, que lançou sua própria rede de escalabilidade, a Base, e a Kraken, que busca oferecer negociação de ações tokenizadas para clientes europeus por meio da xStocks na Solana.

    Durante uma apresentação voltada ao setor cripto nesta segunda-feira, o CEO da Robinhood, Vlad Tenev, demonstrou como a Arbitrum pode ser usada para negociar uma representação digital das ações da OpenAI. A transação “realmente foi concluída com sucesso”, afirmou ele no X.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

    O post Ações da Robinhood batem recorde após anúncio de nova blockchain e ações tokenizadas apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • Bitcoin Alkanes: a próxima grande inovação depois de Ordinals e Runes?

    Bitcoin Alkanes: a próxima grande inovação depois de Ordinals e Runes?

    Se você acompanha as últimas novidades sobre o Bitcoin, talvez já tenha visto o nome “Alkanes” aparecer na sua timeline entre os entusiastas de Ordinals e Runes. Mas o que exatamente é isso?

    Alkanes é um novo metaprotocolo construído sobre o Bitcoin que introduz funcionalidades de contratos inteligentes diretamente na camada base, sem depender de pontes ou camadas de execução externas. Ele permite que desenvolvedores criem aplicativos e lancem tokens nativamente no Bitcoin, ampliando as funcionalidades da blockchain original.

    Desenvolvido pela Oyl Corp, o protocolo é o resultado de dois anos de pesquisa em infraestrutura com o objetivo de permitir uma programabilidade mais avançada diretamente no Bitcoin. O Decrypt conversou com Alec Taggart, cofundador e CEO do Alkanes, para entender melhor as origens do projeto, seu propósito e os próximos passos.

    O que é o Alkanes?

    Alkanes é um metaprotocolo do Bitcoin fundado por Alec Taggart, Cole Jorissen e Ray Pulver. Trata-se de uma estrutura que permite aos desenvolvedores inscrever contratos inteligentes diretamente na camada de dados do Bitcoin usando máquinas virtuais WASM (WebAssembly).

    Contratos inteligentes, que contêm o código que alimenta aplicações descentralizadas, são comuns em blockchains como o Ethereum e a Solana. O Bitcoin não oferece suporte nativo a contratos inteligentes, o que historicamente limitou suas capacidades no meio de finanças descentralizadas (DeFi). Mas os desenvolvedores estão inovando, e o protocolo Alkanes torna possível fazer muito mais com o Bitcoin.

    Isso é feito em um formato compacto e eficiente que aproveita os dados de testemunha (witness data) e o campo OP_RETURN do Bitcoin para executar e rastrear mudanças de estado.

    Ele funciona de forma semelhante aos Ordinals (os NFTs do Bitcoin, em essência) e aos Runes (tokens fungíveis), mas adiciona suporte a contratos inteligentes baseados em WASM. A execução e as transições de estado são gerenciadas por uma estrutura de indexação, com a atividade on-chain vinculada à finalização dos blocos do Bitcoin.

    Enquanto os padrões Runes e BRC-20 são amplamente limitados à emissão e transferência de tokens fungíveis, o Alkanes permite uma programabilidade mais rica, incluindo formadores de mercado automatizados (AMMs), contratos de staking, mintagens gratuitas, trocas de NFTs e muito mais — tudo executado de forma descentralizada diretamente no Bitcoin.

    Em vez de competir com os Ordinals ou os Runes, o protocolo Alkanes foi concebido para coexistir com eles. Os Ordinals despertaram um impulso cultural no Bitcoin; o Alkanes fornece o motor.

    Os protocolos podem interoperar — se você possui um Ordinal, por exemplo, pode usá-lo para cunhar um novo ativo no Alkanes. Isso torna o Alkanes uma camada base neutra, mas extensível, para uma inovação e desenvolvimento mais amplos no Bitcoin. O protocolo não exige ponte nem camada de execução separada, permitindo que os desenvolvedores acessem os dados nativos do Bitcoin enquanto habilitam novos casos de uso.

    Os fundadores da Oyl, veteranos da pilha DeFi do Ethereum, enxergaram o potencial do Bitcoin não apenas como reserva de valor, mas como uma camada de liquidação para aplicativos plenamente expressivos. O lançamento dos Ordinals em 2023 impulsionou a atividade cultural e econômica no Bitcoin, mas, segundo Taggart, a verdadeira composabilidade ainda era inalcançável — até agora.

    “Alkanes é o resultado de anos de pesquisa intensa e convicção”, afirmou Taggart. “Ele prova que o Bitcoin não precisa imitar o Ethereum para evoluir. É um sistema nativo, construído para quem acredita que o Bitcoin é suficiente.”

    Como funciona o Alkanes

    Alkanes introduz os “protostones”, uma nova estrutura de dados semelhante aos runestones dos Runes. Cada protostone pode conter múltiplas mensagens, permitindo uma variedade de ações além da simples emissão — como criação, troca, mintagem e queima — tudo codificado e executado por meio de uma máquina de execução WASM.

    Cada ativo no Alkanes é tratado como um token e um contrato. A plataforma usa um modelo de fábrica (factory model) para permitir a implantação eficiente de contratos. Em vez de reimplantar contratos para cada novo ativo, os desenvolvedores podem simplesmente passar novos parâmetros para um modelo preexistente. Isso resulta em economia de espaço em bloco e taxas.

    No Alkanes, todos os ativos — fungíveis e não fungíveis — são tratados como tokens. Os NFTs são chamados de “Orbitals”, um padrão desenvolvido pela comunidade que surgiu logo após o lançamento do protocolo. Os tokens fungíveis do Alkanes são comparáveis aos ERC-20 do Ethereum, com suporte completo a contratos inteligentes e composabilidade.

    O primeiro token implantado no Alkanes foi o Diesel, que espelha o cronograma de emissão do Bitcoin. Ele é cunhado por meio dos blocos do Bitcoin, utilizando um opcode que rastreia a recompensa por bloco e vincula a emissão diretamente ao ciclo de halving do Bitcoin.

    O Alkanes difere dos Runes e dos BRC-20s no fato de que os nomes dos tickers não são globalmente únicos. Cada token possui um identificador exclusivo, permitindo que o mesmo nome (por exemplo, “Methane”) exista sob múltiplos IDs — evitando o tipo de apropriação de nomes observada em outros padrões.

    Entre as coleções populares de NFTs estão as Alkane Pandas, que têm uma comunidade forte e dedicada, e a Oyly on Alkanes, a primeira coleção de mintagem gratuita na plataforma.

    O que vem a seguir?

    A equipe do Alkanes está desenvolvendo um AMM nativo para o protocolo, além de estabelecer parcerias no ecossistema envolvendo stablecoins (Bound), exploradores de blocos (Ordiscan, Unisat), bibliotecas de carteiras (LaserEyes) e protocolos DeFi. Esses componentes permitirão que os desenvolvedores construam aplicativos completos usando apenas primitivas do Bitcoin.

    “Essas aplicações têm como objetivo demonstrar como os desenvolvedores podem criar dapps completos diretamente no Bitcoin usando a infraestrutura do Alkanes”, acrescenta Taggart.

    A Oyl Corp também lançou seu motor de indexação, o Metashrew, e toda a infraestrutura relacionada como software de código aberto, permitindo que os desenvolvedores inspecionem, façam forks ou contribuam para o crescimento do protocolo.

    O protocolo Alkanes foi lançado no início de 2025, no bloco 880000, marcado pela implantação do contrato Diesel. Embora a mintagem pela comunidade tenha ocorrido apenas no início de março, ela foi programada para iniciar automaticamente assim que o protocolo começasse a escanear mensagens a partir daquele bloco.

    Desde o lançamento, o projeto cresceu organicamente por meio da experimentação de desenvolvedores e contribuições open-source, à medida que os construtores do ecossistema Bitcoin trabalham para fomentar um ambiente sustentável.

    “O objetivo do Alkanes não é apenas criar mais um padrão de token, mas oferecer aos desenvolvedores uma plataforma onde composabilidade, liquidez e soberania possam finalmente convergir no Bitcoin”, disse Taggart.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

    O post Bitcoin Alkanes: a próxima grande inovação depois de Ordinals e Runes? apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • Cazaquistão vai criar reserva estatal de criptomoedas

    Cazaquistão vai criar reserva estatal de criptomoedas

    O presidente do Banco Nacional do Cazaquistão, Timur Suleimenov, anunciou que o governo vai criar uma reserva estatal de criptomoedas, financiada com moedas digitais obtidas por duas vias: ativos apreendidos em investigações criminais e criptomoedas mineradas por operações estatais. As informações são do site Kaz Inform, em publicação nesta segunda-feira (30).

    O Cazaquistão está desenvolvendo regras para sua futura reserva estatal de criptomoedas com base em boas práticas de fundos soberanos — como gestão centralizada, transparência e segurança. A proposta prevê um custodiante único para proteger os ativos contra flutuações de mercado e ataques cibernéticos, mas ainda não há data de lançamento ou meta definida.

    A iniciativa reforça o avanço do país no setor cripto: o Cazaquistão já detém cerca de 13% do hasrate do Bitcoin e regula sua mineração desde que apreendeu US$ 200 milhões em equipamentos ilegais após apagões em 2022.

    ‘Criptocartões’ no Cazaquistão

    No início do mês, o National Bank, em cumprimento à ordem do Chefe de Estado sobre o desenvolvimento do setor de ativos digitais, realizou uma reunião com representantes de bancos, corretoras de criptomoedas e empresas de fintech.

    A reunião discutiu o status da implementação de projetos para o lançamento de serviços financeiros inovadores baseados em tokenização e ativos digitais. O diálogo abordou questões como a integração dos ativos digitais ao sistema financeiro do país e o desenvolvimento da regulamentação pertinente.

    Durante a reunião, diz um comunicado, foi lançada a implementação do projeto “criptocartões”, ou seja, cartões de pagamento que permitem aos consumidores realizar transações sem dinheiro em espécie vinculadas a carteiras em provedores licenciados de serviços de ativos digitais (corretoras de criptomoedas) do Centro Financeiro Internacional de Astana.

    “Esta solução permite integrar a circulação de ativos digitais à infraestrutura de pagamento existente de forma segura e conveniente”, ressaltou o órgão.

    No mês passado, o site revelou também que National Bank começará a regular criptomoedas no Cazaquistão, após várias repressões das autoridades no setor de mineração clandestina.

    Para isso, foi criada a iniciativa “Digital Asset Regulatory Sandbox”, que permitirá que os participantes do mercado testem vários serviços e tecnologias inovadores, além de determinação do status e a circulação legal de criptomoedas e serviços de câmbio.

    Globalmente, outros governos e empresas também avançam nesse caminho. Os EUA estudam uma Reserva Estratégica de Bitcoin, enquanto vários estados como Arizona, Ohio e Texas já aprovaram leis permitindo a custódia de BTC. No setor privado, empresas como Strategy e Metaplanet vêm acumulando Bitcoin por meio da emissão de ações e dívidas.

    Vale lembrar que desde o ano passado, Zhaslan Madiyev, ex-gerente geral da Binance no Cazaquistão, ocupa um dos maiores cargos no Ministério de Desenvolvimento Digital, Inovações e Indústria Aeroespacial do país.

    O post Cazaquistão vai criar reserva estatal de criptomoedas apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • Méliuz aposta tudo no Bitcoin e vê estratégia disparar ações em 197% no ano

    Méliuz aposta tudo no Bitcoin e vê estratégia disparar ações em 197% no ano

    “Nós recebemos mais dúvidas do que críticas.” É assim que o executivo Diego Kolling define como foram os últimos três meses da Méliuz, período no qual a empresa de programas de pontos de fidelidade oficializou a estratégia de virar uma companhia de Tesouraria de Bitcoin.

    Responsável pela estratégia da empresa quanto ao Bitcoin, Kolling aponta alguns números para indicar que a estratégia da empresa foi vencedora: a captação por meio de follow on de R$ 180 milhões para seguir o plano teve duas vezes mais demanda que o esperado; a ação CASH3 teve alta de 197% no acumlado do ano até 5 de junho (melhor desempenho da B3 em 2025); e a expectativa é que o ticker volte para índice IBOV. 

    A demanda por ações de uma empresa que se compromete a entrar com todos os recursos possíveis no Bitcoin é alta e parece não ser afetada por outro meio de exposição ao ativo, como ETFs nacionais ou dos Estados Unidos. 

    “Nós entendemos que não competimos com quem tem Bitcoin de forma direta ou via ETF. Nós nos entendemos como uma posição complementar no portfólio mesmo de quem já tem bitcoins, mesmo de quem já pode ter bitcoins no balanço. Não propomos, não defendemos, não incentivamos uma posição de nós versus o Bitcoin”. 

    A tese da Méliuz é que investir em Tesourarias de Bitcoin é vantajoso pelo fato de a mesma quantidade de dólares te expõe a uma quantidade maior de Bitcoin do que seria o caso em uma compra direta. “Uma ação da Méliuzn significava há três meses atrás 320 sats por ação. Ela significa agora 44% mais por ação. E no final do ano provavelmente vai significar ainda mais bitcoins por ação”, diz Kolling.

    Além disso, existem ideias (ainda nada concreto para fins regulatórios) para uma possível emissão de dívida e um processo de securitização do Bitcoin. Essa manobra permite uma exposição sem tanta volatilidade para o cliente e um ganho no spread. 

    “É muito comum das Bitcoin Treasury Companies fazerem uma emissão de dívida que promete uma espécie de retorno do principal, ou seja, retiram o downside risk, e entregam parte do retorno do Bitcoin para o comprador da dívida. Ele fica satisfeito com parte do retorno do Bitcoin e a gente fica com o retorno total do Bitcoin”, afirma Kolling.

    Cashback ou Bitcoin?

    Mas o foco em comprar Bitcoin não significa, segundo o executivo, uma perda de fé no mercado de programas de pontos de fidelidade. “Esse movimento [virar uma Tesouraria de Bitcoin] tem muito mais a ver com um contexto macro dos mercados do que algumas uma desilusão da Méliuz com o próprio negócio”, afirma.

    Kolling aponta que a massa de investidores está interessada em buscar uma proteção da inflação. Nesse contexto, todo o dinheiro vai para títulos do Tesouro ou para ações do Ibovespa. Sobraria então muito pouco para as outras companhias de capital aberto.

    Todo esse desequilíbrio gerou uma situação onde a Méliuz, por mais que estivesse fazendo o dever de casa, por mais que estivesse entregando geração de caixa, sem dívida e crescimento saudável, um um turnaround bem-sucedido para um movimento asset-light leve, como sempre foi, não tivesse liquidez, não fosse coberta por nenhum banco, não tivesse um mercado de opções saudável”, explica o executivo.

    Kolling lembra que a empresa tem 400 pessoas nas operações de cashback e um grupo de oito lidando com Bitcoin. “Foco absoluto no negócio tradicional, que aliás tem muitas sinergias com o próprio Bitcoin.”

    Mas a empresa reconhece que a balança pode cada vez mais andar para o foco em Bitcoin e não no mercado de cashback. “Sendo muito transparente, é claro que a longo prazo, se tudo que estamos planejando der certo, é óbvio que o negócio de cashback tende a ficar cada vez menos relevante pra nós. Por questões óbvias”, afirma Marcio Loures Penna, diretor de relações com investidores.

    Bear Market e futuro

    Mas e se um bear market derrubar o preço do Bitcoin de forma violenta? Kolling entende que a intensa acumulação de BTC irá compensar uma flutuação no preço.

    “Porque se o Bitcoin cai 30%, mas a quantidade de bitcoins da sua ação sobe três vezes, quanto que a sua ação deveria valer? Numa lógica simples, a sua quantidade de Bitcoins por ação cresceu tanto que em reais ela performou melhor do que o próprio Bitcoin, porque agora a sua ação vale três vezes mais bitcoins do que antes e alguma queda ela absorveu”.

    Alegando questões de segurança, os executivos disseram que não podem revelar como tem sido o processo de compra, quais corretoras são utilizadas, e como se dá a custódia dos ativos. No dia 23 de junho, a Méliuz tinha posse de 595,67 BTC, adquiridos a um preço médio de US$ 102.702,84 por Bitcoin. 

    Kolling garante agora que a estratégia é sempre comprar o máximo de Bitcoin possível, independente do preço, usando todo o recurso disponível.

    “O lamp-sum que é a compra imediata de tudo que você separou para o Bitcoin é melhor do que o DCA, que é a compra parcelada ao longo do tempo. A estatística tá desse lado e a gente vai fazer esse jogo. Então, a gente vai comprar imediatamente sempre que a gente tiver a grana.”

    O post Méliuz aposta tudo no Bitcoin e vê estratégia disparar ações em 197% no ano apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • Circle e Tether enfrentarão em breve milhares de concorrentes em stablecoins? Improvável, diz Moody’s

    Circle e Tether enfrentarão em breve milhares de concorrentes em stablecoins? Improvável, diz Moody’s

    No início deste mês, o Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei histórico para legalizar formalmente a emissão de stablecoins no país — uma legislação que, segundo os envolvidos, assim que sancionada, vai liberar o potencial dos pagamentos instantâneos via blockchain em todos os setores da economia americana.

    Líderes do setor cripto preveem que, uma vez que o governo federal dê sinal verde, centenas — ou até milhares — de stablecoins poderão inundar o mercado, desafiando o domínio das gigantes Tether (USDT) e Circle (USDC).

    Mas nem todos compartilham desse otimismo. Analistas da Moody’s, uma das principais agências de classificação de risco do mundo, afirmam que o atual entusiasmo em torno das stablecoins pode estar significativamente superestimado — e que, mesmo que a legislação avance nos EUA, há inúmeros obstáculos para a adoção generalizada desses ativos.

    “Não acho que veremos uma enxurrada de novos emissores”, disse Cristiano Ventricelli, analista sênior da Moody’s especializado em ativos digitais, ao site Decrypt. “Não podemos esquecer que emitir stablecoins é uma coisa, mas ter um modelo de negócios viável para elas é outra.”

    O motivo da cautela? Está diretamente ligado a quem os defensores acreditam que adotará as stablecoins — e por quê. Dois setores frequentemente mencionados são o das finanças institucionais e o do varejo de grande escala. Segundo a tese, grandes bancos correriam para criar suas próprias stablecoins para realizar pagamentos transfronteiriços instantaneamente, enquanto grandes varejistas criariam seus próprios tokens atrelados ao dólar para evitar taxas elevadas de processamento de pagamento.

    Ambos os casos de uso, no entanto, enfrentam grandes desafios, segundo Ventricelli.

    No caso dos grandes bancos, é verdade que eles poderiam criar suas próprias stablecoins para agilizar pagamentos. Mas lançar uma nova moeda atrelada ao dólar e respaldada por reservas fiduciárias auditadas seria um processo demorado e caro — algo que poderia ser resolvido de forma mais simples com o lançamento de depósitos bancários tokenizados (como os que foram recentemente lançados pelo J.P. Morgan e cogitados pelo HSBC e Deutsche Bank).

    “Você realmente precisa de uma stablecoin para isso?”, questionou Ventricelli, referindo-se aos bancos que buscam tornar as transferências de pagamento mais eficientes. “Ou existem outras soluções?”

    Já no setor varejista, a situação se complica ainda mais. Embora empresas como Amazon e Walmart estejam supostamente estudando o lançamento de seus próprios tokens, Ventricelli não está certo de que esses planos de fato se concretizarão.

    Se grandes varejistas acabarem lançando stablecoins para controlar suas próprias redes de pagamento, os consumidores ficariam com tokens demais em mãos — cada um provavelmente funcionando como um vale dentro de sistemas fechados, explicou o analista da Moody’s. Uma stablecoin para comprar café na Starbucks. Outra para fazer compras no Walmart. Mais uma para comprar online na Amazon.

    A situação se tornaria rapidamente insustentável, disse Ventricelli — especialmente considerando que, para trocar uma stablecoin por outra, seriam necessários pools de liquidez robustos para cada possível par de tokens. Isso remete ao universo das finanças descentralizadas (DeFi), onde incentivos lucrativos ajudam a formar esses pools de liquidez entre pares de tokens cripto.

    “Se você quer trocar um ativo por outro, precisa de um mercado profundo”, afirmou Ventricelli. “Podemos realmente imaginar um mercado profundo onde seja possível trocar a stablecoin da Amazon pela stablecoin do Walmart? Talvez sim, talvez não.”

    Se tais pools de liquidez não surgirem, a situação se tornará ainda mais complexa.

    “Eu preciso converter a stablecoin da Amazon em moeda fiduciária, e depois usar essa moeda para comprar a stablecoin do Walmart”, disse Ventricelli. “É difícil afirmar que estamos resolvendo um problema do mundo real dessa forma.”

    Nas últimas semanas, provavelmente motivados pela possível aprovação iminente da legislação sobre stablecoins nos Estados Unidos, grandes players ao redor do mundo começaram a explorar a emissão de seus próprios tokens atrelados a moedas fiduciárias. Mas curiosidade e comprometimento são coisas bem diferentes.

    “O fato de agora ser possível fazer algo não significa necessariamente que todos vão correr para fazer”, concluiu Ventricelli. “É isso que ouvimos da mídia, mas não é necessariamente assim que pensamos sobre o assunto.”

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt

    O post Circle e Tether enfrentarão em breve milhares de concorrentes em stablecoins? Improvável, diz Moody’s apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • Policiais “fora da lei” estão destruindo caixas eletrônicos de Bitcoin, diz chefe jurídico da Bitcoin Depot

    Policiais “fora da lei” estão destruindo caixas eletrônicos de Bitcoin, diz chefe jurídico da Bitcoin Depot

    Autoridades dos Estados Unidos que têm usado força bruta para apreender dinheiro em caixas eletrônicos de Bitcoin estão ultrapassando os limites de sua autoridade e podem estar violando a lei, afirmou Chris Ryan, diretor jurídico da Bitcoin Depot.

    Ryan disse ao Decrypt que os valores apreendidos pela polícia pertencem legitimamente à empresa sediada em Atlanta, Geórgia, e que as autoridades são responsáveis pelos danos causados às máquinas — mesmo quando tentam devolver grandes quantias a consumidores que afirmam ter sido vítimas de golpes.

    “Esses agentes da lei estão agindo como se fossem heróis ao tentar ajudar os consumidores”, disse Ryan. “Mas o que eles estão fazendo, na verdade, é criar outra vítima — nós — com os danos ao nosso patrimônio e a apreensão dos nossos fundos”.

    Na semana passada, autoridades do Texas usaram ferramentas elétricas para retirar US$ 32 mil de um terminal da Bitcoin Depot. Como os agentes cortaram “a estrutura física do quiosque”, a máquina terá de ser completamente substituída, segundo Scott Buchanan, diretor de operações da empresa. De acordo com o site da Bitcoin Depot, um quiosque custa US$ 14 mil no modelo de compartilhamento de lucros.

    “Na maioria dos casos em que [a polícia] arromba fisicamente, a máquina é totalmente destruída”, disse Buchanan ao Decrypt.

    Se as autoridades quiserem apreender valores de um quiosque da Bitcoin Depot, a empresa sempre desbloqueará a máquina, afirmou Buchanan. Caso o equipamento seja danificado, a empresa solicitará que a polícia arque com os custos — mas, segundo Ryan, os municípios muitas vezes “não têm recursos para ressarcir”.

    “Não é comum que recebamos qualquer tipo de compensação”, disse ele.

    O xerife do condado de Jasper, Chuck Havard, encaminhou o Decrypt a uma publicação no Facebook do departamento, afirmando que não pode comentar o caso, que agora está “em litígio”.

    Golpistas se aproveitam de caixas eletrônicos de Bitcoin e da natureza irreversível das transações com criptomoedas para enganar pessoas e roubar economias, muitas vezes se passando por agências governamentais ou bancos. Em 2024, americanos perderam pelo menos US$ 247 milhões por meio desses terminais, um aumento de 31% em relação a 2023, segundo relatório do FBI. Uma vez que o golpista recebe o Bitcoin da vítima, é difícil recuperar os fundos.

    Quando um cliente usa um caixa eletrônico de Bitcoin, ele insere dinheiro na máquina. A Bitcoin Depot afirma então vender a quantidade correspondente de Bitcoin diretamente ao usuário. Para concluir a transação, o cliente deve fornecer um endereço de carteira digital que receberá o Bitcoin. Golpistas costumam fornecer um endereço à vítima, esperando receber o Bitcoin recém-comprado.

    A Bitcoin Depot afirma sentir-se “muito mal pelas pessoas que são enganadas”, mas a empresa tem o direito de ficar com o dinheiro, disse Ryan, acrescentando que alguns policiais não entendem o modelo de negócios da empresa ou o fato de que é o Bitcoin dos clientes que está sendo efetivamente roubado.

    “Uma vez concluída a transação — quando o usuário insere o dinheiro e o criptoativo é transferido para a carteira de sua escolha — nossa participação termina”, explicou Ryan.

    A confusão pode surgir nos tribunais quando as autoridades solicitam mandados alegando que o dinheiro perdido pelas vítimas é produto de um crime, em vez de reconhecer que o Bitcoin foi levado pelos golpistas. Segundo Ryan, a polícia apreende valores de quiosques da Bitcoin Depot até 20 vezes por ano, observando que a maioria dos casos não envolve força bruta.

    “Há ainda outro grupo que sequer passa pelo processo de mandado”, acrescentou Ryan. “Eles nos ligam e dizem: ‘Estamos prestes a arrombar sua máquina’”.

    Cada estado tem suas próprias leis, mas a Suprema Corte de Iowa decidiu em dois casos neste ano que a Bitcoin Depot tinha direito ao dinheiro depositado pelas vítimas. Isso porque, segundo os termos de uso da empresa, os depositantes devem declarar que são os proprietários da carteira digital que receberá o Bitcoin. Além disso, ao usar a máquina, a Bitcoin Depot alerta que endereços fornecidos por terceiros podem ser golpes.

    Um porta-voz da Bitcoin Depot disse ao Decrypt que a empresa “já defendeu com sucesso ações ilegais semelhantes por parte da polícia” na Carolina do Norte, Virgínia, Massachusetts, Louisiana e Washington. Alguns processos envolvendo fundos apreendidos, como o movido contra o condado de Wood, em Wisconsin, são resolvidos antes de irem a julgamento.

    O Centro de Denúncias de Crimes Cibernéticos (IC3), uma divisão do FBI, emitiu um alerta público em 2021 avisando que os golpes envolvendo caixas eletrônicos de criptomoedas estavam em alta, destacando que a liquidação quase instantânea “pode deixar muitas vítimas no prejuízo”.

    Na maioria dos casos de fraude com caixas eletrônicos de Bitcoin, é “impossível recuperar o dinheiro”, alertou o procurador-geral da Pensilvânia, Dave Sunday, em fevereiro, em um comunicado ao consumidor.

    A Bitcoin Depot afirma que colabora com autoridades locais para rastrear os criptoativos das vítimas, utilizando a empresa de análise de blockchain Elliptic como forma de oferecer ferramentas de rastreamento de transações. A empresa também conta com uma equipe, incluindo ex-agentes da lei, para coordenar com as autoridades locais, explicar o funcionamento do negócio e ajudar as vítimas a registrar adequadamente uma queixa junto ao IC3 do FBI.

    “A destruição do nosso patrimônio no estilo ‘arromba e leva’ felizmente não é a maioria dos casos”, disse Ryan. “Eles geralmente não entendem como o cripto funciona, então estamos fazendo o melhor que podemos para ajudá-los — além de todas as nossas outras responsabilidades”.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt

    O post Policiais “fora da lei” estão destruindo caixas eletrônicos de Bitcoin, diz chefe jurídico da Bitcoin Depot apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • Quantidade de Bitcoin minerado pelo Irã é um mistério

    Quantidade de Bitcoin minerado pelo Irã é um mistério

    Desde pelo menos 2019, o Irã tem recorrido à mineração e ao comércio de criptomoedas por necessidade — resultado de sanções internacionais severas e de uma moeda local que perdeu valor devido à inflação galopante

    No entanto, especialistas disseram ao Decrypt que ainda é quase impossível estimar quanto o país detém em ativos digitais.

    O Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge estimou que o Irã era responsável por 7,5% do hashrate do Bitcoin em março de 2021 — número que caiu para apenas 0,12% em janeiro de 2022.

    Ao longo da história do país, Andrew Scott Easton, fundador e CEO do fundo de mineração de Bitcoin Masterminded, estima que o Irã tenha minerado aproximadamente 60.000 BTC — o que valeria US$ 6,4 bilhões aos preços atuais.

    Enquanto isso, Kent Halliburton, cofundador e CEO da plataforma de mineração Sazmining, estima que, desde 2018, o país tenha minerado entre 100.000 e 200.000 BTC. Isso significaria que suas reservas podem valer entre US$ 10,7 bilhões e US$ 21,4 bilhões. O período é relevante, já que em 2019 o Irã começou a emitir permissões legais para mineração de criptomoedas.

    Mas Rajat Ahlawat, pesquisador da empresa de compliance Crystal Intelligence, disse ao Decrypt que é muito complexo fazer essa estimativa. Isso porque a indústria de mineração no Irã foi, em grande parte, empurrada para a clandestinidade como forma de evitar os altos preços da eletricidade.

    O setor mais fácil de rastrear é o das fazendas de mineração legalmente licenciadas. Em 2020, cerca de 1.000 licenças para fazendas de mineração foram emitidas, de acordo com o Conselho Nacional de Resistência do Irã — uma coalizão que se opõe ao atual governo iraniano. A mesma fonte afirmou que, em 2022, mais de 10.000 licenças foram concedidas a mineradores e corretoras.

    No entanto, o ex-presidente Hassan Rouhani afirmou que cerca de 85% da mineração no Irã era não licenciada em 2021. A empresa estatal de eletricidade do país, Tavanir, estimou que aproximadamente 700.000 equipamentos de mineração ilegais estavam operando no Irã no início deste ano.

    Isso ocorre porque as fazendas licenciadas muitas vezes enfrentam dificuldades para obter lucro, segundo Ahlawat, devido às altas tarifas e aos preços da eletricidade impostos a elas.

    “Vamos pegar a indústria de ferro e aço — ela consome muita eletricidade para fundição e outras atividades — mas as tarifas que essa indústria paga são menores do que as que os mineradores [de cripto] pagam”, explicou Ahlawat ao Decrypt, justificando por que tanta mineração ocorre de forma clandestina.

    Quando um novo Bitcoin é minerado, não há registro on-chain de onde o minerador estava localizado. Isso significa que é impossível saber sua origem, o que permite que cidadãos iranianos e o governo escapem das sanções internacionais.

    Como resultado, uma das condições da licença de mineração de criptomoedas é que qualquer Bitcoin minerado deve ser vendido diretamente ao banco central do Irã, para que o governo se beneficie ao driblar as sanções. No entanto, isso faz com que mineradores individuais e grupos percam esse benefício da mineração de Bitcoin.

    Por isso, grande parte da mineração no Irã vem de indivíduos e instituições como escolas e mesquitas, que têm acesso a eletricidade gratuita ou fortemente subsidiada, explicou Ahlawat. Isso sem contar as organizações ligadas ao governo que também mineram Bitcoin e se beneficiam de tarifas reduzidas.

    Essas operações ilegais colocam enorme pressão sobre a rede elétrica iraniana, causando apagões em todo o país em alguns momentos, além de reduzir os lucros potenciais das fornecedoras de energia. O problema se tornou tão grave que a Tavanir começou a oferecer recompensas para quem denunciasse fazendas de mineração ilegais.

    Devido à alta demanda por eletricidade da mineração de criptomoedas e aos relatos da mídia local, Ahlawat acredita que a maior parte das operações no Irã esteja concentrada em grandes cidades. Em 2022, por exemplo, a polícia iraniana descobriu e confiscou 9.404 dispositivos ilegais de mineração de criptoativos em Teerã ao longo de seis meses.

    No domingo, os Estados Unidos bombardearam o sítio nuclear iraniano de Fordow, que fica enterrado profundamente em uma montanha. Do dia anterior ao ataque até terça-feira, o hashrate do Bitcoin caiu 27,9%, segundo o BitInfoCharts. Isso fez com que uma publicação no X viralizasse com especulações de que o Irã estaria minerando Bitcoin nas montanhas.

    Ahlawat acredita que a instalação nuclear teria infraestrutura elétrica suficiente para operar uma fazenda, mas acrescentou que não há evidências específicas sugerindo que exista uma operação de mineração em Fordow. Enquanto isso, a empresa de mineração Blocksbridge Consulting refutou a teoria em um boletim informativo, afirmando que a indústria não deveria dar tanta atenção às variações de curto prazo no hashrate, dada sua volatilidade diária (o chefe de pesquisa da Galaxy, Alex Thorn, disse o mesmo no X).

    Ainda assim, Ahlawat afirmou que, se a instalação nuclear estivesse realmente minerando Bitcoin, isso ocorreria sob ordens do governo iraniano ou de um de seus braços.

    O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, conhecido como IRGC, é considerado um grande operador na mineração de criptomoedas no Irã, segundo Easton e Ahlawat. O IRGC é um ramo poderoso das forças armadas iranianas, criado após a revolução de 1979. Easton acredita que o IRGC seja provavelmente o maior minerador de Bitcoin do país, citando um artigo do Conselho Nacional de Resistência do Irã.

    “De novo, não temos números exatos”, acrescentou Ahlawat. “Como o governo está envolvido, o Irã tem um histórico excelente de esconder as coisas, então toda a mineração feita pelo governo é oculta. Por isso não temos nenhuma visão sobre isso.”

    Resumindo: não se sabe ao certo quanto Bitcoin o Irã minerou. Isso porque cerca de 85% da indústria teria sido empurrada para a clandestinidade como forma de evitar contas de luz altas e manter seus tokens de criptoativos.

    É fácil julgar a indústria de mineração iraniana, mas uma grande parte da população civil do país está apenas tentando ganhar algum dinheiro e escapar da hiperinflação nacional. O Decrypt encontrou uma conta nas redes sociais vendendo caixas à prova de som para mineradores domésticos, com 166 mil seguidores — o equivalente a 0,18% da população iraniana.

    O público iraniano é tão envolvido com cripto que, no ano passado, autoridades do país alertaram contra o jogo Hamster Kombat, do tipo “tap-to-earn”, no Telegram. O almirante Habibollah Sayyari, vice-chefe das forças armadas do Irã, disse que o jogo era uma distração criada pelo “inimigo” para desviar a atenção da política nacional, chamando-o de parte da “guerra suave” do Ocidente contra o Irã.

    Apesar do alerta, os cidadãos continuaram jogando o game de cliques que prometia um airdrop de tokens cripto conforme o progresso no jogo. O aplicativo atraiu mais de 300 milhões de jogadores, todos com esperança de enriquecer com o miniapp do Telegram. No entanto, muitos se queixaram de que, ao receberem seus tokens, ganharam apenas “poeira”, devido ao valor extremamente baixo.

    O token HMSTR já caiu 90% desde seu pico histórico, alcançado logo após o lançamento. Se algum iraniano manteve seus tokens HMSTR na esperança de se proteger da inflação de aproximadamente 38% no país, acabou fracassando.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt

    O post Quantidade de Bitcoin minerado pelo Irã é um mistério apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.

  • Discurso sobre cripto da Robinhood pode ser uma chance de comprar na baixa, diz Compass Point

    Discurso sobre cripto da Robinhood pode ser uma chance de comprar na baixa, diz Compass Point

    Quando a Robinhood realizar seu evento com foco em criptomoedas na França nesta segunda-feira (30), investidores poderão ter uma oportunidade de “comprar na baixa”, sinalizou o banco de investimentos Compass Point na sexta-feira (27).

    Embora alguns investidores possam “vender no fato”, a plataforma de negociação tem vários catalisadores potenciais no horizonte, incluindo a inclusão no S&P 500 e um negócio de cripto que continua a prosperar, escreveu o analista Ed Engel, da Compass Point, em uma nota.

    As ações da Robinhood recuaram na sexta-feira, caindo recentemente 1,3%, para US$ 83,46, segundo o Yahoo Finance. No acumulado do ano, o preço das ações da empresa já disparou mais de 120%, saindo de US$ 39 em janeiro. A Compass Point elevou seu preço-alvo de US$ 64 para US$ 96, reiterando a recomendação de compra.

    Na segunda-feira, a Robinhood deve “revelar produtos cripto de próxima geração” durante seu “primeiro evento internacional com foco em cripto”, segundo uma postagem no blog da empresa. Enquanto isso, a conferência de Ethereum EthCC[8] está programada para começar em Cannes, na França.

    O momento do evento da Robinhood pode não ser mera coincidência, escreveu Engel. Ele sugeriu que a Robinhood pode lançar negociações de ações tokenizadas — conforme reportado pela Bloomberg News em maio — na Ethereum ou em uma rede de segunda camada como a Arbitrum. Se isso acontecer, pode resultar em “taxas de negociação com margens mais altas” para a carteira autocustodial da Robinhood, lançada para usuários europeus no final de 2023.

    Após a orientação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) de que o staking de criptoativos não constitui um valor mobiliário, Engel disse que não seria surpreendente se a Robinhood anunciasse alguma funcionalidade que permita aos usuários alocar tokens em uma rede para ganhar recompensas.

    Na Europa, a empresa passou a permitir o staking de Ethereum em novembro. Os usuários também podem fazer staking de Solana, mas o recurso não está disponível nos EUA, enquanto empresas como a Coinbase permitem o staking de até oito diferentes criptomoedas em grande parte dos estados americanos.

    É provável que a Robinhood anuncie novas listagens de tokens, adicionando suporte para ativos importantes como Sui, Aptos e Toncoin, acrescentou Engel. Ele afirmou que as listagens atuais da empresa estão “defasadas em relação” às dos concorrentes nos EUA, que oferecem suporte à negociação de centenas de criptomoedas.

    Por fim, Engel levantou a possibilidade de que a Robinhood introduza futuros perpétuos de cripto, espelhando os esforços da Coinbase para lançar contratos futuros regulados nos EUA com vencimentos de longo prazo.

    Um porta-voz da Robinhood preferiu não comentar.

    No segundo trimestre, a Robinhood registrou US$ 252 milhões em receita com ativos digitais, superando levemente as previsões dos analistas. Isso representou um aumento de 100% em relação ao mesmo período do ano anterior.

    Com a legislação sobre stablecoins avançando rumo à aprovação nas duas casas do Congresso dos EUA, o entusiasmo de Wall Street fez as ações da Circle dispararem após seu IPO. Embora a Robinhood possa se beneficiar das stablecoins por meio de sua atual divisão cripto, Engel afirmou que os analistas da Compass Point não esperam um anúncio relacionado a esse segmento em alta no momento.

    * Traduzido e editado com autorização do Decrypt

    O post Discurso sobre cripto da Robinhood pode ser uma chance de comprar na baixa, diz Compass Point apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.