“CPI” da Libra convoca irmã do presidente, aliados e criador da Cardano; Milei vai depor por escrito

A Câmara dos Deputados da Argentina, por meio da “Comissão Especial de Investigação sobre a Criptomoeda LIBRA”, que investiga um suposto golpe de rug pull (puxão de tapete) a investidores do controverso token $LIBRA, convocou a irmã do presidente Javier Milei, Karina Milei e aliados suspeitos. De acordo com reunião na terça-feira (2), o criador da Cardano,  Charles Hoskinson, irá servir com testemunha, enquanto Milei irá depor por escrito.

No caso de Hoskinson, ele foi citado devido a comentários feitos em fevereiro deste ano, quando teria afirmado que pessoas em um evento pediram dinheiro para ajudá-lo a ter um encontro com o presidente da Argentina. As informações são do Estadão.

A deputada Sabrina Selva deu sinais de que se trata desses fatos. Durante a reunião a parlamentar acrescentou à lista de convocações os empresários Charles Hoskinson e Diógenes Casares, após ambos terem declarado publicamente que houve solicitação de propinas relacionadas ao evento Tech Forum e ao lançamento da criptomoeda Libra.

Em entrevista ao BeInCrypto, o criador da Cardano expressou surpresa pela convocação, afirmando não ter sido informado previamente sobre a citação.

Com isso, a Comissão Especial que investiga o caso Libra ($LIBRA) avança em suas primeiras medidas de apuração. Presidido pelo deputado Maximiliano Ferraro, o colegiado aprovou o Regulamento de Funcionamento que vai guiar os trabalhos.

De acordo com um post de Ferraro no X, “o Congresso não pode olhar para o outro lado: nosso dever é garantir a verdade e a prestação de contas frente à sociedade”.

Quem será ouvido pela Comissão

Entre as medidas iniciais, os deputados aprovaram a convocação de figuras centrais do governo de Javier Milei e de pessoas diretamente envolvidas na operação de Libra:

  • Karina Milei, secretária-geral da Presidência;
  • Manuel Adorni, porta-voz presidencial;
  • Guillermo Francos, chefe de Gabinete de Ministros;
  • Damián Reidel, ex-chefe de assessores;
  • Mauricio Novelli, Manuel Terrones Godoy e Sergio Morales, apontados como operadores ligados ao caso $Libra;
  • Alejandro Melik, titular da Oficina Anticorrupción;
  • María Florencia Zicavo, ex-responsável da Unidade Especial de Tarefas de Investigação $Libra;
  • Além de outros dez funcionários e colaboradores que teriam ligação direta ou indireta com os fatos.

O presidente Javier Milei também deverá prestar esclarecimentos por meio de testemunho escrito, em até cinco dias, explicou Ferraro.

Outras medidas de investigação no caso Libra

A Comissão aprovou medidas para investigar o caso $Libra, incluindo ofícios a plataformas blockchain, criação de uma subcomissão de cinco deputados para acompanhar a investigação judicial, e solicitação de registros e documentos oficiais relacionados a Javier e Karina Milei, à Unidade Especial dissolvida, à Oficina Anticorrupción e ao X.

O presidente Maximiliano Ferraro afirmou que organizará o cronograma de depoimentos e destacou que a apuração seguirá “com seriedade, sem dilatações nem privilégios”, visando esclarecer responsabilidades no governo Milei e entre seus colaboradores.

Oposição acusa Milei

Deputados opositores que compõem a Comissão Investigadora do caso Libra afirmaram que a suposta fraude envolvendo a criptomoeda só se concretizou graças ao “impulso essencial do então presidente Javier Milei”. Segundo o Infobae, um relatório divulgado na terça-feira (2) aponta que Milei promoveu publicamente o ativo em suas redes sociais, o que teria sido determinante para atrair investidores antes do chamado “rug pull” — quando os desenvolvedores abandonam o projeto após captar recursos.

O documento também cita a existência de 74 carteiras digitais que compraram tokens antes do tuíte de Milei, sugerindo acesso a informações privilegiadas, além de movimentações financeiras ligadas a encontros na Casa Rosada. Embora a responsabilidade penal de Milei caiba à Justiça, os parlamentares qualificam sua conduta como “participação primária” na manobra.

Ainda de acordo com o Infobae, a investigação aponta contradições nas defesas oficiais e menciona que processos seguem em curso tanto na Argentina — com buscas, congelamento de bens e pedidos de informações bancárias — quanto nos Estados Unidos, onde uma ação coletiva foi aberta por investidores prejudicados.

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