“Estamos focados em trazer a blockchain para dentro do sistema financeiro”, diz BlackRock

A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, reforçou que os criptoativos já são tratados como pilar estratégico da empresa. Durante o Digital Assets Conference (DAC) 2025, executivos destacaram que a integração da blockchain ao sistema financeiro tradicional deixou de ser tendência para se tornar prioridade.

“Estamos focados em trazer a blockchain para dentro do sistema financeiro. O espaço institucional está mudando, e a procura cresce a cada dia”, afirmou Fernando Barreto, head de ETFs Offshore da BlackRock. Ele lembrou que a negociação 24/7, viabilizada pela tecnologia, atende a uma demanda impossível de ser suprida pelos mercados tradicionais e será um dos pilares do desenvolvimento financeiro nos próximos anos.

Barreto ressaltou que o IBIT, ETF de Bitcoin da gestora, já é utilizado por universidades nos Estados Unidos, fundos de pensão na América Latina e empresas cripto-nativas em sua gestão de balanço. Segundo ele, 19 estados americanos já aprovaram leis permitindo reservas estratégicas em Bitcoin, confirmando a tese do ativo como instrumento de proteção.

Na Colômbia e no Peru, fundos de pensão já utilizam estruturas específicas para acessar ativos digitais. No Chile, investidores institucionais estudam formas de ampliar a exposição, enquanto no Brasil a BlackRock mantém conversas com fundos para criar novos veículos de acesso. Barreto citou ainda o uso crescente de ETFs por empresas cripto-nativas no Caribe, que enxergam no produto uma forma mais eficiente de gerenciar balanços.

Além do IBIT, a gestora lançou em 2024 um ETF à vista de Ethereum e estruturou o fundo de tokenização BUIDL, que oferece rendimento de títulos do Tesouro em blockchain. Em 2025, o IBIT já se aproxima de US$ 90 bilhões em ativos sob gestão, tornando-se um dos produtos de maior sucesso da história da empresa.

No painel, Jay Jacobs, diretor executivo da BlackRock em Nova York, acrescentou que a demanda por Bitcoin hoje está diretamente ligada ao movimento futuro de instituições e varejo.

Ele destacou três fatores que embasam essa adoção: segurança, já que a gestora garante custódia e medidas de proteção para os investidores; liquidez, já que os ETFs da empresa contam com mercados secundários que movimentam bilhões de dólares; capacidade de operar em trilhas tradicionais do mercado, sem exigir mudanças nos mandatos de investimento das instituições, dando aos fundos e investidores de varejo acesso a ativos digitais dentro de contas tradicionais de corretoras.

Por fim, os executivos afirmaram que na BlackRock o futuro passa por produtos estruturados e pela tokenização, capaz de trazer ativos tradicionais para a blockchain com negociação contínua. A gestora também reforçou sua tese de portfólio: uma alocação de 1% a 2% em Bitcoin ou Ethereum já contribui para diversificação e perfil de risco comparável ao de carteiras tradicionais balanceadas.

“Investir em Bitcoin hoje é estar diretamente exposto à demanda que veremos no futuro”, resumiu Jacobs.

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