Solana perde fôlego e Ethereum deve aumentar liderança entre as altcoins

Após um rali de 18 meses, Solana (SOL) pode estar perdendo fôlego frente ao Ethereum (ETH), apontam análises técnicas e projeções de mercado. O gráfico da razão SOL/ETH rompeu recentemente uma tendência de alta que vinha se formando desde setembro de 2023, sugerindo uma possível inversão no desempenho relativo das duas criptomoedas.

Reportagem do CoinDesk destaca que o rompimento dessa linha de tendência de alta — claramente visível no gráfico abaixo — marca uma mudança importante na dinâmica entre Solana e Ethereum. Esse movimento é reforçado por dois indicadores técnicos amplamente utilizados no mercado: o MACD e a nuvem de Ichimoku.

Gráfico mostra relação entre SOL e ETH (Imagem: CoinDesk)

O MACD (sigla para “Moving Average Convergence Divergence”) é um indicador que mede a força e a direção de uma tendência. No gráfico semanal, o histograma do MACD entrou em território negativo, o que sinaliza um aumento na pressão de venda e perda de força da Solana frente ao Ethereum.

Já a nuvem de Ichimoku, também presente no gráfico, é uma ferramenta que ajuda a identificar se o ativo está em tendência de alta ou baixa, além de indicar zonas de suporte e resistência. No momento, o par SOL/ETH está abaixo dessa nuvem, o que reforça a leitura de tendência de baixa. Para que o cenário volte a ser mais favorável para a Solana, o par precisaria romper essa nuvem para cima.

Ethereum recobra força, diz banco

Essa perspectiva técnica é corroborada por uma análise fundamentalista mais ampla apresentada pelo banco britânico Standard Chartered, que iniciou recentemente sua cobertura sobre Solana, conforme aponta o Decrypt.

Segundo Geoffrey Kendrick, chefe de ativos digitais do banco, o preço do SOL deve ficar atrás do ETH nos próximos dois a três anos, especialmente devido a limitações de escalabilidade da rede Solana, que dificultam sua aplicação em setores além do atual foco em memecoins.

Atualmente, SOL está cotado em torno de US$ 180, enquanto o ETH se aproxima de US$ 2.700 — com ganhos de quase 50% para o Ethereum nos últimos 30 dias, contra 19% para a Solana.

Apesar disso, o banco ainda vê potencial de longo prazo para ambos os ativos: projeta o SOL em US$ 275 até o fim de 2025 e US$ 500 até 2029, enquanto o ETH pode alcançar US$ 4.000 ainda este ano e atingir US$ 7.500 em 2029.

A Solana, conhecida por suas transações rápidas e baratas, dominou o cenário de alta impulsionado pelo frenesi das memecoins. No entanto, com o enfraquecimento desse movimento e o avanço técnico do Ethereum — especialmente após a atualização Pectra, que melhorou segurança e eficiência da rede —, os ventos parecem ter mudado de direção.

Apesar do cenário adverso no curto prazo, Kendrick acredita que a Solana poderá voltar a ganhar espaço à medida que setores como finanças descentralizadas de alta demanda e aplicativos de consumo (como redes sociais) se expandirem nos próximos anos. O desafio, no entanto, é alcançar escala real nesses segmentos.

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